02 janeiro, 2007

O Reino de Deus

Irmãos.

Vamos ter um período de oração juntos.

Oh! Pai. Desejamos de todo coração experimentarmos juntos, mais uma vez, o teu Espírito sobre nós em sabedoria, em entendimento espiritual, visão de Ti mesmo. Obrigado porque o Senhor se revelou plenamente no seu Filho. Nós esperamos tudo do Senhor nessa noite. Te confiamos esse tempo para que o Senhor o administre alimentando profundamente o nosso espírito, alma e até mesmo os nossos corpos. Todo o nosso ser é Teu. Fala aos nossos corações, por Cristo Jesus. Amém.

Amados, eu gostaria de enfocar hoje, ainda no cap. 16 de Mateus, capítulo que temos estudado, o versículo 21. Mateus 16 21 ¶ Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. 22 E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. 23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Três versos sobre a cruz de Cristo. A obra da cruz de Cristo.

Vamos ler os próximos três versos. 24 ¶ Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. 25 Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. 26 Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Como nós temos visto nessa visão panorâmica, nessa abordagem panorâmica que temos feito, o cap. 16 de Mateus, ele fornece a nós as sementes, que serão desenvolvidas por todo o Novo Testamento, como objetos focais da atenção dos apóstolos e escritores bíblicos. A Igreja, a Cruz e o Reino, dominam todos os escritos do Novo Testamento. Os irmãos sabem que Jesus, o Senhor Jesus, Ele recebe três vezes, no Novo Testamento, de formas diferentes, o título de Pastor. Você se lembra? Esses três títulos que Ele recebe - eu vou citar para vocês aonde estão - eles focalizam de forma objetiva e direta, exatamente esses três focos que nós temos procurado compartilhar aqui: A Cruz, a Igreja e o Reino.

O Senhor Jesus é chamado em João, cap. 10, versículo 11 - depois se você quiser confira - Ele é chamado de “O Bom Pastor” (11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas). Eu sou o Bom Pastor. O que é que o Bom Pastor faz:? O bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Essa é uma alusão à cruz. O Bom Pastor: aquele que foi à cruz, que deu a vida pelas suas ovelhas. Mas o Senhor é também chamado em Hebreus, cap. 13, versículo 21. Você vai ver que o autor de Hebreus, provavelmente Lucas, diz assim: 21 vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém! Está falando do aperfeiçoar - a palavra grega é “teleioi”. Fala de ser completo. Não é perfeito sem pecado. Nenhum de nós pode ser perfeito sem pecado. Nós somos pecadores. O sentido de aperfeiçoar na Bíblia é tornar maduro, completo, adulto. Ele vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém! Aí ele fala assim: Hebreus 13:20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança. Agora você vê o nosso Senhor Pastor de novo, com um outro título aqui: grande pastor das ovelhas. Essa menção tem a ver com a segunda revelação aqui: igreja. Ele é o bom Pastor que deu a vida - cruz. Ele é o grande pastor que apascenta a igreja, aperfeiçoando, tirando a igreja da creche espiritual, tirando-nos da infância espiritual, tirando-nos de uma vida superficial, conduzindo-nos à perfeição, à plena varonilidade, como o apóstolo Paulo nos diz em Efésios. Maturidade. Então Ele é o grande pastor das ovelhas que nos aperfeiçoa em todo bem. Isso tem a ver com a Igreja. Agora então, falta uma terceira menção. O Reino. Como será que o Senhor é chamado com relação a essa terceira visão aí de Mateus 16, o Reino? O texto está em 1 Pedro 5:4 Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, vós recebereis a imarcescível coroa da glória. Veja que o tempo é futuro, e está se referindo à segunda vinda de Cristo. Esse vós são os presbíteros, no caso daquele contexto, os presbíteros para os quais ele escreveu rogando a eles como sendo também um presbítero. Ele começa assim o cap. 5: “ Eu presbítero como eles....” e diz: “ora. Logo que o Supremo Pastor se manifestar, vós recebereis a imarcescível coroa de glória”. Então o Senhor é chamado de Supremo Pastor com relação à sua segunda vinda. Você vê o quadro? O Bom Pastor - relação com a Cruz. Grande Pastor - relação com a Igreja. Supremo Pastor - relação com o Reino vindouro. O Bom Pastor deu a vida pelas suas ovelhas. Isso nos trouxe regeneração no espírito. O Grande Pastor está apascentando a Igreja - tempo presente. Isso tem a ver com a nossa alma. Ele está salvando as nossas almas, nos aperfeiçoando em todo bem. E o Supremo Pastor vai se manifestar e os nossos corpos serão glorificados. O que é mortal, vai ser absorvido pela vida. Então isso tem a ver com a transfiguração, ou a glorificação do nosso corpo. Plena salvação. Regeneração do espírito, transformação da alma e glorificação do corpo. O Bom Pastor; Grande Pastor; Supremo Pastor. Passado, presente, futuro. Salvação em três tempos. Então os irmãos vejam quão fundamental é essa visão da cruz, da igreja e do reino. E é claro que todas as três visões desse capítulo 16 elas tem como foco o próprio Cristo. A Cruz é de Cristo, a Igreja é de Cristo e o Reino é de Cristo. Não é? Então os irmãos tem aí a revelação de Cristo, por meio do Pai para Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, encabeçando todas as outras três. Ele é o Cristo da Cruz. Ele é o Cristo da Igreja, e Ele é o Cristo do Reino. Então é muito importante os irmãos manterem esse quadro em mente, porque é como vocês podem ver por esses três versículos, esse assunto domina todos os escritos do Novo Testamento. Uma boa compreensão espiritual sobre eles, te dá sabedoria para ler as escrituras sem se desenfocar, sem se perder, com detalhes, com coisas, com acréscimos. Tem o seu lugar, tem o seu valor, mas não são o foco.

Penso que hoje irmãos, no tempo em que vivemos como igreja, tempos tão difíceis, nós precisamos voltar ao que é prioritário. Nos precisamos deixar de nadar na superfície, e ciscar como galinhas no quintal. Nós temos que voltar ao que é prioritário, ao que é focal. A igreja hoje tem ciscado demais na superfície. Nós precisamos de alicerces mais profundos. Precisamos resgatar as doutrinas mais fundamentais dos apóstolos que eles ensinaram. Então, mesmo na nossa visão panorâmica - como eu disse aos irmãos - nós iríamos fazer pequenos mergulhos, microscópicos, e são pequenos mesmos. Se os irmãos acham que nós fizemos grandes coisas aqui em termos de abordagem, nós não fizemos não. Nós teríamos que mergulhar muito mais fundo, em cada um desses assuntos. Quando nós vimos alguma coisa sobre Cristo, aquilo ainda é uma pequena abordagem. Nós temos muito mais da pessoa dele, nos livros de Colossenses, no livro de Hebreus, aqueles termos que eu citei para os irmãos da salvação, da nossa redenção. Nós precisamos compreendê-los, precisamos estudá-los. Se há um ensino que a igreja precisa receber hoje é esse. A igreja precisa compreender a sua justificação em Cristo, o que é que significa isso. Não basta apenas ela experimentar a salvação. A experiência é importante. Se nós não tomarmos cuidado, nós nos tornamos subjetivistas. E se a nossa vida ela é subjetiva: “Oh ! eu sinto, eu experimentei, eu me emocionei, eu adorei ao Senhor, eu fui salvo”, é claro que isso faz parte, mas nós temos que saber que o fundamento, o alicerce da nossa salvação ele está muito além dos nossos sentimentos. É um fato eterno, espiritual e imutável. Nós somos justificados porque Cristo, naquela cruz, cumpriu a justiça de Deus, e imputou essa justiça a nós. Ele não nos tornou pessoalmente justos. Não. Justificação não é isso. Esse é um dos erros na compreensão da justificação. Justificação não é o Senhor nos tornar pessoalmente justos. Não. Justificação é Ele nos cobrir com a sua justiça. Essa é uma base sólida da sua própria pessoa como nossa cobertura. Ele nos foi feito da parte de Deus como justiça. A partir então desse ponto, justificação, a nossa caminhada com Deus é que vai nos tornando pessoalmente santos. Isso então é santificação. Não é justificação. Não podemos confundir as duas coisas. A santificação é um processo. A justificação não é um processo. A justificação é um único fato. Deus declarar inocente o culpado, porque Ele mesmo assumiu o salário do culpado na sua própria pessoa, em seu Filho. Então Ele declara inocente o culpado. Ele tomou o salário do culpado Nele mesmo. Isso é justificação. Isso tem a ver com o fato espiritual, uma posição. Então os irmãos vejam o quanto é importante. Como é triste você ficar dependurado por uma linha, entre o céu e o inferno. “Hoje eu acordei tão bem, meu estômago está bom, minha está boa, estou tão saudável. Eu acho que hoje eu estou justificado”. Aí você passa por algum problema, quem sabe uma desavença, perdeu a paciência, foi áspero, mau humorado para com a sua esposa, ofendeu-a, o Espírito Santo te convenceu do pecado e você fala: “Ah! Senhor. eu não sou mesmo justificado”. Não tem nada a ver com justificação. A base da nossa relação com Deus é muito sólida. É Cristo. Essa base não pode ser movida, assim como Cristo não pode ser movido. Se nós cremos Nele, nós estamos justificados. O trabalho do Senhor agora é um outro trabalho. Não é nos justificar. É nos santificar, ou seja, nos tornar parecidos com Ele. Santificação é isso. Talvez a melhor frase na Bíblia para se definir o que é santificação da alma seja aquela palavra de João Batista em João 3, quando ele falou que não era o noivo, e sim amigo do noivo. Ele disse assim: Importa que Ele cresça e eu diminua. Essa talvez, seja a melhor frase para falar sobre a nossa santificação. Então irmãos, essas coisas não são realmente apenas teológicas e acadêmicas. Elas são assuntos do nosso coração. Elas são os alicerces da nossa fé.

Hoje vamos procurar examinar um pouquinho desses alicerces, porque nós vamos abordar hoje a cruz. Essa terceira grande visão aí desse capítulo. Nós não teremos tempo de entrarmos em questões mais microscópicas sobre o Reino. Quem sabe um a outra oportunidade? Vamos olhar os fundamentos da cruz de uma forma um pouquinho mais microscópica. Divida esse trecho que nós lemos em três e três. Três versículos de cá, e três versículos de lá. São seis versículos aí sobre a cruz. Primeiro o Senhor falou sobre a cruz Dele e depois sobre a nossa. Está bem claro aí. Primeiro Ele falou sobre a cruz histórica, a cruz objetiva, a cruz que é só dele, a cruz que Pedro tentou dissuadi-lo de tomar: “Oh! Senhor! Não. Não suceda isso contigo”. Sabem porque Pedro falou isso? Porque Pedro era discípulo Dele. Se o Senhor fosse para a cruz, para onde será que Pedro ia? Então quando Pedro falou: “ tende piedade de Ti Senhor”, o que é que ele está falando? “Tende piedade de mim, Senhor”. Estamos esperando é um Messias, com letra maiúscula. Era assim que o judeu esperava o Messias. O libertador político de Israel. O libertador político. “ Esses romanos aí, olhem o que eles estão fazendo com a nossa nação. Estamos aviltados pelos os romanos. Mas o Messias vem. E quando o Messias vier, Israel vai ser o centro do governo de Deus sobre a terra.” Era esse Messias que eles estavam aguardando, mas não foi esse Messias quem veio. Ele veio como Messias sofredor, primeiro. Primeiro como Cordeiro de Deus. Na sua segunda vinda sim. Ele se mostrará plenamente como isso que Ele já é e sempre foi: O leão de Judá. O Rei dos reis, e Senhor dos senhores. Na sua primeira vinda Ele também era isso. Ele se vestiu com um caráter de servo, porque nós não precisávamos de um Rei. Nem mesmo os judeus precisavam de um Rei, que os elevasse a uma liberdade política. Eles precisavam de um Salvador espiritual, e n ão de um libertador político. Não é? Eles precisavam ser resgatados no espírito, e não resgatados em uma posição política. Por isso eles se escandalizaram do messias. “Esse é que é o nosso Messias? Esse que entra em Jerusalém em um jumento?” Então eles se escandalizavam Dele, porque eles não o compreenderam. Os profetas não entendiam quando profetizavam dele. Quando você olha o livro de Isaías, aquilo é uma confusão, naturalmente falando. Uma hora Isaías profetizava que o Messias que viria é Rei. “Judá. Eis aí o vosso Rei.- Isaías 40”. Outra hora, Isaías profetizava - Isaías 53, e dizia assim: “ O renovo do Senhor, esse que Ele vai levantar, Ele não em aparência nem formosura. Olhamo-lo e nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e humilhado. Dele não fizemos caso”. Isaías profetizava o servo sofredor e profetizava o Rei de Deus ao mesmo tempo. Era como alguém olhando de longe uma montanha. Ele olha de longe e só vê uma montanha. Assim eram os profetas, mas, à medida em que o tempo foi aproximando, aquelas montanhas, assim como se você fosse caminhando em direção a elas, você vai descobrir que são duas montanhas. Elas estava ali meio que sobrepostas. De longe você só via uma, mas quando você chega perto, você primeiro uma montanha, depois um vale, e depois outra montanha. Eles não compreenderam nas suas profecias, que o Senhor viria em duas vindas. Uma vinda como Servo, mesmo sendo Senhor, e outra vinda como Senhor, ainda sendo Servo. Cada vinda reflete um caráter, uma forma especial da revelação do Senhor, para um propósito especial. Na primeira vinda ele se revelou como Redentor. Na segunda vinda ele se revelará como Juiz. Ele já é as duas coisas, mas o caráter da sua primeira vinda foi: redenção-salvação. “Eu não vim julgar o mundo. Eu vim salvá-lo”. Não foi isso que Ele falou? Mas na sua segunda vinda, não são essas as palavras. Na sua segunda vinda a palavra de Deus menciona esse dia como o terror do Senhor. Dia de trevas e não de luz. Dias de aflição. Dias de destruição. Dias de obscuridade. Foi isso que os profetas falaram. Amós, Sofonias, Joel. Não é? Porque ele vai se mostrar como Juiz de vivos e de mortos. Até mesmo nós os cristãos, compareceremos diante do tribunal de Cristo, para que cada um de nós seja julgado, segundo o bem ou o mal que fez por meio do seu corpo. Não juízo que vai definir se você vai para o céu o vai para o inferno. Se você é Dele, esse juízo já foi definido na cruz. Mas um juízo que vai definir qual a posição que você vai assumir no seu Reinar com Ele. Você foi fiel à luz que recebeu? Então o Senhor dirá a você: “ Muito bem servo bom e fiel. Foste fiel naquela pequena luz”.( Mateus 25:21 ) Não importa o tamanho da luz. Importa a fidelidade à luz. que se recebeu. “Foste fiel no pouco. Sobre o muito Eu te colocarei. Entra no gozo do Teu Senhor.” Até mesmo nós compareceremos diante desse juiz, que é o nosso Salvador, mas também o nosso juiz. É um juízo familiar. Não é um juízo para levar nenhum dos seus filhos ao inferno, porque Ele já assumiu a nossa condenação, mas é um juízo para dar os nossos devidos lugares no seu Reino. Então os irmãos vejam quão é importante essa visão panorâmica, a compreensão dessas coisas, para nós não nos confundirmos na palavra, senão fica difícil você entender certas parábolas, fica difícil você entender as parábolas das minas, a parábolas dos talentos. “Nossa. O que é isso? Um servo lançado fora. Ali haverá choro e ranger de dentes. Será que é isso?” Você não pode compreender, porque falta um alicerce, uma base, para te ajudar nas escrituras. Vamos olhar então esse grande fundamento. A cruz, o fundamento da cruz. Queria ler com os irmãos, um texto, para nos ajudar nessa expressão do verso 21. Vamos destacar uma expressão no versículo 21 e vamos ler um texto para nos ajudar compreendê-la. Verso 21 do cap. 16. Mateus 16:21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. Desde esse tempo - antes não. O Senhor já tinha aqui, três anos de ministério. Se você fizer um estudo cronológico através de Lucas, principalmente através de João - apóstolo João registra três páscoas no seu evangelho - então se você fizer um estudo cronológico, você vai ver que a vida do Senhor ela é dividida em trinta anos de silêncio quase que absoluto - um pouco falado no seu nascimento, um pouco da sua infância, um pouquinho da adolescência - quase que um silêncio absoluto. Trinta anos ali, silenciosos. Os primeiros três capítulos de Lucas registram os primeiros trinta anos. Guarde isso para você poder estudar depois. Depois você tem no capítulo três, da metade do capítulo três, até o nove, do três e meio aí, até o nove, você tem três anos. Desde o Jordão até o monte Hermom, até o monte da transfiguração. Ou desde a tentação, que vem logo em seguida, - para ficar melhor - desde a tentação até o monte Hermom, até a transfiguração. Da tentação a transfiguração - três anos. Lucas aborda três anos em apenas cinco capítulos. Do 4 ao 9. Depois, todos os outros capítulos de Lucas, do 10 até o final - olhem o tamanho, a quantidade de capítulos - para registrar apenas seis meses, quando o Senhor desce daquele monte da transfiguração - isso está narrado aí em Mateus 17 e Lucas 9. Ele desce do Monte da Transfiguração e caminha mais seis meses, e sobe em outro monte, na cruz, o Monte Calvário, o Gólgota. Irmão, no que concerne - preste atenção aqui agora - no que concerne à vida pessoal, particular, e ministerial do Senhor Jesus, Ele poderia do Monte Hermom, o Monte da Transfiguração, ascender aos céus - no que concerne a Ele como pessoa e como servo de Deus. No que concerne a Ele como pessoa, houve um testemunho lá no seu batismo. O que é que o Pai falou Dele? “Este é o meu filho amado em quem me comprazo” A primeira voz em Lucas, lá no Jordão, marca os 30 anos, a voz do céu, falando do Ser interior Dele. Ele é perfeito. Ele é o meu Filho amado, e Nele eu tenho todo o meu prazer. Então é uma testificação da vida pessoal Dele, da vida particular. E depois Ele caminha três anos de ministério, cap. 4 até o 9. Da tentação até a transfiguração. O que acontece na transfiguração? Outra voz. O livro de Lucas é dividido por essas duas vozes do céu. Elas aparecem duas vezes. Uma vez em Lucas 3 : 17 e outra em Lucas 9. Em Lucas 3:22 ................ Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. A vida particular do Senhor aprovada por Deus. Depois em Lucas 9:35 E dela veio uma voz, dizendo: Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi. A voz de novo. Então essas duas vozes dividem o Evangelho em três seções. Trinta anos primeiro, até a voz. Três anos entre uma voz e outra, e seis meses depois da última voz. Os irmãos compreenderam? Então quando essa voz foi ouvida a segunda vez no Monte da Transfiguração, “ Este é o meu Filho, o meu eleito, a Ele ouvi”, Jesus se transfigurou diante dos discípulos. Os irmãos viram lá, diante dos três. Não é? As suas vestes, a sua cabeça, ali descreve toda aquela transfiguração. Aquilo foi um atestado de absoluta perfeição pessoal e ministerial, porque a voz não disse “esse é o meu Filho amado”. Ela diz: “Meu eleito. A Ele ouvi”, ou seja, Ele é o meu mensageiro. A Ele ouvi. Eu não tenho nenhuma mensagem fora Dele. Eu não tenho mais mensagem através de Moisés. Eu não tenho mais mensagem através de Elias. A mensagem de Moisés, e a mensagem de Elias, foi Ele, meu Filho. Ouça o meu Filho. Vocês estão ouvindo Moisés. Ouçam o Meu filho. Vocês estão ouvindo Elias. Por isso eles ninguém mais viram, senão só a Jesus. Então a segunda voz faz uma confirmação, além de particular e pessoal, uma confirmação ministerial. Ele é o meu eleito. A Ele ouvi. Ele é o meu mensageiro. Irmãos, depois que o Senhor foi confirmado particularmente, foi confirmado ministerialmente, Ele é absolutamente perfeito, porque Ele agradou a Deus na sua pessoa, Ele agradou a Deus no seu ministério. Tudo o que Ele falou e fez agradou a Deus. Em nada Ele pecou. O apóstolo Pedro, na sua primeira Epístola, no cap. 2 diz assim: “Nele não se achou pecado. Dolo, engano nenhum se achou na sua boca”. Ele, quando injuriado, não revidava. Quando ultrajado, não revidava com ultraje. Entregava-se àquele que julga retamente. Obediente até a morte. Plenamente aprovado. Transfigurado no monte Hermom. Por que é que Ele não subiu para o céu? Você precisava ver que Jesus, o verbo de Deus, ali na manjedoura, no ventre de Maria, Ele assumiu a natureza humana e nasceu como aquele bebê na manjedoura, um homem. Não era um super homem. Nem um ET. Era um Homem, com espírito humano, com alma humana e com corpo humano. É um homem como nós. Senão não poderia interceder por nós. E aquele menino, aquele bebezinho, que Maria teve que amamentar, teve que trocar a fraldinha, o Verbo Divino. Os irmãos já pensaram nisso? O Verbo encarnado de Deus. Por isso que a palavra diz que Ele crescia em sabedoria. Irmãos, o Verbo é a própria sabedoria. O Verbo não cresce em sabedoria. Quem que cresceu em sabedoria, estatura e graça? O homem. Aquela natureza humana ela começou como qualquer outra. Uma atuação sobrenatural de Deus, preparando aquele corpo no ventre de Maria, mas o que nasceu foi um Homem, que tinha alma humana, espírito humano, emoções humana, vontades humanas, e corpo humano. Então ele cresceu como um humano. Então como homem Ele cresceu em sabedoria, em compreensão, em estatura, em graça, como diz em Lucas, diante de Deus e dos homens. Esse é o nosso Salvador. Então quando Ele cresce, passa pela tentação, aquela voz do Céu, depois a tentação, o seu ministério, três anos, sobe no monte, você precisa ver. Parece que nós imaginamos aquele neném como o Verbo de Deus, plenamente amadurecido, perfeito como homem, não tem nada para aprender, nada para desenvolver. Nós estamos errados. Ele desenvolveu todas as suas faculdades humanas de forma perfeita, mas desenvolveu, porque é homem. Então aí você entende esse monte da transfiguração melhor, corretamente. O que está acontecendo ali irmãos, é um atestado de aprovação. Quando Ele se transfigura diante dos discípulos, aquilo é um atestado de aprovação. O Senhor está falando assim: “ Esse é o meu Filho”. Ele é particularmente perfeito, e Ele é um servo perfeito. A Ele ouvi. Então Ele se transfigura. No que concerne a Ele, Ele poderia ascender aos céus. A humanidade Dele seria recebida nos céus, porque Ele não tinha pecado, porque Ele foi plenamente aprovado. Você compreende isso? Se você compreender bem o monte da transfiguração, quem estava ali, você vai compreender bem o monte Calvário. Porque irmãos, o monte da Transfiguração tem tudo a ver com Ele, com o que ele é. Mas o Monte Calvário não tem nada a ver com Ele. O monte Calvário tem tudo a ver conosco. Aquele que não conheceu pecado - o que é que Paulo diz em 2ª Coríntios? - Deus o fez pecado por nós. O monte Calvário tem a ver conosco. O Monte da Transfiguração tem a ver com Ele. O monte da transfiguração é um atestado de que Ele é santo. O monte Calvário é um atestado de que nós somos pecadores e precisamos de um Salvador, prefeito, santo, capaz de interceder por nós, que possa tomar o salário do nosso pecado porque não tem pecado, porque se Ele tivesse pecado Ele só pagaria somente o salário Dele mesmo, porque o salário do pecado é a morte. Nenhum homem pode pagar o salário por outro homem, porque ele próprio é um devedor. Ele só pode pagar o seu próprio salário, pois ele já deve. Então o livro de Hebreus nos diz: “Nos convinha” - era conveniente para nós - “um sumo sacerdote como este. Santo”. Lembra Hebreus 7? Inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus. Essa é a mensagem de Hebreus. Nos convinha um sumo sacerdote como este. (Hebreus 7:26 Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus,). Então irmão, você só entende o Monte Calvário à luz do Monte da Transfiguração. Se você não vê a Transfiguração, o Calvário fica pequeno. Mas se você ver quem é o Homem no Monte da Transfiguração, então você vê quem é o Homem no Monte Calvário. Aquele que não conheceu pecado e foi feito por nós pecado, e agora você começa a compreender esse versículo 21 do cap. 16. “Desde esse tempo”. Irmãos a mensagem da cruz - usando aqui uma redundância de palavra - ela é crucial. A mensagem da cruz, ela é crucificante. Então, primeiro os discípulos tinham que ter uma visão clara de quem é Cristo. “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. Depois da visão clara de quem era Cristo, o Senhor podia começar a falar sobre a cruz. Assim é conosco. Se você não tem uma visão clara de quem é o Cristo, o seu Salvador, você não poderá ouvir sobre a cruz. A cruz vai ficar só no seu intelecto. Não vai ter sentido para você. Quando muito você só vai ser instruído sobre a cruz. Não é? Mas, se você ver quem é o Cristo, então você pode ouvir sobre a cruz, andar no caminho da cruz. Foi o que Ele ensinou nesses versos aí. Então, olhe o “Desde esse tempo”. Não está aí por acaso, irmão. Essa revelação da cruz, tinha de vir depois da revelação do Cristo. “Desde esse tempo”, e se você consultar aí o Evangelho, você vai ver que ele fala três vezes sobre a cruz, a cruz Dele. Três vezes. “Eu vou para Jerusalém; vou ser morto; vou sofrer ali nas mãos dos principais sacerdotes, escribas e fariseus. Convém que seja assim com relação ao Filho do homem. Vou ser morto, e vou ser ressuscitado no terceiro dia”. Irmãos. Entrava em um ouvido, e saía pelo outro ouvido. Eles não podiam assimilar a mensagem da cruz, de jeito nenhum O Senhor falou três vezes, e eles nada compreenderam. Agora, o verso 21 diz assim: “Desde esse tempo, começou”. Começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que lhe - agora queria que você visse essa expressão aí notável - “era-lhe necessário”. O livro de Lucas é impressionante nesse sentido, pois Lucas enfatiza a humanidade de Cristo. Lucas era um médico, grego, de raiz grega, de ascendência grega, e então ele como um médico poderia falar bastantes detalhes sobre a natureza humana, e Deus inspirou esse médico para escrever aquele Evangelho - o médico amado, Lucas. Então, quando Lucas registra naquele Evangelho, o caminhar humano da pessoa do Senhor, Lucas é enfático, com relação à cruz. Sete vezes naquele Evangelho ele faz menção da resolução de Jesus ir para a cruz. Em uma das vezes, se não me engano no cap. 9, depois você consulte, o versículo 51, diz que Lucas 9:51 E aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém, ou seja, ninguém tirava aquilo da mente Dele. Era uma decisão intrépida, que Ele manifestava no semblante, de ir para Jerusalém. Então eles passaram por aquelas aldeias de Samaritanos, que não o receberam. Os discípulos ficaram bravos. Quiseram mandar descer fogo do céu, para destruir todo mundo ali, e o Senhor falou: Lucas 9 55 Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Eles estavam seguindo o Senhor, aquele bando de crianças. De alguma maneira presos ao Senhor, mas sem compreender quem Ele era. Atraídos a Ele mas sem vê-lo no que Ele é. E nem a sua cruz. Então a misericórdia do Senhor, carregou aqueles meninos, inclusive Judas, no seu seio de amor, doze meninos. Doze grandes meninos, que Ele carregou no seu seio de amor, falando, ensinando mostrando, e agora aqui, depois de três anos desses meninos juntos Dele, ele começa a falar da cruz, no final. “Eu vou para a cruz. Era-lhe necessário”.

Eu queria que você lesse comigo, Romanos cap. 3. Vamos procurar compreender um pouco dessa frase de Mateus. “Era-lhe necessário”. Romanos cap. 3. Vamos entrar um pouquinho nessa abordagem da cruz de Cristo. O que foi que o Senhor proveu para nós ali? Qual que é o significado da cruz, da obra da cruz? Romanos 3 21 diz assim. Prestem atenção nesse texto. 21 Mas agora, - até aqui Paulo está falando sobre a absoluta condenação de todo homem. Mostra que todo homem é responsável, e que ele não pode tornar Deus culpável pela sua condenação, que até mesmo aquele que não crêem em Deus e que nunca ouviram o Evangelho, nunca. No cap. 2, diz que eles tem a norma da lei gravada nas suas consciências, porque a criatura consciente de Deus tem essa norma. Mesmo o homem pecador, é um homem consciente de Deus. Ele sabe muito bem que viola a lei de Deus, que viola a lei da natureza. Não é? Ela sabe muito bem que ofende a glória de Deus. Ele sabe que tem um criador. Os irmãos não se enganem com a palavra ateu. Estritamente falando, ateu não existe, porque a revelação de Deus é uma revelação universal, na consciência de cada homem. É claro que não é uma revelação salvadora. Essa revelação salvadora é dada apenas àqueles que crêem. Por isso eles creram. Mas, todo homem - e isso é um ensino de Romanos, claro - ele tem a consciência da revelação natural da divindade de Deus. Romanos 1 é tão claro nisso, não é? Eles tem a consciência até pelas coisas que foram criadas e são por isso indesculpáveis. Paulo fala isso em Romanos 1. Então ele vai mostrando que o gentio está condenado, que o judeu está condenado, com toda a sua religiosidade, ele está condenado, ele não tem nenhuma vantagem. Não há nenhum justo, nem sequer um. Todos se extraviaram, se fizeram inúteis. É assim que ele coloca no meio do capítulo 3. Cap. 3 de 10 a 18. A garganta deles é um sepulcro aberto, há destruição nos seus caminhos, desconheceram o caminho da paz, não há temor de Deus diante dos seus olhos. Ele vai terminar aqui, quase três capítulos para mostrar a absoluta condenação de todos os homens. Indesculpavelmente e responsavelmente. Ninguém pode culpar Adão. Ninguém pode culpar os seus pais. O homem é individualmente responsável, porque ele tem a revelação de Deus na sua consciência, e resiste a essa revelação. A graça de Deus foi concedida a todos os homens e o homem é responsável, pela rejeição da revelação que tem. Se ele não rejeita, se ele reage responsavelmente à revelação natural de Deus, Deus lhe acrescenta mais revelação. Se você for ver como que o Tabernáculo foi erguido, você tem: O átrio, o Santo lugar e o Santo dos Santos. Aquilo fala de três níveis de revelação. No átrio você tem o sol. O sol bate no átrio porque o átrio é descoberto. Bate na pia de bronze, no altar de bronze. Aquilo está tudo exposto ao átrio. O átrio fala da teologia natural. Deus se revelou através das coisas que foram criadas. Por isso elas são indesculpáveis. Não é? O Santo lugar, aquela parte mais interna, fala de uma revelação espiritual. Seria aquela revelação mais interior, de quem é Cristo, da pessoa de Cristo. E o Santo dos Santos, fala então daquela revelação mais íntima, mais clara. Deus em Cristo. Então são três níveis de revelação. Todos os homens estão expostos à primeira revelação, a chamada teologia natural. O homem é indesculpável. Então Paulo termina isso e começa assim: Mas agora sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; De quem que você acha que ele está falando? Quem que é a justiça de Deus que foi testemunhada pela lei e pelos profetas? Cristo. Inclusive o Monte da Transfiguração mostra isso. Testemunhado pela lei. Moisés. Testemunhado pelos profetas. Elias. Os dois que estavam lá naquele monte. Não é assim? 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; O apóstolo João nos diz que Ele se ofereceu como propiciação pelos nosso pecados - ele está escrevendo pelos irmãos, os santos, e diz que não somente pelos nossos. Mas pelos os do mundo inteiro. Ele fala de uma graça disponível e mostra então que o homem é responsável. Não somente pelos nossos, mas também pelo o mundo inteiro. Então justiça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo. A justiça de Deus está disponível, mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que crêem porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, A minha tradução nos diz carecem. O verbo grego dá margem a duas traduções. Você deve ter aí a outra que eu vou citar. Tem tradução que diz: “Destituídos estão”. Então apresenta duas facetas. Tanto você carece, você precisa da glória de Deus em você, você perdeu por causa do pecado, e você carece dela, quanto você está destituído. Carece porque você está destituído. E está destituído e por isso carece. Então todos pecaram e carecem da glória de Deus. Ontem nós falamos sobre glória, quando nós cremos em Cristo, Deus está nos restaurando à glória. O que é que é glória? A imagem do seu Filho, para que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Transformados de glória em glória na sua própria imagem. Transformados pelo Espírito do Senhor, Paulo fala em Coríntios. Então carecemos da glória de Deus, a imagem de Cristo em nós. Agora ele vai falar do processo. Como nós podemos tornar a alcançar a glória de Deus em Cristo? Participar dessa glória em Cristo? Alcançar a glória do nosso Senhor Jesus Cristo, como eu citei ontem em Tessalonicenses? Paulo diz literalmente: Separados, santificados, para alcançar a glória do nosso Senhor Jesus Cristo. como? Vejam o verso 24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. Esse é um ato único como nós falamos. Não é um processo. É um ato único, baseado na fé. Irmãos. Isso aqui é um pilar. Deus usou essa verdade como uma espada na boca de Martinho Lutero. Aquela espada que cortou a cabeça de muitas serpentes, na época de Lutero. Justificação pela Fé. Simplesmente pela Fé. Um alicerce. Justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção - olhem as palavrinhas que eu citei em reuniões passadas com os irmãos, não é? - importante nós conhecermos cada uma delas. Redenção. Essa é uma palavra que tem o significado de resgate, de comprar pagando um preço. Não é ganhar, não é roubar. É comprar pagando um preço. Havia uma moeda chamada “litron”, que era usada naquela época para se comprar escravos. Era o dinheiro para se comprar escravos: “litron”. A palavra redenção ou resgate, ela tem raiz nessa moeda, nessa palavra. Então o Senhor nos resgatou. Ele comprou. Ele não arrancou de lá não. Ele pagou um preço, só que Ele não pagou o preço para o diabo. Essa foi uma das lutas de homens de Deus no início da história da igreja. A redenção era vista como Deus, o homem e o diabo. Então o homem pecou, e agora o homem deve para o diabo, e então quando o Senhor efetuou a obra na cruz do Calvário, Ele estava pagando o preço necessário de resgate para o diabo. Está muito errado, porque Deus não deve nada para o diabo. O diabo é que deve para Ele. Deus estava pagando o preço para Si mesmo. Você já viu isso irmão? Ontem nós falamos sobre isso. O que é que precisava ser satisfeito na cruz do Calvário para que o preço fosse pago. Qual é o preço. O preço é devido não ao diabo, mas à santidade de Deus, ou a Deus Santo. Quem foi ofendido não foi o diabo. Quem foi ofendido foi o Deus santo. Deus para justificar o homem - preste atenção nisso - Ele tem que fazer isso de forma justa, do contrário Ele deixa de ser Deus. Irmãos nós precisamos ver isso com muita profundidade, senão a cruz não tem sentido e você não compreende o preço. Não é? A cruz se torna leviana. Não é pagamento ao diabo. É satisfação a Ele mesmo Deus, porque o pecado do homem trouxe uma dívida para com Deus. Duas partes como nós falamos, e nunca três. Não é Deus, um outro Deus que é o filho Dele, e o homem. E nem é Deus, o homem e o diabo. Não tem três partes, nem de uma forma e nem de outra. São só duas partes na redenção. É Deus e o homem. O homem pecador e o Deus santo. O que é que precisa ser satisfeito aqui? A justiça de Deus. Deus não pode abraçar esse homem. Ele o consome. Como é que luz abraça trevas? Se você acende luz aqui nessa sala, as trevas vão embora. Não tem jeito da luz abraçar trevas. Você pode dizer assim: “Nossa. Mas Deus é onipotente. Ele pode tudo”. Eu quero te dizer que tem umas coisas que Ele não pode. A Bíblia diz que Ele é um Deus santo e não pode contemplar o mal. A Bíblia diz que Ele é um Deus santo e não pode pecar. A Bíblia diz que Ele é um Deus perfeito e não pode mudar. Tem coisa que Ele não pode fazer. Não é? Exatamente porque Ele é o que é. Ele não pode pecar, não pode mudar, Ele é luz no qual não há treva nenhuma. Ele é o Pai das luzes em quem não há variação nem sombra de mudança. Ele não pode ser aperfeiçoado porque é perfeito. Então irmãos, é diante desse Deus que nós estávamos, por natureza, devendo. Só a Ele. O que foi que aconteceu na cruz do Calvário? Ele mesmo, esse nosso credor, Ele se fez carne, assumiu a nossa natureza, sem pecado, para que fosse nosso representante. Se o homem é quem deve, o homem é quem tem que pagar. Ele é perfeitamente homem, um homem aprovado. Deus homem. E esse homem então foi á cruz e esse homem é Deus e a justiça de Deus foi plenamente satisfeita na pessoa daquele homem. Então a nossa justificação ela é possível somente por meio de Cristo. Somente pela graça. Por isso é que nós não podemos ser justificados por obras. Os irmãos estão vendo porque que o Senhor levantou aqueles homens na Reforma e mesmo depois dela, com todo aquele vigor? Porque a justificação era pregada pelas obras. “Faça isso, não faça aquilo. Pague um preço aqui, e compre uma indulgência para garantir o seu lugar no céu”. “Faça isso, faça aquilo”. Justificação pelas obras. Então Deus levantou aqueles homens, não só Lutero, mas muitos outros, como John Nox, João Calvino, para que ficasse clara, a justificação pela Fé, exclusivamente por meio da graça. Isso é um alicerce, imutável. Então irmãos, na cruz nós temos apenas duas partes. Vamos continuar a ler o versículo. 