29 julho, 2007

Cristo, o padrão da Vida IV

Mateus cap 27, verso 54 O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.

Lucas 23, verso 47 Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo.

Vamos ter mais uma palavra de oração.

Pai nós te damos graças pelo privilégio que o Senhor nos dá, de estarmos reunidos em nome do Senhor Jesus. Para nós não é tão importante se nós temos conosco apenas um pequeno número de pessoas, ou uma grande multidão. O importante é que o Senhor está conosco. E nós cremos que o Senhor está conosco. Nós bendizemos ao Senhor pela tua presença na nossa vida e no nosso meio. Que o Senhor seja honrado entre nós. Que realmente toda voz se cale, para que o Senhor possa falar. Que realmente o Senhor nos conceda esse Espírito de revelação e de sabedoria, do pleno conhecimento do nosso amado Senhor Jesus. Nós nos colocamos em tuas mãos Senhor, nossos lábios, nossos ouvidos, para que ungidos pelo teu próprio Espírito, possamos ouvir a tua palavra e dela sermos alimentados. Nós oramos em nome do Senhor Jesus. Amém.

Desde sexta nós temos compartilhado acerca deste tema, desse assunto Vida, porque nós queremos entender a natureza da vida que o Senhor Deus nos concede como cristãos, e porque nós queremos não só ter um conhecimento teórico ou doutrinário acerca da vida, mas nós também queremos ter um conhecimento experimental. Nós queremos ter isso como nossa experiência, e com essa finalidade, nós temos visto que Cristo, de fato, é a nossa vida. Não tem outra definição para a vida do cristão.

Como nós humanos gostamos muito de regras, métodos, nós gostamos muito de seqüências, muitas vezes nós pensamos que a vida cristã pode ser reduzida a um número de regras, até mesmo no nosso louvor. Nós podemos imaginar que se nós cantarmos um determinado número de hinos por um determinado número de minutos, com isso estamos louvando, com isso estamos adorando. Mas a palavra do Senhor nos diz que a adoração verdadeira, é em espírito, e nós pensamos as vezes que se nós tivermos uma maneira se sentarmos, uma maneira de reunirmos, aí, com isso, nós estamos nos reunindo de acordo com o que Deus deseja. Pode ser uma forma externa, mas se não tiver realidade ali dentro, não tem nada de culto verdadeiro ao Senhor. A experiência do cristão, é uma experiência que ela tem que ter, de fato, o conhecimento da escritura, mas tem que ter de fato, também, o poder de Deus. E quando nós falamos da vida, de que Cristo é a nossa vida, nós queremos então conhecer essa vida. Não é um conjunto de regras, não é um conjunto de leis, não é um conjunto de faça isso, não faça aquilo. Tem muitas coisas que são lícitas em uma circunstância algumas pessoas fazerem, e não é lícito em outras circunstâncias, outras pessoas fazerem. Tem algumas coisas que são perfeitamente válidas para mim, como indivíduo, mas que não são válidas para toda a congregação. E por causa disso, muitas vezes eu vou me restringir. Por que? Não é uma regra, mas é realmente a vida. É o Senhor Jesus Cristo em nós. E essa vida que o Senhor Jesus Cristo coloca em nós, quando nascemos de novo, é uma vida que é uma vida completa, mas está no estágio inicial. Nós todos iniciamos em Cristo como bebezinhos e essa vida vai gradualmente se desenvolvendo, se ela estiver em um ambiente correto. Nós vimos que o ambiente correto é que nem uma planta. Para a planta crescer ela tem que estar em um solo fértil, tem que receber água, sol, ar suficiente, e para essa vida - que Deus coloca dentro de nós quando nos convertemos - crescer e amadurecer, ela precisa receber a presença do Pai, de maneira constante. É isso que nutre essa vida, é isso que dá o crescimento para essa vida.

Mas hoje nós queremos entrar em um aspecto um pouquinho mais prático dessa vida, de como que a vida de Cristo vai crescer em nós, o que é que nós podemos fazer para colaborar que essa vida de Cristo cresça em nós. Nós chegamos à conclusão que para entender como é que a vida de Cristo ela se manifesta sobre a terra, como é que ela vive sobre a terra, nós precisamos ir aos Evangelhos e ver o único exemplo que nos foi deixado de como essa vida se comporta, qual é o padrão dessa vida. E nós vimos que o padrão dessa vida é a vida do Senhor Jesus Cristo que foi uma vida celestial, vivida sobre a terra. E aí nós vimos que dentre os quatro evangelistas Lucas é aquele que mais pode nos ajudar nesse aspecto, porque ele vai nos mostrar o Senhor Jesus Cristo como aquela vida única. Lucas sendo médico, viu aquela vida tão diferente de todas as outras vidas. Viu aquela vida diferente da vida natural. Por que ele descobriu que era diferente? Porque aquela vida que o Lucas descobriu, não morria. Todas as outras vidas que o Lucas havia estudado como médico tiveram o mesmo final trágico. Era aquela mesma história: iniciou no pó, e terminou no pó. Iniciou no berço como as outras vidas, mas terminou na sepultura aquela vida natural. Mas vida do Senhor Jesus Cristo, iniciou no berço como todas aquelas vidas, e terminou em ascensão na presença do Pai. Então, nós fomos estudar, no livro de Lucas, como é que essa vida foi vivida de maneira perfeita sobre a terra, porque sabendo isso, nós saberemos permitir que a vida de Cristo em nós vá se desenvolvendo conforme esse padrão. Por que que isso é importante? Porque se nós não temos um padrão de como a vida vai se desenvolver dentro de nós, é possível que na nossa experiência cristã, nós começamos a nos afastar do modelo da escritura.

