09 maio, 2007

II ENCONTRO DE CASAIS SÃO LOURENÇO – MG AMOR À LUZ DE 1ªCORÍNTIOS 13 - I

...........enfocando esse assunto da vida conjugal, o Senhor tem nos dado graça, nos assistido, nos dado encargo de estarmos compartilhando a sua palavra focada nesse assunto: Vida Conjugal. Creio que realmente, como o nosso irmão Daniel disse aqui, o Senhor tem já, desde o início, nos dado a experiência na noite de ontem de que ele, realmente, nos dará nesse fim de semana, pela sua fidelidade, mais um tempo de céu aberto na sua presença. Essa é a nossa oração.

Vamos abrir as nossas Bíblias na 2ª Epístola de Paulo a Timóteo, cap. 3 1 ¶ Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, 2 pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, 3 desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, 4 traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, 5 tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.

Ainda na Epístola de Paulo, aos Filipenses, no cap. 2, a partir do verso 12.

12 ¶ Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. 14 ¶ Fazei tudo sem murmurações nem contendas, 15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, 16 preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.

Senhor, nossos olhos estão fixos em Ti. Nosso desejo é Te ver um pouco mais, para que os nossos corações sejam mais conquistados. Muito obrigado pelo amor do Senhor que nos reúne como povo teu aos seus pés. Nós somos teus e tu és nosso. Desejamos Senhor ouvir-te uma vez mais. Agracia-nos com a tua palavra, com a Tua visão, com a Tua revelação. Confiamos a Ti esse tempo, para que o Senhor mesmo o tome, a Tua palavra abrindo-a aos nossos corações. Esperamos tudo em Ti, tudo de Ti, tudo para Ti. Em nome de Jesus, Amém.

Irmãos, assim como fizemos no início, na reunião anterior, no ano passado, eu gostaria de nesse primeiro período, ter uma abordagem geral para então, com a ajuda do Senhor, nos outros dois períodos, nós podermos focar aquele encargo do Senhor então, para esse ano, depositou em meu coração a respeito de 1ª Coríntios cap. 13 - O amor à luz de 1ª Coríntios cap. 13.

Mas antes de focar esse assunto, eu gostaria de abrir, panoramicamente, alguma coisa relacionada à visão do amor em Deus, no Deus triuno, na vida da bendita Trindade, para que então, contemplando, mesmo que ainda obscuramente, a glória do Senhor, a glória da Vida de Amor da bendita Trindade, nós possamos ser transformados de glória em glória na mesma glória.

Quando a Bíblia enuncia esse conceito de uma forma assim tão sintética, João, no seu Evangelho, e na sua Epístola, ele enuncia três conceitos que são chamados então de absolutos de Deus no Novo Testamento, e os irmãos vão encontrar apenas três. João cap. 4, verso 24 nos diz que Deus é Espírito; Vejam que é um conceito, uma definição, sintética, a respeito do caráter do Ser de Deus. Deus é Espírito. João Cap. 4. Depois na Epístola de João nós temos mais dois conceitos sintéticos e são os três únicos em toda a Bíblia, através do Espírito Santo, pela vida de João. Os três conceitos. Na Epístola, 1ª João cap. 1, versículo 5, você vai ver mais um outro conceito, cheio de conteúdo: “Deus é luz e não há Nele treva nenhuma”. Debaixo desse conceito luz, você vai ter muitos outros conceitos. Luz significa que Ele é santidade; Luz significa que Ele é justiça; Luz significa que Ele é verdade. Esses conceitos estão atrelados à questão Luz. E depois 1ª João Cap. 4 versículo 8 nos diz que “Deus é amor”. E debaixo desse conceito amor, estão atrelados outros conceitos; Deus é amor, é graça, é misericórdia, é paciência, é longanimidade, e muitos conceitos atrelados a esses conceitos sintéticos que João, pelo Espírito Santo então, enunciou. Um deles: “Deus é amor”.

Eu creio que nós temos que partir, primeiro, dessa contemplação; primeiro desse absoluto, dessa realidade, para que possamos então irmãos, como eu disse, mesmo que ainda obscuramente, quem sabe tocarmos de uma forma nova, mais viva, com maior frescor, o que é que Paulo quis dizer, por exemplo, em Efésios 5, quando ele disse: “Maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amor a Igreja”. Então se nós não pudermos de alguma maneira contemplar esse conceito “amor” na vida do Deus Triuno, eu creio que nós podemos, como sempre, correr o risco do tecnicismo, nós estarmos aí aprendendo maneiras novas de lidar com problemas. E como o nosso irmão colocou ontem, a Igreja tem estado abarrotada desses conceitos, que não levam a nada, especialmente pela influência tão danosa, e até mesmo maligna, da psicologia na vida da Igreja. As pessoas aprendem técnicas para lidar com problemas, mas desconhecem um relacionamento pessoal, íntimo com a fonte, que é o próprio Senhor.

Então, com a ajuda de Deus, nós queremos contemplar um pouco da beleza do Senhor, no que concerne a vida da bendita Trindade nesse conceito amor. Claro que nós não podemos fazer uma abordagem desequilibrada mas nós não vamos focar aqui o conceito Deus é Espírito, nem Deus é Luz. Nós vamos ver um pouquinho desse significado “Ágape”, substantivo, ou “Agapao” verbo, e também a palavra Fileo –significado delas na escrituras e o que é que isso tem a ver com as nossas vidas práticas, especialmente a nossa vida conjugal.

Mas irmãos, antes disso, dando ainda mais um passo para trás, gostaria de dizer para os irmãos que, durante todo esse ano que se passou, de 2004, o Senhor plantou uma convicção muito firme em meu Espírito, e por onde estive com os irmãos durante todos esses anos, principalmente no ano de 2004, grande parte dos irmãos que aqui estão, eu estive com eles em suas localidades, então, o Senhor plantou de uma forma muito profunda no meu espírito, a necessidade que nós temos tido como igreja de um fundamento, de um alicerce, sólido, dos fundamentos da revelação Bíblica, aqueles fundamentos então a respeito da Trindade, a respeito da encarnação, a respeito da propiciação, da redenção, da justificação pela graça por meio da fé, do corpo de Cristo, do Espírito Santo, da ressurreição de Cristo, da Segunda vinda do Senhor e aqui mesmo na nossa localidade, nessa cidade, eu estive considerando com os irmãos esse assunto extensamente, durante um longo período, porque eu creio que nós estamos vivendo uma hora, como igreja, que mais do que nunca nós precisamos retornar às escrituras. Nós carecemos de retornar às escrituras. Irmãos, Satanás é capaz de dar a mão para nós, e brincar conosco de roda, enquanto nós estivermos rodando em torno do que não é essencial. Ele é capaz de estar conosco e até nos incentivar. Mas nós temos tido necessidade de retornar aos fundamentos das escrituras, para que nós possamos ter realmente uma fé robusta, e há na palavra de Deus pelo menos - citei aqui alguns - oito alicerces sólidos dessa revelação Bíblica, centrais, um esqueleto, baseado no qual, toda a carne pode ser colocada, e sem o qual essa carne não fica em pé. Um esqueleto da revelação escriturística.

Então irmãos, a palavra de Deus é o único instrumento de Deus - a palavra escrita, inspirada, verbalmente por Deus - é o único instrumento de Deus para fazer nos retornar às escrituras. E para que nós possamos ser nesses dias do fim um povo realmente revigorado, ou se quiserem reavivados, ou se quiserem renovado, nós cremos que há um desejo no coração de Deus sim, de levantar um testemunho vigoroso nesses dias do fim. Irmãos, se essa é uma convicção comum do nosso coração como igreja, nós precisamos ser um povo da palavra, um povo que tem anelo pelas escrituras, um povo que deseja ver Deus novamente, o Deus da Bíblia, na Bíblia de Deus. O Deus da palavra, a palavra de Deus. Então, antes de entrar dando um passo para trás, sei que isso é uma abordagem bem geral, mas é necessário que você toque isso em primeiro lugar. Nós precisamos de um retorno aos verdadeiros fundamentos das escrituras, e no que concerne à vida relacional, à vida conjugal de igual forma, nós precisamos de um retorno, à compreensão Bíblica dos princípios de relacionamento; nós precisamos de um retorno ás escrituras na compreensão Bíblica dos princípios do nosso relacionamento com Deus, em primeiro lugar e uns com os outros; o que a palavra de Deus chama de andar na luz; o que a palavra de Deus chama andar na verdade, o que a palavra de Deus chama de arrependimento, confissão, exortação mútua, companheirismo cristão, do contrário irmãos nós estaremos fadados a viver, até o fim, com um testemunho medíocre, um testemunho fraco, pequeno, sem conteúdo. Veja que o texto de Filipenses, que Paulo escreveu a dois mil anos atrás praticamente, ele se preocupava com isso, e vejam que no texto que eu citei ele coloca a palavra com aquele cerne estrutural, da vida e dos testemunho dos irmãos. Ele diz, como sempre obedeceste, sempre fostes fieis não só na minha ausência, na minha presença mas também na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação, responsabilidade nossa, com temor, com tremor, mas Deus é quem efetua em nós - essa obra cem por cento de Deus - e é cem por cento nossa, porque a graça opera com responsabilidade, e então Deus é quem efetua em vós, até o querer, e também o realizar. Então ele completa esse texto com essas palavras tão significativas, que fazem também paralelo com a de Timóteo que eu li, aquela lista tão terrível de Timóteo, Paulo diz que nesses tempos difíceis, aos Filipenses, ele diz que a igreja então preserva a palavra da vida, e no meio de uma geração - ele usa duas palavras interessantes ali - primeiro ele diz pervertida. Não é apenas invertida, não é uma geração invertida, embora seja um fato também, mas é uma geração pervertida. Ela é invertida para o sentido perverso, ela é pervertida, incorrupta no qual resplandeceis como luzeiro no mundo.

Irmão. Será que a posição da Igreja no mundo nesses dias tem sido essa? Nós somos luzeiros no mundo? Como já disse um irmão: “Será que as pessoas estão olhando para a Igreja e perguntando assim: Qual o psicotrópico que vocês tomam”? Não é? “Qual que é o motivo de vocês terem essa condição de vida, de descanso, de serenidade, regozijo, e entra no sofrimento, e sai do sofrimento, e entra na tribulação e sai da tribulação, com o mesmo espírito, com o mesmo caráter, com o mesmo regozijo, com a mesma serenidade”. Será que a Igreja tem dado esse testemunho? Eu li apenas dois textos, mas se você olhar as escrituras, você vai ver que o Apóstolo Paulo, não só ele mas Pedro também nas suas epístolas, e João, eles atrelam à igreja todo o vigor desse testemunho do ser de Deus, para esse mundo depravado. Então, que necessidade nós temos de estar retornando seriamente às escrituras? Seja em que abordagem for. Seja em uma abordagem geral, seja em uma abordagem de criação de filhos, seja uma abordagem de relacionamento conjugal, nós carecemos de retornar às escrituras.

Irmãos, no século 20, na verdade esse homem nasceu no século 19, e viveu quase até a metade do século 20, o chamado Frederich Schleier Marker, e o nome dele em alemão significa “fazedor de véus” e esse homem é conhecido como pai do liberalismo, o pai do modernismo. Impressionante como o diabo usou aquele homem para introduzir no final do século 19, início do século 20, essa idéia de que a palavra de Deus ela está em nossas mãos de uma forma, como se o grão estivesse misturado à casca. Então nós precisamos separar nas escrituras, a palha do grão. Precisamos decidir pelo nosso julgamento seja lingüístico, seja em que nível for, o que é grão nessa palavra, e o que é palha, o que deve ser desprezado. Nós precisamos encontrar nos Evangelhos, não o Jesus histórico, mas o Cristo celestial. Então quanto dano, através desse homem o diabo causou na vida da Igreja, através do liberalismo, do modernismo, quando a escritura não é mais vista como na teologia clássica, verbalmente inspirada por Deus. Agora não. Agora é um monte de palha no qual você tem grãos, e então nós vamos procurar grãos no meio dessa palha. Irmãos, esse homem dizia então que a Bíblia não é a palavra de Deus, mas que ela contém a palavra de Deus. Mas Deus então em um movimento contrário pela sua graça, ele levantou um outro homem chamado Karl Barth, um dos maiores nomes da teologia do século 20, um teólogo suíço, Karl Barth. Esse homem então, chamado o pai da neo-ortodoxia, ele veio trazer de novo às escrituras, aquela visão de que há um Deus que nos falou do céu, e a sua palavra é inspirada. Só irmãos, que interessante, o movimento não foi feito absolutamente para o extremo oposto como devia. Parece que esse homem, de alguma maneira, no que concerne à palavra, ele também se confundiu. Ele não dizia como esse “fazedor de véus” - Schleier Marker - que a Bíblia apenas continha a palavra, mas ele diz que a Bíblia, a palavra de Deus, ela não era estática. Você não podia encontrar aqui, na palavra de Deus um falar estático, um falar verbalmente inspirado. A Bíblia era a palavra de Deus? Sim. De capa a capa? Mas apenas quando Deus a usava como a sua palavra. Então ele disse assim: a Bíblia é a palavra de Deus no sentido dinâmico. Quando Deus a sua como a sua palavra, então nós temos a palavra de Deus, mas se Deus não a usar, então a palavra de Deus não é estática. Ela só se torna a palavra de Deus quando Deus a usa. Veja mais um engano sutil, e essa idéia, ainda permanece hoje.

Então irmãos, de muitas maneiras a igreja tem sido assolada nesse que é um dos fundamentos da nossa fé, a visão de que a palavra de Deus é verbalmente inspirada por Deus, verbalmente inspirada. Ela é palavra estática e é palavra dinâmica, por conseqüência. Então se nós não retornarmos às escrituras de uma maneira integral, nós não temos condição de resgatar vigor na vida da Igreja. Isso no sentido de visão. Agora no sentido de coração. Se nós não retornarmos às escrituras com todo o nosso coração, nós também não temos condição de resgatar o vigor do testemunho de Deus, porque não basta que nós saibamos que a escritura é verbalmente inspirada por Deus. Nós precisamos nos relacionar com as escrituras com todo o nosso coração. No Salmo 119, o Salmista diz assim: “Tu me fizestes Senhor, tuas mãos me fizeram e me deram forma, ou me afeiçoaram. Ensina-me para que eu aprenda os teus testemunhos”. Então que o Senhor nos ajude, irmãos.

Nesse fim de semana que nós vamos passar em torno das escrituras, nós tenhamos essa primeira consciência de que nós somos um povo extremamente privilegiados. Lembra no Evangelho de João quando o Senhor falou, citou as escrituras do Velho Testamento e disse assim: E serão todos ensinados por Deus. João 6:45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim. Ninguém menos do que Ele, através da sua preciosa palavra. Então que esse seja o desejo do nosso coração. Nós não estamos aqui promovendo mais uma conferência. Que seja mantido em nós o senso do sagrado. Um dos grandes sensos que a igreja perdeu, sem dúvida, foi esse. Perdemos o senso do sagrado. Sabe como isso se chama? Profanação. Significa nós considerarmos comum o que na verdade é santo. Isso é profanar. Então irmãos, de forma nenhuma o povo de Deus se reunir é comum. O povo de Deus se reunir é sagrado, é santo. Então há a necessidade que o Senhor recupere em nós um senso do sagrado. Nós nos dobrarmos em oração, os nossos joelhos e orarmos, não é comum. É sagrado. Abrirmos as escrituras e lermos a palavra de Deus não é comum; é sagrado. A palavra de Deus diz que Esaú, ele profanou o direito de primogenitura - lembra em Hebreus? - porque ele considerou como comum o que era sagrado: o direito de primogenitura. Ele considerou de igual tamanho com aquele prato de lentilhas. Isso é profanar. “De que me vale um direito de primogenitura se eu estou aqui morrendo de fome.” Então ele considerou comum o que era sagrado, e diz a palavra: Hebreus 12:16 nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Então irmãos, eu creio que esse primeiro senso precisa ser recuperado entre nós. Nós não estamos aqui para discutir idéias da vida conjugal. Nós estamos aqui para ver o nosso Senhor, para tocar a sua palavra, para perceber em nós o seu toque, para receber mais do seu Espírito, mas da sua plenitude, como nos lembrou o nosso irmão, graça sobre graça. Nós não estamos aqui para aprender a melhor maneira disso, nem a melhor maneira daquilo. Nós queremos tocar a fonte: Deus é amor. “Maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a igreja”. Irmãos, é só nesse relacionamento vital que nós seremos conduzidos de glória em glória e que teremos a chance de sermos nesses dias do fim, um poderoso testemunho do Senhor.

Você deseja isso irmão? Quando você olha para a igreja você tem contentamento por este lado, por este ângulo? Você tem satisfação? Você é capaz de dizer: está tudo bem, está tudo bom demais? Eu creio que não. Nós sabemos o quanto precisa ser recuperado, quanto terreno há no nosso coração para ser ganho, não é? Quantas vezes nós temos um senso que o nosso coração ainda é, de alguma forma, um terreno baldio que carece ser limpo, que carece ser edificado algo sólido sobre aquele terreno? Sabe irmãos, o amor. O amor ele tem um anseio interior. Vamos começar a entrar nesse assunto agora e eu queria que você pensasse nessa idéia primeiro.

O amor tem um anseio interior, que pulsa, para se tornar mais profundo, mais rico e mais belo. O amor tem um anseio interior e é por isso que você se sente incomodado. Tem tantas situações na sua vida. Não é só porque você peca. Pecado é o lado negativo. Quando nós pecamos nós ofendemos o Senhor, entristecemos o Espírito, e aquilo então nos trás angústia interior. Mas esse é o lado negativo. Qual é o lado positivo? O lado positivo é que o amor - Ágape - o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Então quando você peca, você não tem só angustia pelo pecado, porque você errou. Você tem um pulsar do Espírito de amor no seu coração, que tem um anseio profundo de se tornar mais rico, mais belo, mais profundo. Esse é um anseio do amor e porque o Senhor então plantou em nós o seu Espírito, o Espírito de amor, o Espírito Santo, então o nosso coração pulsa com esse Espírito. O seu amor pode se tornar mais profundo irmão. O seu amor pode se tornar mais belo irmão. O seu amor pode se tornar mais rico, irmã. É o Espírito que pulsa em nós. Seja quando pecamos, seja quando não pecamos. O amor tem um anseio interior de se tornar mais profundo. Irmãos quantos de vocês, casais que aqui estão, talvez não possam se lembrar assim, com certeza, na sua história conjugal, quantas vezes você percebeu esse pulso forte? E nem sempre o pecado estava envolvido. Talvez, na maioria das vezes, não. Mas quem sabe você olhou para a sua esposa, ou a sua esposa olhou para você ou você pensou nela ou ela em você, e aquilo então pulsou no seu coração. O amor tem um anseio interior de se tornar mais profundo, mais rico, mais belo. O anseio de Deus.

Irmãos, nós experimentamos isso porque esse amor é a forma de vida da Trindade. Eu queria ler com os irmãos dois textos e comentar um pouquinho sobre isso. Vamos abrir as nossas Bíblias no Evangelho de João. Abram primeiro em João cap. 3. Veja o versículo 35 O Pai ama ao Filho. A palavra aqui neste versículo é “Agapao.” O verbo é usado aqui. O Pai ama ao Filho. Agora olhem no cap. 5, versículo 20. Veja a mesma expressão. 20 Porque o Pai ama ao Filho. A mesma expressão no português. Mas no original aqui, Fileo. Essas duas palavras, apenas essas duas palavras, nenhuma outra que denota amor, apenas essas duas – Ágape e Fileo – Ágape, substantivo, ou Agapao verbo. São as duas únicas palavras usadas para expressar o relacionamento entre o Pai e o Filho. O Pai ama o Filho - Agapao. O Pai ama o Filho - Fileo. No Deus Triuno, no amor da Trindade, você encontra os dois conceitos. Eles se diferem de uma forma tênue, literalmente, mas uma forma significativa, no seu sentido então conceitual. Ágape significa aquele amor que simplesmente “dá-se”, dá-se e dá-se. Entrega-se, entrega-se e entrega-se. O prazer desse Agapao é dar-se. Lembra que o Senhor, em Marcos 10:45, Ele diz assim: 45 Pois o próprio Filho (a Segunda pessoa do Deus triuno, agora encarnado) do Homem não veio para ser servido. Servir e dar. Aquelas palavras são muito boas, porque elas nos ajudam a definir, com termos Bíblicos, qual o significado de Agapao, o verbo. O Filho do Homem não veio para ser servido, mas servir e dar. Isso é Agapao. Essa é uma realidade do Deus triuno. O Pai vive para dar ao Filho. O Pai criou tudo e deu ao Filho. O Filho é herdeiro de todas as coisas. O Pai fez tudo para o Filho. O Pai como primeira pessoa da Trindade, Ele é até mesmo a base, da subsistência da segunda pessoa que é o Filho. Por isso Ele é chamado a primeira Pessoa. Então a Primeira pessoa, a Hipóstasis do Pai, é a base da subsistência da Segunda pessoa, porque a essência do amor é dar-se. Irmãos, quando a palavra de Deus usa a expressão “Deus é amor”, o amor requer uma outra pessoa. É isso o que o judeu não compreende, porque aquela verdade do monoteísmo no judaísmo é tão violenta, que eles acham a maior abominação a idéia da Trindade. Mas você encontra a Trindade implícita até mesmos no Velho Testamento. Até em Gênesis você encontra a Trindade implícita, porque o amor requer uma outra pessoa. Então quando a Bíblia diz que Deus é amor, ela aponta para um Deus relacional. Não para um Deus solitário, alienado, mas para um Deus que se interrelaciona. A Trindade é a primeira e a melhor comunidade. A primeira comunidade e a mais perfeita comunidade, é a Trindade. O Pai ama o Filho. A Hipóstasis do Pai gerou a Hipóstasis do Filho. E do Filho e do Pai procede uma terceira Hipóstasis: o Espírito Santo, de uma tal forma até mesmo que por este Espírito o Pai está no Filho e o Filho está no Pai. O modo de vida do Deus triuno. Isso é amor. Os irmãos vêm que nós temos que começar por aí? Senão, de onde nós vamos tirar o conceito amor? Você sabe que essa palavra Agapao - veja como é importante irmão - podemos tocar nessa base aqui primeiro. Por isso eu quis começar por aí. Essa palavra Agapao, verbo, ou Ágape, substantivo, ela não é uma palavra encontrada na literatura grega, na riquíssima literatura grega, dos tempos apostólicos quando Deus usou João para aplicar essa palavra ao conceito amor. Essa palavra é desconhecida da literatura grega. Sócrates não sabia o que era Agapao, nem Platão, nem Aristóteles, nem os estóicos. Agapao é uma palavra Bíblica, uma palavra nova, um conceito celestial que desceu diretamente do Espírito Santo para João: Deus é Agapao. Amor, ou Ágape. Você não encontra esse conceito na literatura grega, um conceito novo. Se você for olhar, estudar, procurar, você não vai ajudar, você não vai encontrar algo na literatura que te ajude a entender essa palavra. Você só vai encontrar na Bíblia, o significado dessa palavra. Agapao - servir e dar-se incondicionalmente. Aquele dar que é dar por via única. Não é aquele dar que uma mão está na frente e a outra está atrás esperando. ‘O que é que eu vou receber agora então?” Mas Agapao é uma mão só, uma via só. Não é? Dar-se. Dar-se. Dar-se. O Filho do Homem veio para servir e dar. Esse é Ágape. Irmão. E é essa palavra que o Senhor usou agora através de Paulo, em Efésios quando ele diz: Maridos, Agapao vossas mulheres. E depois, em João 13, ele diz assim: “Novo mandamento vos dou”, falando aos seus discípulos - tipo da igreja ali, seu colégio apostólico - “que vos ameis – Agapao – uns aos outros”. Que maravilha. Por isso a igreja é a luz do mundo, sal da terra. A igreja ela é capaz de no meio dessa geração pervertida e corrupta, expressar esse conceito relacional, divino, desconhecido do homem: Agapao. Uma coisa preciosa. Deus é amor. Amai-vos uns aos outros. Maridos, amai as vossas mulheres. Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros.