24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. Lembrem então que Redenção é preço pago. Preço pago. Quem pagou o preço? Cristo Jesus. Que é Cristo Jesus? É uma terceira parte? Não. Deus mesmo encarnado, na pessoa do seu filho. O versículo 25, continua dizendo assim: 25 a quem Deus propôs, A palavra aqui significa manifestou, Deus propôs, no seu sangue, como propiciação. Olhem outra palavra importante aí. Propiciação. Nós vamos ver um pouquinho dela daqui a pouco. mediante a fé, para manifestar a sua justiça Cuidado agora irmão. Preste atenção. Está dizendo que quando Deus propôs a oferta de Cristo, no seu sangue, Ele propôs no seu sangue como uma propiciação para manifestar a sua justiça. Então cuidado agora aí. Você não pode olhar para a cruz e ver primeiro o perdão. Você tem que olhar para a cruz e ver primeiro o quê? Justiça. Nós fomos justamente perdoados. Nós não fomos perdoados levianamente. Deus não olhou para nós - como falei também dias passados - e disse: “ Eu estou com pena de vocês. Eu sou um Deus que tem entranhas de misericórdia. Ele não é? Você acha que Ele é cinqüenta por cento misericordioso e cinqüenta por cento justo? Ou você acha que Ele é cem por cento misericordioso e cem por cento justo? Como você vê? Cem por cento os dois não é? Então irmãos, o ser de Deus não pode chocar consigo mesmo. Ele é cem por cento misericordioso. Tem entranhas de misericórdia. Ele quer então receber o homem na comunhão com Ele. Ele criou o homem para isso, mas Ele não pode fazer isso, porque se Ele puser o homem para dentro Dele, Ele extermina o homem, porque Ele é luz no qual não há treva nenhuma,e nós somos trevas na qual não há luz nenhuma. Como é que Deus vai ter comunhão conosco. Já pensou nisso? Ele só tem comunhão conosco por causa de Cristo, por meio de cristo. O justo pelos injustos. 1ª Pedro 3 18 ( ¶ Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito ) O justo - Cristo, pelos injustos - nós, para nos conduzir a Deus. A questão envolvida aí não é perdão. Aí não mencionou perdão nenhum. Aí falou: O justo pelos injustos. A questão envolvida é justiça. Então porque o justo foi entregue pelos injustos, nós pudemos ser conduzidos a Deus. É uma questão de justiça. Quando Deus nos perdoou, o diabo não pode olhar para Ele e dizer: “Mas como você faz isso? Isso é injusto, não é? O homem pecou e ele tem que morrer. Alguém morreu, como um digno representante. O nosso próprio credor, Deus. Ele se fez carne. Espírito Humano, alma humana e corpo humano, homem, e Ele então é o nosso substituto, justo, na cruz do Calvário. Deus pode fazer isso com justiça exatamente porque Ele não é uma terceira parte. Se ali ele colocasse uma terceira parte na cruz, isso é injusto. Ele não colocou uma terceira parte. O apóstolo Paulo em 2 Coríntios 5:19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando (lançar sobre) aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. Ele imputou a quem? Cristo. As nossas transgressões Ele levou sobre si. Isaias 53. Então irmão, você está vendo quão grandes coisas estão envolvidas na cruz? Quão segura é a nossa salvação? Que base eterna nós temos para ter acesso a Deus? Por isso que o livro de Hebreus (10 20) nos diz assim: nós temos um novo e vivo caminho que nos foi aberto pelo véu. Isto é, que véu que é esse? Pela sua carne. Nós temos um grande sacerdote sobre a casa de Deus, por isso aproximemo-nos. Agora basta você ter um sincero coração. Você não precisa ter um coração perfeito. Você não precisa ter um coração sem pecado. Você apenas precisa ter um sincero coração, porque o teu pecado já foi lidado, teu pecado já foi tratado. Então agora você pode aproximar-se, sendo pecador, com sincero coração, porque o seu pecado foi julgado, porque senão você não poderia se aproximar de jeito nenhum. Nem com sincero coração, nem falso coração, nem com boa intenção, nem com má intenção, nem de jeito nenhum. Nós só podíamos caminhar em fila para o inferno, e mais nada. É uma questão de justiça. Não é uma questão de misericórdia nem de perdão. Os irmãos entendem? Se Deus viola a sua justiça Ele deixa de ser Deus. Ele tem que nos perdoar de forma justa, e foi isso que Ele fez na cruz. É isso que Paulo está explicando nesse texto. para manifestar a sua justiça. Está vendo como agora a expressão fica clara para você? Agora tem mais. Olhem a clareza do texto. Vamos continuar. por ter Deus, na sua tolerância, - olhem a bondade, a misericórdia Dele. Ele tolerou. O que Ele tolerou? Os pecados dos santos do Velho Testamento, porque Cristo não tinha se revelado ainda. Estão certo? Então aqui usa a palavra “impunes”. Ou seja: não puniu. Não puniu neles, é claro que no sentido de condenação eterna. Todo pecado é uma semeadura, e toda semeadura tem uma colheita. Davi pecou e colheu, Abraão pecou e colheu e todo mundo que peca colhe. Não é? Então não é nesse sentido. É no sentido de condenação eterna. Nem Davi, nem Abraão, nem Isaac, nem Moisés, nem nenhum deles foram condenados. Eles estão salvos. Não é? Porque a salvação deles se baseia no mesmo foco que o nosso, na mesma base que a nossa. A salvação de Moisés se baseia em Cristo, que veio depois dele. A salvação de Abraão se baseia em Cristo. Lembra o que o Senhor Jesus disse, no cap. 8 de João antes que Abraão existisse? “Eu sou”. Abraão creu em Deus. Leo mencionou isso hoje de manhã, e isso lhe foi imputado para justiça. Mas que jeito? Deus olhou para Abraão e disse: “Abraão. Estou tão contente com a sua fé. Não esperava isso que você fosse crer em mim. Como você creu, eu tenho uma coisa para te dar. Justiça”. Não é assim meu irmão. Isso contraria o caráter, o ser moral de Deus. O que é que foi que aconteceu então? Aconteceu que o sacrifício de Cristo, embora dentro da história, ele é um sacrifício que está acima e além da história, porque é a oferta do verbo encarnado de Deus. Então o sacrifício tem valor eterno. Ele nos restringe ao tempo. Lembra que quando João tem aquela visão do Apocalipse, aquilo não tem nada a ver com o tempo. Jesus já havia morrido e ressuscitado há quase sessenta anos na história. E quando João tem aquela visão no Apocalipse, ele fala assim: “Eis que eu vi um trono, e no meio do trono um cordeiro, como tinha sido morto”. Lembra dessa expressão? Apocalipse cap. 5. Um cordeiro como tinha sido morto. A expressão grega original ali, é a seguinte: um cordeiro como que recentemente imolado. Já havia mais de sessenta anos que Jesus havia morrido. João estava exilado na ilha de Patmos, e ele tem uma visão dos céus. Ele vê um sangue fresco. Já tinha sessenta anos que Jesus havia morrido e João vê naquele trono um cordeiro como que recentemente imolado. Do que é que isso fala? Do frescor, da novidade eterna, do valor eterno do sacrifício de Cristo diante de Deus. Nunca fica velho esse sacrifício, pois este sacrifício tem valor eterno. E é baseado nessa sacrifício, que os pecados de Adão, Abel, Moisés, Abraão foram então perdoados, na mesma base que a nossa, porque o sacrifício do Filho tem valor eterno. Isso explica o versículo que nós estamos lendo. Ele deixou impunes, impunes, os pecados anteriormente - anteriormente a quê? A Cristo? Anteriormente como é dito, e veja que o versículo 26 vai esclarecer mais ainda. Por que é que Deus pode deixar impunes os pecados anteriormente cometidos? Ele tinha em vista alguma coisa. Não é o que está escrito aí? O que é que Ele tinha em vista, irmãos? A manifestação do seu perdão? Não. A manifestação da sua justiça. Quando? No tempo presente. Qual que é esse tempo presente? Irmão. É o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Os versículos anteriores já falaram. A justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo. Não é? Então agora você entendeu bem este versículo? Romanos 3:26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. Agora, vamos ver o que aconteceu quando Deus manifestou essa justiça. Duas palavrinhas maravilhosas nesse versículo. Você precisa olhar e grifar essas palavras, porque elas não podiam nunca ser mantidas juntas, sem o acontecimento da cruz, porque se Deus é justo, o que Ele tem que fazer, é nos mandar para o inferno, porque nós somos pecadores, irmãos. Qual que é o recurso? O que é que Ele pode fazer? Perdoar? Mas perdoar em que base:? O criminoso assassino, vai diante do juiz, e o juiz olha para ele e diz: “ Você é tão bonitinho. Não devia ter matado ninguém. Tudo bem. Você matou. Mas você é tão bacana que eu vou te perdoar”. O que é que você acha desse juiz, irmão? Nós estamos tratando aqui agora do juiz Deus. Deus - O Juiz. Então os irmãos vejam que não é uma questão de misericórdia, não é uma questão de perdão. É uma questão de justiça. Nós somos perdoados por causa da justiça. Ele revelou a sua misericórdia baseada na justiça. Primeiro justiça, depois misericórdia. É claro que Deus é a mesma coisa ao mesmo tempo, mas Ele tinha que cumprir toda a sua justiça, para que Ele então revelasse a sua misericórdia e perdão. É claro que cumprir a sua justiça, é uma manifestação da sua misericórdia, mas a justiça é que é a base, e não a misericórdia. Ele não pode exercer misericórdia sem justiça. Não é? Isso tem que ficar claro irmão, senão nós não entendemos o drama da cruz. Fica tudo tão leviano, tão tolo. É por isso que aqueles que não crêem dizem assim: “Nossa!!. Como é que a morte há dois mil anos atrás pode ter valor para mim. Que coisa esquisita! O que é isso que vocês pregam? Vocês são todos loucos!!” Não é? E as vezes nós cristãos, não temos razão, como o apóstolo Pedro disse, que nós não temos condição de dar razão da nossa Fé. Nem nós sabemos. Nós sabemos que estamos salvos. Graças a Deus. Nós não temos que conhecer para experimentar. Nós experimentamos primeiro. Quando você compra uma televisão, bonita, dessas que tem por aí, tela de cristal líquido, e olha aquele monumento tecnológico, qualquer pessoa que se assentar diante daquilo, vai assistir a televisão e vai desfrutar dela. Você não precisa entender de física, de telecomunicações, de transistores, de chip, microchip, para saber como aquilo funciona. Você se assenta e assiste. Não é assim? Nós também fomos acolhidos por Deus, experimentamos a salvação em Cristo, o Espírito Santo nos regenerou, pela graça nos cremos, tudo isso é verdade. Agora você acha que a nossa vida pode ser vivida apenas assim? Você acha que não é importante compreendermos a nossa redenção? Você acha que Deus só deseja edificar o nosso espírito? A nossa mente não? O nosso intelecto não? Então porque Pedro disse que nós devemos dar razão da nossa esperança? Por que é que o apóstolo Paulo disse para Timóteo que ele devia convencer aqueles que se contradizem? Você não consegue convencer sem argumento. Não é? Você não pode ser um pregador sem manejar bem a palavra da verdade, como Paulo disse para Timóteo. Você tem que conhecer sim o que é justificação, o drama da redenção. Primeiro para você mesmo e depois para que você possa usar a palavra, para cortar as cabeças de serpente, os enganos, os desvios, para que nós, como povo de Deus, tenhamos uma edificação sólida. E olhe a solidez desse texto. Romanos 3 de 21 a 26. Vamos ver então as duas palavras aqui para prosseguirmos um pouco mais. 25 a quem ........... deixou impunes aqueles pecados 26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele (Deus) mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. As duas palavras maravilhosas aqui: Deus ser justo, e ele sendo justo, Ele não vai nos justificar. Ele vai nos mandar para o inferno, porque nós somos pecadores, mas agora você vai ver as duas palavras juntas. Ele é justo e é justificador, irmãos, por que? Porque Ele cumpriu toda a sua justiça na cruz do Calvário. Nada ficou devendo para a santidade e justiça e glória de Deus. O sacrifício de Jesus Cristo, nosso Senhor, satisfez plenamente o nosso Credor, porque seu Filho mesmo, foi oferecido. Deus, Ele mesmo, em Cristo. Graças a Deus, por tão grande salvação. Então queria que os irmãos vissem, através desse texto, o que o Senhor quis dizer com “era necessário”. “Era necessário”. Por isso é que era necessário, por causa da justiça, da santidade, da glória de Deus, era necessário, que Ele cumprisse esse sacrifício, para que nós fôssemos perdoados. Justificados. Amém?Agora nós só temos mais um pouquinho de tempo, e eu queria fazer um outro sobrevôo rápido aqui, com os irmãos. Se alguém dormir nessa viagem não tem problema. Vai se rápida. Eu queria examinar com os irmãos quatro textos. Eu vou ser bem rápido mas eu queria que vocês colhessem agora, uma aplicação prática. Se os três primeiros versos falam da cruz de Cristo, e nós não podemos inverter e começar pelos outros três, e temos que começar por estes três, porque primeiro, a cruz de Cristo. A obra Dele, essa tremenda obra que nós vimos aqui, apenas um pouco. Agora os outros três versículos, vão falar da obra da cruz, não da cruz de Cristo, mas esse princípio do operar da cruz. Vamos usar duas palavras só para efeito didático. Vamos chamar a obra de Cristo, de obra da cruz. E vamos chamar esse outro lado da cruz, que nós vamos falar aí, de trabalho da cruz. Eu sei que significa a mesma coisa, mas só para diferenciar. A obra de Cristo na cruz, só Dele, só Ele poderia fazer, pois só Ele é Deus, só Ele é homem perfeito. Agora vamos olhar o lado de cá, ou seja, o trabalho da cruz em nós. Deus que fazer algo da cruz em nós. Não é nada do que Cristo fez lá. Só Ele poderia nos redimir, só Ele poderia expiar os nossos pecados. Expiar, significa tirar a culpa. Não é? Porque Ele assumiu a nossa culpa. Agora, há um trabalho da cruz, porque esse princípio da cruz, é um princípio incrustado na essência do Deus triuno. Sabe qual é o princípio da cruz? É repartir, compartilhar, dar. O Deus triuno vive pelo princípio da cruz. Irmãos, a cruz no Gólgota foi uma verdade, porque a cruz é um princípio eterno, no coração de Deus. É o princípio de dar: “eu sou o bom pastor, e o bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. Esse é o princípio da cruz. Agora irmãos, nós não somos regidos, naturalmente falando, pelo princípio da cruz, sem que soframos o trabalho da cruz. O nosso princípio é: “Dá-me”. Esse é o nosso princípio. Nós somos Jacó, que significa agarrador. Agarramos, dá-me. Esses somos nós. Então o Senhor quando falou da cruz Dele, porque Ele é regido por este princípio da cruz, e por isso Ele foi à cruz, Ele prossegue imediatamente. Olhe aí no seu texto. Não é? Então disse Jesus: (agora ele vai falar aqui bem no nosso pé do ouvido) Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue e tome a sua cruz. Observe que ele falou a SUA cruz. Não a minha cruz. Cuidado com as palavras. Ele está dizendo: Tome a Sua cruz e siga-me. Mateus 16, versículo 24. E agora, antes de que eu cite as quatro menções, eu queria procurar e esclarecer aos irmãos, tentar ajudar aos irmãos, o que é que seria, de forma prática, tomar a cruz. Creio que você muito já leu sobre tomar a cruz, creio que você muito já ouviu sobre tomar a cruz. Agora, eu queria usar a palavra, para tentar te mostrar, o que é na prática tomar a cruz, porque se nós, primeiramente não compreendermos o caminho da cruz, nós nunca andaremos nele, e se não andamos nele, nunca poderemos ser substituídos. A vida de Cristo pela nossa vida. É isso que fala a seqüência do texto aí. Quem achar a sua vida, pendê-la-á, quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á. Não é uma troca? Não é uma substituição? Qual o instrumento que faz essa troca? Qual? A cruz. Morte e ressurreição. Vamos ver como é que funciona na prática. Talvez não adiante muito você ouvir: “Tome a cruz. Tome a cruz”. O que é tomar a cruz? Então eu queria resumir assim para os irmãos, para que

seja bem didático, e para que você medite e ore sobre isso diante do Senhor. Tomar a cruz tem dois braços. O primeiro braço é a palavra de Deus. Receber a palavra de Deus. O segundo braço é o trabalhar, é o trabalhar providencial de Deus, ou o trabalhar de Deus pelas circunstâncias. Vou explicar. Hebreus 4 12 explica o primeiro braço, e este versículo vocês conhecem de cor. 12 Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. A palavra de Deus é viva e eficaz. O primeiro braço do trabalho da cruz. Subjetivo. O trabalho da cruz em nós. Qual é o primeiro instrumento para Deus trabalhar a cruz em nossas almas? Qual? A palavra de Deus. É por isso que o livro de Hebreus mesmo, e tantos outros, é tão enfático em dizer: Não deixe de congregar irmão, como é costume de alguns. Faça admoestação. Exortem uns aos outros todos os dias. Lá diz. Cada dia. Durante o tempo que se chama hoje. É hoje. Não deixe para exortar o seu irmão amanhã não. Amanhã pode ser tarde. Amanhã ele pode já estar endurecido, pelo engano do pecado, como diz Hebreus cap. 3. Amanhã ele pode ter morrido, e você também. Amanhã o Senhor já pode ter voltado. Hoje, para que ninguém seja endurecido pelo engano do pecado. Então, por que é que o autor de Hebreus exorta assim? Porque a palavra de Deus é o primeiro braço do trabalho da cruz. Se nós não nos expomos ao falar de Deus, nós estamos fora desse elemento eficiente sobre todos, para trabalhar a cruz em nós. A palavra de Deus é viva e eficaz. Onde fala nesse texto que isso é trabalho da cruz? Mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma de espírito. Isso em nós é mesclado. Nós não sabemos o que é que está vindo do espírito, o que é que está vindo da alma. A alma está abatida, e você acha que é o espírito que está abatido. A alma está entristecida e você acha que é o espírito. É uma confusão. Você não sabe o que é da alma, o que é do espírito. É uma vida mesclada. Nossa vida é assim. Não é verdade? Então nós adquirimos aquela impossibilidade de ter uma constante alegria em Deus. Aquela questão do eletrocardiograma, não é? Nós não temos a vida estável, por que? Porque a alma e o espírito são mesclados. As coisas estão vindo da alma, e você está achando que está vindo do espírito. Você entra em condenação, em acusação, e de repente brota aquela coisa da alma, e você acha que é do espírito também. E você fica em um fervor que você acha que está arrasando, mas é tudo da alma, é fogo de palha. Não edifica ninguém. Tem certas pessoas que parece tem este ministério. Isso funciona igual fole. Ele se põe na frente dos outros irmãos, e estão bombeando o fole. Não é? E o balão do povo está enchendo. Na hora em que você tira o fole, esvazia. Irmãos. O nosso ministério não é de fole. O nosso ministério é de usar a palavra de Deus, viva e eficaz. Faz o que nenhuma palavra pode fazer. Só de Deus. Por isso que tudo o que nós temos que fazer é não atrapalhar. A palavra de Deus não precisa ser defendida. Ela não é um ratinho. Ela tem que ser solta, ela é um leão. Então Hebreus diz assim: a palavra de Deus é viva, e eficaz. Viva fala da natureza dela, porque Deus é um Deus vivo. Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo. A palavra de Deus é viva. Refere à natureza dela, e eficaz, refere-se a obra dela. Ela viva por natureza, e eficaz na sua obra. Viva e eficaz. Mais cortante que qualquer espada de dois gumes. Por que é que é mais cortante? Porque ela penetra em lugar em que a espada literal não vai. Ela divide alma de espírito. Então você pode ter constância em Deus. Alegrai-vos no Senhor. Outra vez digo: alegrai-vos, sempre, no Senhor. “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”. Você acha que qualquer homem pode falar isso? Não. Só um homem trabalhado pela cruz, como o apóstolo Paulo, e muitos outros. Na fartura, na escassez, na pobreza, abundância. “Tudo posso naquele que me fortalece” Felipenses 4:13. Só a cruz pode operar em nós. Tirar esse versículo da Bíblia, colocar em um plástico e colar no carro, isso é bobagem. Tudo posso naquele que me fortalece. Nós precisamos o trabalho da cruz em nós, profundamente. Então esse é o primeiro braço. Mais cortante que dois gumes. Penetra até ao ponto de dividir a alma e o espírito, juntas e medulas. Vejam agora o final do versículo. É apta para discernir - que também significa julgar, separar - os pensamentos e propósito do coração. Que Deus é o nosso Deus!!! Nosso Deus não é um lanterneiro espiritual. Ele não cuida da carcaça. Nosso Deus é cardiologista. Ele cuida do coração, trabalha nas entranhas. Ele não se deixa levar pelo lado de fora. Ele falou isso para Samuel. Lembra? Quando os filhos de Jessé iam passando ( 1ª Samuel 16 8 a 11) Ele disse: “Está passando um monte de homens bonitos aqui mas nenhum deles vai ser rei de Israel não”. Samuel ficava olhando a aparência. Davi, contudo, era tão desqualificado que nem o pai se lembrou dele. Passou todo mundo, e falaram para Samuel que ele havia batido em casa errada. Havia passado todo mundo e não escolhera ninguém. Samuel perguntou a Jessé se não havia mais nenhum. 