04 junho, 2008

PERGUNTA Nº 113

Haverá uma segunda oportunidade de salvação para os seres humanos? Mesmo depois do Arrebatamento, poder-se-é ser salvo?

RESPOSTA
O termo “segunda oportunidade” costuma ser usado relativamente à morte física, ou seja, depois de a mesma ter ocorrido. Ora, nesse aspecto a Bíblia é bem clara, em várias passagens, como por exemplo em Lucas 16, a respeito da Parábola do “Rico e Lázaro” e também em Hebreus 9:27, quando diz: “... aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso, o juízo...”
Conforme a Bíblia regista, depois da morte física não há uma segunda oportunidade. Nessa altura, nada mais se poderá fazer. Nem pregar o o Evangelho aos mortos, nem baptizá-los nas águas, como alguns grupos heréticos tentam fazer crer. Aliás, nem sequer orar a Deus por eles! Interceder pelos mortais... sim, mas enquanto estiverem vivos!
Há um ditado muito popular entre nós que diz o seguinte: “Enquanto há vida há esperança”. Por isso, os crentes cristãos evangélicos não desistem de falar de Jesus e da salvação às pessoas que ainda não fizeram a sua decisão. Possivelmente, algumas delas já recusaram a primeira e a segunda vez; todavia ainda continuamos a testemunhar, não só aos nossos familiares e amigos, mas a todos que ainda nos derem a oportunidade de lhes falarmos do Evangelho!
Agora a pergunta pertinente é aquela que se refere ao Arrebatamento. Nessa altura os crentes salvos, em comunhão com Deus, serão arrebatados, irão ter com Jesus a um lugar chamado Tribunal de Cristo (Rom. 14:10; Ap. 22:12; II Cor. 5:10; I Ped. 4:17; Ap. 19:7-9) para receber os galardões em face do serviço desempenhado na Obra de Deus, seguindo depois para as Bodas do Cordeiro. As virgens prudentes irão com o Noivo e as loucas, que não tiverem azeite, irão comprá-lo, voltando depois quando o Noivo já se foi embora. Essas virgens loucas trarão azeite mas não irão às bodas! É isso que a Bíblia refere!
Todos nós poderíamos perguntar se o azeite trazido pelas virgens loucas servirá para alguma coisa. A resposta é: Para as Bodas... não! As Bodas do Cordeiro estarão já perdidas para as pessoas que ficarem de fora. Não somente as bodas, mas também os galardões do Tribunal de Cristo.
As portas das Bodas nupciais estará fechada. Mas... o resto? O Milénio? A Eternidade? Haverá ainda alguma oportunidade de salvação para os que estiverem vivos?
Em Apocalipse 7:9-17 fala-se de uma multidão a qual ninguém poderia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Não eram seres angelicais, mas seres humanos que o apóstolo João não conheceu. Não eram os crentes do Antigo Testamento nem os da Igreja; caso contrário teriam sido identificados. Mas esta multidão, que pertence ainda ao futuro, era, logicamente, desconhecida do apóstolo e vinha de uma Grande Tribulação (Ap. 7:14).
Evidentemente que não é bíblico estar a preparar alguém para a Grande Tribulação! O que devemos fazer é prepararmo-nos para a vinda do Senhor, mais prcisamente para o Arrebatamento da Igreja. Agora as coisas estão mais facilitadas neste tempo da graça de Deus. E se agora alguém diz que é difícil seguir Jesus, como será no tempo da Grande Tribulação?
O tempo da Grande Tribulação seguir-se-á ao Arrebatamento da Igreja. Nessa altura, Deus fará contas com este mundo, derramando inúmeras catástrofes naturais. Por outro lado, o Anticristo, ou Primeira Besta, tentará controlar tudo e todos, através de uma determinada numeração e codificação dos habitantes da Terra. Diz a Bíblia: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhe seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome de Besta, ou o número do seu nome” (Ap. 13: 16-17).
Tempos terríveis que ainda estão para surgir. As pessoas não poderão comprar alimentos nem vender o seu trabalho, se não deixarem colocar o número da Besta. A esmagadora maioria irá aceitar a marcação do número, argumentando que isso equivale ao progresso da tecnologia e que é muito melhor ter esse número do que dezenas de outros como número de contribuinte, número de B. I., número mecanográfico, número de beneficiário, número de sócio de qualquer coisa, número de identificação bancária (NIB), número de código do multibanco ou de cartão de crédito e muitos outros. Dirão também que os cartões de plástico poderão ficar esquecidos em qualquer lado e aquele sistema acompanha sempre os humanos!
