08 maio, 2008

VIOLÊNCIA

Eram três meninos, irmãos de oito, sete e três anos de idade. Com os olhos aterrorizados e tremendo de medo, não podiam deixar de olhar.
NADA HÁ NO MUNDO QUE FRUSTRE, CONFUNDA E ATEMORIZE MAIS A CRIANÇA DO QUE VER SEUS PAIS A LUTAREM.
Que estavam a ver? Viam o pai dar uma sova brutal na sua mãe. A dita cena é descrita num jornal da América Latina.
O homem enfurecido, diante dos seus filhinhos, golpeava brutalmente a esposa. Qual era a causa disso? Ninguém sabe. As crianças só diziam: "O papá está muito zangado." Todavia uma palavra descreve semelhante acto: violência!
A violência doméstica, se bem que na vida diária não é nada de novo, nos artigos dos diários e nos tribunais é-o de facto. É algo que recrudesceu nas últimas décadas. E esta crónica obriga-nos a tocar em dois pontos: a violência entre os pais e o respectivo efeito nos filhos.
Alguns afirmam que a violência familiar estimula a própria família, contudo isso é ver o assunto de modo superficial. A violência nasce no coração. Está dento de uma pessoa, como se encontrava no coração de Caim, e só precisa duma simples provocação para explodir.
Dizemos que a culpa é da mulher, ou do marido, ou ainda dos filhos, porém não é. Origina-se no coração ferido e confundido que verte suas frustrações sobre as pessoas que se encontram mais perto. Quando o tronco está mal, toda a árvore está também. Quando o coração vive amargurado, a pessoa (na qual o mesmo lateja) reage com violência.
E que dizer sobre os filhos? Nada há no Mundo que frustre, confunda e atemorize mais a criança do que ver seus pais a lutarem, a discutirem, especialmente quando se trata de disputas violentas. E se for um filho de dois, três ou quatro anos, essas contendas têm efeitos desastrosos que afectam toda a vida das crianças. Um sociólogo disse: "Quanto mais violento é o casal, dos que temos entrevistado, mais violentos são os filhos." Certamente a violência dos pais vem da violência dos seus progenitores.
Como necessitamos de paz e tranquilidade no nosso coração! Como necessitamos do Príncipe da Paz! E esse Príncipe existe: é Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele asseverou: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turve o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27).
Entreguemos o nosso coração a Jesus Cristo. Se o agastamento tem sido a nossa debilidade, façamos uma sincera declaração de humilde arrependimento. Cristo conhece a nossa intenção e Ele quer ajudar-nos. Permitamos que o Senhor entre no nosso coração. Ele renovar-nos-á no mais profundo do nosso ser,.
Autor do Artigo
Hermano Pablo

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