Drama de menores abandonados pelos seus próprios pais está
infelizmente bastante generalizado no mundo, e o nosso País não é uma excepção.
Crianças inocentes são com certa frequência objecto de violências incríveis, sofrendo vexames e humilhações por parte de adultos sem escrúpulos.
Outras passam fome e frio desnecessariamente pelo facto de haverem sido desprezados por seus genitores, não poucos dos quais sem problemas económicos. Uma vergonha para a nossa civilização que se diz cristã...
É vulgar os periódicos relatarem casos tristes, como o de dois irmãos de seis e sete anos, dos arredores de Lisboa, cujo alimento se restringe praticamente a um prato de sopa (quando há), visto os pais os terem abandonado, indo cada um para seu lado.
Os avós pobres e doentes fazem grandes sacrifícios para que os netos sobrevivam ao menos. Esses garotos infelizes já sofrem de bronquite por via da insalubridade da humilde casa em que habitam.
E lamentável a quantidade de divórcios e separações em Portugal, consumados às vezes por mero capricho ou leviandade dos cônjuges. É que o casamento, para muitas pessoas, não passa de uma experiência passageira ou até mesmo de criancice.
Não ignoramos a existência de problemas gravíssimos entre cônjuges, mas também há para aí tanta leviandade no matrimónio, tanta inconsciência no comportamento e vivência do casal, tanta irresponsabilidade na educação dos filhos!
E as crianças, esses seres maravilhosos, são quase sempre as vítimas dos erros e das loucuras cometidas pelos progenitores.
Maridos que batem nas mulheres, que as agridem com palavras e atitudes grosseiras, que lhes são infiéis, que malbaratam o salário no jogo, na bebida, no meretrício, etc, que exemplo pensam estarem a dar aos filhos? Semelhante comportamento é abominável aos olhos de Deus.
Mulheres que desrespeitam os maridos, que os amesquinham e atraiçoam, que desperdiçam o dinheiro no luxo, que ignoram praticamente a família, que fazem do lar um inferno - essas mulheres preparam o caminho da ruína e infelicidade para os filhos.
Façamos do lar um paraíso e não um inferno. Sejamos um bom exemplo para os nossos filhos e não um tropeço. Comportemo-nos como seres civilizados e pessoas de bem.
Se nos confessamos cristãos, sejamo-lo de facto procurando imitar Jesus Cristo, o nosso Mestre, em toda a nossa maneira de viver.
Autor do Artigo ;
Fernando Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário