14 maio, 2008

A ( In ) Substituibilidade Humana

Cada ser humano, que parte deste mundo físico e material, representa uma biblioteca que se fecha, um volumoso conjunto de "livros" que desaparece. "Livros" de experiências, de vivência e conhecimentos adquiridos; "livros'' de histórias que depois ninguém conta, pelo menos de igual modo.
O indivíduo é insubstituível no seu todo. Não há duas pessoas iguais e jamais um ser humano poderá ter a veleidade de substituir outro em todas as suas vertentes.
Não me refiro propriamente às empresas, sociedades ou igrejas. Aí, a nível de funcionalidade, qualquer substituição é plausível e aceitável, logrando-se por vezes melhores objectivos e resultados. Nenhum funcionário, quadro ou empresário dar-se-á ao luxo de dizer ou pensar que é insubstituível. E mesmo na igreja local, Deus pode levantar um outro mais zeloso, mais cumpridor, mais fiel, mais eloquente e com um elevado número de qualificativos; pelo menos com capacidade para executar melhor trabalho.
Portanto, nenhum de nós é substituível globalmente e ninguém se poderá arrogar de insubstituibilidade. Somos substituíveis, e bem, nas funções terrenas, mas praticamente únicos no todo do indivíduo.
Para Deus somos importantes, todavia ninguém se deve sentir importante. Devemos tentar assemelhar-nos ao Senhor Jesus Cristo, embora saibamos à partida que nunca atingiremos esse padrão. Também deixar de o fazer significa a derrocada e o caos na nossa vida, pois aqueles que se sentem estacionários e se acomodam nessa posição, estão de facto a escorregar e a descer na escala moral e espiritual.
É lamentável que continuemos pecadores, sempre humilhados, a suplicar perdão, mas é nessa posição que Deus nos quer devido à nossa fraqueza e imperfeição. Devemos fazer o melhor e sentirmo-nos inúteis.
Apesar de tudo, o Criador faz um grande investimento nas nossas vidas.
Chama-nos santos, justos e puros, quando as palavras correctas, seriam santificados, justificados e purificados. É que Deus apagou (e apaga) os nossos pecados como se eles nunca tivessem existido

Autor do Artigo :
Agostinho Soares

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