Mateus cap 27, verso 54 O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.
Lucas 23, verso 47 Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo.
Vamos ter mais uma palavra de oração.
Pai nós te damos graças pelo privilégio que o Senhor nos dá, de estarmos reunidos em nome do Senhor Jesus. Para nós não é tão importante se nós temos conosco apenas um pequeno número de pessoas, ou uma grande multidão. O importante é que o Senhor está conosco. E nós cremos que o Senhor está conosco. Nós bendizemos ao Senhor pela tua presença na nossa vida e no nosso meio. Que o Senhor seja honrado entre nós. Que realmente toda voz se cale, para que o Senhor possa falar. Que realmente o Senhor nos conceda esse Espírito de revelação e de sabedoria, do pleno conhecimento do nosso amado Senhor Jesus. Nós nos colocamos em tuas mãos Senhor, nossos lábios, nossos ouvidos, para que ungidos pelo teu próprio Espírito, possamos ouvir a tua palavra e dela sermos alimentados. Nós oramos em nome do Senhor Jesus. Amém.
Desde sexta nós temos compartilhado acerca deste tema, desse assunto Vida, porque nós queremos entender a natureza da vida que o Senhor Deus nos concede como cristãos, e porque nós queremos não só ter um conhecimento teórico ou doutrinário acerca da vida, mas nós também queremos ter um conhecimento experimental. Nós queremos ter isso como nossa experiência, e com essa finalidade, nós temos visto que Cristo, de fato, é a nossa vida. Não tem outra definição para a vida do cristão.
Como nós humanos gostamos muito de regras, métodos, nós gostamos muito de seqüências, muitas vezes nós pensamos que a vida cristã pode ser reduzida a um número de regras, até mesmo no nosso louvor. Nós podemos imaginar que se nós cantarmos um determinado número de hinos por um determinado número de minutos, com isso estamos louvando, com isso estamos adorando. Mas a palavra do Senhor nos diz que a adoração verdadeira, é em espírito, e nós pensamos as vezes que se nós tivermos uma maneira se sentarmos, uma maneira de reunirmos, aí, com isso, nós estamos nos reunindo de acordo com o que Deus deseja. Pode ser uma forma externa, mas se não tiver realidade ali dentro, não tem nada de culto verdadeiro ao Senhor. A experiência do cristão, é uma experiência que ela tem que ter, de fato, o conhecimento da escritura, mas tem que ter de fato, também, o poder de Deus. E quando nós falamos da vida, de que Cristo é a nossa vida, nós queremos então conhecer essa vida. Não é um conjunto de regras, não é um conjunto de leis, não é um conjunto de faça isso, não faça aquilo. Tem muitas coisas que são lícitas em uma circunstância algumas pessoas fazerem, e não é lícito em outras circunstâncias, outras pessoas fazerem. Tem algumas coisas que são perfeitamente válidas para mim, como indivíduo, mas que não são válidas para toda a congregação. E por causa disso, muitas vezes eu vou me restringir. Por que? Não é uma regra, mas é realmente a vida. É o Senhor Jesus Cristo
Mas hoje nós queremos entrar em um aspecto um pouquinho mais prático dessa vida, de como que a vida de Cristo vai crescer em nós, o que é que nós podemos fazer para colaborar que essa vida de Cristo cresça
Existe uma coisa muito séria dentro do cristianismo, dentro do povo de Deus, que se chama obsessão espiritual, ou engano espiritual a respeito da própria experiência. Então o que é que acontece. Naquele desejo intenso que nós temos de seguir ao Senhor, de amar ao Senhor, nós podemos cair em uma experiência que se chama obsessão espiritual, ou seja, quando nós nos convertemos, nós nos abrimos para o mundo espiritual, e ficamos fascinados com o mundo de Deus e naquele primeiro amor nós queremos abandonar tudo por amor a Cristo. Nós queremos abandonar, como o hino cantou, abandonar filhos, mãe, emprego. Queremos abandonar a nós mesmos. Alguns abandonam a faculdade, e se entregam naquela experiência de Cristo. Iniciativa maravilhosa, mas será que ela é bíblica? É uma experiência maravilhosa nós nos reunirmos e cantarmos, mas será que ela é bíblica? As vezes nós ouvimos relatos de grupos que se reúnem para adorar ao Senhor, e naquele zelo de se entregar ao Senhor, se entregam a outras coisas, porque eles não comparam a experiência que eles estão vivendo com o padrão da Bíblia. E alguns acreditam por exemplo que se eles uivarem como lobos ou latirem como cachorros, com isso estão adorando a Deus. E é uma fé genuína. Eles crêem de todo o coração. Ou eles crêem que a alegria diante do Senhor, é se nós começarmos a rir da manhã à noite. Rir a tal ponto que cai no chão rindo, e dizem que com isso estão louvando e adorando ao Senhor. O que é que é isso? É uma experiência? É. É genuína? É. É Bíblica? Não. Não é. Aquela experiência deles não está andando em conformidade com o padrão da escritura. Irmãos, quando a gente anda no meio cristão, a gente vê de tudo. Eu já presenciei irmãos, pessoas, no meio da adoração, que eles consideram adoração, repentinamente alguém se lança no chão mergulhando e começa a nadar no chão assim. Ou então fica deitado de costas, e quem está olhando de fora fica impressionado perguntando o que é aquilo. Nunca aconteceu uma coisa dessas na Bíblia. Não temos nenhuma referência que nos autorize a fazer isso ou algo deste tipo, em nome de uma adoração a Deus. Eu fui perguntar o que é que estava acontecendo ali. A princípio, se não fosse tão triste, até fica engraçado porque é alguma coisa fora do normal. O que é que está acontecendo aqui? “Eu estou nadando no rio de Deus”. Irmão. Isso pode ser maravilhoso, pode ser sensacional, pode se dar um senso de alívio, um senso de descanso, pode ser real para ti, mas isso não está na escritura. Isso pode ser uma obsessão, mas não é uma realidade espiritual. Infelizmente as pessoas que estão mais propensas a ter, a entrar nesse tipo de dificuldade, são aquelas pessoas mais zelosas para com Deus, porque eles acreditam que o zelo substitui um sólido conhecimento da palavra de Deus Eles acreditam que vontade de servir ao Senhor, substitui um estudo sério da palavra do Senhor. Então a experiência começa a se afastar do padrão da escritura e começa a entrar em algo que é uma obsessão espiritual. Isso pode acontecer com um indivíduo, pode acontecer com uma congregação inteira. Se nós nos afastamos do padrão da palavra, gradualmente, ao invés de estarmos servindo ao nosso Senhor, nós podemos estar batendo nos nossos irmãos, porque nós colocamos uma regra que é tão pesada que nem nós mesmos conseguimos carregar. É uma regra que nós colocamos para os filhos dos outros, porque nós não temos filhos ou porque o nosso filho não se encontra naquela fase. Fica tão pesado, tão pesado, que se torna uma hipocrisia, e se afasta da realidade e quando nós vemos nós começamos a manufaturar uma vida de cristão, começamos a manufaturar uma vida de adoração, começamos a manufaturar uma coisa chamada vida cristã, e deixa de ser vida e passa a ser uma regra, deixa de ser amor e passa a ser uma imposição, deixa de ser realidade e passa a ser uma obsessão. Por isso é muito importante, sempre, voltar ao padrão da escritura, voltar àquilo que a palavra diz: voltar àquilo que a Bíblia nos fala acerca do nosso amado Senhor Jesus Cristo e ali permanecer e nessa trilha andar. Por isso, então, nós nos voltamos para o livro de Lucas e queremos ver como essa vida celestial é vivida sobre a terra, na única referência, concreta e sólida que nos foi deixada: a vida do Senhor Jesus Cristo sobre a terra. E ali nós vimos então que essa vida do nosso Senhor, ela se desenvolveu, e percorrendo todo o Evangelho de Lucas, nós vamos ver que Lucas vai narrar desde o nascimento do Senhor, até a idade de trinta anos, passa pela infância, passa pela adolescência, chega àquela maturidade, e nós vimos ali que isso se refere então àqueles trinta anos de silêncio que o Senhor vive uma vida em secreto diante do Pai, e aí depois daquele período então que o Senhor é batizado e Ele começa a fazer muitas obras, inúmeras obras, trabalha tanto, dia e noite que um dia a própria família dele vem e vai dizer para Ele que Ele tem que descansar um pouco. Ele está fora de si, trabalhando dia, noite, manhã, tarde. É um período que essa vida de Deus que cresceu nele, de maneira silenciosa naqueles anos, ela começa a se manifestar como aquela represa que abre a água e começa a fluir. E finalmente nós vamos ver que tem um terceiro período em que antes do Senhor ser elevado ao céu, sem passar pela morte, o Senhor decide ir para Jerusalém. Nós vemos claramente estes três estágios: A vida escondida, a vida que produz muito fruto, e o caminho da cruz.
De alguma forma o nosso caminhar espiritual, se a nossa experiência está caminhando de acordo com o padrão da vida que nos é mostrado nas escrituras, nós vamos ter estes três caminhos, um período
Esses dois versículos que nós lemos aqui, um deles fala que os centuriões disseram: “Esse, verdadeiramente era o filho de Deus”; e o outro fala: “Verdadeiramente esse homem era justo”. Então nós vemos o Senhor, pelo testemunho de um incrédulo, visto como Deus e como homem. E ontem nós estávamos caminhando nessa questão da normalidade da vida, quando nós paramos, ou nos concentramos naquela experiência da transfiguração do Senhor, quando o Senhor, podendo ascender aos céus, o Senhor opta por permanecer na terra, caminhar o caminho da cruz, e lá na cruz do Calvário, morrer pelos nossos pecados. E ali nós vimos que o Senhor, Ele não precisava passar pela morte. Mas aí vem a pergunta: Por que é que o Senhor não precisava passar pela morte? Por que o Senhor estava naquela condição de ascender diretamente para os céus? Ou por que que o Senhor pôde, lá na cruz do Calvário, oferecer a vida Dele, e a vida Dele servir como sacrifício para os nossos pecados? O Senhor pôde estar pronto para ir ao céu, oferecer-se como sacrifício pelos nossos pecados porque Ele era perfeito, era sem pecado. O Senhor não tinha pecado, e por causa disso a morte não tinha poder sobre Ele. Agora, porque nós não entendemos esse mistério do nosso Senhor Jesus Cristo ser verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, algumas vezes nós pensamos, equivocadamente, que o Senhor Jesus era um super-homem. E pensamos assim: Para o Senhor Jesus foi fácil não passar pela morte. Ele era Filho de Deus, não tinha a natureza pecaminosa, e aí chegamos até o extremo de dizer assim que o Senhor não poderia pecar. Mas será que é isso que diz a escritura? Não. O que é que diz a escritura? Diz que Ele foi tentado e sabe o que é a tentação? A tentação, para o homem, foi o começo da queda. No início era só uma provação, mas o homem deu ouvidos e foi seduzido, e essa sedução da provação se transformou em uma tentação, quando ele começou a pensar na possibilidade de pecar. E essa tentação, se tornou pecado. Vamos em Tiago aqui, onde diz como é que funciona esse processo. No livro de Tiago, olhem como é que funciona. Cap. 1, versículo 12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. Está claro aqui? Provação. Suportar com perseverança a provação. 13 ¶ Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. 14 Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Ficou claro aqui? É muito claro; a morte conseqüência do pecado. Todo um processo que inicialmente era provação ou tentação, ele vai encontrando lugar, ele vai concebendo, ele dá a luz a uma ação, e essa ação resulta
15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Então, de alguma forma nós vemos que o nosso Senhor foi tentado,
No cap. 4 6 Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Homem. Deus de acordo com a palavra, até uma concepção muito simples, a gente sabe que Deus, não cansa. E a palavra diz que Deus não dorme, não se fatiga. Aqui nós vemos o Senhor cansado da viagem. Nós podemos ter aquela impressão que o Senhor veio para o mundo, veio caminhar nessa terra, andar em uma estrada asfaltada, com calçados confortáveis, mas o nosso Senhor Jesus, teve os seus pés, talvez muitas vezes machucados pela aspereza do caminho. Teve os seus pés cobertos pelo pó daquelas areias lá da Palestina, teve a sua fronte queimada pelo sol fustigante, e aqui nos diz: O Senhor cansado. Homem. Homem. Um homem segundo Deus, um homem sem pecado, mas um homem. Cap. 19 28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Homem. Se os irmãos se recordarem do que foi dito anteriormente, quando o Senhor Deus coloca a vida de Deus dentro de nós, ele não nos transforma em anjos, seres extraterrestres. O Senhor quer que sejamos homens e mulheres. Na verdade, verdadeiramente homens e mulheres. Cap. 12 de João, verso 27 ¶ Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Será que nós lemos correto aqui? O Senhor disse. Está angustiada a minha alma. Não é essa uma experiência exclusivamente nossa, como homens e como mulheres? Extremamente humana? Quantas vezes nós achamos que um cristão verdadeiro não se angustia, nem se deprime? Os irmãos estão vendo como é que começa a fazer diferença? Eu faço uma regra na minha cabeça: cristão não se angustia e nem se deprime. E essa regra se torna um padrão, e eu começo a aplicá-la para os outros. Quando eu vejo um cristão angustiado ou deprimido eu digo assim: “Ah. Não é cristão. Esse aí não está com a vida de Deus dentro dele.” Percebem como escapamos ligeirinho do padrão divino para o padrão humano? Nós colocamos um conceito assim: a vida cristã é alegria. Nunca vai ser angústia. O irmão percebe? O Senhor aqui passou pela angústia. Se nós soubéssemos, tivéssemos tempo de entrar nisso, veríamos que é uma angústia que não atingiu o Espírito do Senhor. Nós vamos ver então que se nós temos uma regra e não vida, fazemos uma classificação e começamos a impor essa regra para os outros. As vezes um irmão está passando uma situação muito difícil, só ele e Deus sabem. Nós vamos lá com aquele chicote afiado e fustiga o irmão. “Como está o irmão angustiado? O irmão não crê em Deus? Não crê no poder de Deus?” Ele crê, mas o próprio Senhor Jesus, Ele esteve angustiado, porque Ele era verdadeiramente homem, e as vezes, por não conhecermos a vida de Deus, quando nos abate uma angústia, quando nós fracassamos na vida com o Senhor, no caminhar, porque é muito comum, pois nós somos homens, falhos, nós começamos a duvidar da própria salvação. “Ah Senhor. Eu pequei. Será que eu sou salvo ainda? Senhor. Eu tenho esse tipo de pensamento. Será que eu sou salvo ainda? Eu tenho esse tipo de sentimento. Será que eu sou salvo ainda? São tudo coisas que são experimentadas à nível da alma. São sentimentos, são pensamentos, mas como é que eu vou saber qual que é o padrão de Deus para mim? Tenho que voltar para a escritura. Se eu for até a escritura, o próprio Senhor se angustiou. No cap. 20, verso 27 de João, para o Tomé. 27 E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Nós vemos então o Senhor angustiado, uma evidência do Senhor ter uma alma como uma alma humana. Vimos o Senhor cansado e com sede, tendo necessidades físicas com o corpo humano, e aqui no cap. 20 de João, versículo 27, o Senhor vai dizer para Tomé para por o dedo e vê as minhas mãos. Chega também e põe a mão no meu lado. Então o Senhor tinha um corpo humano, o Senhor tinha um corpo com limitações humanas. No cap. 11, de João, 32 Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido. 33 ¶ Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. O Senhor se comoveu. Aqui diz que o s Senhor se agitou no espírito e se comoveu. 34 E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! E no versículo 35 está escrito: 35 Jesus chorou. Muitas vezes nós achamos que, por sermos cristãos, temos um conceito errado. Somos indiferentes ao sofrimento humano. Somos indiferentes na morte, indiferentes na doença, nós somos os super-homens, e aqui nós vemos o Senhor Deus, o criador, o Deus homem, perante o sofrimento dos seus amigos, perante a frieza da morte, Deus homem, Jesus chorou. De fato nós poderíamos ampliar essa investigação, ao longo de toda a Bíblia verificando como que de maneira inquestionável, o Senhor Jesus é verdadeiramente Deus, e verdadeiramente homem. Experimentou as mesmas coisas que nós experimentamos, a mesma dor que experimentamos quando experimentamos a rejeição, o Senhor experimentou, a mesma dificuldade quando experimentamos a incompreensão, o Senhor experimentou. A mesma tristeza quando enfrentamos a doença e a morte, o Senhor experimentou, porque o Senhor era verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Ou seria uma farsa? Que o Senhor nos guarde de pecar contra isso, mas ou Ele era Deus, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, ou não era nada, mas graças a Deus nós sabemos: Ele é Deus. Mas Ele venceu, não usando a prerrogativa de ser Deus – a Bíblia diz - Ele se esvaziou daquela glória que Ele tinha como Deus, e veio a esse mundo e se fez, genuinamente, um homem, e sendo achado na forma de homem, Ele se tornou servo, obediente. Obediente até a morte e morte de cruz. Agora nós vemos aqui que o Senhor se tornou obediente, mas em Hebreus, no cap. 5, versículo 8 vai dizer que embora sendo Filho, ele aprendeu a obediência. Ele como Deus, sempre estaria de acordo com o pai. Sempre andaria em harmonia com a vontade do Pai, mas Ele como homem - aqui diz - Ele aprendeu a obediência. Significa o quê? O Senhor tinha possibilidade de não obedecer. Ele tinha a possibilidade de não andar em algum momento na caminhada com o Pai. Mas a Bíblia diz que Ele aprendeu a obediência, e foi aperfeiçoado por meio das coisas que sofreu. E então, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o autor da salvação. Agora, quando nós pensávamos anteriormente que o Senhor Jesus como super-homem, não tinha efeito da tentação, nós pensávamos: “Ah que lindo. O Senhor viveu uma vida perfeita diante de Deus, sem pecado”. Mas agora se nós imaginarmos que o Senhor teve que viver dia a dia, noite após noite, tentação após tentação, sem pecado, então realmente nós temos que nos dobrar diante do Senhor e dizer: Ele é Deus. Ele teve um amor tão grande, a ponto de caminhar nesse mundo, e não pecar contra o Senhor Deus. Ainda sendo tentado, dia e noite, ainda sendo tentado pelos seus inimigos e as vezes pelos seus amigos, ainda sendo tentado de todas as formas, de todo o tipo de autoridade, até o último, lá na cruz, alguém disse para Ele: Se verdadeiramente és o filho de Deus, desce da cruz. Médico, cura-te a ti mesmo. Os irmãos não acha que o Senhor poderia, naquele momento e Ele até mesmo disse: Se eu quisesse, era só dar um suspiro: Pai. Só assim, e uma legião de anjos estaria aqui, mas de novo irmãos, se Ele tivesse sucumbido a essa tentação, o que seria de nós? O Senhor voltaria à sua glória como Deus, sem dúvida nenhuma porque Ele é Deus. Mas o que seria da nossa salvação? E o Senhor muitas vezes foi tentado. Quantas vezes nós passamos por uma situação semelhante? Nós temos opção, as vezes na relação com o nosso chefe, e com a nossa esposa ou com o nosso filho, você diz: eu vou tomar uma atitude, e nós nos sentimos conduzidos pelo Espírito Santo. Ao invés de elevarmos a nossa voz, ao invés de tomar uma atitude, nós dizemos: pai, se possível passe de mim a situação difícil. Mas se não for possível pai, faça a sua vontade.
Então nós vemos que o Senhor Jesus Cristo foi tentado em todas as coisas, mas ele não caiu na tentação. Ele não se deixou cair no pecado e por causa disso o nosso Senhor teve aquela vida perfeita diante do Pai, e por causa disso nos vemos no final do primeiro estágio, o Pai dizendo acerca do seu filho: “Este é o meu filho amado. E nele eu me comprazo. Isso me satisfaz”. É assim. É assim que a vida humana deveria ser vivida, e aí nós vimos lá no monte da transfiguração, depois então naquela primeira vez que o pai diz: Esse é o meu filho amado, esse é o meu eleito, o Senhor está colocando um selo de aprovação naquela vida escondida do Senhor, e no monte da transfiguração quando o Senhor repete essa afirmação: Esse é o meu Filho eleito, a Ele ouvi, o meu amado. O Senhor está colocando um selo de aprovação no ministério terreno do nosso Senhor Jesus Cristo, e no final do livro de Lucas, quando o céu se abre para receber o Senhor, o Senhor está colocando um selo em toda a vida, em toda obra do nosso Senhor Jesus.
Agora, como nós tínhamos proposto a falar do aspecto prático disso, vamos ver como é que o Senhor venceu? Como homem. Nós vamos ficar supressos porque dentre os quatro evangelhos, somente Lucas vai nos narrar, sete ocasiões, em que seis delas, nos outros evangelhos, narra a mesma coisa, mas não narra esse segredo do Senhor e esse segredo é oração. Para dar um exemplo aos irmãos vamos ver por ocasião do início do ministério público do Senhor, no cap. 3, no verso 21 ¶ E aconteceu que, ao ser todo o povo batizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se abriu, Se nós fôssemos ler a mesma passagem no evangelho de Mateus, no de Marcos ou João, íamos ver que lá não foi mencionada essa palavra oração. O Senhor iniciou o seu ministério orando. Foi quando Ele estava orando que o céu se abriu, e de alguma forma isso nos diz que o homem, de acordo com o que Deus havia proposto para ele, andando sobre essa terra, é um homem de oração. É assim que a vida de Cristo sobre essa terra se sustém. É assim que a vitória é manifestada. É assim que nós andamos aqui, se nós queremos ter a mesma experiência do Senhor Jesus. Nós vamos ver que naquele período de vida do Senhor Jesus, depois do início do seu ministério até a ocasião
Amado Pai, nós queremos pedir que o Senhor revele a Tua palavra ao nosso coração, e de fato nos ensine como viver, ou como permitir Cristo viver na nossa vida. Pai pedimos que o Senhor realmente nos leve a ser homens e mulheres que como o Senhor Jesus, homens e mulheres de oração, e que realmente aprendam a andar, aprendam a se alimentar da vontade do Pai, e que aprendam a andar no caminho da cruz. Pai santo, nós pedimos isso no nome do Senhor Jesus. Amém.
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