17 maio, 2008

BELEZA! de plástico?

Será lícito, uma mulher cristã submeter-se a uma operação plástica (cirurgia estética) para melhorar o seu aspecto exterior?
Podemos alterar o nosso visual através de roupas variadas, penteados diferentes, embora o que conte mais seja o nosso interior.
Queremos impressionar alguém?
Preocupemo-nos com os bons procedimentos.
A beleza interior também conta... e muito!
Num programa televisivo uma senhora perguntava telefonicamente a um dos melhores cirurgiões plásticos portugueses se era possível voltar a ter os peitos como antigamente. Segundo afirmou, havia feito uma operação cirúrgica para diminuir o tamanho dos seios e, agora, dezasseis anos depois, gostaria de voltar ao que era. O cirurgião plástico respondeu que sim, que era perfeitamente possível, as costuras seriam nos mesmos lugares e tudo ficaria às mil maravilhas. Aliás, o dito cirurgião mencionou uma situação idêntica, de outra senhora que ele operara dez anos antes e que agora voltara à forma inicial, através de nova intervenção cirúrgica.
Evidentemente que o cirurgião plástico estava disponível para satisfazer todos os caprichos das senhoras, extraindo a gordura existente ou introduzindo sacos de silicone para substituir a mesma (gordura natural) que já lhes havia subtraído. Só que agora as senhoras ficariam com algo artificial, sujeitas aos perigos inerentes, incluindo o seu rompimento provocado por algum acidente, como acontecera com uma esquiadora, ou o risco do material ser absorvido pelo organismo, ficando os seios como cartuchos vazios.
Em face destas duas situações, aqui apresentadas, e de muitas outras existentes, eu faria algumas perguntas. Por exemplo: Em lugar de submeter-se a uma operação plástica para modificar o seu aspecto exterior, não seria melhor submeter-se a uma operação devir para mudar o seu aspecto interior? Pc que não melhorar as ideia; relativamente ao corpo em lugar C5 mudar o corpo em relação às ideias"' Vamos mudar o corpo sempre qL=J mudarmos de ideias, ao ponto seja substituirmos peças naturais pc-artificiais, sem necessidade?
Creio que a cirurgia plástica surgi. com o objectivo de corrigir defeitos deficiências e não para substituir o que está bem por algo diferente. Se há defeito físico, algo afectado por ur acidente... é lógico que se proceda correcção ou reconstituição! Agora, se as coisas estão dentro da normalidade queremos apenas mudar de aspecto., cuidado!
Podemos alterar o nosso visua através de roupas variadas, penteados diferentes, embora o que conte mais seja o nosso interior. Há exercícios físicos e dietas para reduzir o excesso de peso e volume. Mas, cortar alguma partes do nosso corpo... só se for ali de anormal!
Queremos impressionar alguém Preocupemo-nos com os bons procedimentos. A beleza interica também conta... e muito! Aliás, é és que perdura! As incompatibilidades consequentes divórcios, na sua esmagadora maioria, surgem por causa do feitio (interior) da pessoa e não po-causa do feitio do corpo físico (exterior)
O seu humano é, por natureza, insatisfeito. Insatisfeito com a vida, com o emprego, com a família, com o seu aspecto, com o seu sexo, com a sua idade, com a sua classe social, com a nacionalidade, com a sua raça, etc. Mas... em lugar de nos lamentarmos pelo que nos falta, por que não agradecer o que possuímos? Por que não dar graças a Deus por tudo? Pelo que temos, pelo que sabemos e pelo que somos? As nossas ideias poderão mudar, de tempos a tempos, relativamente a alguma coisa, como aconteceu com as ditas senhoras em relação ao seu corpo, ao fim de 10 ou 16 anos! E depois? Há processos e cortes irreversíveis. Temos de ter muito cuidado com a irreversibilidade!
Corremos o risco de mudar de ideias ao fim de 10 ou 16 anos, em face da moda que se altera? Então, mudemos agora, com a ajuda do Senhor Nosso Deus! Se não temos defeitos físicos, mudemos de ideias no bom sentido e não mudemos o corpo no mau sentido. Assim pouparemos riscos, trabalho e despesas! Queremos mudar para agradar? Então, mudemos as ideias para agradar a Deus!
Em Portugal, e por aquilo que se viu no programa televisivo, ainda não deverá haver muitas queixosas relativamente a erros plásticos; talvez por ainda não ter havido muitas operações nesse sentido. Todavia, foram mostradas várias senhoras americanas defeituosas, vítimas de operações de embelezamento, com um aspecto muito pior do que o anterior. Não era o facto de serem gordas, de igual maneira, mas as enormes costuras com que ficaram, além de saliências fora dos devidos lugares, depois de várias intervenções cirúrgicas a fim de ficarem mais belas. Paradoxalmente, estas senhoras americanas que, antes, tinham vergonha de aparecer em público por serem gordas, agora, nas suas reclamações, posavam para os fotógrafos e repórteres, quase nuas, para melhor mostrar as suas mazelas. Já não estavam preocupadas com a gordura, mas com os defeitos provocados por algo que não correu bem.
Para quê mudar aspectos através da cirurgia plástica, a fim de parecermos mais bonitos? Felizmente que a beleza é relativa. Aquilo que para alguns é muito belo, para outros pode não ser.
Na apresentação do dito programa televisivo foram entrevistadas algumas pessoas, incluindo uma senhora ligada a um departamento feminino que aconselhou a não se submeter operações plásticas só com o intuito de mudar o corpo. Diria a senhora que, para além das anestesias, que prejudicam, existem outros inconvenientes, incluindo operações que correm menos bem e as pessoas acabam por ficar muito defeituosas, mutiladas e frustradas, como foi o caso das americanas, exibidas no programa.
Nem sempre as operações plásticas correm bem. O cirurgião presente no programa afirmou haver uma taxa de insucesso calculada entre 7 e 13 por cento. Considero esta percentagem elevada para quem não tem necessidade absoluta de se submeter a este tipo de cirurgia. Se é algum traumatizado, desfigurado, vítima de acidente, não tem por onde escolher. Além disso ficará sempre com melhor aspecto do que o anterior, por muito mal que corra a intervenção plástica ou cirurgia estética. Mas, se é alguém que está bem e corre o risco de ficar defeituoso... cuidado!
Estava tudo a correr normalmente no dito programa televisivo quando, já no final, num sistema de videoconferência, surge uma senhora noutro estúdio a queixar-se de que havia sido intervencionada por aquele operador mas estava agora com um peito maior do que o outro! O cirurgião conhecia a situação e explicou que o produto ali aplicado para enchimento havia sido absorvido pelo organismo, ficando o seio como um cartucho vazio. Porém, haveria ainda a possibilidade de mais uma intervenção cirúrgica a fim de remediar a situação, segundo as suas perspectivas.
Há uma diferença muito grande entre uma cirurgia necessária e outra desnecessária, ou seja, apenas para substituir o que está bem por algo diferente, a fim de parecer mais belo (ou bela). Será que Deus ficará contente com todas estas modificações do nosso corpo? Extrair belezas naturais e passado tempos introduzir peças artificiais para repor o que estragou, sem necessidade? Não me refiro a peças que ajudem o corpo a funcionar melhor, mas outras para dar um aspecto diferente (realçando e ostentando volumes diferenciados) que poderá ser melhor ou pior, conforme os gostos relativos de cada um! É verdade que o ser humano possui certas limitações a nível físico. Como diz a Bíblia, não podemos aumentar um côvado à nossa estatura (Lc 12:25) mera mudar a cor natural de um cabelo (Mt 5:36). Mas também naquilo a que temos acesso devemos ter cuidado; não modificar algo sem necessidade. Nerr sequer fazer marcas no nosso corpo (L\ 19:28), seja pelos mortos ou por outra razão qualquer, mas ter muito respeite pelo mesmo, pois é o templo de Espírito Santo!
Mas... será que não podemos muda para agradar? Sim, podemos muda radicalmente; inclusive, nascer de nove para agradar, sobretudo ao Senhor do senhores!

Autor do Artigo :
Agostinho Soares

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