08 maio, 2008

Uma Comunidade de Fiéis

A IGREJA É FORMADA POR PESSOAS IMPERFEITAS QU ESTÃO A CAMINHAR PARA A PERFEIÇÃO. Perfeição não preceito para alguém se tornar membro da Igreja, pois se assim fosse ninguém preencheria os requisitos para admissão. A Bíblia é clara a afirmar que, aos olhos de Deus, não existe um único ser humano isento d pecado. Assim, ou a Igreja é composta por pecadores arrependidos, no então não passa de uma utopia.
É importante ter em conta que é necessário encarar estes conceitos com algum equilíbrio. O facto de sermos imperfeitos não significa que n possamos desculpar com essa condição e nada fazer para melhorar. De é suficientemente poderoso para, respeitando a nossa individualidade liberdade de escolha, trabalhar em nossas vidas, limar as nossas aresta retirar as impurezas e tornar-nos mais e mais à semelhança do Seu Filho Jesus Cristo.
Mantermo-nos na imperfeição não é opção, pelo contrário, é o oposto mandamento de Jesus quando nos mandou sermos perfeitos com perfeito é o Pai celestial. Assim, os membros da Igreja são aqueles que tendo uma vez sido salvos, se mantêm num processo . aperfeiçoamento. É exactamente por se tratar de um processo que n nos podemos considerar obra consumada, nem, por outro lado, fie deprimidos quando não atingimos o patamar de excelência q desejamos.
Jesus exigiu dos Seus discípulos perfeição porque nada menos n poderia ser exigido. Algo menos que perfeição simplesmente significa imperfeição, o que é contrário à natureza do próprio Deus que tudo f para nos salvar. Seu propósito é restaurar-nos à plena imagem semelhança que Ele idealizou para nós. Ele não Se contenta em fazer Seus filhos menos do que planeou no início. Deus não Se acomoda e ficar com um produto de segunda qualidade quando o que Ele te direito é, tão somente, ao melhor, à perfeição. O desejo de Deus é intervir para ajudar aqueles que não se conformam em permanecer no s estado de debilidade espiritual e se chegam a Cristo para alcançar a pela

realização que só vem através de um relacionamento vivo e contínuo com Ele.
Esse relacionamento difere do conceito comum de religiosidade, pois, de acordo com o que a Bíblia nos ensina, Deus não nos salvou para uma vida de aparência mas de entrega, renúncia e fidelidade à Sua palavra. Aqueles para quem é suficiente manterem um registo de superficialidade e apenas se preocupam porque"os outros estão a ver" sem ter em conta a opinião de Deus, não podem, em boa verdade, fazer parte do grupo dos salvos. As afirmações de Jesus são claras a este respeito: o discipulado implica um preço a pagar, não pela Salvação, pois essa é única e exclusivamente assegurada pelo próprio Cristo, mas um preço de identificação, renúncia e entrega total a Ele, que significa colocá-Lo em primeiro lugar, abdicando muitas vezes do conforto pessoal, das opiniões de familiares ou amigos e até mesmo de conceitos e programas mentais construídos ao longo de anos. No entanto, cabe aqui também salientar que todos quantos se chegam a Cristo, aceitando o Seu convite, não ficam desamparados, pelo contrário, e até quem os rodeia beneficia quando o crente coloca Deus no lugar que é devido em sua vida: o lugar central e prioritário.
É importante, porém, referir um outro aspecto que merece a nossa reflexão. O facto de um discípulo de Cristo se consagrar a Ele, conforme entendemos que é adequado na caminhada cristã, não lhe dá o direito de exigir dos outros o mesmo grau de santificação, nem de marginalizar aqueles que ainda não alcançaram o mesmo patamar. Fazer isso é contribuir para que as pessoas se meçam por padrões humanos e vejam nos outros referenciais que estão obrigados a imitar e com que, eventualmente, se vão desiludir, mais cedo ou mais tarde, o que poderá por em causa até a sua própria comunhão com Deus. Assim, a ênfase não está nos homens, por maior respeito que nos mereçam, mas no próprio Cristo, padrão perfeito de humanidade e razão de ser da Igreja.
O verdadeiro discípulo de Cristo e, por inerência, membro da Igreja, tem como objectivo ajudar outros a iniciarem, manterem e crescerem num relacionamento pessoal com o Salvador. Ele tem consciência do alvo que lhe está proposto, mas também se lembra de onde começou a sua caminhada com Cristo. Ele recorda-se dos percalços sofridos, das quedas, dos momentos em que se teve de erguer com o auxílio de uma mão amiga e disponibiliza-se para fazer o mesmo com os outros.
0 Membro da Igreja reconhece as suas limitações e a necessidade que tem de viver em comunidade. O cristianismo não é para ser vivido em isolamento, nem em verdade o pode ser, pois o salvo busca sempre com quem partilhar a sua fé, a sua descoberta de satisfação em Cristo.
Deus idealizou a Igreja de tal modo que ela é comparada nas Escrituras a um corpo, em que cada elemento tem uma função importantíssima e fundamental a desempenhar. Não há membros inúteis ou inadequados; todos têm uma tarefa a cumprir e, se não o fazem, o corpo não beneficia do potencial que está ao seu alcance e algumas peças poderão ficar sobrecarregadas e sofrer desgaste por terem de executar funções que não lhe pertenciam no plano original.
Cada crente é uma peça importante e insubstituível na edificação da Casa de Deus - outra descrição da Igreja. Cada um de nós é uma pedra original, colocada no lugar adequado para que o edifício tenha as dimensões e sirva o propósito para o qual foi planeado. Compete-nos buscar a direcção de Deus e humildemente aceitar o lugar que Ele nos destinou neste grande projecto que é a Igreja. Muitas vezes ficamos a olhar para os outros e a desejar ser como eles, mas Deus não precisa de trabalhar com fotocópias.
Também erramos quando nos comparamos com os outros ou ficamos obcecados com o que os outros esperam de nós. Sentimo-nos frustrados por não corresponder às expectativas que pensamos que outros têm a nosso respeito, quando ornais importante é perceber o que Deus idealizou e espera de nós. Uma coisa é certa: ninguém está a mais no Corpo de Cristo, pelo menos no genuíno Corpo de Cristo. Se porventura algo estiver a mais no Corpo são os "vírus" que se introduzem com o objectivo de produzir doença e causar desequilíbrios. Esses são os elementos que estão a mais na Igreja e devem ser corrigidos para que mudem de atitude ou expelidos para não prejudicarem a comunidade em que se introduziram.
Devido à instabilidade de uns, outros preferem não assumir um compromisso que os envolva com uma comunidade local. Quanto menor o grau de envolvimento, menor o grau de responsabilidade e de prestação de contas. No entanto, é importante referir que Cristo Se envolveu de tal maneira no projecto da Salvação que pagou com a Sua própria vida para que os seres humanos usufruíssem da possibilidade de escolher ou rejeitar a Vida Eterna. Não fora Ele e apenas um destino estaria à nossa frente: separação eterna de Deus. Assim, uma vez que Ele esteve disposto a morrer até pelos ingratos, devemos também nós estar dispostos a suportar contrariedades e dissabores próprios dos relacionamentos familiares. A alegria de pertencer a uma família e a especial comunhão que podemos desfrutar uns com os outros e com Deus devem ajudar-nos a superar quaisquer adversidades que se intrometam no nosso caminho.
Autor do Artigo ;
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