02 agosto, 2008

Proeminente Anjo Auxilia Daniel

Finalizámos o número anterior com intenção de em Julho desenvolverei assunto relacionado com Gabriel, o í apareceu em visão ao profeta -estão judeu, personalidade assaz concedei por importantes reis do Médio Origem como Nabucodonosor, Dário, Assim, reflectiremos na missão proeminente anjo, a quem o Cristos escolheu para anunciar o nascimento] João Baptista e, em especial, a nativos de Jesus, o eterno Filho de Deus, das pessoas da Deidade. Meditarei outrossim em aspectos significai da vida espiritual e moral do história Daniel (provavelmente de sangue - Dn 1:3), que o livro bíblico com nome apresenta.
APESAR DE PAGÃO, O REI TEVE DE CONFESSAR SER O DEUS DE DANIEL "DEUS DOS DEUSES E O SENHOR DOS SENHORES"
NABUCODONOSOR E 0 SONHO DOS IMPÉRIOS MUNDIAIS
Ao estudar-se o livro de Daniel, poder-se-á divide em duas partes: a histórica, que inclui sonhos profeta (capítulos 1 a 6); e a profética, aonde constam vi espirituais (capítulos 7 a 12). Saliente-se que, no origem o texto a partir de Daniel capítulo 2 e versículo 4lj ao fim do 7° capítulo, foi escrito no idioma aramais siríaco, e o restante do livro em hebraico. O trecho aramaico dizia respeito sobretudo ao mundo gente sendo compreendido na altura pelos povos do hino Oriente. Tratava-se, digamos, de língua internacional
No início do seu reinado (Dn 2:1) Nabucodonosor teve um sonho de natureza profética, que lhe perturbou sobre maneira o espírito, tirando-lhe o sono. Ai ordenou aos sábios desse tempo e seus conselhos para dizerem qual fora o sonho, dando-lhe depressa respectiva interpretação. Caso contrário seriam mo incluindo Daniel e seus conterrâneos Hananias, Mil Azarias. Esses fiéis crentes oraram ao Senhor no sei de ser-lhes revelado tal segredo. Deus fez saber não sonho a Daniel numa visão, como o seu significado
modo que O adorou e Lhe deu graças (Dn 2:19-23).
Portanto, com a ajuda divina Daniel pôde revelar ao monarca o sonho que tivera: uma estátua, sendo a cabeça de ouro; o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de cobre; as pernas de ferro e em parte de barro - Dn 2:31-45. Ele apresentou também a interpretação correcta do sonho, a saber: o apogeu e queda dos impérios babilónico, medo -persa, grego e romano. No dito sonho vislumbra-se ainda uma pedra cortada sem alguém lhe tocar, a qual bate nos pés da estátua que cai reduzida a pó. A pedra, todavia, aumenta de volume até transformar-se num enorme monte que enche toda a Terra (Dn 2:34,35). O sonho refere-se igualmente a "um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre" (Dn 2:44). Trata-se do reino sem fim de Deus, do único Ser auto-existente e eterno.
Nabucodonosor cumulou Daniel de presentes e honrarias, designando-o inclusive governador da província de Babilónia e supremo chefe dos seus sábios e conselheiros (Dn 2:48). Apesar de pagão, o rei teve de confessar ser o Deus de Daniel "Deus dos deuses e o Senhor dos senhores" (capítulo 2).
No Manual Bíblico de Halley, lê-se: "Desde os dias de Daniel até ao advento de Cristo, o mundo foi governado por esses quatro impérios, exactamente como Daniel predisse. Nos dias do Império Romano, Cristo apareceu e estabeleceu um reino que começou como um grão de mostarda, passou por muitas adversidades, mas tornar-se-á um reino universal e eterno, que desabrochará em toda a sua glória na Segunda Vinda do Senhor."1
Consta ainda no aludido Manual, na página 345: "O livro apresenta Daniel como seu autor (Dn 7:1,28; 8:2; 9:2; 10:1,2; 12:4,5). Sua autenticidade foi sancionada por Cristo (Mt 24:15) e aceite pelos judeus e pelos cristãos primitivos. O conceito tradicional que o livro é um documento histórico verdadeiro que remonta aos dias do próprio Daniel persistiu unanimemente entre os estudiosos cristãos e judaicos até ao aparecimento da crítica moderna. Os críticos, em nome da erudição moderna, consideram como facto consumado que o livro foi escrito por um autor desconhecido que viveu 400 anos depois de Daniel, que tomou para si o nome de Daniel e impingiu seu próprio escrito como a obra autêntica de um herói que morrera séculos antes. Como, porém, poderíamos imaginar que Deus fosse participante de semelhante impostura? Suspeitamos que o verdadeiro ponto crucial da tentativa de desacreditar o livro de Daniel seja a falta de disposição de aceitar os milagres maravilhosos e as profecias assombrosas que estão registadas nesse livro."
ATITUDES CORAJOSAS DO PROFETA ANTE REIS BABILÓNICOS
Na interpretação de outro sonho, Daniel declarou corajosamente ao orgulhoso Nabucodonosor que ele seria acometido de loucura, de insanidade mental (doença semelhante à licantropia), e afastado da sua função reinante; contudo ao recuperar a razão seria restabelecido no trono (capítulo 4). Nessa altura, ao readquirir a saúde e o reino, Nabucodonosor louvou ao Deus altíssimo, Criador do Universo, e deu um impressionante testemunho d Aquele "que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração" (Dn 4:34).
Narra mais a Escritura que Belshazar (possivelmente vice-rei de Babilónia) ofereceu um faustoso banquete a um milhar de personalidades, e ordenou a vinda das taças de ouro, prata, etc, que Nabucodonosor, seu pai,2 tirara do templo de Jerusalém, a fim de os convidados beberem por elas dando louvores aos seus deuses. De súbito, numa das mais iluminadas paredes do palácio real aparecem misteriosamente dedos de mão humana a escreverem... O monarca viu isso e ficou perturbado, temeroso. Apavorado, mandou que trouxessem de imediato à sua presença Daniel, o profeta hebreu, pessoa bastante respeitada e sábia, pedindo-lhe para interpretar as enigmáticas palavras surgidas na estucada parede, visto os sábios, os astrólogos, os adivinhos não serem capazes de o fazer. Entretanto o Criador auxiliou
Daniel a explicar o sentido dessas palavras, informando Belshazar do seguinte: "Contou Deus o teu reino, e o acabou. Pesado foste na balança, e foste achado em falta. Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas" (Dn 5:26-28). A profecia cumpriu-se nessa mesma noite com a morte do vice-rei caldeu. Antes da tomada de Babilónia por Dário, Belshazar determinou que vestissem Daniel com um manto de púrpura real. lhe colocassem no pescoço uma corrente de ouro, e anunciassem que passaria a ser a terceira figura no governo do seu reino.
No capítulo 6 do livro em apreço lê-se, entre outras coisas, que o exilado profeta, e ocupante de elevado posto governamental na Babilónia, escapou milagrosamente de ser devorado pelas feras numa cilada dos seus inimigos. Daniel afirmou ao monarca Dário: "O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum" (Dn 6:22).
ESPANTOSAS VISÕES PROFÉTICAS RELACIONADAS COM O PORVIR
No 7o capítulo, Daniel recebe do Criador quatro espantosas visões proféticas relacionadas com o porvir, a saber: quatro impérios gentílicos abrangendo enormes regiões da Terra (continuação da profecia de há seis décadas atrás - capítulo 2). Enquanto no sonho de Nabucodonosor os impérios mundiais são representados por uma estátua do homem (reveladora do aspecto político dos ditos impérios), na visão de Daniel essas potências surgem em figuras de animais (que simbolizam o lado espiritual e moral das mesmas). A Bíblia refere tais animais simbólicos: o leão com asas de águia; o urso; o leopardo com quatro cabeças e asas; a besta terrível e indescritível, sem parecença com qualquer animal terreno. Essa besta é dotada de grandes dentes de ferro e dez chifres. Provavelmente esse "animal" aludirá outrossim, na profecia escatológica, à pessoa do Anticristo (Ap 13:1-8).
Semelhante experiência mística causou profunda emoção em Daniel (Dn 7:28). Mais: ele chega a confessar: "Quanto a mim {...), o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me espantavam" (Dn 7:15). Na referida visão o profeta hebreu contempla em forma simbólica o maravilhoso e justo Deus, que julgará as nações, rodeado de inúmeros seres celestiais, os quais O servem (Dn 7:9,10). Vislumbra, ainda, o regresso em glória do Filho de Deus, à Terra, a fim de reinar (Dn 7:13,14,26,27). Entrementes solicita a um dos que estavam perto dele (quiçá Gabriel - Dn 8:16; 9:21) para dar-lhe a interpretação de tudo quanto enxergara (Dn 7:16). E esse insigne anjo explicou-lhe o sentido da visão dos animais simbólicos, e não só (Dn 7:16-27).
Noutra visão surge aos olhos do profeta a figura de um bode (símbolo do império grego) a pelejar contra um carneiro (império medo -persa), derrotando este. Daniel Não entendia o significado da misteriosa e tremenda visão do capítulo 8 exarada no seu livro, a qual inclui matéria complexa. Deus ordenou a um ser angélico para esclarecer e animar o profeta aturdido e confuso, o que Gabriel fez (Dn 8:13). Note-se que na primeira metade do livro sacro, os sonhos proféticos são interpretados pelo seu autor com o auxílio divino. Na segunda metade, o Criador utiliza-se dum anjo para que a Daniel seja revelado o sentido dos respectivos sonhos e visões.
DEUS ESCLARECE DANIEL ATRAVÉS DE UM. ANJO
No primeiro ano do reinado de Dário sobre os caldeus, Daniel compreendeu "pelos livros [Escrituras Sagradas] que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos" (Dn 9:2). Vide Jeremias 25:11,12. Então Daniel ora fervorosamente a Deus, rogando misericórdia, "com jejum, e saco e cinza". Além disso, ele identifica-se com o povo judeu deportado em terras longínquas, confessando os seus pecados e até os dos conterrâneos. Profundamente arrependido, intercede pelo povo do Senhor numa prece repassada de humildade e pesar. A apostasia dos israelitas originara a perda da independência da sua pátria, a destruição do templo de Jerusalém, o cativeiro e morte de numerosas pessoas (Dn 9:3-20)
Entretanto o anjo Gabriel (que Daniel vira nela dramática visão anterior - Dn 8:16) diria velozmente para o profeta interrompendo sua d (Dn 9:21). A seguir encoraja Daniel informando-o é muito amado e desejado, obviamente pelo Sendo (Dn 9:23; 10:19). Instrui-o também quanto ao sendo da visão do carneiro e do bode, inclusive as questão das 70 semanas proféticas, do advento do Messias, manifestação do Anticristo, etc. (Dn 9:22-27; 12:111 24:15; Mc 13:14).
Nos capítulos 10 a 12, Daniel é preparado pagina derradeiras revelações consignadas no seu livro propósito dos textos de Daniel 10:13,20,21 e 11:1, ol António Gilberto na sua obra Daniel e Apocalipse "Aqui Deus levantou o véu do mistério e mostra Daniel algumas realidades do mundo invisível que cerca. Essas coisas invisíveis são os anjos menciona em Colossenses 1:16. Um dia conheceremos o mista dos espíritos invisíveis, tanto os bons como os n] e a sua poderosa influência na vida das pessoas a assuntos humanos." Prossegue o escritor: "desde mensageiro celeste a Daniel que, desde o principio l dia da sua busca da face do Senhor, a sua oração atendida, mas a resposta divina demorou 21 dias chegar (Dn 10:12,13). Certamente está aqui uma explicações por que, às vezes, demora a resposta nossas orações."3
Acerca do "príncipe do reino da Pérsia" declaração ] mesma página o autor do dito livro: "Esse príncipe! era de origem terrena. Tratava-se de um anjo diabo tão forte, que a vitória, no caso aí abordado, Sá decidida quando Miguel, o poderoso arcanjo, em em acção e assim a resposta da oração chegou a Dai Houve pois conflito no ar entre anjos bons e maus. Ai como Deus tem anjos que protegem nações, San também tem os dele, que operam, mas a seu modo. I anjo mau da Pérsia controlava os destinos desse | mas foi desancado pelos anjos de Deus. 'E eu vitória sobre os reis da Pérsia' (Dn 10:13 - ARA)".|
De facto Daniel foi ajudado pelo anjo Gabriel, cora o arcanjo Miguel auxiliou-o da mesma forma, sem este o defensor do povo de Israel (Dn 10:13,21; 12:1

Nota –
Edição revista e ampliada (Nova Versão Internacional). Edição ;
Editora Vida, São Paulo, Brasil, p. 347.
2"Belshazar era na realidade filho de Nabonido e neto de Nabucador aramaico não tem vocabulário para avô. Jeremias explica a dúvida i do seu livro quando trata do pai de Belshazar (Nabucodonosor); do Nabucodonosor (Nabonido); e do filho do filho (neto) de Nabuccx (Belshazar). (Ver também Dn 5:11)." Daniel e Apocalipse, de i Gilberto. CPAD. Edição: 1984. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, p. 38.
Autor do Artigo;
Fernando Martinez 1
Pastor Evangélico

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