18 maio, 2008

2007 Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos em tempo de NATAL

"Ele [Jesus] veio para o seu próprio povo, e o seu povo não o recebeu. Mas a todos quantos o receberam, aos que crêem nele, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus."
(João 1:11,12)
Ao longo de todo o ano de 2007 foram lançadas várias iniciativas no sentido de incrementar a igualdade de oportunidades para todos, nos mais diversos sectores da sociedade portuguesa, incluindo a dimensão do religioso e do espiritual.
Politicamente podemos dizer que nos últimos anos foram dados alguns passos como o serviço público de televisão, o acesso às escolas públicas com a disciplina de Educação Moral e Religiosa Evangélica, a Lei da Liberdade Religiosa e a sua regulamentação no que diz respeito à transformação do quadro legal das igrejas de associações religiosas em pessoas colectivas religiosas, o reconhecimento das igrejas radicadas, desde que com mais de trinta anos de existência, e o casamento religioso com validade civil para estas últimas.
Todavia estamos muito longe de poder falar em igualdade de oportunidades para todos face à confissão religiosa culturalmente dominante, quando pensamos que a lei da liberdade religiosa existe única e exclusivamente para as minorias, o serviço público de televisão é profundamente desigual se tivermos em conta que uma percentagem significativa da população portuguesa que é tida estatisticamente como católica romana efectivamente não o é, veja-se o que sucedeu no último referendo sobre o aborto em que a vitória do sim, como já se sabia, significa que uma parte muito significativa dos que são tidos e a si mesmo socialmente adoptam a designação não o são de facto.
A cobertura televisiva dada a propósito da recente inauguração de mais uma catedral em Fátima foi um verdadeiro escândalo com pelo menos dois programas de entretenimento (Praça da Alegria) feitos em directo do local, as cerimónias de inauguração, tempo de antena no telejornal e mesa redonda com os dignitários católicos romanos e com a presença de outras individualidades. Quando a comunidade evangélica em conjunto, por iniciativa da Aliança Evangélica Portuguesa, ou as diversas denominações evangélicas realizam algum evento que congrega milhares de pessoas, os meios de comunicação do Estado primam pela ausência.
O que mais nos importa, como evangélicos, é o facto de o Evangelho de Jesus Cristo se destinar a todas as pessoas, sem qualquer discriminação de género, raça, estatuto social, coeficiente de inteligência, etc.
Em tempo de Natal importa-nos salientar que Jesus Cristo veio para todos sem qualquer excepção e que, a todos quantos O recebem, Deus lhes dá o poder de serem feitos Seus filhos. Isto é realmente o que a nós mais nos interessa. Numa sociedade em que as discriminações prevalecem, convém colocar a nossa atenção em Deus, que nos ama de modo incondicional, não para deixar-nos como nos encontramos, mas para levar-nos a viver libertos de toda a opressão e na certeza absoluta de um futuro eterno de paz e felicidade na Sua presença.

Autor do Artigo
SRP

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