17 maio, 2008

O antigo faz-se novo

Uma introdução ao Movimento da Nova Era
"O que foi, isso é o que há-de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: de modo que nada há novo debaixo do Sol". (Ec 1:9)
um facto inegável deste final de milénio, a redescoberta das velhas religiões e filosofias orientais, e o retorno ao misticismo pagão e culto à natureza. Insatisfeitas com o materialismo e agnosticismo das últimas décadas, as novas gerações procuram nas várias formas de religião e espiritualidade orientais o que a civilização ocidental, com todo o seu progresso científico e tecnológico, não lhes proporcionou.
O movimento conhecido actualmente como Nova Era ou "New Age" é o reflexo dessa inquietação e busca de significado por parte do ser humano. Ainda que a sua essência seja comum, este movimento pode assumir múltiplas e variadas expressões, tratando-se de uma amálgama que mistura religiões orientais, a meditação transcendental, o ioga, a magia, o espiritismo e as chamadas medicinas alternativas (homeopatia, acupunctura, reflexologia, etc), consideradas o ramo "médico" da Nova Era. Apresenta-se também, outras vezes, sob uma fachada filosófica e humanista, aparentemente inofensiva, visando o desenvolvimento integral do indivíduo e da sociedade, como é o caso da Editora Nova Acrópole, presente desde há 3 anos na Feira do Livro do Porto (onde, até hoje, nenhuma Editora Evangélica tem estado representada).
De acordo com fontes da Nova Era, o movimento consiste numa vasta rede mundial de organizações e indivíduos, unidos por uma filosofia comum e tendo por objectivo a formação de uma "nova ordem mundial" de harmonia e renascimento espiritual, a Era do Aquário, que culminará com a chegada de um "messias" da Nova Era. Trata-se de uma espécie de "polvo" com vários tentáculos no mundo da arte, música, negócios, educação, ecologia, política e saúde. Apregoam um mundo de paz e amor, a libertação e desenvolvimento do ser humano e uma evolução espiritual e planetária (evolucionismo cósmico), confundindo Deus com a natureza (monismo), dizendo que o Homem é divino (panteísmo) e que todas as religiões são praticamente a mesma coisa (relativismo). O que interessa ao movimento é a descoberta das potencialidades espirituais de cada indivíduo e, para isso, tudo serve e tudo é permitido, desde os vários tipos de drogas (sendo o "ecstasy" a de eleição) até às ciências paranormais.
Na realidade, a Nova Era não contém nada de novo. Nasceu com a rebelião no jardim do Éden, quando Satanás prometeu a Eva que não morreria em resultado da sua desobediência (promessa onde podemos encontrar analogias com a doutrina da reencarnação) e que seria como Deus, sabendo distinguir o bem e o mal (cf. Gen 3).
A verdade é que somos criaturas finitas e limitadas, embora criados à imagem de Deus. A Bíblia condena repetidamente todos os pretendentes ao trono divino (p.e. Is 14:13-15; Ez 28:1-10). Como crentes, não basta conhecermos bem este poderoso e influente movimento anticristão e suas manifestações (cf. I Tm 4:1). É necessário que cada um de nós esteja empenhado no combate sem tréguas aos poderes das trevas, com base nos recursos que
possuímos como filhos de Deus (cf. Ef 6:12-14), alcançando vitória no poder do san¬gue de Jesus.
Autor do Artigo ;
JORGE CRUZ

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