04 junho, 2008

PERGUNTA Nº 111

Será possível atingir a felicidade? O verdadeiro amor existe? Que fazer com os sonhos da adolescência? Tantas canções e romances falam de amor e felicidade, mas só vemos frustrações, vazios e desilusões. Sinceramente... é caso para perguntar: Haverá alguém feliz? (Jovem desiludida)

RESPOSTA:
O verdadeiro, genuíno e puro amor só existe em Deus, o Criador de todas as coisas. E, quanto à felicidade absoluta... a mesma também só será atingida quando chegarmos à Sua presença, na Eternidade, e ali vivermos para sempre com o nosso querido Salvador, Senhor Jesus Cristo.
Todavia, devo dizer que aqui na Terra também é possível alguma coisa, em termos relativos. Se formos novas criaturas, salvas, lavadas e purificadas pelo sangue de Jesus; se tivermos o amor de Deus nos nossos corações e deixarmo-nos guiar pelo Senhor... as coisas serão diferentes! Se não brincarmos com a vida, com o amor, nem com o sexo; se formos fiéis aos nossos compromissos, assumindo as nossas responsabilidades... então seremos felizes, em termos relativos, aqui na Terra!
Naturalmente que o mais importante na vida é seguir o Senhor Jesus Cristo, o nosso Salvador, colocar Deus em primeiro lugar e prepararmo-nos para a vida eterna. Todavia, podemos passar aqui na Terra umas dezenas de anos bem passados e bem acompanhados. Essa felicidade (relativa) terrena passa pela busca da direcção divina para todas as nossas opções, incluindo não só a escolha do curso, do emprego, mas sobretudo do marido ou da esposa. E depois, esperar pelo tempo certo, sem precipitações porque a Bíblia diz que há tempo para tudo. Não queremos nada fora do tempo que possa originar bebés nascidos antes do tempo, ou coisas ainda muitíssimo piores.
A Bíblia diz que Deus criou o homem à Sua imagem e conforme a Sua semelhança (Gen. 1:26,27). Ora, se fomos feitos à imagem e conforme a semelhança de Deus, logicamente que teremos algo em nós que se identifica ou, pelo menos, se aproxima, com as características e a essência de Deus! E se as nossas condutas, posturas e procedimentos não estão de acordo com esses valores divinos colocados em nós, não haverá equilíbrio, nem paz nem felicidade!
Deus é Santo e Puro e o homem só será verdadeiramente feliz quando o for também. Todavia,, se o ser humano se deixa conduzir pela natureza adâmica e pecaminosa, então ele está a contrariar, não só a vontade do Criador mas também algo existente em si mesmo que herdou de Deus. Isto, para além de um vazio espiritual que possuímos e que só poderá ser preenchido por Deus na Pessoa de Senhor Jesus Cristo!
Sem o devido preenchimento do vazio espiritual, o ser humano sentir-se-á sempre vazio, frustrado e não realizado. Quando aceita Jesus como seu único e suficiente Salvador, fica completo e com capacidade para tentar cumprir a vontade de Deus na sua vida. Não perfeito, mas com uma ajuda divina para tentar respeitar os valores no que se refere ao equilíbrio, santidade e pureza. Só assim poderá atingir a tal paz interior que excede todo o entendimento, a alegria e o amor que vêem de Deus, os quais consubstanciam a realização pessoal e a felicidade relativa!
É verdade que muitas pessoas falam de amor nas suas canções, nos seus romances e novelas mas não é aquele amor divino, o amor que vem de Deus, puro, desinteressado, não egoísta! O amor que Deus coloca nos corações é no sentido de dar e não de tentar obter; de dar ajuda, atenção, cuidados, carinho e não de obter sexo, favores, dinheiro ou outras coisas do género.
A esmagadora maioria dos que cantam o “amor” ou pronunciam esta palavra, estão a pensar em sexo e, muitas vezes, em sexo desmedido e com o maior número possível de parceiros sexuais. Preconizam o amor livre, ou seja, sexo livre. Aliás, as coisas estão de tal modo que nos últimos 30 anos o acto sexual passou a ser designado por “fazer amor”, quando afinal, às vezes não há amor algum, nem antes nem depois desse mesmo acto.
De um modo quase geral, mas com algumas excepções, as meninas adolescentes pensam no amor, paixão, romance, enquanto os rapazes pensam no sexo. (Aliás, está provado que um adolescente de 16 anos tem um pensamento sobre sexo em cada 20 segundos). Assim, os rapazes prometem amor para obter sexo e as meninas (nem todas) dão sexo em busca de amor. Depois ficam frustradas porque não encontram maturidade suficiente da parte dos parceiros sexuais. Sentem-se frustradas, usadas e deitadas fora.
Naturalmente que, nestas dificuldades juvenis nem as sociedades nem os governos ajudam. Só sabem aconselhar o preservativo e de resto vale tudo. Até se conta uma anedota sobre um adolescente que foi aconselhar-se a um psiquiatra muito distraído. Dizia o rapaz que tinha uma gana dentro dele que lhe apetecia partir tudo, desfazer tudo. Resposta do técnico distraído: “Pode fazer tudo o que quiser... mas sempre com preservativo!”
Ao contrário do que se afirma, o preservativo não constitui protecção eficaz contra coisa alguma. Nem contra a gravidez, quanto mais contra o vírus da Sida que é 450 vezes mais pequeno!
A TV nem sempre fornece boas indicações acerca do que é melhor para a juventude, ou para as pessoas, de um modo geral. A parte comercial é significativa para os responsáveis. Não só os anúncios, mas também os filmes que exibem. A Televisão não mostra a realidade total, mas apenas o que lhe convém. Por exemplo, as “vantagens” (aparentes) de um relacionamento ocasional, a aventura, a experiência física, etc, mas não mostra a frustração e o vazio do dia seguinte, nem a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis alguns meses depois. Por exemplo, a TV fartou-se de mostrar um anúncio sobre o tabaco “Malboro” onde um homem, másculo e bem nutrido, fumava o seu cigarro. Porém, “esqueceu-se” de dizer que esse homem, másculo e bem nutrido, morreu num hospital com cancro no pulmão devido ao tabaco!
Infelizmente, foi noticiado em Julho de 2000 que Portugal é o segundo país da Europa com mais “SIDA”, logo a seguir à Ucrânia. Assim, 0,6% dos rapazes portugueses dos 15 aos 24 anos estão infectados, o que acontece com 0,3 das raparigas da mesma idade. Parece que Portugal ocupa lugares cimeiros nos aspectos mais negativos. Não lhe chegava já o primeiro lugar mundial no consumo individual de álcool!
Nesta Europa, dita civilizada, existem 140 mil rapazes e 80 mil meninas infectadas com o “vírus “HIV”. O anúncio do preservativo terá contribuído para o aumento destas cifras? Estou convencido que sim, devido ao modo como os mesmo eram feitos. E eu pergunto: O que irá acontecer quando a descriminalização das drogas, aprovada na Assembleia da República, for homologada?
Digam o que disserem as sociedades e os governos, eu afirmo que a Palavra de Deus continua a ser válida para os nossos dias. Tudo aquilo que Deus criou é maravilhoso se for usado no tempo certo e na altura própria. Sejam as comidas, as bebidas, o sexo e tudo o mais que Deus criou, continuará em boas condições se for com ordem, respeito, legalidade e moderação.
As pessoas que brincam com o sexo, brincam com dinamite e são potenciais candidatas à infelicidade e frustrações, para não falar nos riscos das doenças sexualmente transmissíveis. É errado procurar a felicidade começando por desobedecer às leis divinas e aos preceitos definidos por Deus. Os que assim procedem, acabarão por sentirem-se vazios e frustrados, concluindo que a vida não tem sentido, não há amor, nem sentimentos profundos, nem felicidade e que eles próprios tiveram azar na vida. Trocam a felicidade por alguns minutos de prazer físico, sem compromisso e sem responsabilidade, embora sejam responsáveis diante do Criador.
Aquilo que nos acontece tem uito a ver com o que fazemos. O que queremos e sonhamos pode nunca ser atingido se começarmos mal. Nunca ninguém sonhou ser toxicodependente ou presidiário. No entanto há milhares e milhares deles no nosso país. Toxicodependência e prisão são situações que não idealizamos nem programamos mas podemos contribuir para elas e sofrer as suas consequências.
Às vezes os adolescentes vivem no mundo da fantasia, dos desenhos animados. Não têm o coração em Deus nem os pés bem assentes na Terra. Como uma professora dizia acerca de algumas alunas de uma turma: “Não são deste mundo! Se viesse uma nave de outro planeta, elas entravam com naturalidade, achavam tudo normal, e desapareciam da circulação da Terra”.
As fantasias continuam, às vezes, para além da adolescência. Entra-se na droga para continuar a fantasiar, “viajar” e sonhar. Porém, depois faz-se uma terrível aterragem num lugar mais abaixo relativamente aquele de onde se partiu, ou acorda-se estremunhado. Outros fazem um percurso triste, sem nunca despertar para a realidade. A Bíblia diz: “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gal. 6:7).
Devo dizer que a concretização dos sonhos da adolescência é possível. Se formos moderados nesses mesmos sonhos e basearmos os nosos projectos nos parâmetros estabelecidos pelo Criador, é possível concretizá-los. Comigo foi possível porque aos 19 anos de idade aceitei Jesus como meu único e suficiente Salvador. Esperei em Deus, confiei e as coisas cumpriram-se.
Há por aí tantos amores falhados, amores interrompidos, não concretizados. E eu pergunto: Por que é que o nosso amor não há-de ser de sucesso? Porquê, se temos o Senhor da Vida como nosso Deus?
Certamente que o Criador da Vida tem um propósito para os seres humanos. Se houver obediência a Deus, haverá sentido para a vida, para a felicidade e, sobretudo, salvação para gozar a eternidade junto do Senhor para sempre!
A nossa fé e o poder de Deus constituem um binário poderoso. Do nosso lado nem sempre as coisas estão na melhor forma, mas do lado de Deus está sempre bem, pois Ele é fiel aos Seus compromissos assumidos. A nossa fé poderá fraquejar um pouco mas esse enfraquecimento é largamente compensado pela actuação divina. Assim, eu sou uma testemunha de que vale a pena confiar em Deus. Sou um homem feliz, em termos relativos, abençoado e realizado. Deus tem-me abençoado no casamento, no lar, com os filhos, para além dos estudos e do trabalho. Não pedi mais do que isto! Até ao presente momento Deus tem-me abençoado maravilhosamente e confio que irá continuar pois não tenho motivo algum para duvidar.

Autor do Artigo;
Agostinho Soares

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