08 maio, 2008

Uma Igreja uma Ideia

A Igreja é uma ideia do Céu concretizada na terra. A Igreja existe porque Deus assim o entendeu. Ela não nasceu por vontade de homem algum, pois nenhum ser humano teria capacidade para imaginar e concretizar um organismo vivo constituído por membros cujas origens, sendo as mais variadas, se unem num propósito comum de seguir e servir alguém que nunca viram directamente, mas com quem, pela fé, mantêm um relacionamento pessoal.
A Igreja existe por causa da vida de Cristo. Sem Ele a Igreja não seria possível, pois ela trata-se de uma comunidade composta, não por meros religiosos esforçando-se por cativar e manter a atenção divina, mas sim por um conjunto de pessoas que, através de Jesus Cristo, alcançaram o que de outro modo lhes seria completamente impossível: a Salvação das suas almas.
A Igreja existe porque vive em função do seu fundador. É Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo, quem lhe dá origem e é Ele próprio quem a dirige e sustenta desde o seu início até à actualidade. E, exactamente porque a Igreja Lhe pertence, Ele responsabiliza-se por conservá-la até ao fim e levá-la para a Eternidade. Por esta razão podemos afirmar que a Igreja não poderia estarem melhores mãos.
Uma vez que a Igreja é uma ideia do Céu concretizada na terra, isso implica que ela existe num ambiente adverso ao seu desenvolvimento. A Igreja é vista como um elemento estranho que infecta um corpo saudável. Só que o relacionamento entre a Igreja e o mundo é exactamente o inverso: a Igreja funciona como um remédio para curar o mundo terrivelmente infectado por um vírus mortal chamado pecado. Mas não é assim que a sociedade a vê, pelo contrário. Aos olhos de muitos a Igreja é como um tumor cancerígeno que contamina as células à sua volta. Esta imagem tem a sua verdade só que é o efeito sobrenaturalmente oposto: a Igreja -restaura, não contamina.
O problema desta visão distorcida em relação à Igreja advém do facto de muitos que dizem dela fazer parte não viverem de acordo com os padrões que professam.
A hipocrisia de supostos crentes tem afastado pessoas que não desejam pactuar com tais estilos de vida. Esta maneira de agir terá a sua justificação, mas importa lembrar que a Salvação não vem através da Igreja nem dos (in) fiéis; vem somente através de Jesus Cristo. Foi Ele quem pagou o preço pela redenção da humanidade e será a Ele que, em última análise, tanto uns como outros terão de prestar contas das escolhas que fizeram.
Muitas vezes a verdadeira Igreja, a qual Jesus conhece intimamente, composta por fiéis que frequentam as mais diversas denominações, é confundida com grupos locais, regionais e mesmo mundiais. Não é pelo número de aderentes que se comprova a legitimidade de uma comunidade cristã. Há padrões humanos de avaliação que não podem ser aplicados à Igreja de Cristo, porque só o seu fundador tem a capacidade de avaliar o grau de consagração dos Seus discípulos. Uma vez que temos ao nosso alcance a revelação de Deus acerca da Sua Igreja, o que precisamos fazer é manter as nossas vidas dentro do padrão por Ele revelado e não permitir que tão excelente projecto se corrompa por querer enquadrá-lo em formatos terrenos. Não podemos deixar que a Igreja degenere para outra coisa que não a planeada pelo seu criador, daí que necessitemos de elevar os nossos olhos e centrar a nossa atenção no Autor celestial deste magnífico projecto. Se alguém tem de mudar, esse alguém somos nós; mudar para melhor, percorrer um caminho mais excelente, buscar a perfeição e nunca rebaixar a Igreja para fazê-la acomodar a padrões terrenos que são apenas temporais.

Autor do Artigo .
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