Existe uma coisa muito séria dentro do cristianismo, dentro do povo de Deus, que se chama obsessão espiritual, ou engano espiritual a respeito da própria experiência. Então o que é que acontece. Naquele desejo intenso que nós temos de seguir ao Senhor, de amar ao Senhor, nós podemos cair em uma experiência que se chama obsessão espiritual, ou seja, quando nós nos convertemos, nós nos abrimos para o mundo espiritual, e ficamos fascinados com o mundo de Deus e naquele primeiro amor nós queremos abandonar tudo por amor a Cristo. Nós queremos abandonar, como o hino cantou, abandonar filhos, mãe, emprego. Queremos abandonar a nós mesmos. Alguns abandonam a faculdade, e se entregam naquela experiência de Cristo. Iniciativa maravilhosa, mas será que ela é bíblica? É uma experiência maravilhosa nós nos reunirmos e cantarmos, mas será que ela é bíblica? As vezes nós ouvimos relatos de grupos que se reúnem para adorar ao Senhor, e naquele zelo de se entregar ao Senhor, se entregam a outras coisas, porque eles não comparam a experiência que eles estão vivendo com o padrão da Bíblia. E alguns acreditam por exemplo que se eles uivarem como lobos ou latirem como cachorros, com isso estão adorando a Deus. E é uma fé genuína. Eles crêem de todo o coração. Ou eles crêem que a alegria diante do Senhor, é se nós começarmos a rir da manhã à noite. Rir a tal ponto que cai no chão rindo, e dizem que com isso estão louvando e adorando ao Senhor. O que é que é isso? É uma experiência? É. É genuína? É. É Bíblica? Não. Não é. Aquela experiência deles não está andando em conformidade com o padrão da escritura. Irmãos, quando a gente anda no meio cristão, a gente vê de tudo. Eu já presenciei irmãos, pessoas, no meio da adoração, que eles consideram adoração, repentinamente alguém se lança no chão mergulhando e começa a nadar no chão assim. Ou então fica deitado de costas, e quem está olhando de fora fica impressionado perguntando o que é aquilo. Nunca aconteceu uma coisa dessas na Bíblia. Não temos nenhuma referência que nos autorize a fazer isso ou algo deste tipo, em nome de uma adoração a Deus. Eu fui perguntar o que é que estava acontecendo ali. A princípio, se não fosse tão triste, até fica engraçado porque é alguma coisa fora do normal. O que é que está acontecendo aqui? “Eu estou nadando no rio de Deus”. Irmão. Isso pode ser maravilhoso, pode ser sensacional, pode se dar um senso de alívio, um senso de descanso, pode ser real para ti, mas isso não está na escritura. Isso pode ser uma obsessão, mas não é uma realidade espiritual. Infelizmente as pessoas que estão mais propensas a ter, a entrar nesse tipo de dificuldade, são aquelas pessoas mais zelosas para com Deus, porque eles acreditam que o zelo substitui um sólido conhecimento da palavra de Deus Eles acreditam que vontade de servir ao Senhor, substitui um estudo sério da palavra do Senhor. Então a experiência começa a se afastar do padrão da escritura e começa a entrar em algo que é uma obsessão espiritual. Isso pode acontecer com um indivíduo, pode acontecer com uma congregação inteira. Se nós nos afastamos do padrão da palavra, gradualmente, ao invés de estarmos servindo ao nosso Senhor, nós podemos estar batendo nos nossos irmãos, porque nós colocamos uma regra que é tão pesada que nem nós mesmos conseguimos carregar. É uma regra que nós colocamos para os filhos dos outros, porque nós não temos filhos ou porque o nosso filho não se encontra naquela fase. Fica tão pesado, tão pesado, que se torna uma hipocrisia, e se afasta da realidade e quando nós vemos nós começamos a manufaturar uma vida de cristão, começamos a manufaturar uma vida de adoração, começamos a manufaturar uma coisa chamada vida cristã, e deixa de ser vida e passa a ser uma regra, deixa de ser amor e passa a ser uma imposição, deixa de ser realidade e passa a ser uma obsessão. Por isso é muito importante, sempre, voltar ao padrão da escritura, voltar àquilo que a palavra diz: voltar àquilo que a Bíblia nos fala acerca do nosso amado Senhor Jesus Cristo e ali permanecer e nessa trilha andar. Por isso, então, nós nos voltamos para o livro de Lucas e queremos ver como essa vida celestial é vivida sobre a terra, na única referência, concreta e sólida que nos foi deixada: a vida do Senhor Jesus Cristo sobre a terra. E ali nós vimos então que essa vida do nosso Senhor, ela se desenvolveu, e percorrendo todo o Evangelho de Lucas, nós vamos ver que Lucas vai narrar desde o nascimento do Senhor, até a idade de trinta anos, passa pela infância, passa pela adolescência, chega àquela maturidade, e nós vimos ali que isso se refere então àqueles trinta anos de silêncio que o Senhor vive uma vida em secreto diante do Pai, e aí depois daquele período então que o Senhor é batizado e Ele começa a fazer muitas obras, inúmeras obras, trabalha tanto, dia e noite que um dia a própria família dele vem e vai dizer para Ele que Ele tem que descansar um pouco. Ele está fora de si, trabalhando dia, noite, manhã, tarde. É um período que essa vida de Deus que cresceu nele, de maneira silenciosa naqueles anos, ela começa a se manifestar como aquela represa que abre a água e começa a fluir. E finalmente nós vamos ver que tem um terceiro período em que antes do Senhor ser elevado ao céu, sem passar pela morte, o Senhor decide ir para Jerusalém. Nós vemos claramente estes três estágios: A vida escondida, a vida que produz muito fruto, e o caminho da cruz.