Nós vamos chegar daqui a pouco em alguns textos, e eu queria examinar um pouco mais esse conceito, para nós termos então essa primeira abertura. Agora no versículo 20: “O Pai ama o Filho”. Vamos falar um pouquinho, rapidamente, da outra palavra Fileo. Eu sei que essa palavra, pelo menos literalmente, ela é conhecida dos irmãos, mas eu queria que você talvez, pela graça do Senhor assimilasse um pouco mais o conceito, nessa manhã. Fileo, não é apenas aquele amor de amizade, como se costuma definir. Ele inclui também isso. Mas, mais especificamente, Fileo, significa: Ternos Afetos. Então quando o Senhor Jesus diz aqui em João 5:20 que o Pai Fileo ao Filho, ele está dizendo que, na Trindade, antes da criação de qualquer coisa, havia algo na Trindade que se chama Ternos Afetos. Coisa maravilhosa, porque o Senhor também nos estimula com este mesmo verso, com essa mesma palavra, com esse mesmo verbo, a estarmos nos relacionando uns com os outros. Não apenas com aquele amor que dá, dá, que serve, serve, mas também com aquele amor que se alia, que faz aliança de afetos, Ternos Afetos. Irmãos, isso é uma combinação muito maravilhosa, porque não é apenas amor de entrega. O Senhor poderia ter exercido esse amor de entrega, como o fez na cruz do Calvário, Agapao, sem ter exercido de alguma forma esse amor Fileo, ou seja, se aliado aos seus discípulos, mas nós vemos de uma maneira brilhante na vida do nosso Senhor esses dois tipos, se é que podemos dizer assim, de amor. Agapao e Fileo, porque Ele apenas não deu a vida, mas Ele fez aliança. Lembre-se que até mesmo crucificado, quando Ele viu João ali, ao pé da cruz, com a sua mãe, Ele diz assim: Eis aí a tua mãe. Mulher, eis aí o teu filho. Isso é Fileo, Ternos Afetos. Ele se preocupava com João, até mesmo crucificado. Eis aí a tua mãe, eis aí o teu filho. Isso é Fileo, amor de aliança. Ele se preocupou com Pedro, quando Ele sabia, embora estivesse lá no pátio do sacerdote e Pedro lá na casa do sumo sacerdote, naquela fogueira, Ele sabia que Pedro o estaria negando, e então quando ele sai daquela argüição, a palavra diz que ele olha para Pedro, ele não troca uma palavra com Pedro, mas Ele olha para Pedro, quando Pedro então sai e chora amargamente. Isso é Fileo. E quando Ele é ressuscitado, como registra no Evangelho de Marcos que tem Pedro por trás, Ele manda aquela notícia que os discípulos estejam lá na frente lá na Galiléia, e lá eles O verão, Ele diz assim: “Vai dizer aos meus discípulos e a Pedro, que Eu os encontrarei lá na Galiléia”. Isso é Fileo, amor de aliança. Então irmãos que o Senhor nos ajude a compreender, a ver esses conceitos em Deus. Veja que o Espírito Santo usou os dois. João 3:35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. Agapao ao Filho, se entrega. Essa é a natureza de Deus, mas o Pai também Fileo ao Filho. Ternos Afetos. “Este é o meu Filho amado em quem eu tenho todo o meu prazer”. Isso fala muito do nosso relacionamento conjugal, e claro, na vida da igreja. Nós fomos chamados para dar-nos uns aos outros com uma mão só, na vida conjugal, mas nós fomos chamados também para fazer aliança na nossa vida conjugal, como também o nosso irmão lembrou ontem, não uma aliança de ponta de dedos, mas uma aliança integral. Fileo. Ternos Afetos. Então irmão veja que isso não é um conceito para ser trabalhado em nós, entre nós apenas. Mas ele é trabalhado em nós e entre nós porque ele tem uma fonte. O Pai Agapao o Filho. O Pai Fileo o Filho. Então a Igreja Agapao uns aos outros e a Igreja Fileo uns aos outros, porque a Trindade é uma só fonte de vida. Graças a Deus.

Vamos acompanhar mais alguns textos com relação a esse mesmo assunto. Abra em João capítulo 14. Vamos procurar contemplar isso, um pouquinho mais disso nesse capítulo. Irmão, aqui no Evangelho de João você tem lindos pares de palavra, que quando você estuda te trás quadros maravilhosos. João usa muitos pares de palavras, e entre eles eu queria que você visse aqui agora, um par de frases, para você ver que coisa bonita. Em João cap. 2, Jesus faz aquele azorrague de cordas, entra no Templo e expulsa os vendilhões que estavam ali fazendo mercado na porta do Templo. Ele diz: “Não façais da casa de Meu Pai, casa de negócios”. E depois no cap. 14, o texto que nós vamos começar a ler agora mesmo, no versículo 2, ele repete essa expressão: “Na casa de meu Pai, há muitas moradas”. E você só vai encontrar duas vezes, essa expressão em João. Veja que interessante. “Casa de meu Pai”, no cap. 2. A que é que Ele estava se referindo lá no cap. 2? Ele expulsou os vendilhões do Templo, não é assim? E Ele falou: “Não façais da casa de Meu Pai, casa de negócios”. Então Ele mostrou que aquela casa, que era o Templo, designado por Deus pelas ordenanças do Velho Testamento era o lugar da habitação de Deus e da comunhão de Deus com o seu povo. Não é? É claro que aquele Templo era um tipo, assim como o Tabernáculo e que o verdadeiro lugar de habitação de Deus é Cristo: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Tabernaculou entre nós. João 14. Mas Jesus estava então exatamente fazendo aquela transição, da velha Aliança para a nova Aliança. Então quando Ele, que é o Templo de Deus, se coloca diante daquele Templo de Deus físico, aquele edifício, Ele diz: “Não façais da casa de meu Pai, casa de negócios”. Ele não podia chamar de outra coisa, porque aquele era o Templo de Deus, assim como o seu corpo, mas aquele era o tipo e Ele era a realidade. Está certo isso? Porque quando Ele falou assim: “Destrui esse santuário e em três dias o reconstituirei” eles não entenderam. Eles disseram que mais de quarenta anos foi necessário para edificar esse templo, como que Ele pode reedificar em três dias? Aí João explica lá. Mas Ele se referia ao templo do seu corpo. Está bem claro lá? Agora, vejam no cap. 14, quando o Espírito Santo usa a mesma frase em João 14:2: “Na casa de meu Pai”. Então irmão, você não pode interpretar essa expressão isolada, porque ela já apareceu no Evangelho de João. Então você precisa da luz da primeira menção. Quando você junta as duas, você vai ver qual o significado de casa de meu Pai.

Por que é que eu estou falando isso tudo? Porque eu quero falar do amor do Deus triuno, para que os irmãos vejam que a teologia medieval ela cunhou um termo chamado Pericorese e depois vou tentar explicar um pouquinho sobre isso, para tentar explicar exatamente esse conceito tão maravilhoso desse Agapao e desse Fileo na Trindade. O Pai habita no Filho, o Filho é a casa do Pai. O Pai é a casa do Filho. O Espírito é do Pai. O Espírito é do Filho. O Espírito está no Pai, o Espírito está no Filho. O Filho está no Pai. Inter habitação, ou inter penetração. Então casa de Meu Pai, nessa expressão de João aqui, você tem que ler com a luz do cap. 2, porque são as duas vezes em que aparece. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se você foi criado como eu em lar evangélico, você já ouviu essa explicação dizendo que quando nós então partirmos para a eternidade, para a casa do Pai, lá casa do Pai então tem muitas moradas, mesmo que seja uma choupaninha, ela está guardada para nós. Aqueles que puderam andar de uma forma mais fiel com o Senhor morarão em uma casa mais espaçosa, mas nem que for um cantinho, nós vamos ter lá. Nem que for um barraquinho, nós teremos lá. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Que pobre essa visão, não é? Quem é a casa de meu Pai, segundo João 2? Está muito claro: Cristo. Ele é a casa, Ele é o templo de Deus. O que é que Ele quis dizer: “ na casa de meu Pai há muitas moradas?” Você consegue ver agora? Ele quis dizer que, baseado no que Ele faria pela cruz, o grão de trigo, caindo em terra, um grão, caindo em terra, morreu, produziu muito fruto. Então ele está dizendo que baseado na obra do calvário, Ele incluiria muitos filhos Nele mesmo. Ele é a casa do Pai. Por isso que Paulo em Romanos diz assim: ninguém poderá nos separar do amor – Ágape - de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Cristo é o ponto de encontro entre nós e Deus. Na casa de Meu Pai há muitas moradas, significa que você é um eleito em Cristo, desde antes da fundação do mundo. A sua morada estava reservada ali. Mas houve um tempo na sua história que Deus te chamou, e quando Ele te chamou, Ele te introduziu na casa de Meu Pai. Você já está na casa de meu Pai. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Então irmãos, essa verdade preciosa ela é elucidada nas escrituras quando nós temos essa compreensão, do modo de vida do Deus triuno, do que é que significa essa “pericorese” que eu falei e como que o Senhor nos chamou para sermos incluídos nisso? Irmãos, se a nossa visão, se o nosso entendimento, a nossa glória, a nossa alegria, o nosso gozo, o nosso relacionamento não começar por aí, não adianta você tentar aqui. O máximo que você vai ver é uma pessoa difícil, uma situação difícil, uma coisa complicada, um negócio que não funciona. Se você não começar com essa visão, com esse entendimento, não for ganho por isso, você foi chamado para entrar em comunhão com essa comunidade eterna. Já viu a Trindade como comunidade? Se não viu, como que você via então? A Trindade é uma comunidade eterna. Nós fomos chamados para termos comunhão com essa comunidade perfeita: Pai, Filho e Espírito Santo. Você quer ver isso aqui? João 14:1. 1 ¶ Não se turbe o vosso coração. Não perca o final do capítulo 13, porque o Senhor tinha acabado de dizer a Pedro que ele iria negá-lo. Palavra dura, embora Pedro não concordasse. Ele tinha dito que Pedro iria negá-lo. Dura palavra para Pedro. Quando ele entra no cap. 14, olha irmão, Terno Afeto. Fileo. Quando ele entra no cap. 14 ele diz: Não se turbe o vosso coração. Parece que não tem senso nisso. Ele vira para Pedro e diz que Pedro o negará três vezes antes que o galo cante. Terrível. Depois ele diz assim: 1 ¶ Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Que coisa. Ele está dizendo assim, que embora você seja infiel, Eu sou fiel. Na casa de meu Pai há muitas moradas, e eu vou preparar-vos lugar. Você acha que para alguém, mais do que para Pedro, essas palavras soaram gloriosas? Para ninguém mais do que Pedro essas palavras soaram gloriosas, porque ele tinha acabado de ouvir: Você me negará três vezes, mas na casa de Meu Pai, há muitas moradas. Fileo. Aliança. 14:2......... Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. Onde? Nele. Fomos incluídos em Cristo. Nós já tínhamos sido eleitos em Cristo antes da fundação do mundo, mas por causa da obra da cruz, do chamamento do Evangelho nós fomos incluídos na prática, na experiência, Nele, em Cristo. Essas são as moradas. Quando eu for à cruz e vos preparar lugar - a ressurreição – Eu voltarei e vos receberei: a descida do Espírito Santo. Não é? Para mim mesmo. Agora uma outra expressão, que queria ver com os irmãos, mesmo que rapidamente. Onde Eu estou, estejais vós também. Você já viu, já notou essa linda expressão em João? João 1:18. 18 Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou. Esse é o lugar onde Ele está. Estão vendo? O Filho do Homem que está no seio do Pai, é quem o revelou. Olhem o cap. 12 de João. 26 Se alguém me serve, siga-me, e, (olhem a mesma expressão aí de novo) onde eu estou, ali estará também o meu servo. Só que ele não explica aonde. Ele somente fala que “onde eu estou, estará o meu servo”. Lá na luz de João 1:18, você sabe onde o Filho está: O Filho está no seio do Pai. A Trindade. A Vida Eterna da bendita Trindade. O Filho está no seio do Pai. E nunca deixou essa posição, a não ser de uma forma humana, encarnada, já que Ele é uma única pessoa com duas naturezas. Lá na cruz então Ele sofreu aquela separação, aquele abandono, inexplicável, mas real. (Marcos 15:34 À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?) E por que aquela história? Para que então nós pudéssemos ser introduzidos na comunhão dessa bendita comunidade. O Filho lidou então com a nossa alienação, pecado: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste. O Filho do seio do Pai, lidou com a nossa alienação, o nosso pecado, que nos culpava, que nos condenava, que nos escravizava - poder, culpa, condenação – Ele lidou com esse pecado de uma forma tão perfeita e plena na cruz, e então nos introduziu na comunhão da bendita Trindade. Ele foi feito pecado por nós, para que nós fôssemos feitos justiça de Deus.( 2 Coríntios 5:21 Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.) e entramos na comunhão com a bendita Trindade, para que onde Eu estou, estejais vós também. Coisa maravilhosa. Essa é a fonte. Então, cap. 12 ele repete aí: onde eu estou, estará o meu servo. No cap. 14, vamos voltar onde estávamos lendo, João 14:3. 3 E, quando eu for ((à cruz) e vos preparar lugar (especialmente pela sua ressurreição), voltarei (a descida do Espírito Santo) e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. Agora parece que fica mais claro. 4 ¶ E vós sabeis o caminho para onde eu vou. E depois os irmãos já sabem a seqüência do texto, vamos adiantar um pouquinho. Vamos ao versículo 9. 9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Olhem o verso 10. 10 Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? Versículo 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; Olhem no versículo 20 Naquele dia, (esse dia é o Pentecostes, claramente, porque no versículo 16 Ele fala do Espírito Santo, o Consolador que desceu no dia de Pentecostes) vós conhecereis (conhecereis aqui como o verbo é usado no sentido, não significa saber intelectualmente. Verbo conhecer no grego significa ter experiência. O Espírito Santo ia descer, para fazer o quê? Para fazer com que eles fossem um povo que tivesse poder para dar o testemunho de Cristo? Não só. Isso é conseqüência. O Espírito Santo iria descer, para incluir ou batizar aquele povo em um corpo, porque em um espírito todos nós fomos batizados para dentro de um corpo. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Então, naquele dia, Pentecostes, vós conhecereis, sabereis, experimentareis) que eu estou em meu Pai,(e agora então Ele nos acrescenta nessa bendita comunidade que é a Trindade) e vós, em mim, e eu, em vós. Olhe o versículo 23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos (plural – Eu e o Pai) para ele e faremos nele morada. Na casa de meu Pai há muitas moradas.

Irmãos, uns dos homens chamados Pais capadócios, Basílio de Cesaréia, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa - foi quem primeiro usou essa palavra “pericorese” e eu vou falar rapidamente para o irmão, o significado dela. Pericorese é uma palavra grega. Os teólogos latinos usaram uma paralela e você que estuda, já deve ter ouvido essa palavra, circumincessão, do latim. Pericoreses no grego. A palavra significa “peri”, ao redor, como perímetro, medida da área externa, da área externa de um objeto. Medida externa. Peri coreses. Peri ao redor, coreses, derivada da palavra corea, que significa dança. Muito interessante. Esses irmãos usaram essa palavra, a primeira vez, Gregório, não para se referir à Trindade, mas á pessoa de Cristo, àquelas duas naturezas de Cristo, como uma pessoa, depois na teologia medieval, eles aplicaram essa palavra também para a Trindade - pericorese – que significa, literalmente dança em redor. Peri coreses. Peri, ao redor, e corea, dança. Dançar ao redor. Há uma dança grega em que dois círculos giram cada um para um lado. As pessoas se dão as mãos em círculo interno, e outro grupo de pessoas se dão as mãos e fazem um círculo externo. Então o círculo interno, a pessoa gira para a direita, por exemplo, e o círculo externo gira para a esquerda, e em um momento daquela dança, eles param e os que estão de fora, levantam os braços e abraçam o círculo de dentro. É um costume de uma dança grega, chamada de pericorese e esse foi o termo que esse homens de Deus usaram para tentar nos falar sobre o modo de vida da Trindade. Pericorese. O Pai está no Filho. O Pai abraça o Filho, mas o Filho também está no Pai. Irmãos, na Física, é impossível você conter ou estar contido ao mesmo tempo. Só há uma maneira de você conter e estar contido ao mesmo tempo: se dois conjuntos forem iguais. Não é? Assim é na Vida do Deus Triuno. O Pai contém o Filho e o Filho contém o Pai, porque o Pai e o Filho são iguais, em natureza e em essência. Eles contêm e estão contidos um no outro. Pericorese. Que palavra maravilhosa! Por que é que eles chegaram a esse conceito? Por causa de João 14. Eu estou no Pai, o Pai está em Mim. Eu e o Pai viremos para ele e faremos nele morada. Como? Porque o Consolador viria. O Consolador traria a pessoa do Pai e do Filho, Nele. Porque o Pai e o Filho estão no Espírito. Esse é o Deus triuno. Essa é a comunidade triuna, essa é a Bendita Trindade.

Irmãos, esse é o conceito de amor na Bíblia. Se nós não pudermos desfrutar, experimentar, adorar a Bendita Trindade, pela qual nós fomos chamados à comunhão, nós iremos trair conceitos de amor derivados de qualquer outra coisa. Se nós não estivermos relacionando com a fonte desse Agapao, nós nunca poderemos expressá-lo, com a fonte desse Fileo, Ternos Afetos, nós nunca poderemos experimentá-lo. Então, esse é o conceito Bíblico sobre Agapao, sobre Fileo. Mais alguns minutos só, antes de terminarmos, queria avançar um pouquinho mais.

Abra a sua Bíblia por favor agora, em João Cap. 17: 21 a fim de que todos sejam um; (vejam agora, prestem atenção) e como és tu, ó Pai, em mim (estão vendo a pericorese de novo, a mesma que ele falou em João 14) e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu queria ajudar os irmãos a verem que esse “como”, essa palavrinha como, é tremendamente significativa. Como, lógico, fala de modo, mas aqui não está explicado o modo. O Senhor está falando: “Como és tu o Pai em mim, e eu em ti, sejam eles em nós.” Sabe o que explica essa palavra “como”? Eu vou mostrar para os irmãos nas escrituras. Essa palavra “como” é amor. Agapao. Esse é o “como”. Como que o Pai está no Filho? Pelo Agapao, e pelo Fileo. Como que o Filho está no Pai? Agapao e pelo Fileo. Porque essa é a norma de vida da Trindade, de tal forma que se Deus deixasse de exercer em tudo o que Ele é e em tudo o que Ele é amor, Ele deixaria de existir. Nós teríamos uma convulsão no Universo, porque esse é o que Deus é. É o modo de existência do Deus triuno. Como és tu ó Pai em mim e Eu tem ti, sejam eles. Nós fomos chamados então para essa realidade. Olhe onde você vai encontrar essa definição melhor aqui. Vamos continuar lendo essa oração: .........e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; (veja agora) para que o mundo creia. Irmão. Não perca aí as palavras. Vá devagar. Vá com calma. Qual é a única forma de nós podermos expressar, como igreja, um vigoroso testemunho de Deus no meio a uma geração pervertida e corrupta? Vivendo a realidade dessa experiência da Trindade, comunhão com Deus. Nós fomos incluídos Nele por meio do seu Filho. Comunhão uns com os outros. Agapao, Fileo com Ele e também uns com os outros. Lembra que eu citei na conferência anterior com os irmãos, aquela citação de Martin Jones, no seu comentário de Efésios que muitos aqui devem conhecer? Comentário tão precioso daquele erudito bíblico de Westminster. Ele disse assim, vou repetir: “Quando a igreja primitiva começou a caminhar”, preste atenção, “nenhum outro testemunho foi mais poderoso para impressionar o império romano do que o testemunho da vida conjugal daqueles irmãos do início”. E é fácil você entender porque. É só você estudar a cultura daquela época. A mulher naquele tempo era nada mais do que um simples objeto descartável, quando o Evangelho alcançou aquelas vidas: um objeto descartável. De repente, no meio daquela sociedade, ímpia, perversa, corrompida, destruída nas essências dos seus relacionamentos, viu-se algumas pessoas, nas quais o amor de Deus era visto. Maridos começaram a amar as suas esposas. Eles começaram a servi-las, e não usá-las como escravas. Eles começaram a se dar por elas, e muito mais na época de perseguição que eles estavam passando. Eles começaram a ver mulheres não murmurosas, ranzinzas, amargas, mas mulheres alegremente se submetendo aos seus maridos. Então o irmão Martin Loy Jones diz nada impressionou mais aquela cultura do que o testemunho daquelas famílias restauradas. Exatamente por causa da forte diferença que havia, entre uma família romana e de uma família cristã, ou uma família grega e uma família cristã. Que maravilha irmão. O cerne do testemunho do Senhor está assim condicionado às nossas famílias, à maneira de como vivemos a nossa vida conjugal. Que o Senhor nos ajude, que o Senhor nos encoraje. Nós não podemos ter sucesso em qualquer outra área se temos fracasso nessa área, porque essa é a nossa primeira esfera de testemunho de vida, de gozo, de prazer, de glória, de trabalho, de Deus. 21 ............ para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; Olhem a Trindade sendo o modelo, não é? 23 eu neles, e tu em mim. A pericorese. a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, de novo, a mesma expressão lá de cima: para que o mundo conheça olhem a nossa necessidade hoje: para que o mundo conheça. Irmão. Você acha que no grau filosófico em que o mundo vive, nós impressionaremos os outros pela nossa pregação? Você acha irmão? Podemos tirar nossa mula do sol, por na sombra. Nós só iremos impressionar o mundo pelas nossas vidas. Vida conjugal restaurada, não é? Casais trabalhados, amor, serviço, aliança, compaixão, misericórdia. Nunca iremos impressionar ninguém de outra maneira. Para que o mundo creia, para que o mundo conheça. O Senhor disse duas vezes. Eu neles e Tu em mim, para que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Está vendo como é o “como”? Como és tu ó pai em mim, e eu em ti. Qual é o “como” desse pai, desse Filho? Esse “como” é o Agapao, Fileo. Esse é o “como”. Para que o mundo creia que tu me amaste. Está aí a palavra. 24 ¶ Pai, a minha vontade é que (de novo a expressão que eu citei: “onde eu estou”. Olhem aí quantas vezes ela aparece) onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória (preste atenção. Glória primeiro. Vejam a glória que me conferiste)que me conferiste, porque me amaste. Irmão, não perca nem uma palavra das escrituras. Junte as duas. Qual é essa glória do Pai que está no filho? É a glória do amor do Pai pelo Filho. É o amor do Pai pelo Filho, que expressa a glória do Filho. O Filho tem essa glória porque ele é o Filho amado em quem me comprazo. Se no nosso casamento não há Agapao, Fileo, não há glória. Lembra que na conferência anterior, eu fiz a mesma coisa na primeira mensagem, um panorama geral primeiro e depois eu compartilhei sobre graça, governo e glória. Glória é o último. Se nós não temos uma real experiência da graça, crescente, governo de Deus, ordem de Deus, nas nossas vidas e nas nossas famílias, não há glória. Não há glória. Graça, Governo e glória. Não é? 24 ¶ Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo. Essa é a glória, a glória do amor, glória de Ágape, a glória de Fileo. 25 Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste. Agora de novo, preste bem a atenção. 26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome (a tua pessoa, o teu caráter) e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja. Não tem como ser mais claro. A glória de Agapao. A glória de Fileo. Amor que dá-se incondicionalmente. Amor que exerce Ternos Afetos, que se alia em Ternos Afetos.

Então irmãos, nós precisamos recuperar essa visão da bendita Trindade, como a melhor e mais perfeita comunidade. Experimentar a alegria de termos sido chamados à comunhão com o Deus triuno. Nós fomos introduzidos pela morte do Redentor, na comunhão com o Deus triuno. Desfrutarmos profundamente essa relação vertical, diariamente, recebendo da sua plenitude, e graça sobre graça para que então essa realidade seja expressa de nossas vidas, de uma forma então muito natural, espontânea.

Irmãos nas próximas reuniões eu quero entrar em 1ª Coríntios 13. Nós vamos agora baixar o vôo. Vamos deixar o panorâmico, e vamos para o especial. Vamos entrar em 1ª Coríntios 13, e vamos ver agora o que esse Agapao significa. Nós temos ali dezesseis características, e vamos examinar algumas, porque se o Senhor permitir e confirmar assim, no Domingo, na última reunião, eu queria falar sobre os Alvos do Amor. Nosso Senhor que exerceu esse Agapao para com os seus discípulos, Ele tinha alvos muito definidos. Esse Agapao não é platônico, não é etéreo, não é místico. Esse Agapao é prático. Esse Fileo também. Então eu queria falar sobre os alvos desse Ágape. Os alvos desse Fileo. Então nós vamos procurar descer e partilhar um pouco disso, em 1º Coríntios 13 e outros textos. Que o Senhor nos ajude para isso, amém.

Vamos orar

Ó Pai. O nosso pedido nessa hora é que pela tua bondade Senhor, o Senhor remova escamas dos nossos olhos. Nós precisamos tanto ver com mais clareza, o teu Bendito amor, o teu Santo amor, o teu eterno amor, exercido de Ti para com o Teu Filho pelo Espírito. Ajuda-nos ver melhor o Senhor como nosso Deus triuno, ajuda-nos a ver com mais clareza essa Bendita relação Senhor, e o privilégio que tivemos em termos sido introduzidos na casa do Pai. Senhor nós pedimos a Ti, que o nosso conhecimento ele não seja unicamente intelectual e sim um conhecimento do coração. Que nós vivamos nessa atmosfera de amor. Nos ajuda Senhor. Coloca para nós, claramente, em nossas vidas, quais são os obstáculos a esse amor, o que tem impedido que esse amor flua de nós Senhor. Nós pedimos que o teu Espírito de amor, durante esse fim de semana, ele possa pulsar com mais vigor nos nossos corações, com esse anseio por tornar-se mais profundo, mais rico, mais belo. Pedimos a Ti Senhor. Ganha-nos. Nós queremos resplandecer como luzeiros no mundo, no meio de uma geração totalmente invertida Senhor, perversa, corrupta, nos ajuda Senhor a termos a oportunidade de darmos um testemunho vigoroso nesses dias do fim. Desperta o nosso coração Senhor. Leva-nos a arrependimento mais profundo. Nós carecemos tanto. Na tua luz vemos a luz. Obrigado Pai. Nos ajude, nos encoraje, nos estimule, nos conforte Senhor pela Tua palavra. Entregamos a Ti nossas vidas, mais uma vez, em nome de Jesus, o nosso Bendito Senhor. Amém.

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