09 setembro, 2008

Historia ou Ficção.

NÃO É POSSÍVEL "INVENTAR" A HISTÓRIA
Ainda sobre O Código Da Vinci, agora também em filme, fico admirado com o sucesso da mentira. Que descaramento, imaginar semelhantes coisas, acerca de personagem reais! Como é possível haver tantas pessoas disponíveis para aceitar como verdadeiro aquilo que não passa de ficção? (Leitor identificado)
QUANDO O LIVRO FOI PUBLICADO, 0 AUTOR AFIRMOU TRATAR-SE, APENAS DE UM ROMANCE/CONFORME DIZ NA PRÓPRIA CAPA.
Vivemos na era da informação e, infelizmente, também da pseudo, anti ou contra-informação. Acreditamos que um jornal (diário) possua mais informação do que uma pessoa do século XVI obteria em toda a sua vida, mas, também que alguns livros possam conter mais erros e mentiras do que essa mesma pessoa leria durante a sua permanência à face da Terra!
Sete mil documentos científicos são produzidos por dia, mas, também cada um de nós é "bombardeado" com 140 mensagens de propaganda, nesse mesmo dia. E, como sabemos, a propaganda é orientada no sentido da promoção de ideias e produtos; não necessariamente para benefício do cidadão comum!
A exemplo do que acontecia na cidade de Atenas, capital da cultura, no tempo do apóstolo Paulo (At 17:21), também este mundo se encontra ávido de informação, tenha ela a proveniência mais duvidosa. Digamos que oj povo está sedento e bebe de qualquer cisterna, mesmal que as águas não sejam recomendáveis.
Em face desta avidez, ou ânsia do conhecimento, a ofertas não se fazem esperar, principalmente na área da literatura, que depois passam para o cinema. Surgem! então, livros ligados ao oculto e misterioso, segredos me códigos, com rituais secretos e esotéricos mistura. Parece que atravessamos também nem época dos segredos (revelados) e dos código (descodificados)!
Dan Brown, autor de O Código Dm Vinci, pródigo na imaginação e pouco (ou nada) rigoroso nos pormenores históricos conseguiu, com o seu livro, causar ur grande impacto a nível mundial. Logo dj seguida, surge, então, uma plêiade de autore e de livros, embora sem a projecção do anterior. Pc exemplo, O Segredo da Última Ceia de Javié Sierra A Sobra do Templário, de Nuria Masot, Segredos Código, de Dan Burstein, O Código Secreto de Lq Grossman e Código Da Vinci - A Verdade Oculta, dl Marie France Etchgon e Fréderic Lenoir!
Curiosamente, este último livro citado tenta dai explicações sobre a ficção de Dan Brown. Os autora "vão atrás do autor" pelos caminhos percorrido!
Segundo o livro, tentando justificar as razões que o levaram a escrever. Fantástico! Possivelmente, o próprio Dan Brown ficará surpreendido com a imaginação destes dois autores! É até capaz de dizer: "Não foi nada disso que aconteceu, mas está muito bem pensado!"
Logo nas primeiras páginas de O Código Da Vinci, nós lemos o seguinte: "Todas as descrições de obras de arte, edifícios, documentos e rituais secretos que aparecem neste romance são exactas". Acho muito conveniente dizer isso, pois, como o resto é tudo ficção (inventado ou deturpado)... convém separar o trigo do joio! Mas, ler um grosso volume para se saber que o Louvre possui 65300 peças de arte e que seriam necessárias cinco semanas para o visitar, considero um desperdício de tempo. Melhor, seria ler o catálogo do próprio museu!
Quando o livro foi publicado, o autor afirmou tratar--se, apenas de um romance, conforme diz na própria capa. Posteriormente, quando já se falava que o assunto iria passar para o cinema, Dan Brown mudou o seu discurso, dizendo que não era bem assim.
Para além de algumas falhas e troca de datas, relativamente a certos documentos, o autor fornece informações falsas no tocante ao Concílio de Niceia (325 d.C.) onde estavam mais de 300 bispos. Apesar de haver cinco deles que protestaram contra a Divindade de Cristo, no final, apenas dois se recusaram a assinar o documento que aprovava a mesma. Como é que Dan Brown pode afirmar, ou tentar dar a entender, que eles estiveram quase empatados nessa questão? Também não foi Constantino que impôs a Divindade de Cristo. A mesma já era reconhecida, tanto pelos apóstolos como pelos pais da Igreja! O Concílio de Niceia apenas aprovou (ou ratificou) o que já era aceite e reconhecido.
Como é possível, Dan Brown não saber que os documentos do mar Morto são anteriores à época de Jesus Cristo? E, se são anteriores, como poderiam falar d'Ele, pronunciar-se sobre a Sua Divindade? A errar desta maneira, naquilo que as pessoas sabem, como é que ele se propõe fazer passar uma mensagem que as pessoas não sabem?
Os quatro Evangelhos não foram impostos à Igreja pelo imperador Constantino. Os autores dos mesmos, com excepção de João, não eram muito conhecidos, mas escreveram inspirados por Deus. Os quatro Evangelhos canónicos distinguem-se dos apócrifos (cerca de 50 e não de 80, como diz Brown) na qualidade literária, no sentido e na ausência de absurdos. Alguns apócrifos tinham nomes sonantes como Maria, Pedro e outros apóstolos, mas os seus textos não eram credíveis!
Dizer que Jesus não era Deus e nem Se afirmou como tal, contraria os Evangelhos. Ele disse Quem era, o que veio cá fazer (Mateus 11:27; João 14:9) e deixou-se adorar (Mateus 15:25;28:17; João9:38). A Bíblia é o Livro de Deus e está muito acima dos livros humanos, sejam eles os de Dan Brown ou de outro mortal qualquer!
Autor do Artigo:
Agostinho Soares

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