Possivelmente, as primeiras pessoas a entrarem no sistema, as cobaias, serão marcadas na mão direita e colocarão depois a mesma num visor da caixa registadora dos hipermercados. Depois, numa fase mais avançada, haverá um sistema idêntico àquele que existe nas auto-estradas, na faixa de via verde, para controlar e identificar os compradores que passem nas filas das compras.
O número permanecerá escondido da curiosidade dos mortais. Somente as máquinas estarão capacitadas para o detectar, além de Deus, que tudo sabe e tudo vê. Nesse tempo, alguns amigos aconselharão a marcação, que não se vê, nem faz mal algum, a exemplo do que acontece actualmente com algumas meninas bonitas, que usam próteses escondidas e encorajam outras a fazer o mesmo.
Evidentemente que o sinal e o número da Besta implicam num certo comprometimento com as forças do mal, nomeadamente com o Diabo e seus emissários. Mas... será possível resistir a isso? Diz a Bíblia: “E vi como um mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da Besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estava junto ao mar de vidro e tinham harpas de Deus” (Ap. 15:2).
O que acontecerá, então, àqueles que não deixarem colocar o número e sinal da Besta? Dificilmente arranjarão algo para comer, andarão fugidos e, quando apanhados, serão degolados. Nessa altura, (em que que os elementos da Igreja, já ressuscitados, estarão nas Bodas do Cordeiro) os que morrerem por amor da Palavra de Deus, não ressuscitarão logo, mas as suas almas irão para debaixo do altar. Diz a Bíblia: “...Vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da Palavra de Deus e por amor de testemunho que deram” (Ap. 6:9).
Naturalmente que as almas dos que foram degolados irão clamar por justiça mas ser-lhes-á dito que aguardem mais algum tempo até que se complete o número daqueles que ainda morrerão nas mesmas circunstâncias (Ap. 6:11).
A Grande Tribulação, que não é grande no tempo de duração, será grande na amplitude do mal. Tempos não aconselháveis a ninguém. Catástrofes naturais, perseguições a todos os que não deixarem colocar o sinal e número da Besta e, por fim, a decapitação. Para esses mártires da Grande Tribulação não há galardões nem Bodas do Cordeiro; somente apanham a Igreja na terceira estação, ou seja, aquela que antecede o Milénio!
Em Apocalípse 20:4 diz o seguinte: “... E vi as almas dos que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela Palavra de Deus, e que não adoraram a Besta nem a sa imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e volveram e reinaram com Cristo durante mil anos”. Sim, somente nessa altura é que eles ressuscitarão para reinar com Cristo no Milénio!
Não é aconselhável desperdiçar a primeira oportunidade que se nos oferece de aceitar Jesus como único e suficiente Salvador e segui-lo todos os dias da nossa vida. Não é prudente nem inteligente rejeitar o Príncipe da Vida! Nunca sabemos se teremos outras oportunidades, pois podemos morrer rapidamente em qualquer altura.
Quanto à Grande Tribulação... quem é que pode garantir ser capaz se suportar todas as calamidades e perseguições sem desesperar nem deixar colocar o número? Por exemplo, pessoas com dificuldades em fazer jejum, como aguentarão dias sem comer? Que não são capazes de aguentar uma crítica à sua fé como aguentarão uma perseguição diabólica? Pessoas que têm vergonha de confessar o Nome de Jesus agora, como irão confessa-lo depois?
Graças a Deus, que mesmo naquelas terríveis circunstâncias ainda haverá crentes que aguentarão fiéis ao Senhor. Esses crentes da Grande Tribulação constituem um enorme exemplo para nós, Igreja do Senhor Jesus. Temos neles um bom exemplo, não do passado, mas do futuro. Se eles conseguirão... nós também conseguiremos!
O meu sincero objectivo é ser fiel agora, que é um tempo muito fácil, comparado com aquele que ainda está para chegar. Além disso, eu não quero perder as Bodas do Cordeiro... por nada deste mundo!

Autor do Artigo;
Agostinho Soares

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