14 maio, 2008

HUMANISMO SECULAR

A RELIGIÃO DO HOMEM
UMA DAS GRANDES AMEAÇAS À INTEGRIDADE DA IGREJA DOS NOSSOS DIAS É O HUMANISMO SECULAR
No Novo Testamento encontramos um alerta muito expressivo feito à Igreja com o objectivo de a prevenir para o surgimento de falsos ensinos.
O apóstolo Paulo, entre outros, e o próprio Senhor Jesus Cristo, alertaram para o facto de que os falsos mestres e os falsos ensinos seriam uma realidade na vida da Igreja. A história da Igreja confirma esse facto: a Igreja foi assaltada ao longo dos séculos por falsos mestres, que difundiram doutrinas e ensinos errados. A história também revela que a Igreja teve sempre que lutar contra heresias ameaçadoras, que tinham como principal objectivo perverter a essência do cristianismo bíblico. O Arianismo, o Agnosticismo, o Docetismo, o
Maniqueísmo e o Dualismo, são apenas alguns exemplos das muitas correntes heréticas com que a Igreja teve que se debater ao longo da sua história.
Os dias de hoje não são muito diferentes. Além do ressurgimento das "velhas" heresias, apareceram outras novas, tais como a Cabala, que é considerada por muitos estudiosos como a vertente mística do Judaísmo. Também a Cientologia. Estas novas "espiritualidades" estão a suscitar o interesse de muitas celebridades do mundo da música e do cinema. Este facto faz com que muitas pessoas se tornem seguidores destas novas doutrinas, ainda que seja apenas para se identificarem com os seguidores famosos.
Uma das grandes ameaças à integridade da igreja dos nossos dias é o Humanismo Secular. Este conceito tornou-se uma expressão recorrente na actualidade, e quase obrigatória nas reflexões que são feitas quando se trata de analisar as características da sociedade contemporânea, à luz dos princípios do cristianismo bíblico. Todavia, o facto do "Humanismo secular" se ter transformado numa expressão comum, não significa que na maioria dos cristãos exista uma verdadeira consciência das suas implicações na sociedade desde o fim do século XV até aos nossos dias.
Consideremos as seguintes questões para nossa reflexão: como se chega ao momento em que é socialmente aceite não existirem padrões de certo e de errado? Como se chega ao momento em que objectivamente se afirma que a orientação sexual é apenas uma opção do foro individual e que cada um é livre para optar em função das suas preferências pessoais? Como se chega ao momento em que o Parlamento Europeu rejeita, por maioria, uma proposta de inclusão no prefácio da Constituição Europeia, de uma alusão ao facto de o Cristianismo ter estado na origem da cultura, dos valores e dos fundamentos da construção Europeia? Como se chega ao momento em que se diz que o Cristianismo é apenas um religião entre muitas e que as suas verdades são absolutamente relativas e irrelevantes? Como se chega ao momento em que se afirma não existirem padrões absolutos c verdade? Houve um trajecto, houve um caminho que foi percorrido até chegarmos aqui.
Algures na história, foi dado o tiro de partida que precipitou a humanidade na direcção do com civilizacional, em matéria valores e de moralidade Fiódor Dostoievsksi, um dos maiores escritores Russo de sempre, no seu livro Os Irmãos Karamázov, a dadi altura escreve o seguinte: "... Se Deus não existe e a alma é mortal então tudo e permitido (...)". À crise de valore a que chegámos está subjacente o facto de alguém num determinado momento da história postular ; ideia de que o Homem está só no universo, entregue a si mesmo e que Deus é apenas fruto da imaginação humana, ou seja, não existe. Deste modo ( mesmo homem considera-se à-vontade par; exercer indevidamente ou usurpar o seja livre arbítrio.
Consideramos a reflexão sobre i Humanismo Secular fundamental, muito oportuna, para a compreensão da assustadoras e impensáveis mudança que estão a acontecer na sociedade contemporânea. Esta análise, tem comi propósito alertar para o impacto que o humanismo tem vindo a provocar na vida das pessoas, e formar consciência dos cristãos no sentido de compreendermos a verdadeira dimensão do Humanismo Secular e perigo que este representa para o cristianismo bíblico.