1 Samuel 16:11 Perguntou Samuel a Jessé: Acabaram-se os teus filhos? Ele respondeu: Ainda falta o mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, pois não nos assentaremos à mesa sem que ele venha. Davi era um desqualificado, excluído. Esse era um homem segundo o coração de Deus. Manda chamar a Davi, pediu Samuel. Quando veio Davi, Samuel derrama o azeite. “Está diante de mim o ungido do Senhor”. Então irmão, esse é o olhar de Deus. Ele trata com o coração. Então a palavra de Deus penetra até o ponto de dividir alma e espírito. Ela julga mente e coração. Se eu e você não queremos nos relacionar com Deus, no nível de coração, nós não relacionamos com Deus em nível nenhum. Deus só se relaciona no coração. Então, ou você vai manter a sua vida aberta diante Dele, ou você não vai manter vida nenhuma. Deus é um Deus que esquadrinha mente e coração. Salmo 36. Jeremias 17 diz que nós não podemos conhecer o nosso próprio coração. Ele é quem esquadrinha. É o trabalho da cruz. Jeremias 17 9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Você acha que é capaz de conhecer? Você acha que é capaz de colocar o termômetro debaixo do braço e ver a tua temperatura espiritual, e julgar acertadamente? Você não é não. Enganoso é o coração. Ele prega peça em você. Ele diz que você está muito bem, e na realidade está é mal. Ele diz que você está muito mal, e na verdade, está muito bem. Ele diz: Jeremias 17:10 Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações. Então irmãos, esse é o primeiro braço do trabalho da cruz. A palavra de Deus, ouvida, meditada, compartilhada, falada, exortada. Não é? Muito importante. E isso é um aspecto de tomar a cruz. Outro aspecto, bem rápido, para nós não irmos muito longe, é o trabalho providencial de Deus. A providência. O que é que é a providência de Deus? São as circunstâncias. Cuidado irmão. Cuidado para você não ser achado dando coices na providência de Deus. Lembre de Jô. Jô dava coices na providência de Deus. “OH ! Senhor. O Senhor é injusto. Desce aqui. Eu já preparei a minha causa”. Jô era advogado, igual ao irmão Wagner. Se você ler o livro, você vai ver que Jô era advogado. Ele usa as palavra do advogado. Eu tenho a minha defesa bem armada. Ele só estava esperando Deus, só que Deus não descia no tribunal dele. Não é? Ele estava com o tribunal montado, esperando Deus para colocar Deus no banco dos réus. Ele falou: “Tenho a minha defesa bem preparada” (Jó 13:6 Ouvi agora a minha defesa e atentai para os argumentos dos meus lábios. Jó 31:35 Tomara eu tivesse quem me ouvisse! Eis aqui a minha defesa assinada! Que o Todo-Poderoso me responda! Que o meu adversário escreva a sua acusação!) “Sou justo e sou íntegro”. E Deus havia dito no começo que ele era. Lembra? Ele é um homem justo e íntegro. Deus falou isso para o diabo: Jó 1:8 Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Lembra? Deus mesmo havia falado. O que Jô não entendia, é que o seu sofrimento não tinha nada a ver com o pecado, com vingança de Deus, com retribuição, que Deus não o amava. Ele estava embaraçado era com isso. Jô não entendia. No final ele entendeu. Nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Jó 42:5 Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Lá do redemoinho, Jó entendeu que o que Deus queria não era brincar com ele, nem fazer ele sofrer, nem ficar tirando sarcasmo dele. Ele queria elevá-lo a um nível de maturidade mais elevado. Então Jó sofreu e o motivo do sofrimento foi esse. Que ele fosse conduzido a uma glória. Como você vê o seu sofrimento? Existe sofrimento que é resultado de pecado. Eu sei. Mas você precisa sabe discernir, porque Deus trabalha em nossas vidas em meio ao sofrimento. 1 Pedro 4:12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo. Vocês são co-participantes do sofrimento de Cristo. A glória há de ser revelada em vós. Tiago 1:12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. É para que desenvolva em nós a perseverança. A perseverança tem que ter ação completa, para que sejais perfeitos, íntegros. Nada deficiente. Esse é o ensino da palavra. Então a providência de Deus é o outro braço do trabalho da cruz. A irmã, Madame Guyon, Watchman Nee cita um trecho dela, e diz que ela dizia assim: “Nós precisamos aprender a ajoelhar e beijar a mão que trata conosco.” Nós somos rebeldes irmãos contra os decretos de Deus. Os tratos de Deus na nossa vida, e nós perdemos muito do trabalho da cruz. Sofrimento não é trabalho da cruz. Não confunda cruz com sofrimento. Tem pessoas que quanto mais sofrem, mais duras e amargas elas ficam. Se sofrimento fosse trabalho da cruz, todos os que sofressem tinha que ser melhorados. Concorda? Tem pessoas que quanto mais sofrem, mais amargas, mais duras e mais egocêntricas são. Mais revoltadas. Não é? Cruz não é sofrimento. Cruz, é sofrimento, mais a palavra de Deus. Quando você sofre ouvindo Deus, ouvindo a palavra de Deus, submissão a Deus, então você é transformado. Então esses são os dois braços do trabalho da cruz.

Agora eu vou tomar cinco minutos dos irmãos. Só citar, não vou ler, para você depois meditar, e vamos encerrar. Quatro lugares nos evangelhos onde aparece essa menção - a primeira está aí em Mateus 16 - da troca, da substituição; quem perder a sua vida achá-la-á, e quem achar a sua vida perdê-la-á. Então é uma troca. Nós perdemos para achar, e se achamos, ou seja, se retivermos, perdemos. Não é? Nossa vida precisa ser substituída. O caminho é a cruz. Agora irmãos. Os evangelhos são tão magníficos. O Espírito Santo, quando escreveu isso, ele compôs uma obra poética, tão maravilhosa, que eu vou citar para vocês as quatro únicas citações, dessa troca que está aí em Mateus 16, nos Evangelhos. Você então terá que ler as quatro, ajuntar as quatro, ler as quatro, para você perceber de que o trabalho da cruz deve nos separar. Do que o trabalho subjetivo da cruz, que Deus faz pela palavra e pela circunstância - como já falamos - do quê o trabalho da cruz deve nos libertar. O Espírito de Deus nos ajudou, nos deixou quatro menções nos evangelhos. Vou só citar para você, e se você quiser, você vá abrindo sua bíblia, e não vou ler.

Mateus 10, verso 37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. 39 Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.Lá em Mateus, você vai ver essa menção. Sabe qual é a chave? É essa chave: quem perder a sua vida achá-la-á, quem achar a sua vida perdê-la-á. Essa é a chave. Guarde essa chave. Procure esse texto aí. Mateus 10. O verso 39 tem essa menção. Eu quero que você veja o contexto. Vamos olhar. O que é que o trabalho da cruz nos deve separar nesse contexto de Mateus 10? O que é que você acha? O que é que está falando aí? Afeiçoes naturais. Família. Você concorda? Afeições naturais. Leia o texto. Eu não vim trazer paz mas espada. Eu vim promover divisão. E o Senhor cita os níveis de relacionamento como exemplo. Irmão. O trabalho da cruz, a palavra de Deus, a circunstância, devem cortar-nos da prioridade das afeições naturais. Nós não podemos ter nenhum afeto superior ao de Cristo, por nenhuma pessoa. Nós amamos nossas esposas, o quanto amamos Cristo. Nós não podemos fluir para ela, nada que não seja reflexo do que amamos a Cristo. Aquele tipo de amor é uma fachada. É uma aparência de amor. Ele não tem conteúdo. Ele não tem as características de 1ª Coríntios 13: Amor tudo sofre. Será que nós somos assim na vida conjugal? Tudo espera. Nós somos assim? Tudo crê. Nós somos assim? Tudo suporta. Somos assim? As vezes não suportamos nem uma cara virada. O que dirá uma palavra ferina. Não é? Então irmãos, o Senhor está dizendo que se nós colocarmos prioridades relacional, em qualquer relacionamento acima dele, não podemos ser seus discípulos. Agora entendam o inverso. Se você se submete ao trabalho da cruz, pela palavra de Deus, pelas circunstâncias, o seu ser tem sido aproximado do seu Senhor, você tem conhecido ao seu Senhor, andado com ele, você vai refletir nos seus relacionamentos, tudo desse puro amor que você tem ganho, em suportar, em esperar, em crer, em sofrer. O amor tudo sofre, é benigno, é compassivo, é misericordioso. Não é? Então irmãos, essa é uma inversão que nós sofremos. Nós colocamos pessoas na frente do Senhor. Quem sabe amizades, quantos jovens cristãos e adultos também, mas especialmente jovens, nós encontramos perdendo o caminho do Senhor, porque não cortam laços de amizade que deveriam cortar. Não cortam afeições naturais. Então não podem prosseguir com o Senhor. Irmão. Isso é tão sério quanto está aí nesse texto, na sua frente. A cruz deve trabalhar sobre as afeições naturais, para que essas afeições sejam ordenadas pelo próprio Senhor, e exercidas segundo Ele. A cruz operou nas afeições de Abraão por Isaac. Não operou? Isaac estava na frente de Deus para Abraão. Quando Ele falou: “ Me oferece Isaac”, Ele estava falando: “ Me oferece o seu coração”. “Põe Isaac no altar”, Ele queria dizer: “Põe o seu coração lá Abraão”. Então irmãos, nada que nós guardemos na nossa tenda, que não tenha passado pelo altar, pode ser abençoado por Deus. Isaac estava dentro da tenda de Abraão. Estava sendo - vamos colocar entre aspas - uma maldição para Abraão, porque ele estava consumindo todo o foco de afeto de Abraão. Deus teve ciúmes. Me dá o teu filho, o teu único filho, Isaac a quem amas. E depois que Isaac foi para o altar, então Isaac poderia ser guardado na tenda. O que você tem guardado na sua tenda que não passou pelo altar? A cruz precisa trabalhar nas afeições naturais. A segunda menção está aí em Mateus 16. qual é o contexto aí. Se você olhar lá na frente - quem perder a sua vida achá-la-á, quem achar a sua vida perdê-la-á. Mesma chave. Está em Mateus 25. Qual o contexto aí? Então você tem que andar para trás aí para ver. O Senhor Jesus repreendeu a Pedro. O que é que está envolvido aí? A cruz nos separando da auto piedade, do amor a si mesmo. Foi o que Pedro falou para o Senhor. “Senhor. Tenha amor por si mesmo. Tem piedade de Ti. Isso de modo algum te acontecerá”. Irmão. Se o trabalho da cruz, não puder nos livrar do foco no amor próprio, da auto preservação, então nós não podemos ser discípulos de Cristo. Nós não podemos servir ninguém. Nós só serviremos a nós mesmos. Por que é que nós somos maus maridos. Porque nós só sabemos nos servir. Por que nós somos más esposas? Porque nós só sabemos nos servir. Porque nós somos maus pais? Porque nós só sabemos nos servir. Enquanto a cruz não trabalha em nós, nos livra da auto piedade, do amor a nós mesmos, da forma adequada, correta - não estou falando para você não se desprezar - nós devemos amor ao próximo como a nós mesmos. É um princípio Bíblico. Nós temos esse amor todo egocêntrico, todo distorcido que não é amor. Isso foi tudo invertido. Nós não temos um amor próprio. Nós temos um egocentrismo. “Tende piedade de Ti”. A cruz tem que trabalhar sobre a auto piedade. Segundo contexto. Agora o Espírito de Deus continua nos ajudando, e você vai ver uma outra menção terrível. Ela está em Lucas 17. Essa chave que eu citei - Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á - está em Lucas 17 33(33 Quem quiser preservar a sua vida perdê-la-á; e quem a perder de fato a salvará.). Agora olhe o contexto. O que mais que o Espírito Santo quer nos separar através do trabalho da cruz? Pela palavra de Deus e pela circunstância. O trabalho de quebrantamento, o trabalho da cruz. Nesse contexto, do que o trabalho da cruz deve nos separar? Do amor ao mundo. Isso é exemplificado aí pela mulher de Ló. Esse versículo 32, que é o contexto imediato, e então ele vem logo acima, irmãos, ele funciona como um sino, um sino de Deus que bate no teu ouvido, e por isso o Espírito Santo falou assim: Lembre-se. Lembrai-vos. Ele não quer que nós esqueçamos. Lembrai-vos. De quem? Parece uma figura tão anônima no Velho Testamento, não é? Se o Espírito Santo falasse para nos lembramos de Moisés, nós iríamos dar razão para Ele. Lembrai-vos de Elias. Mas aqui Ele fala: Lucas 17 32 Lembrai-vos da mulher de Ló. Ele está pegando uma representante do amor ao mundo. Quando ela saiu de Sodoma, por causa do juízo de Deus, sobre Sodoma, um tipo do mundo, então o Senhor falou para Ló: Saia daqui correndo. Não olhe para trás. Ele sobe aquele colina, a mulher estava andando para frente, mas o coração dela estava andando para trás. Não é? Então quando ela sobe parte da colina, ela não resiste. Ela olha para trás, e ela se tornou naquela estátua de sal. “Lembrai-vos da mulher de Ló”. Se você ver o contexto está falando da volta do Senhor. Você vai ver que Noé entrou na arca. Ló saiu de Sodoma. Interessante o contexto, imediato aí. Você vai ver que Noé entra e Ló sai. O Senhor usa dos dois exemplos, porque a arca é um tipo de Cristo. Está dizendo que quanto mais o trabalho da cruz operar em nós, mais nós vamos entrar na arca, como Noé entrou. A arca é uma figura de Cristo. Quanto mais o trabalho da cruz operar em nós, com relação ao amor ao mundo, mais nós vamos sair de Sodoma, e entrar na arca. Substituição. Noé entrou, e Ló saiu. “Lembrai-vos da mulher de Ló” . “Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á”. A mulher de Ló está aí no contexto imediato, porque ela amou o mundo. Então esse é o terceiro contexto Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á. Então esse é o terceiro contexto. E o último agora para nós terminarmos.João 12, é o último contexto. A última chave. João 12. Essa nossa chave aparece de novo no verso 25 Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. Vejam que são quatro textos. Cada um com uma ênfase diferente. Vamos para o contexto agora. Do que o trabalho da cruz deve nos separar nesse contexto? Agora eu vou contar a história deste contexto para vocês verem o quanto ele é tremendo também. Primeiro eu vou te dar qual é a chave aí. O trabalho da cruz, nesse contexto, deve também nos separar da busca de glória pessoal. Busca de glória pessoal. Olhem o que está acontecendo neste contexto. João 11, no cap. anterior, Jesus ressuscita Lázaro. Tremendo de um milagre, de um sinal. Lázaro, sendo ressuscitado, alguns judeus estavam crendo em Cristo, por causa da ressurreição de Lázaro. É o que está escrito lá, no cap. 11. Como se isso não bastasse, Jesus entra em Jerusalém, aclamado como Rei. Olhem a hora em que Jesus estava passando. Lázaro ressuscitado, judeus crendo nele. Jesus entra em Jerusalém sendo aclamado: é o rei. Osana ao Rei. Olhem que hora de glória que Jesus estava vivendo. Como se não bastasse chegam gregos para aquela festa. Gregos. Quem são os gregos? Os sábios. O berço da sabedoria. Eles chegam na festa, e eles procuram Felipe, e dizem a ele: “Felipe. Queremos ver a Jesus”. Irmão. Que hora, heim? Uma hora chave da vida do ministério de Jesus. Felipe fica empolgado demais. Ele encontra André, e a palavra diz que os dois saem correndo para falar para o Senhor. Eles vão ali desesperados. “Senhor. Nós temos a notícia para o Senhor”. “O Senhor ressuscitou Lázaro, tem judeu crendo, o Senhor entrou aqui aclamado como Rei, acho que o império está chegando. E agora temos mais uma notícia: Os gregos querem Ti ver.” Jesus responde assim: “é chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem”. Ele deve ter quase tido um enfarte naquela hora, não é? Porque era isso que eles estavam querendo. É chegada a hora. Jesus falou que seria glorificado o Filho do Homem. Eles pensaram assim: “Nossa!!!! E nós somos aqui os doze ministros. Vai ter um “tronão” para Ele e doze tronos para nós. O mundo inteiro olhando para nós”. É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. Aí o Senhor prossegue. Que pena para eles que o Senhor prosseguiu, de certa foram Aí o Senhor vai falar o que é esse glorificado. “Se o grão de trigo, caindo em terra não morrer, ele fica só”. Os irmãos estão vendo porque que ele era necessário? Porque ele poderia dar um nó na cabeça de todos os gregos, de todos os filósofos. Ele é o verbo de Deus. Ele poderia despachar aqueles homens humilhados com a sabedoria dele, mas Ele falou assim, com outras palavras: “ Não é isso que eu vim fazer, André. Não é isso que eu vim fazer, Felipe. Eu não vou ter audiência particular com esses gregos não, porque se o grão de trigo - que sou Eu - caindo na terra - encarnação - não morrer - obra da cruz - fica só. Eu não vim ministrar sabedoria, expulsar demônios, curar enfermos, multiplicar pão. Eu vim morrer, para que a justiça de Deus seja cumprida, e vocês sejam salvos”. Quando Ele estava na cruz, um dos que estavam blasfemando à beira da cruz, disse assim para Ele: “Salvou os outros e não pode salvar a Si mesmo.” Ele não sabia o que estava falando. Não é? Se ele salvasse a Si mesmo, Ele não poderia salvar os outros. Ele não salvou a Si mesmo, para salvar os outros. E os outros ridicularizavam Dele. “Ele salvou os outros e não pode salvar a Si mesmo”. “Desce da cruz e creremos em Ti”. Mas o Senhor tinha uma decisão intrépida. O grão de trigo vai morrer, para que não fique só, para que o Pai tenha uma família de filhos, para que o unigênito, aquele único Filho glorioso, fosse semeado na terra e pudesse em ressurreição se tornar o primogênito, entre muitos irmãos. esses irmãos somos nós. Ele poderia ter permanecido até hoje como unigênito. Mas Ele caiu em terra e morreu, para que se tornasse o primogênito. O primeiro entre muitos irmãos. Nós estamos nessa família, por causa da sua obra, e se nós permitirmos que o trabalho da cruz, opere em nós, seremos transformados de glória em glória numa vida substituída. Quem acha perde. Quem perde acha. A cruz faz esse trabalho. Então que nós demos lugar à cruz do Senhor, através da palavra e das circunstâncias, para que ordene os nosso afetos naturais, para que nos livre da vida de auto piedade, para que trabalhe em nós o corte dos amores ao mundo, as ambições, alvos, interesses mundanos, que também a cruz trabalhe sobre a nossa busca de glória própria, busca de glória pessoal, assim como o Senhor falou em João 12. A cruz tem que operar nos quatro níveis, para que nós possamos caminhar de glória em glória, na sua própria imagem. Irmãos. O Senhor isso fará. Ele é um Salvador determinado. Ele não é um Salvador frouxo. Ele é um Salvador determinado Que Ele alcance em nossos corações mais rendidos, mais desejosos de que isso seja uma verdade para nós, para a sua própria glória,e conseqüentemente, para a nossa máxima realização. Sabe o que é um homem feliz? É um homem com afetos ordenados, é um homem que não tem auto piedade, que sabe sofrer, sofrer pelos outros, por Cristo, sofrer pelo Evangelho. É um homem que não busca glória pessoal, e é um homem que não ama o mundo. Esse é um homem feliz. Só a cruz pode nos fazer feliz. Amém. Vamos orar.Oh Pai. Acode-nos na nossa fraqueza Senhor. Nós tocamos a Tua palavra em torno dessas verdades, e nos sentimos tão pequenos Senhor, tão carentes Senhor. Nós precisamos que a cruz opere mais fundo em nós. Mas nós tantas vezes sentimos tanta dor Senhor. Tantas vezes pedimos ao Senhor que pare. Nós queremos que o Senhor nos encoraje, nos fortaleça no nosso homem interior, pelo teu espírito, para que nós realmente tomemos a cruz. Ah Senhor. Dá-nos discernimento espiritual a respeito do caminho da cruz. Senhor. Livra-nos desse amor próprio, dessa glória pessoal, dessas afeições desordenadas, do amor ao mundo. Obrigado porque tua palavra e o ordenar do Senhor a respeito das nossas circunstâncias diárias, são capazes, em Ti, de substituir a nossa vida. Nós queremos nos render a este trabalho de amor. Faze-nos expostos a este trabalhar do Senhor, desejosos. Nós te pedimos, nós precisamos. Nós queremos ser Senhor, completamente felizes. O Senhor nos criou para isso. Não para sermos cristãos mórbidos, nem macabros, deprimidos, mas plenamente felizes, mas nós sabemos que esse caminho é a cruz. Que o Senhor então nos ajude Pai, nos ensine, nos dê um espírito de coragem, de poder, para nos rendermos a este trabalhar do Senhor. Nós entregamos a Ti nossas vidas, mais uma vez. Cumpre em nós o Teu propósito. Nós te pedimos em nome de Jesus. Amém

Sem comentários: