As chamas propagavam-se velozmente pelo pequeno apartamento. Érica Marquez, jovem de dezanove anos de idade e mãe de três crianças, ficou paralisada de medo. Rapidamente o fogo atingiu uma das janelas da habitação e a porta de saída. Só ficava livre uma janela.
SÃO MUITAS AS PESSOAS QUE DEIXAM PARA O FIM AS DECISÕES URGENTES
O deli Espinoza, vizinho de Érica, gritou da rua: "Lança-me os meninos!" Erica, superando o terror que a dominava, foi atirando pela janela um a um os seus filhos. Ela, todavia, permaneceu rígida, inerte, sem saber o que fazer. Entretanto suas roupas começaram a fumegar. "Atira-te, Érica", gritou Espinoza. "Atira-te já. Esta é a tua última oportunidade. Atira-te, ou ficas queimada!" E como uma autómata, a jovem mãe lançou-se. Odeio conseguiu agarra-la de modo que pôde amortecer a queda, e ela também se salvou.
Essa espectacular ocorrência encerra uma tremenda lição e uma advertência muito séria: é perigoso fumar e deixar-se adormecer com o cigarro aceso na mão, sobretudo quando três crianças dormem no apartamento. Isso foi o que se passou com Érica; essa foi a causa do incêndio. A advertência é que quando chega a oportunidade de salvar-se (sendo a única que se apresenta), há que saltar antes de as chamas devorarem o indivíduo em perigo!
A lição é bem clara. São muitas as pessoas que deixam para o fim as decisões urgentes. Por exemplo o caso de alguém que sentindo-se enfermo, adia a sua visita ao médico, vez após vez, de forma que o mal torna-se incurável.
O mesmo sucede a respeito dos ressentimentos. Numerosas pessoas guardam para mais tarde a decisão de resolverem algum mal-entendido que têm com um familiar, com um amigo, com o cônjuge ou com os filhos. Sabem que devem solucionar tal discrepância. Sabem que só falando com o ofendido, a questão será devidamente tratada; porém, continuam a adiar o diálogo. Quando por fim decidem remediar o mal, já o dano moral é quase irreparável.
E que dizer daqueles que, dia após dia, ano após ano, postergam a resolução do seu estado espiritual com Deus? E quando estão próximos da Eternidade [da sua morte], procuram estabelecer alguma relação com o Criador. Esse poderá ser o nosso último dia. Saltemos, então! E o Senhor Jesus Cristo abrirá os Seus braços e receber-nos-á como filhos. Saltemos! Talvez esta seja, caro leitor, a nossa última oportunidade.
Autor do Artigo:
Hermano Pablo
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