DEFINIÇÃO DE HUMANISMO
A palavra humanismo deriva do latim e tem a sua origem na palavra "humanos" que significa "humano é desta palavra que etimologicamente deriva palavra Humanismo. Se fizermos uma pesquisa mais abrangente do significado da palavra humanismo, encontramos três definições essenciais: Uma doutrina ou um conjunto de ideias centradas nos interesses e nos valores humanos; uma teoria que defende a dignidade do ser humano como valor absoluto; um movimento intelectual europeu do Renascimento, caracterizado pela valorização do espírito humano.
Depois de analisarmos os conceitos que definem o Humanismo, concluímos que ele é uma Cosmovisão (uma visão do mundo) centrada na importância e nos valores humanos, e que enaltece a liberdade do indivíduo, o uso razão, as oportunidades e os direitos.
ORIGEM DO HUMANISMO SECULAR
O Humanismo Secular, como sistema filosófico organizado e como um manifesto definido, é relativamente novo, mas as suas ideias fundamentais podem ser encontradas no pensamento de vários filósofos gregos da antiguidade clássica. É com relativa facilidade que podemos encontrar ideias humanistas no pensamento de Sócrates, no Estoicismo e no Epicurismo. Também muitos dos valores apresentados no pensamento do Confucionismo chinês são claramente valores humanistas. Os seus defensores advogavam que as respostas para os grandes problemas da humanidade estão no próprio homem, e não em quaisquer entidades transcendentes. Por isso, buscar em "deuses" respostas para os problemas da humanidade não fazia qualquer sentido. O seu pensamento estava voltado e centrado no homem.
O HUMANISMO É UM PRODUTO DO RENASCIMENTO Durante a época medieval, conhecida também como era das trevas que abrange um período da história de cerca de 1000 anos (século V ao XV), a visão que o homem tinha do mundo (Cosmovisão) era Teocentrica": Deus era o centro de tudo.
No final do século XV surgiu em Itália um grande movimento intelectual chamado Renascimento. O impacto provocado pelo renascimento foi de tal maneira importante que assinalou o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Este movimento caracterizou-se pelo retorno à antiguidade clássica (cultura Greco-romana) e, acima de tudo, à valorização do Homem (humanismo).
O Renascimento foi o período da história durante o qual mais se produziu no âmbito da literatura e das artes. Foi neste período que surgiram grandes génios, tais como Michelângelo Buonarroti (1475-1564), que se destacou na arquitectura, na pintura e na escultura; Rafael Sanzio (1483-1520), que se destacou como pintor; Leonardo da Vinci (1452-1519) que se destacou como pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico e escritor; Sandro Boticelli (1445-1510) que se destacou como pintor. Galileu Galilei que se tornou célebre como cientista. Foi ainda nesta época que apareceram homens como, Erasmo de Roterdão, Thomas More (que escreveu a Utopia) e Williams Shakespeare.
O Humanismo desenvolveu o conceito de antropocentrismo (que coloca o homem no centro de tudo). Termina assim a visão Teocentrica, ou seja, Deus deixa de ser a razão para todas as explicações acerca do universo.
AS IDEIAS DO HUMANISMO RENASCENTISTA
O Humanismo deu origem a uma grande vitalidade intelectual. O homem, através da razão, podia agora estabelecer para si novos conceitos e novas explicações para as grandes questões da humanidade.
O Humanismo dinamizou a busca de filosofias e moralidades alternativas às cristãs. Gerou também uma nova atitude em relação à ética e à moral, e contribui-o para a formulação de novos conceitos em relação à humanidade. Trouxe também uma nova visão do mundo natural - o naturalismo, que consiste na crença de que as causas naturais por si só são suficientes para explicar tudo o que existe. A valorização do método científico tornou-se num dos grandes pilares do ideal humanista e passou a aceitar-se apenas o que podia ser comprovado cientificamente. Fica evidente que esta nova forma de pensar centrada no homem torna irrelevantes os conceitos de Deus, da inspiração da Bíblia e dos milagres, etc.
