22 agosto, 2008

Os Péssimos Exemplos de Deus ?

A IMPOSSÍVELTENTATIVA DE SEPARAR O AMOR DA JUSTIÇA DIVINA
A CRIAÇÃO DO HOMEM E DA MULHER COMO SERES LIVRES IMPLICOU PARA DEUS, DESDE A SUA ORIGEM, A CRUZ E A CRUCIFICAÇÃO DO CRIADOR FEITO CRIAÇÃO.
"Pepe Rodrigues, um académico espanhol que circula entre institutos da Universidade de Barcelona e da Complutense de Madrid, acaba de publicar um livro com 'Os péssimos exemplos de Deus?' (Frei Bento Domingues O.P.)
A tendência marcada dos dias de hoje, a que não é estranha a inclinação do homem em todos os tempos desde a sua queda segundo a narrativa bíblica, é de não entender ou não querer entender, melhor dizendo de ter uma má relação com a justiça divina. Deus só pode ser Deus dentro dos limites estabelecidos pela vontade do homem. Segundo esta postura Deus deveria ignorar a malignidade dos actos humanos, ignorar os crimes cometidos pelos povos e pelos tiranos, branquear os atentados contra os direitos de Deus, parafraseando uma declaração muito em voga.
Por muito que custe à falsa e hipócrita sensibilidade humana provinda do pecado e da desobediência, Deus é santo e justo, da mesma forma como é santo e amor. O pecado, resultado da queda humana, na desobediência ao mandamento divino de que o bem e o mal não são questão de opinião mas da essência e do carácter de Deus, traz a morte, a destruição e a condenação no presente e na eternidade.
A maldade humana provoca o sofrimento. Não apenas do próprio, mas dos que o rodeiam, dos seus descendentes e também, do próprio Deus. Este é o mistério da criação do homem como ser livre, à imagem e semelhança de Deus. Quando o homem foi criado Deus sabia que haveria de sofrer pela Sua própria criação, de tal forma que ela pudesse ser redimida, reconciliada e restaurada à sua vocação original.
Não gostamos dos relatos bíblicos da queda, do dilúvio, da torre de Babel, da destruição das nações que habitavam na Terra prometida a Abraão e à sua posteridade. Não apreciamos a revelação divina a respeito do inferno e da condenação eterna. Preferimos as declarações de amor, de misericórdia, de graça, de paciência e de perdão. Mas não há genuíno amor sem ira, sem reprovação frontal da maldade, do egoísmo, da prepotência e da injustiça.
Existem duas tendências perante os relatos bíblicos que manifestam a justiça divina: negar a sua inerência e inspiração como Palavra de Deus ou acusar Deus de arbitrário, cruel, responsável e instigador de muitas tragédias.
De uma coisa estamos plenamente certos, conhecendo nós o coração de Deus à luz da pessoa de Jesus Cristo, eles visaram sempre um bem maior que porventura podemos não conseguir divisar na sua totalidade, mas que está patente na cruz e na concretização do plano de salvação que aí Jesus Cristo consumou a nosso favor.
A justiça divina só aconteceu depois de Deus ter dado inúmeras oportunidades aos homens para que se arrependessem e dessa forma evitassem o castigo. Toda a acção de Deus foi sempre no sentido de a salvação que haveria de ser realizada por Ele mesmo, viesse a ocorrer de acordo com o Seu desígnio. Se Deus agisse de forma que a maldade humana tivesse livre curso, há muito que o género humano se tinha autodestruído.
Em todo o juízo divino há sempre um factor preponderante de misericórdia e de graça, saibamos nós aproveitá-lo e aplicá-lo à nossa vida. Nunca por nunca ser os relatos bíblicos do juízo divino no passado dão respaldo a acções religiosas e políticas, hoje em dia, de intolerância e fundamentalismo terrorista. Mas Deus tenha misericórdia de nós quando hoje as nações se vêem diante de conflitos planetários e civilizacionais perante os quais as instâncias humanas mais destacadas não sabem como agir, nem têm meios de controlo. Para nós elas são mais uma evidência de que só o Criador e o Salvador que é o Senhor Jesus Cristo tem autoridade para colocar em ordem o mundo. Por isso estamos expectantes a respeito da iminente segunda vinda de Jesus Cristo.
Autor do Artigo;
Samuel Pinheiro

1 comentário:

Anónimo disse...

Bela mensagem contida neste post.

Abraços e fiquem na abundante Graça!!!