De alguma forma o nosso caminhar espiritual, se a nossa experiência está caminhando de acordo com o padrão da vida que nos é mostrado nas escrituras, nós vamos ter estes três caminhos, um período em que Deus vai trabalhar na nossa vida quase que de maneira escondida. Somos nós e Deus. É Deus trabalhando conosco. Somos nós aprendendo a andar em comunhão com o Pai, deixando que o Pai trabalhe em nós, deixando que o Pai vá removendo o que precisa ser removido, deixando que o Pai vá construindo o que precisa ser em nós construído, e um dia o Senhor começa a dar oportunidade que o sirvamos. E vamos servir ao nosso Senhor, na medida em que Ele vai nos dando oportunidade, mas vai chegar um dia em que vamos receber um chamado para uma vida mais profunda. Nós vamos receber um chamado, não só para desfrutar da vitória do Senhor Jesus Cristo, mas receber um chamado para caminhar no caminho da cruz. Vamos receber um chamado para andar em comunhão com o Senhor, no caminho da cruz. Vamos ver que isso foi verdadeiro na vida do nosso Senhor Jesus, foi verdadeiro na vida do apóstolo Paulo, e foi verdadeiro na vida de muitos cristãos que hoje nos abençoam. É muito comum homens caminharem com Deus por um período de tempo e depois serem grandemente utilizados por Deus e chega um período, por alguma razão na vida deles, que Deus arranja as circunstâncias na vida deles, que eles são colocados de lado, que eles são perseguidos, que eles começam a sofrer e não é um sofrimento porque eles pecaram, não é um sofrimento porque eles fizeram alguma coisa de errado, mas é um sofrimento porque eles estão dentro da normalidade da vida. E a normalidade da vida, vai pedir um dia que nós tomemos a nossa cruz. Por que? Porque somente quando nós tomamos a nossa cruz, efetivamente a vida de Deus vai fluir de maneira profunda e de maneira intensa, irreversível. Nós vamos ver que isso aconteceu com a vida do nosso Senhor. Quando nós vemos aquele segundo estágio - é claro que tem três estágios - silêncio trinta anos; três anos de muito frutos depois daqueles meses de caminho da cruz- está claro isso? Naquela fase que o Senhor estava frutificando em abundância, fazendo curas, milagres, salvando, ensinando, o Senhor poderia ter continuado fazendo aquilo. Os irmãos concordam comigo? Mas um determinado momento o Senhor tira os olhos da multidão, tira os olhos deles das necessidades do mundo e coloca os olhos deles em Jerusalém, por que? Porque a vida que o Senhor Jesus tinha naquela época estav, ligada ou atrelada a um corpo físico. O Senhor poderia alcançar algumas pessoas que estavam naquela área de influência mais próxima dele. Mas como o Senhor teria alcançado aqueles que não estavam mais próximos deles? Como o Senhor nos teria alcançado a nós hoje, no século XXI. Os irmãos estão percebendo? Mesmo o Senhor podendo salvar, curar, perdoar pecados, como é que Ele poderia vir habitar dentro de nós estando Ele em um corpo físico? Os irmãos estão entendendo? Por causa disso, o Senhor teve que ir para a cruz, para que aquela riqueza de vida pudesse alcançar não só aquelas pessoas que estavam próximas do Senhor geograficamente, pudessem alcançar não só aqueles que viviam na mesma época em que o Senhor vivia, pudesse alcançar não somente os ouvidos e o coração daqueles que o cercavam, mas pudesse o Senhor, Ele mesmo, fazer moradia dentro de nós. Os irmãos estão percebendo? Por causa disso, o próprio Senhor, mesmo que aquele ministério estava tão abundante, estava tão frutífero, o Senhor teve que um dia, colocar o seu rosto em direção a Jerusalém e um dia caminhar o caminho da cruz. Eu não sei a fase ou estágio de crescimento que cada um dos irmãos aqui se encontra. Talvez, todos nós nos encontramos naquela maravilhosa infância espiritual, quando bebês, infância espiritual, adolescência, como alguns amigos nossos aqui perto de nós, quando alguma coisa não está legal, choram. Aí vem papai e mamãe e ajudam na hora. Resolve, tira da água. Acalma. Terminou. Aí ficam satisfeitos. Daqui a pouco choram de novo. Toda a casa vivem em função deles, dos bebês. Bebê chorou, parou todo. Mas nós vamos ver que é muito interessante na nossa caminhada espiritual, no começo dela, nós clamamos ao Senhor, na mesma hora. O Senhor atende. Ó Senhor. Salva. O Senhor atende. Ó Senhor. Resolva o meu problema de trabalho. O Senhor atende. Ó Senhor. É imediato. É o bebê chorando, o Senhor atende, mas gradualmente nós vamos perceber que nós temos que aprender que o Senhor não dá somente aquele tipo de resposta – o sim - para as nossas orações. Ele também dá respostas não. O bebê não sabe tomar um não. De jeito nenhum, e nós quando somos bebês em Cristo, não sabemos ouvir um não. Nós pensamos que sabemos mais do que Ele. Então o Senhor tem que atender a nossa oração, simplesmente porque é a nossa oração. Mas se nós estamos crescendo no Senhor, vamos passar por algumas fases em que Ele vai dizer sim algumas vezes. Não outras vezes. Espera outras vezes. Isso nós estamos entrando na adolescência. Mas se nós continuamos seguindo ao Senhor, vai chegar uma ocasião que o Senhor vai dizer para ti: “Toma a tua cruz”. É hora de tomar a cruz. Você pode ficar sem entender e se perguntar o que é que está acontecendo. “Deus ouvia tanto as minhas orações inicialmente. Eu era tão abençoado, era tão útil que os servos de Deus. Eu era compreendido, eu era uma pessoa tão benquisto naquele meio onde trabalhava, onde eu atuava”. E de repente muda tudo. Nós começamos a experimentar rejeição que foi o que o nosso Senhor experimentou. Nós precisamos experimentar um caminhar de fé, que necessita uma obediência irrestrita à palavra de Deus e ao testemunho do Senhor no nosso coração. Nós começamos a experimentar uma palavra que nós temos só o Senhor para nos orientar, e a escritura. Nenhum consolo como o nosso Senhor. Ninguém vai dizer: vai meu filho, ou fica meu filho. Se nós formos obedientes ao Espírito do Senhor, nós iremos quando o Senhor nos mandar ir, e nós paramos quando o Senhor nos mandar parar. Os homens vão entender? Muitas vezes não. Mas nós estamos caminhando no caminho da cruz, e quando nós caminhamos no caminho da cruz, verdadeiramente, ficamos muitas vezes até quietos, mas naquele silêncio o Senhor está operando profundamente na vida de outros. É morte em mim, é morte em mim. Mas é vida para outros. Não estou ministrando como ministrava antigamente não. Estou ministrando como ministrava antigamente, mas ainda em silêncio ou ainda com umas poucas palavras, aquelas poucas palavras, ou até mesmo o silêncio, é uma expressão de vida abundante que tem efeito eterno. Então, essas três etapas da nossa caminhada como cristãos elas sempre precisam ficar muito claras porque se nós não tivermos isso claro no nosso coração nós podemos buscar uma coisa equivocada, uma experiência cristã. E se nós não somos obedientes ao Senhor, quando passamos deste estágio, esse estágio de muito fruto, e não entramos no caminho da cruz, começamos a fazer as coisas automaticamente. “Ah. Eu falava a palavra de Deus e muitos se convertiam. E não tomo o caminho da cruz”. Então continue a falar a palavra de Deus e muitos continuam se convertendo, mas aquela maturidade da vida que deveria se produzida se estivéssemos no caminho da cruz, ela pára. Continuo pregando, continuo convertendo, continuo fazendo, mas já não é o Senhor empurrando para fazer. É a minha própria natureza que vai fazer. É eu mesmo que vou fazendo e quando eu vejo - vou fazendo, vou fazendo - os homens já não estão olhando mais para Cristo como no início do meu compartilhar, porque não é vida, porque não tomei a cruz. Então eu vou fazendo, vou fazendo, mas gradualmente, vou ocupando uma posição central e quando a gente vê o Senhor Jesus Cristo está na cruz, e eu estou no trono. Por isso, na nossa caminhada - normalidade da vida espiritual – é que o Senhor vai nos conduzir e um dia vai dizer: Filho. “Agora toma a cruz. Agora fique quieto. Agora só fale quando eu mandar, quando eu pedir. E assim vai acontecendo na nossa vida, e assim aconteceu na vida do Senhor.

Esses dois versículos que nós lemos aqui, um deles fala que os centuriões disseram: “Esse, verdadeiramente era o filho de Deus”; e o outro fala: “Verdadeiramente esse homem era justo”. Então nós vemos o Senhor, pelo testemunho de um incrédulo, visto como Deus e como homem. E ontem nós estávamos caminhando nessa questão da normalidade da vida, quando nós paramos, ou nos concentramos naquela experiência da transfiguração do Senhor, quando o Senhor, podendo ascender aos céus, o Senhor opta por permanecer na terra, caminhar o caminho da cruz, e lá na cruz do Calvário, morrer pelos nossos pecados. E ali nós vimos que o Senhor, Ele não precisava passar pela morte. Mas aí vem a pergunta: Por que é que o Senhor não precisava passar pela morte? Por que o Senhor estava naquela condição de ascender diretamente para os céus? Ou por que que o Senhor pôde, lá na cruz do Calvário, oferecer a vida Dele, e a vida Dele servir como sacrifício para os nossos pecados? O Senhor pôde estar pronto para ir ao céu, oferecer-se como sacrifício pelos nossos pecados porque Ele era perfeito, era sem pecado. O Senhor não tinha pecado, e por causa disso a morte não tinha poder sobre Ele. Agora, porque nós não entendemos esse mistério do nosso Senhor Jesus Cristo ser verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, algumas vezes nós pensamos, equivocadamente, que o Senhor Jesus era um super-homem. E pensamos assim: Para o Senhor Jesus foi fácil não passar pela morte. Ele era Filho de Deus, não tinha a natureza pecaminosa, e aí chegamos até o extremo de dizer assim que o Senhor não poderia pecar. Mas será que é isso que diz a escritura? Não. O que é que diz a escritura? Diz que Ele foi tentado e sabe o que é a tentação? A tentação, para o homem, foi o começo da queda. No início era só uma provação, mas o homem deu ouvidos e foi seduzido, e essa sedução da provação se transformou em uma tentação, quando ele começou a pensar na possibilidade de pecar. E essa tentação, se tornou pecado. Vamos em Tiago aqui, onde diz como é que funciona esse processo. No livro de Tiago, olhem como é que funciona. Cap. 1, versículo 12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. Está claro aqui? Provação. Suportar com perseverança a provação. 13 ¶ Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. 14 Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Ficou claro aqui? É muito claro; a morte conseqüência do pecado. Todo um processo que inicialmente era provação ou tentação, ele vai encontrando lugar, ele vai concebendo, ele dá a luz a uma ação, e essa ação resulta em morte. Foi assim que entrou o pecado no mundo, foi assim que aquele primeiro homem que Deus criou, caiu, e se afastou de Deus e trouxe todas essas conseqüências que nós sabemos. Agora, em Hebreus, no cap. 4 14 Tendo, pois, a Jesus (Jesus aqui se refere ao nome do nosso Senhor quando estava caminhando sobre a terra como homem), o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.

15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Então, de alguma forma nós vemos que o nosso Senhor foi tentado, em tudo. Não há nenhum tipo de tentação ou fraqueza que o nosso Senhor não tenha suportado. Mas então nós queremos saber: essa vida de Cristo, que venceu a morte, que venceu o mundo, que venceu o pecado, que venceu o eu, ela foi provada, ela foi testada. Foi provada e testada em todos os aspectos que nós somos também provados. E se essa vida venceu o pecado, o eu, a morte, Satanás, na pessoa do Senhor Jesus Cristo, essa mesma vida vai vencer em nós também. Agora vem um ponto. Será que o Senhor, de fato, era verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem? Porque disso depende nós concluirmos que de fato o Senhor foi tentado e como homem venceu essas coisas. Nós sabemos que o Evangelho de Lucas é aquele nos mostra o Senhor como um homem perfeito, e ali vemos o Senhor vivendo uma vida divina. No Evangelho de João, nos mostra o Senhor Jesus Cristo como Deus. E ali vamos ver o Senhor vivendo uma vida humana. Querem um exemplo para ver? Vamos abrir no Evangelho de João, cap. 1, verso 14 E o Verbo se fez carne (ou seja, o Senhor Jesus Cristo se fez homem) e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

No cap. 4 6 Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Homem. Deus de acordo com a palavra, até uma concepção muito simples, a gente sabe que Deus, não cansa. E a palavra diz que Deus não dorme, não se fatiga. Aqui nós vemos o Senhor cansado da viagem. Nós podemos ter aquela impressão que o Senhor veio para o mundo, veio caminhar nessa terra, andar em uma estrada asfaltada, com calçados confortáveis, mas o nosso Senhor Jesus, teve os seus pés, talvez muitas vezes machucados pela aspereza do caminho. Teve os seus pés cobertos pelo pó daquelas areias lá da Palestina, teve a sua fronte queimada pelo sol fustigante, e aqui nos diz: O Senhor cansado. Homem. Homem. Um homem segundo Deus, um homem sem pecado, mas um homem. Cap. 19 28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Homem. Se os irmãos se recordarem do que foi dito anteriormente, quando o Senhor Deus coloca a vida de Deus dentro de nós, ele não nos transforma em anjos, seres extraterrestres. O Senhor quer que sejamos homens e mulheres. Na verdade, verdadeiramente homens e mulheres. Cap. 12 de João, verso 27 ¶ Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Será que nós lemos correto aqui? O Senhor disse. Está angustiada a minha alma. Não é essa uma experiência exclusivamente nossa, como homens e como mulheres? Extremamente humana? Quantas vezes nós achamos que um cristão verdadeiro não se angustia, nem se deprime? Os irmãos estão vendo como é que começa a fazer diferença? Eu faço uma regra na minha cabeça: cristão não se angustia e nem se deprime. E essa regra se torna um padrão, e eu começo a aplicá-la para os outros. Quando eu vejo um cristão angustiado ou deprimido eu digo assim: “Ah. Não é cristão. Esse aí não está com a vida de Deus dentro dele.” Percebem como escapamos ligeirinho do padrão divino para o padrão humano? Nós colocamos um conceito assim: a vida cristã é alegria. Nunca vai ser angústia. O irmão percebe? O Senhor aqui passou pela angústia. Se nós soubéssemos, tivéssemos tempo de entrar nisso, veríamos que é uma angústia que não atingiu o Espírito do Senhor. Nós vamos ver então que se nós temos uma regra e não vida, fazemos uma classificação e começamos a impor essa regra para os outros. As vezes um irmão está passando uma situação muito difícil, só ele e Deus sabem. Nós vamos lá com aquele chicote afiado e fustiga o irmão. “Como está o irmão angustiado? O irmão não crê em Deus? Não crê no poder de Deus?” Ele crê, mas o próprio Senhor Jesus, Ele esteve angustiado, porque Ele era verdadeiramente homem, e as vezes, por não conhecermos a vida de Deus, quando nos abate uma angústia, quando nós fracassamos na vida com o Senhor, no caminhar, porque é muito comum, pois nós somos homens, falhos, nós começamos a duvidar da própria salvação. “Ah Senhor. Eu pequei. Será que eu sou salvo ainda? Senhor. Eu tenho esse tipo de pensamento. Será que eu sou salvo ainda? Eu tenho esse tipo de sentimento. Será que eu sou salvo ainda? São tudo coisas que são experimentadas à nível da alma. São sentimentos, são pensamentos, mas como é que eu vou saber qual que é o padrão de Deus para mim? Tenho que voltar para a escritura. Se eu for até a escritura, o próprio Senhor se angustiou. No cap. 20, verso 27 de João, para o Tomé. 27 E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Nós vemos então o Senhor angustiado, uma evidência do Senhor ter uma alma como uma alma humana. Vimos o Senhor cansado e com sede, tendo necessidades físicas com o corpo humano, e aqui no cap. 20 de João, versículo 27, o Senhor vai dizer para Tomé para por o dedo e vê as minhas mãos. Chega também e põe a mão no meu lado. Então o Senhor tinha um corpo humano, o Senhor tinha um corpo com limitações humanas. No cap. 11, de João, 32 Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido. 33 ¶ Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. O Senhor se comoveu. Aqui diz que o s Senhor se agitou no espírito e se comoveu. 34 E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! E no versículo 35 está escrito: 35 Jesus chorou. Muitas vezes nós achamos que, por sermos cristãos, temos um conceito errado. Somos indiferentes ao sofrimento humano. Somos indiferentes na morte, indiferentes na doença, nós somos os super-homens, e aqui nós vemos o Senhor Deus, o criador, o Deus homem, perante o sofrimento dos seus amigos, perante a frieza da morte, Deus homem, Jesus chorou. De fato nós poderíamos ampliar essa investigação, ao longo de toda a Bíblia verificando como que de maneira inquestionável, o Senhor Jesus é verdadeiramente Deus, e verdadeiramente homem. Experimentou as mesmas coisas que nós experimentamos, a mesma dor que experimentamos quando experimentamos a rejeição, o Senhor experimentou, a mesma dificuldade quando experimentamos a incompreensão, o Senhor experimentou. A mesma tristeza quando enfrentamos a doença e a morte, o Senhor experimentou, porque o Senhor era verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Ou seria uma farsa? Que o Senhor nos guarde de pecar contra isso, mas ou Ele era Deus, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, ou não era nada, mas graças a Deus nós sabemos: Ele é Deus. Mas Ele venceu, não usando a prerrogativa de ser Deus – a Bíblia diz - Ele se esvaziou daquela glória que Ele tinha como Deus, e veio a esse mundo e se fez, genuinamente, um homem, e sendo achado na forma de homem, Ele se tornou servo, obediente. Obediente até a morte e morte de cruz. Agora nós vemos aqui que o Senhor se tornou obediente, mas em Hebreus, no cap. 5, versículo 8 vai dizer que embora sendo Filho, ele aprendeu a obediência. Ele como Deus, sempre estaria de acordo com o pai. Sempre andaria em harmonia com a vontade do Pai, mas Ele como homem - aqui diz - Ele aprendeu a obediência. Significa o quê? O Senhor tinha possibilidade de não obedecer. Ele tinha a possibilidade de não andar em algum momento na caminhada com o Pai. Mas a Bíblia diz que Ele aprendeu a obediência, e foi aperfeiçoado por meio das coisas que sofreu. E então, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o autor da salvação. Agora, quando nós pensávamos anteriormente que o Senhor Jesus como super-homem, não tinha efeito da tentação, nós pensávamos: “Ah que lindo. O Senhor viveu uma vida perfeita diante de Deus, sem pecado”. Mas agora se nós imaginarmos que o Senhor teve que viver dia a dia, noite após noite, tentação após tentação, sem pecado, então realmente nós temos que nos dobrar diante do Senhor e dizer: Ele é Deus. Ele teve um amor tão grande, a ponto de caminhar nesse mundo, e não pecar contra o Senhor Deus. Ainda sendo tentado, dia e noite, ainda sendo tentado pelos seus inimigos e as vezes pelos seus amigos, ainda sendo tentado de todas as formas, de todo o tipo de autoridade, até o último, lá na cruz, alguém disse para Ele: Se verdadeiramente és o filho de Deus, desce da cruz. Médico, cura-te a ti mesmo. Os irmãos não acha que o Senhor poderia, naquele momento e Ele até mesmo disse: Se eu quisesse, era só dar um suspiro: Pai. Só assim, e uma legião de anjos estaria aqui, mas de novo irmãos, se Ele tivesse sucumbido a essa tentação, o que seria de nós? O Senhor voltaria à sua glória como Deus, sem dúvida nenhuma porque Ele é Deus. Mas o que seria da nossa salvação? E o Senhor muitas vezes foi tentado. Quantas vezes nós passamos por uma situação semelhante? Nós temos opção, as vezes na relação com o nosso chefe, e com a nossa esposa ou com o nosso filho, você diz: eu vou tomar uma atitude, e nós nos sentimos conduzidos pelo Espírito Santo. Ao invés de elevarmos a nossa voz, ao invés de tomar uma atitude, nós dizemos: pai, se possível passe de mim a situação difícil. Mas se não for possível pai, faça a sua vontade.

Então nós vemos que o Senhor Jesus Cristo foi tentado em todas as coisas, mas ele não caiu na tentação. Ele não se deixou cair no pecado e por causa disso o nosso Senhor teve aquela vida perfeita diante do Pai, e por causa disso nos vemos no final do primeiro estágio, o Pai dizendo acerca do seu filho: “Este é o meu filho amado. E nele eu me comprazo. Isso me satisfaz”. É assim. É assim que a vida humana deveria ser vivida, e aí nós vimos lá no monte da transfiguração, depois então naquela primeira vez que o pai diz: Esse é o meu filho amado, esse é o meu eleito, o Senhor está colocando um selo de aprovação naquela vida escondida do Senhor, e no monte da transfiguração quando o Senhor repete essa afirmação: Esse é o meu Filho eleito, a Ele ouvi, o meu amado. O Senhor está colocando um selo de aprovação no ministério terreno do nosso Senhor Jesus Cristo, e no final do livro de Lucas, quando o céu se abre para receber o Senhor, o Senhor está colocando um selo em toda a vida, em toda obra do nosso Senhor Jesus.

Agora, como nós tínhamos proposto a falar do aspecto prático disso, vamos ver como é que o Senhor venceu? Como homem. Nós vamos ficar supressos porque dentre os quatro evangelhos, somente Lucas vai nos narrar, sete ocasiões, em que seis delas, nos outros evangelhos, narra a mesma coisa, mas não narra esse segredo do Senhor e esse segredo é oração. Para dar um exemplo aos irmãos vamos ver por ocasião do início do ministério público do Senhor, no cap. 3, no verso 21 ¶ E aconteceu que, ao ser todo o povo batizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se abriu, Se nós fôssemos ler a mesma passagem no evangelho de Mateus, no de Marcos ou João, íamos ver que lá não foi mencionada essa palavra oração. O Senhor iniciou o seu ministério orando. Foi quando Ele estava orando que o céu se abriu, e de alguma forma isso nos diz que o homem, de acordo com o que Deus havia proposto para ele, andando sobre essa terra, é um homem de oração. É assim que a vida de Cristo sobre essa terra se sustém. É assim que a vitória é manifestada. É assim que nós andamos aqui, se nós queremos ter a mesma experiência do Senhor Jesus. Nós vamos ver que naquele período de vida do Senhor Jesus, depois do início do seu ministério até a ocasião em que Ele começa a caminhar para Jerusalém, duas coisas foram acontecendo paralelamente na vida do Senhor. Uma delas, a fama dele estava aumentando, e a outra delas, a rejeição estava aumentado, e aqui no cap. 5, nos versículos 15 Porém o que se dizia a seu respeito cada vez mais se divulgava, e grandes multidões afluíam para o ouvirem e serem curadas de suas enfermidades. Aqui a fama do Senhor Jesus estava crescendo. As multidões estavam indo para o Senhor, mas logo imediatamente no versículo 16, o que é que nós vemos? 16 Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava. Os irmãos estão vendo? Este é um segredo prático da vida de Cristo em nós, de como essa vida em nós passa pelas crises, de como essa vida em nós vai ficar protegida de se orgulhar e se gloriar, diante de Deus ou dos homens, o Senhor voltava em oração. Sabia que a fonte do trabalho Dele, que a fonte da frutificação Dele, não era algo natural Nele mesmo. Era algo que Ele via o Pai fazer. Ele era simplesmente um servo. Não cabe ali glória para Ele mesmo. No cap. 6, depois que o Senhor havia efetuado a cura daquele homem da mão ressequida, dá para lermos tudo isso aqui porque é interessante. 6 Sucedeu que, em outro sábado, entrou ele na sinagoga e ensinava. Ora, achava-se ali um homem cuja mão direita estava ressequida. 7 Os escribas e os fariseus observavam-no, procurando ver se ele faria uma cura no sábado, a fim de acharem de que o acusar. 8 Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem da mão ressequida: Levanta-te e vem para o meio; e ele, levantando-se, permaneceu de pé. 9 Então, disse Jesus a eles: Que vos parece? É lícito, no sábado, fazer o bem ou o mal? Salvar a vida ou deixá-la perecer? 10 E, fitando todos ao redor, disse ao homem: Estende a mão. Ele assim o fez, e a mão lhe foi restaurada. 11 Mas eles se encheram de furor e discutiam entre si quanto ao que fariam a Jesus. Então nós vimos naquela primeira atitude o Senhor recebendo fama e louvor dos homens, e qual foi a reação Dele? Foi para um lugar à parte, e foi orar para o Pai. Aqui nós vemos o Senhor sendo rejeitado pelos homens. Eles queriam dizer o que iríamos fazer com Ele. O que é que vai dizer no versículo 12? 12 ¶ Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Os irmãos estão percebendo como que reage a vida de Cristo perante as crises? Por que é que ela busca a face do Pai? Por que ela vai para o Senhor e por que é que ela vence? Não é porque é uma vida que não tem propensão a pecar, a cair ou a fracassar. Mas é porque é uma vida escondida em Deus por essa atitude de oração, e nós sabemos que depois dessa atitude de oração nós vamos ver que o Senhor Jesus vai escolher os seus doze apóstolos. Aqueles doze homens que iriam levar a obra de Deus adiante sobre a terra. O Senhor sabia que Ele sabia muito claramente que Ele iria à cruz, na cruz Ele morreria, e depois Ele se propôs a fazer o restante da obra Dele através de homens e mulheres frágeis como nós. Mas os primeiros que iriam levar este testemunho adiante para que Ele chegasse e durasse mais de dois mil anos como tem durado, o Senhor precisava escolher alguns homens, e como é que o Senhor fez? Fez uma eleição? Ele fez uma escolha? A Bíblia diz o Senhor conhecia o homem, senão precisava dizer aqui no versículo anterior diz que o Senhor, “conhecendo-lhes os pensamentos”. O Senhor conhecia. O Senhor podia ou não podia ter escolhido doze? E provavelmente ter excluído alguns que Ele considerasse..... Podia. O Senhor podia, não podia? Irmãos. Como é que nós fazemos as nossas escolhas? Mesmo no ministério, como é que nós fazemos as nossas escolhas? Como é que nós escolhemos aqueles que vão nos acompanhar e vamos andar juntos? Como é que nós vamos escolher aqueles que vão governar entre nós. Como nós escolhemos, nem quero entrar neste mérito. Como o Senhor escolheu? O Senhor passou uma noite orando a Deus. E provavelmente essa noite de comunhão com Deus nós não vamos ter tempo de entrar no aspecto de qual a oração, nós estamos aqui no terceiro exemplo, faltam outros quatro, e o tempo já está terminando, nós ficamos pensando assim: o Senhor em adoração ao Pai, futuramente nós podemos ver o que é que era a adoração, o Senhor em adoração ao Pai, Ele pergunta ao Pai: “Qual é a Tua vontade?” E o Pai vai indicar: Pedro, André, Tiago, João, Felipe, e também vai dizer no versículo 16, Judas Escariotes, que se tornou traidor. Quando nós começamos a pensar como é que o Senhor Jesus Cristo suportou a cruz, fica muito claro que não foi algo que aconteceu de maneira repentina. A cruz já estava no coração do Senhor há muito tempo. O Senhor, em oração, já tinha aprendido a tomar a cruz. Quando aparece a ocasião, é algo natural, espiritualmente natural. Como sabemos que o Senhor tomou a cruz naquele momento, porque sabendo quem era o Judas, o Senhor convive com ele ainda outros três anos e meio e o Senhor conviveu com o Judas de uma maneira tão divina, tão celestial, tão não humana, que quando chegou a ocasião o Senhor disse aos discípulos: “Alguém dentre vós há de me trair”, os discípulos ficaram perguntando quem é. “Serei eu?” “Eu não”. Serei eu Senhor? Eu não. Mas o Senhor foi tão direto dizendo que alguém o iria trair. Será que o Senhor já não sabia isso? O Senhor sabia e como é que nenhum dos outros discípulos jamais desconfiou isso! É porque o Senhor amou o Judas, com o mesmo amor ilimitado com o qual amou todos os seus discípulos, e com o qual Ele nos ama. E como é que nós amamos aquele nosso irmão que as vezes desconfiamos que ele talvez não esteja de acordo com o que nós pensamos? O Senhor amou o Judas. O Senhor andou dia após dia, noite após noite, percorrendo aquele longo caminho na estrada desde o monte da transfiguração até chegar à cruz. Ele não disse nenhuma palavra sobre quem era o Judas. Nunca promoveu nenhuma limpeza. O Senhor amou o Judas, assim como amou os seus discípulos todos. Amou de maneira completa, amou até o fim. Por que? Porque a vida do Senhor tinha um sustentáculo, e qual era o sustentáculo da vida do Senhor? Era uma vida de oração. Uma vida de comunhão com o Pai. As escolhas do nosso Senhor, no início do ministério do nosso Senhor, foi toda baseado na vontade do Pai. Creio que aqui é um bom ponto para nós pararmos hoje, e se o Senhor nos der outra oportunidade vamos seguir até o final, pela graça do Senhor. Vamos terminar com uma palavra de oração.

Amado Pai, nós queremos pedir que o Senhor revele a Tua palavra ao nosso coração, e de fato nos ensine como viver, ou como permitir Cristo viver na nossa vida. Pai pedimos que o Senhor realmente nos leve a ser homens e mulheres que como o Senhor Jesus, homens e mulheres de oração, e que realmente aprendam a andar, aprendam a se alimentar da vontade do Pai, e que aprendam a andar no caminho da cruz. Pai santo, nós pedimos isso no nome do Senhor Jesus. Amém.

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