Foi neste período que a Europa iniciou a sua caminhada para a secularização, que a conduziria ao afastamento de Deus, da Bíblia e da Igreja. Movimento que pode ser definido como abandono do Sagrado e da fé.
O HUMANISMO COMO MOVIMENTO DE RUPTURA
Para podermos desenvolver uma compreensão clara do que é o Humanismo Secular, temos que o entender acima de tudo como um movimento de rotura. Estes movimentos têm como objectivo provocar cisões radicais na forma de pensar das pessoas e provocar mudanças profundas no seio das sociedades, através da divulgação massiva de novas ideias. Um dos grandes efeitos do movimento intelectual humanista foi gerar uma ruptura contra a "velha" forma de pensar teocentrica. As ideias humanistas provocaram uma onda de revolta contra as "velhas" autoridades, tais como a Igreja, e contra tudo o que tinha como fonte de emanação uma autoridade superior (Deus). Os humanistas atribuíam à razão um papel fundamental na formação do conhecimento, e consideravam apenas como verdadeiro o que podia ser explicado racionalmente. Empenhavam-se arduamente na educação das massas. Acreditavam que o progresso cultural d tecnológico iria trazer as respostas para todos os problemas da humanidade.
OS HUMANISTAS SECULARES SÃO ATEUS
Os Humanistas Seculares descrevem-se como ateus] ou como agnósticos, dado que racionalmente não possível provar a existência ou inexistência de um Deus.| Os seguidores do humanismo não se apoiam em Deus ou noutras forças sobrenaturais, para resolver os seus problemas, bem como para buscar orientação para as suas condutas. Em vez disso, valem-se da aplicação da razão, da ciência, das lições da História e da experiência pessoal para formar fundamentos morais e éticos, para dar sentido à vida. Os humanistas seculares ver o método científico como a mais confiável fonte de informação sobre o universo. Reconhecem, porém, que novas descobertas poderão alterar e expandir a nossa compreensão do universo e, possivelmente, muda também a nossa abordagem de assuntos éticos.
Existem alguns princípios gerais preconizados pelo Humanismo Secular em torno dos quais são construídas e sistematizadas as principais ideias desta corrente filosófica. Em primeiro lugar, os defensores do Humanismo Secular apoiam-se numa crença quase absoluta na razão e no método científico. Reconhecem que o conhecimento do Universo é limitado, e há fenómenos para os quais o Homem ainda não encontrou uma explicação. No entanto, os humanistas acreditam que pelo facto de desconhecermos qual a explicação para um determinado fenómeno, isso não significa que o mesmo seja de origem sobrenatural, apenas quer dizer que estamos perante algo que merece a nossa investigação e que, em algum momento, o homem descobrirá uma explicação racional e científica para aquilo que desconhece.
Em segundo lugar, os humanistas vêem o homem como um produto da natureza, perspectiva que deu origem ao Naturalismo - teoria filosófica que surgiu no século XIII e teve a sua grande afirmação em termos de pensamento filosófico durante o século XX. Os seguidores do Naturalismo acreditam na existência de algo que sempre existiu. Esta crença não remete para a existência de um Criador transcendente, mas sim para a própria matéria do cosmos. Rejeitam por completo
a existência de um mundo sobrenatural; acreditam igualmente que causas naturais são, por si só, suficientes para explicar tudo o que existe. A filosofia humanista defende que o Homem é um ser constituído por matéria e é produto da Natureza e, como tal, não aceita que o homem tenha uma alma eterna ou consciência após a morte.
Em terceiro lugar, o Humanismo Secular vê cada pessoa como uma criação única. Cada ser humano tem algo de único e valioso que o distingue dos demais e que deve ser valorizado. O verdadeiro humanista é tolerante e valoriza a diversidade e a diferença existentes em cada indivíduo. Nesta perspectiva desenvolve o conceito de Fé na Humanidade. Acredita nas capacidades do ser humano para resolver os seus próprios problemas, com base na Razão e na Ciência, sem recurso a qualquer entidade superior. Crê firmemente que a pessoa humana, apesar de condicionada pelo seu passado, possui capacidade para decidir e alterar o seu futuro.
Em quarto lugar, o Humanismo Secular estabelece, como base para os seus valores, a crença numa Ética e Moralidade humanas. De acordo com esta perspectiva, Ética e Moral, enquanto ferramentas essenciais para o funcionamento de uma sociedade harmoniosa, devem ter como base a razão humana. Um humanista não aceita que lhe imponham valores morais escritos num qualquer livro sagrado ou outros princípios determinados por suposta inspiração divina. A regra de ouro de qualquer humanista é:".. .Trata os outros como gostarias que te tratassem a ti próprio..." (esquecem-se porém que este princípio é um principio bíblico).
CONSEQUÊNCIAS DO HUMANISMO SECULAR
Quando entendemos as ideias veiculadas pelo Humanismo Secular percebemos claramente que não estamos perante um conjunto de ideias inofensivas, sem qualquer relevância, e inconsequentes. Pelo contrário. Estamos diante de uma corrente de pensamento que tem produzido ao longo dos anos alterações profundas no pensamento, nos valores, na cultura e nos costumes da sociedade dos nossos dias.
Alguns pensadores cristãos consideram o Humanismo como um dos perigos mais ameaçadores para a Fé Cristã. Homer Duncan diz que "...o Humanismo é a religião mais perigosa do mundo..."; Tim Lahaye afirma que " ...o humanismo secular é a maior ameaça que a igreja, a família e o mundo jamais enfrentaram..." e Nelson Bell refere que "... o Humanismo é um inimigo mortal porque propõe uma religião sem Deus...".
Se fizermos uma análise fria e abrangente do que é I na sua essência o Humanismo Secular, verificamos que não estamos apenas diante de uma nova filosofia que nos propõe novas ideias a respeito do homem e do universo, mas sim perante uma religião. É nitidamente uma religião, mas uma religião sem Deus. A doutrina humanista nega a existência de Deus e promove oj ateísmo. Nega também a visão criacionista e ensina o evolucionismo. Rejeita a Bíblia como norma moral de inspiração divina e não aceita a pessoa de Jesus Cristo como Deus.
Nos nossos dias esta filosofia é divulgada por todo o lado de forma impiedosa. Verificam-se autênticos "massacres" intelectuais com o objectivo de divulgar estas ideias, principalmente nas universidades, nas escolas e também nos media. Num contexto modelado pelo pensamento humanista afirmar a crença em Deus e defender princípios de ética e moral bíblica, é sinónimo de alienação, fanatismo e fundamentalismo. O resultado da influência das ideias humanistas tem sido demolidor. Assiste-se à destruição dos lares, à corrupção dos padrões, ao sexo livre, à proliferação das doenças sexualmente transmissíveis e ao aborto. Dificilmente encontraremos uma família ou um indivíduo que não tenha sido prejudicado por essa filosofia condenável. Como Igreja temos que combater a deterioração da condição humana e guardar a fé em Deus com diligência.
TRÊS GRANDES CONSEQUÊNCIAS DO HUMANISMO SECULAR
1. Todas as Ideias são Válidas (pluralismo religioso)
Ouvimos frequentemente frases como "isso pode ser verdade para ti, mas não tem que ser verdade para mim". Esta frase traduz claramente a afirmação do pluralismo religioso. Pluralismo religioso não é outra coisa senão aceitar ao mesmo tempo todos os deuses, todas as crenças, todos os sistemas religiosos. É a crença de que toda a religião é verdadeira ao mesmo tempo, e cada uma proporciona à sua maneira um relacionamento e uma espiritualidade genuína. Já era esta a forma de pensar dos romanos no tempo em que dominavam o mundo. A verdade é vista como nada mais do que uma preferência ou percepção pessoal e, portanto, não pode se pode estender além dos limites pessoais. Nesta perspectiva não existem respostas finais para o sentido da vida e esperança de uma vida após a morte. Esse relativismo resulta em confusão religiosa, porque está assente na ideia de que não pode haver uma única religião verdadeira, nem um único caminho para se ter um relacionamento correcto com Deus. A reflexão religiosa é levada para o campo da subjectividade e do privado. Todas as religiões seriam, nesta perspectiva, verdadeiras ou falsas, porque todas elas afirmam ensinar ou acreditar em algum tipo de vida após a morte, e em algum tipo de verdade absoluta. Esta é a causa de muitas pessoas acreditarem que duas religiões totalmente opostas possam ser igualmente "verdadeiras", apesar de as duas afirmarem ter um único caminho para o céu ou ensinarem ambas "verdades" totalmente opostas. O pluralismo religioso leva-nos inevitavelmente ao relativismo moral
2. Não há Verdades Absolutas
O Humanismo criou a ideia de que não existe uma realidade objectiva, normativa e absoluta, existem apenas percepções e opiniões. Defende que não existem absolutos que definam a realidade. Acredita que tudo é relativo. De acordo com esta visão, ninguém tem autoridade para decidir se uma acção é positiva ou negativa, se é certa ou se é errada. Este ponto de vista é simplesmente "ética situacionista" na sua forma mais ampla. Não há certo ou errado, portanto o que quer que pareça certo em determinado momento, certo será. É claro esta "ética situacionista" leva a uma mentalidade e a um estilo de vida que se reduz à expressão "vamos fazer tudo o que nos parece certo". Esta forma de pensar atira-nos para o relativismo moral e ético.
