14 maio, 2008

Mães Investidoras

Há mães melhores e Mães Piores ? Acho que todas as mães procuram fazer sempre o melhor para os seus filhos .
Mas a fronteira entre o fazer melhor para os seus filhos e aquilo que é melhor para os seus filhos por vezes é muito grande .
Não é minha intenção fazer distinções entre mães, mas procurar ajudar as mães a serem melhores mães para os seus filhos, pois na chamada educação pós-moderna são gritantes as falhas na educação.
Muitos pais procuram poupar os seus filhos aos riscos sociais e criam-nos numa espécie de bolha artificial. E o que temos hoje são filhos que não querem correr riscos para materializar os seus sonhos, que não sabem lidar com acontecimentos inesperados e angustiantes, que não sabem usar um fracasso para tornarem-se fortes, que não conseguem compreender que muitas das pessoas que hoje têm sucesso já experimentaram um dia o fracasso, não compreendem que muitos que hoje são aplaudidos já foram, um dia, desprezados. E porquê? Porque o seu tempo, ao contrário de outros tempos, é passado na frente de um computador. Claro que um computador tem a sua utilidade para o desenvolvimento de algumas áreas da inteligência. Mas um computador não estimula os sentidos, não estimula os afectos. Para estas tarefas gigantescas existem as mães. Neste mês de Maio em que se comemora o dia da Mãe, o meu desejo é que Deus faça de cada mãe uma mãe melhor.' então a Melhor Mãe?
não é aquela que controla os filhos, mas que os liberta. Não lhes aponta os erros, mas que os previne. Não corrige comportamentos, mas ensina os filhos a reflectir neles. Não desiste facilmente, mas estimula-os sempre a começar de novo. Não procura elogios dos outros, mas faz-se pequena para tornar os seus filhos, alunos e colegas de trabalhos grandes.
é aquela que não é apenas uma educadora sensata. Não sabe quais os percalços que vão surgir, mas está sempre disposta a ir em frente, pois sabe que educar é caminhar sem ter a certeza aonde se vai chegar. Dá o melhor pelos filhos, mas sabe que não pode fabricar a personalidade deles, quer sim, influenciá-la.
é aquela que corre riscos para educar, pois sabe que só assim está apta para fazê-lo. Ela ensina aos seus filhos que a vida é um contrato de risco. É preciso levá-los a compreender que há um mundo lá fora diferente do espaço controlado do lar. Ela ensina-os a materializar os seus sonhos. Mas para isso eles têm de aprender a lidar com acontecimentos inesperados e angustiantes.
usa os fracassos para tornar os seus filhos mais fortes, pois não esconde que a vida também é feita de rejeições, críticas, frustrações, perdas, competições, etc. Ela dá liberdade aos seus filhos para construírem as suas ideias e as formas de defendê-las. Ensina-os a desenvolver as suas habilidades para lidarem com as intempéries reais da vida, produzindo neles ânimo para enfrentarem novos desafios. enfrenta as dificuldades e não reclama ao confrontá-las, nem lamenta quando as coisas correm mal ou acontecem de modo diferente daquele que tinha sido planeado. Ela agradece a Deus, não porque se conforma, mas porque aceita os factos .
Que não consegue mudar. Não fica paralisada, deprimida, á espera que alguém a socorra, mas levanta-se para mudar de caminho é aquela que exalta o que tem, e não lamenta o que não tem. Ela tem coragem para suportar a escassez, para enfrentar noites de insónia, para abraçar os filhos, para aquecê-los, ainda que para isso tenha de passar frio. Enquanto outras procuram conforto para si, a melhor mãe é aquela que não se poupa, para que os seus filhos sejam poupados. Muitas vezes não compreende as tempestades injustas que desabam sobre ela, mas suporta-as com dignidade e tenta sobreviver a elas sem reclamar. Tem bravura emocional quando tudo corre mal, porque não vive para ser derrotada. não é a que procura sucesso para os seus filhos, mas é aquela que quando educa desenvolve o sucesso interior dos seus filhos: o seu intelecto e as suas emoções.
Autor do Artigo;
Luís Rego

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