3. O Relativismo Moral e Ético
O Humanismo Secular defende um relativismo moral e ético. Pressupõe que não há critérios através dos quais se possa estabelecer qual é a religião verdadeira ou qual é a melhor religião. Inspirados nesta crença os humanistas defendem a inexistência de absolutos éticos ou morais. Portanto, se não existem padrões absolutos, se não existem verdades absolutas e se não existe uma entidade superior ao homem que estabeleça os padrões absolutos de certo e de errado, então a conclusão lógica a que se chega é a de que todas as coisas são relativas. Usando este tipo de raciocínio concluímos que fazer bem é tão aceitável quanto fazer mal. Em última análise, matar uma pessoa é tão aceitável como não matar. Mentir é tão aceitável como não mentir. Roubar é tão certo quanto não roubar. É tudo uma questão de opção
Qualquer pessoa de bom senso percebe que o relativismo moral e ético lança qualquer sociedade num caos total. Esta filosofia tem um efeito devastador na sociedade e nos indivíduos: ninguém tem autoridade para dizer o que se deve fazer; o governo não pode impor regras morais à sociedade. É o caos total, cada um faz o que é certo do seu ponto de vista, pois não estando sujeito a nenhum padrão, logo o homem nunca sentirá
que está a agir erradamente. As pessoas ficam livres para fazer o que quiserem - assassinar, violar, mentir, roubar, etc. E ninguém poderá dizer que tais coisas são erradas. Um mundo sem absolutos será o mais horrível mundo imaginável.
ELES ESQUECEM-SE QUE EXISTEM PADRÕES ABSOLUTOS
A filosofia que ensina não existirem padrões absolutos de verdade é uma filosofia que descaracteriza o homem como um ser moral e responsável, capaz de distinguir entre o bem e o mal. Em última análise, esta filosofia está a provocar uma crise civilizacional sem precedentes na história da humanidade. Valores absolutos são padrões que existem fora de nós mesmos, acima de nós mesmos e além de nós mesmos. Os padrões absolutos superam o tempo, as épocas, as culturas e as civilizações. Não são o produto de uma mente humana e transcendem a experiência individual. Os padrões absolutos têm a sua origem numa entidade superior ao Homem. Não é difícil perceber que o Único, em relação ao qual devemos aferir os nossos comportamentos ou atitudes, é ao próprio Deus. Deus é a fonte de toda verdade, porém, a verdade não é algo que Deus decide, é algo que Deus é. Assim, a razão de pensarmos que há coisas justas e injustas é porque Deus é Justo. A razão pela qual o amor é uma virtude e o ódio é um mal, é porque Deus é Amor. A razão pela qual a honestidade é certa e o engano é I errado, é porque Deus é Verdadeiro. Concluímos que o certo e o errado não são medidos pelos nossos padrões, mas pela natureza e carácter de Deus.
Autor do Artigo;
Jorge Humberto

Sem comentários: