03 julho, 2006

FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO

Pai. Nosso coração se alegra em Ti, por sermos o seu povo Senhor, rebanho do Teu pastoreio. Entramos por suas portas com ações de graças, e nos seus átrios com hinos de louvor. Rendemos graças ao teu nome, te bendizemos, porque tudo vem de ti. Tua graça é melhor que a vida. Pai, nessa noite de alegria e festa nos nossos corações, nos desejamos ainda um pouco mais, vermos a Ti na Tua palavra. Vermos algo mais da beleza e da glória do Teu filho, e algo mais a respeito da nossa imensa necessidade de Ti e do Teu amor. Abençoa-nos com o teu falar. Nós somos teus filhos. Alimenta-nos com a Tua palavra. Cobre-nos com o precioso sangue do Teu querido Filho, e semeia a tua palavra nos nossos corações. Muito obrigado por tudo o que o Senhor tem feito em nosso meio, pela graça eficaz do Senhor, em nome de Jesus. Amém.

Irmãos, nós iremos então retomar uma série de estudos que iniciamos já, há alguns dias, a respeito dos alicerces da nossa confissão. Nós temos dito aos irmãos, que temos como igreja, de modo geral, vivido dias de imensa necessidade de voltarmos ao princípio, ao que é essencial. Temos dito aos irmãos que satanás, de alguma forma, se compraz em que a igreja esteja circulando em torno daquilo que não é o essencial. Irmãos. Nós não temos tido mais tempo para estarmos gravitando em torno de coisas que não são o foco, que não são a essência. Quantas pessoas, quantas famílias são capazes de viver a vida toda, gravitando em coisas que não são a essência, mas não sem um triste resultado e uma triste colheita.

Na vida cristã, na nossa relação com Deus, não é diferente. Enquanto nós estivermos gravitando em torno daquilo que não é a essência, mesmo que seja bom, mesmo que seja lícito, até mesmo indo mais longe, mesmo que sejam bênçãos de Deus, dádivas de Deus, das suas próprias mãos, se nós estivermos gravitando em torno dessas coisas, nós estamos condenados a uma vida espiritual medíocre. E satanás tem tido, de alguma maneira, lugar na vida dos santos, de modo geral falando, para nos chamar a atenção àquilo que não é a essência. Irmãos, há muitas coisas significativas no meio do povo de Deus que tem um lugar de importância. Quando nós vamos colocar as coisas em lugar correto em nossa casa, cada coisa ocupa o seu lugar. Se nós tivermos uma casa corretamente mobiliada, cada móvel cumprindo a sua função, nós não colocamos cadeira no banheiro, nós colocamos cadeira na copa, a mesa na copa, nós colocamos móveis nos lugares adequados, a cama no quarto, quando nós temos as coisas colocadas adequadamente colocadas em uma casa, é muito bom. Mas, se nós não temos aquilo que é o foco na casa, ou seja, os relacionamentos, então nós temos uma casa muito boa, bem organizada, mas vazia. A casa de Deus, da mesma forma. E eu penso que como igreja em geral, nós temos tido necessidade, ao mesmo tempo, tanto da organização desses móveis no seu lugar correto, o valor adequado de cada coisa, e o lugar correto de cada coisa, para que então nós tenhamos a beleza do todo!! Pois se entrássemos em uma casa, e achássemos o chuveiro na sala, a cama na copa, nós iríamos achar muito estranho. Então, na casa de Deus, a mesma coisa. Nós precisamos que, através do ministrar da palavra de Deus, nós tenhamos a ordem de Deus, na casa de Deus. Agora, isso ainda é parte do propósito de Deus, porque é claro, o Senhor deseja que essa casa, que é a casa de Deus, seja não apenas o lugar das coisas certas, nos lugares certos, mas a casa de Deus seja o lugar de relacionamento, que é o que Ele sempre intentou, desde toda a eternidade. Lugar de relacionamento. Uma casa sem relacionamento é uma casa vazia. Não é um lar. É o que faz diferença entre casa e lar. Casa de modo geral, todos tem. Lar, alguns tem. E lar fala do relacionamento. Agora irmãos, nós precisamos das duas coisas, para que então haja satisfação, tanto nos que vivem na casa, como aqueles que entram na casa. Da mesma forma a igreja. A igreja deveria estar provendo, em primeiro lugar, satisfação para Deus, que é o Senhor da casa, com os móveis adequados no lugar adequado, os relacionamentos corretos adequados em Cristo – satisfação a Deus - assim como essa casa deveria estar provendo plena satisfação para nós, porque a igreja é o lugar da habitação de Deus. A igreja é um povo que habita só. Nós não contamos com as pessoas do mundo, para compartilhar de nossas vidas, porque isso é simplesmente impossível. Tente compartilhar das suas lutas espirituais, se você é um cristão. Se você não conhece a Cristo, você não é um cristão. Não faz parte desse grupo ao qual eu estou me referindo aqui. Você está separado, ainda. Só pela graça de Deus, pela rendição ao Senhor Jesus, como foi o caso aqui do nosso irmão Ruben, você pode vir a participar dessa casa, senão você ainda é um assistente. Mas, se você é um cristão e faz parte dessa casa, você faz parte desse povo que habita só. Você nunca conseguirá compartilhar da sua vida espiritual com alguém que não conhece ao Senhor. Ele não é nem mesmo capaz de te entender. Ele vai achar que você está ficando louco, que você precisa, urgentemente, de uma ajuda psicológica. Quem sabe até de um sanatório, porque o seu caso é avançado. A igreja, é um povo que habita só. É isso que a palavra de Deus nos diz lá em Números. (Números 23:9 Pois do cimo das penhas vejo Israel e dos outeiros o contemplo: eis que é povo que habita só e não será reputado entre as nações.) E não será contado entre as nações. É um povo que habita só. Irmãos. Só nós entendemos a nós mesmos, por causa do Espírito de Deus que habita em nós. Então, quanta necessidade nós temos de que essa verdade seja entranhada em nós. A igreja é um povo separado. Ec clésia. Chamados para fora. Nós somos um povo totalmente separados. Ninguém pode entender a igreja, a não ser o seu Senhor, e a própria igreja. Então irmãos nós temos partilhado sobre esses alicerces da nossa confissão, porque há um desejo no coração de Deus, de que esses móveis, eles sejam colocados no seu devido lugar, cada coisa no seu devido lugar, para que essa casa possa ser uma casa, e que possa ser de casa, um lar, em que verdadeiros relacionamentos são edificados, e em tudo essa casa, tanto quanto casa, como quanto lar, possa agradar a Deus, e também nos satisfazer.

Irmãos. O apóstolo Paulo quando ele escreveu a Timóteo ele disse assim: Eu te escrevo para que saibas como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. 1ª Timóteo cap. 3. Se você abrir a sua Bíblia, você vai localizar ali. Versos 15 e 16. Paulo diz:

14 ¶ Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve;

15 para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade.

16 Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.

E quando nós introduzimos essa série de estudos nós já partilhamos qual o significado dessas duas palavras. Os irmãos se lembram? Coluna serve para sustentação. É a única finalidade de uma coluna. E baluarte, serve para proclamação. E de modo geral, nessas duas palavras, estão contidos todo o significado da igreja. A igreja é coluna. Ela sustenta especialmente algumas verdades chamadas de essenciais, até a morte. Essa é a igreja de Deus. Agora, ela não apenas sustenta essas verdades, mas ela proclama essas verdades, ela proclama que há um só Deus. Ela proclama que há um só mediador entre Deus e os homens. Cristo Jesus, Homem. Ela proclama que só por meio Dele há expiação de pecados; ela proclama que nós somos justificados somente pela fé; proclama que esse seu Senhor morreu e ressuscitou dentre os mortos, e ressuscitando Ele repartiu conosco a sua vida ressurrecta, pelo Espírito Santo que nos foi dado pelo dom do alto, que habita naqueles que Nele crêem. Ela proclama que há um povo nessa terra completamente diferenciado, e separado pela graça de Deus, de todos os outros povos. Esse povo é o corpo de Cristo, a igreja. E a igreja proclama que esse Senhor que tudo isso fez, voltará para receber os seus santos para habitar para sempre com Ele, vendo-o até mesmo face a face, e para julgar o mundo com justiça, e os povos com equidade. Esses são, de modos gerais, os Fundamentos da Nossa Confissão. E quando nós falamos sobre isso, nós citamos oito itens, e eu queria repeti-los aqui para os irmãos, que fazem parte da essência da nossa confissão

Irmãos, se nós negociarmos de alguma maneira esses itens, nós deixamos de ser experiencialmente falando, verdadeiramente igreja. Nós vamos nos modular a algo que não é a igreja de Deus. Nós podemos continuar como um grupo social, pessoas que se gostam, que convivem, que até mesmo de alguma forma se preocupam umas com as outras, se servem, mas muitas entidades aí fora, de algum modo fazem isso. O que diferencia a igreja não é isso. O que diferencia a igreja é exatamente essa fé, como depósito, que Judas, lá na sua Epístola quando escreveu faz menção. Essa Fé. Judas diz assim que nós cristãos, devemos batalhar, diligentemente, pela fé, que de uma vez por todas foi entregue aos santos. Nós já estivemos falando bastante sobre isso durante toda uma reunião antes do nosso irmão Nilton fazer a sua série sobre Tiago. Os irmãos que acompanharam se lembram. Isso que Judas lá no versículo 3 e 4, chama de Fé, que uma vez por todas foi dada aos santos, não se refere à fé subjetiva, ao ato de crer. Não. Se refere à fé objetiva. Judas está falando de uns itens da verdade que foram dados à igreja como um depósito. Aquilo é propriedade da igreja. Ninguém possui a não ser a igreja. Nenhum grupo possui. Nenhuma seita possui. Nenhuma religião possui. Nenhuma entidade filantrópica possui. Ninguém, a não ser a igreja. Então Judas fala assim: a Fé, que de uma vez por todas foi entregue aos santos.( Judas 1:3 Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.) Então nós colocamos para os irmãos, oito itens, como que uma coluna vertebral, dessa confissão. Quais seriam eles? O que é que a igreja tem que ninguém mais tem? O que é que a igreja sustenta, e o que é que a igreja proclama?

Primeiro lugar, repetindo o que já vimos, a Trindade Santa. Só a igreja possui essa verdade. A Trindade Santa. A igreja crê no Deus pessoal. Ela não crê no deus dos místicos, no supremo arquiteto, num criador distante, impessoal. A igreja é contrária ao panteísmo. Tudo é Deus. Deus está na árvore, Deus está no rio, Deus está na mata. Isso é heresia. Isso é panteísmo. Nós também não somos deístas. Deísta crê que Deus é como relojoeiro. Ele é pessoal sim, Ele é criador, Ele criou todas as coisas como o relojoeiro criou o relógio. Inventou o relógio. Ele põe para funcionar e o relógio funciona por si mesmo. Isso se chama deísmo. Deus criou e agora se mantém distante. Essa não é a posição da igreja. A igreja não sustenta isso, porque a igreja crê que Deus é pessoal, Deus é criador e Deus é sustentador. Ele permeia o que Ele criou sem se confundir com o que Ele criou. Uma árvore não é uma parte de Deus, rio não é parte de Deus, terra não é parte de Deus. Os ecologistas chamam de mãe terra. Acho que nós somos irmãos, irmãos dos golfinhos, irmão das árvores, das baleias. Não é assim? Isso é panteísmo. A igreja não sustenta isso. Deus é diferente da sua criação, e criou cada ser na sua criação em um lugar definido. E Ele não é só criador, mas é sustentador. Tudo o que Ele criou Ele dá direção. Tudo o que Ele criou, Ele dirige providencialmente, ou seja, irá cumprir um propósito. Tudo o que Ele criou irá cumprir um propósito. Já tem cumprido. Ele é aquele que até mesmo estabelece reis e remove reis. Ele é que usa, até mesmo, profetas pagãos, na sua hora, da sua maneira, segundo o seu interesse, porque Ele é um Deus soberano que criou e que sustenta, e que dá um destino providencial. Então irmãos, todas essas verdades, estariam como que embutidas nesse primeiro alicerce, a Trindade Santa. Como nós falamos, cada um desses oito alicerces que eu tenho procurado mencionar aqui, esconde dentro deles, outros pequenos alicerces. Se nós fôssemos dissecar e é o que temos feito aqui desde vinte anos, nós vamos gastar mais vinte, quarenta, sessenta, cem anos, para falar desses oito alicerces, pois eles são todo o conteúdo da revelação de Deus. Então, dentro de cada alicerce desses nós temos outros vários alicerces, e quando falamos nesse primeiro, a Trindade Santa, o que é que está embutido ali? Que nós cremos em um Deus que é pessoal. Nós não cremos em um poder, em uma força, como você vê tanto falar por aí. Energia é Deus. Força é Deus. Poder é Deus. Isso tudo é uma besteira tremenda. Deus é um ser pessoal. Pessoal. Ele nos criou como seres pessoais, à sua imagem. Nós não somos força, nem energia e nem poder. Somos pessoas, assim como Deus é pessoa. Nós fomos criados à sua imagem, para nos relacionarmos com Ele pessoa e pessoa. Só que Deus é uma pessoa bem diferente de nós. Ele está muito acima e além de nós. Mas Ele também habita em nós, naqueles que Nele crêem. Então quando nós falamos sobre o primeiro alicerce, a Trindade Santa, nós incluímos aí a nossa fé em um Deus único, a fé em um Deus pessoal, a fé em um Deus criador, e o único criador, a fé em um Deus sustentador de tudo o que Ele criou, a fé em um Deus que tem propósito e a tudo dá direção. Nós cremos em um Deus uno em essência, e trino em pessoas. Um Deus que tem uma única essência mas subsiste em três pessoas, que se relacionam de uma forma perfeita, de uma forma magnífica, para qual nós também fomos chamados a esta relação. João diz assim, que a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. Essa comunhão eterna de amor sempre é no Deus trino, mas que se tornou uma verdade para nós quando nós cremos no Senhor Jesus. Nós fomos chamados à comunhão da Trindade. Então, debaixo dessa verdade Trindade, desse alicerce, existem outros alicerces muito importantes, que dão assim sustentação a ele, mas nós já falamos sobre esse assunto. Existe uma série, um conjunto de fitas aí no nosso arquivo exatamente com esse nome, a Trindade Santa. Se os irmãos quiserem consultar!! Nós não vamos votar nisso, nós vamos prosseguir. Depois nós já falamos também em outra época, há mais ou menos um ano atrás sobre o segundo alicerce, que é a Encarnação. Irmão. Nós podemos dizer que esse alicerce ele é muito especial. Primeiro porque ele está lá no início, no básico, e porque ele é realmente um fundamento da igreja. Nós não teríamos a menor condição de ser igreja, de viver como igreja, nós não teríamos nenhuma benção espiritual como igreja. Nem mesmo a igreja existiria se nós não crêssemos na encarnação. Nós poderíamos crer que Deus é trino de alguma forma, de alguma maneira. Eu posso vislumbrar isso, creio nisso, creio em um Deus pessoal, creio que Ele é criador sim, creio que Ele é sustentador sim. Vamos dizer que de certa forma, falando de forma geral, essas verdades não incomodam tanto, mas a verdade da encarnação incomoda muito, demais. Tudo o que o diabo tem feito, verdadeiramente rangendo os seus dentes, é procurar desencarnar Cristo. Observe o ensino atual - atual porque nós vivemos nos dias de hoje – mas esse ensino vem de dois mil anos atrás, desde o tempo do apóstolo João. Se você ler os Evangelhos, as epístolas, você vai ver. Mas observe os ensinos então hoje, mais elaborados, com cores mais brilhantes do que os gnósticos iniciais lá no primeiro século, veja o que as heresias, as seitas, as filosofias ensinam hoje. Elas ensinam que há um princípio iluminado, divino, chamado crístico - nome bonito que eles dão - é o que essa eubiose ensina. O princípio crístico, e esse princípio crístico ele habitou em Jesus. Mas ele é um princípio, e como princípio ele é imortal. Ele habitou em Jesus de Nazaré, enquanto Jesus exerceu o seu ministério na terra. Quando Jesus morreu, aquele princípio o abandonou e depois aquele princípio habitou em outras pessoas. Ele habitou em Buda, em Maomé, habitou em Krishna, em vários outros líderes espirituais. Então tudo o que o diabo deseja é desencarnar Cristo. Por que? O que é que a Bíblia ensina? Não há Cristo sem Jesus. Não há como tirar Cristo de Jesus, porque é uma única pessoa. Quando Pedro olhou para Jesus ele disse assim: “Tu és o Cristo”, e não um Cristo. “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. Irmãos, se nós não cremos nisso, não há igreja, não há salvação. Nós não podemos ser salvos por um princípio. Nós não podemos ser salvos por uma iluminação espiritual; nós não podemos ser salvos por anjos; nós não podemos ser salvos por esoterismo, por irmos de um grau de iluminação a um outro grau mais esotericamente mais fechado, para outro grau, para outro grau, como todas as seitas caminham. Todas elas, da mesma maneira, seja rosa-cruz, seja maçonaria, seja o que você quiser olhar. Eles caminham da mesma forma, de grau em grau, de grau em grau, como se o homem pudesse ser iluminado pelo conhecimento, iluminado pelo conhecimento, um conhecimento esotérico, isto é, fechado, disponível apenas a alguns e através daqueles comunicados a outros, e então você vai adquirindo conhecimento cada vez mais oculto, mais fechado, mais elevado e você vai se espiritualizando. Essa palavra ela está vulgar nos dias de hoje. Em qualquer rodinha, onde antes você só falava de negócios, de trabalho e de dinheiro, hoje, em qualquer rodinha de padaria, quando você vai fazer um lanche, você vai escutar pessoas falando de espiritualidade. Você já percebeu? Nós estamos vivendo uma era mística irmãos, e a igreja hoje, nesses dias, ela tem tido uma necessidade imensa de proclamar a verdadeira espiritualidade, em Cristo Jesus, a verdadeira e genuína espiritualidade.
A verdadeira e genuína experiência espiritual, a realidade da salvação em Cristo, da comunhão com Cristo. O Espírito Santo de Deus habitando em nós, na nossa relação com Deus o Pai em Cristo Jesus. Essa é a verdadeira espiritualidade. Só a igreja possui a única e genuína espiritualidade. Tudo mais é confusão. Os irmãos já pensaram nisso? Você vê a igreja assim? Ou a igreja para você é mais um item no meio de toda essa bagunça? Ou você vê que a igreja singular, corpo de Cristo, coluna e baluarte da verdade, não de uma verdade, nem de um pedaço da verdade, nem de uma faceta da verdade, mas de toda a verdade. Coluna e baluarte da verdade. Então irmão, se o seu coração em primeiro lugar não for despertado para isso, você nunca poderá dar o valor adequado ao que Deus te constituiu, porque você faz parte disso irmão. Você é membro do corpo de Cristo. Você faz parte desse grupo privilegiado pela graça. Você foi chamado em Cristo Jesus. Ninguém fez a tua cabeça, ninguém te convenceu de nada. Deus, pela graça em Cristo, te chamou e te constituiu membro do seu corpo. Ele rasgou o véu do seu entendimento e te mostrou quem é Cristo. E Cristo, quem sabe na sua visão estava ocupando um lugar no meio de muitos, mas quando o Senhor rasgou esse véu, Cristo ocupou aquele único lugar: o Filho de Deus, o Verbo de Deus. O Verbo se fez carne, o Verbo cheio de Graça e de Verdade. O Verbo cheio de glória. Quem fez isso com você? Se você conhece a Cristo, Deus, só o Espírito de Deus pode fazer. Então você não foi a Ele. Foi Ele quem foi a você, e tornou você membro da igreja, coluna e baluarte da verdade. Que benção.

Então o meu encargo irmãos, nesses dias que vamos passar juntos, é procurar olhar um pouquinho esse alicerce. É claro que nós não vamos ficar muito tempo em cada um deles. Não é possível. Nós temos assunto para toda uma vida. Mas nós vamos dar pinceladas nesses alicerces para quem sabe nós possamos pescar aí o que é essencial em cada um deles. Então o primeiro nós já tocamos em vários estudos há poucos meses, talvez a um ano atrás. Trindade Santa, o primeiro alicerce da igreja. O segundo alicerce, a encarnação. Nós também já tocamos nele, já mostramos como a Bíblia revela que o Senhor Jesus é uma pessoa com duas naturezas cem por cento Deus, em nada inferior a Deus, cem por cento homem, em nada inferior ao homem. Totalmente semelhante ao homem, menos o pecado. Tentado em todas as coisas à nossa semelhança, assim como os filhos tem participação comum de carne e sangue, natureza humana, desses também Cristo Jesus participou, para que pudesse entrar na morte e pela sua morte, destruir o diabo. É o que o autor de Hebreus nos diz, não é? E livrar-se, libertar-se, quebrasse as cadeias de todos aqueles que pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Ele se encarnou – segundo alicerce - para que pudéssemos gozar o terceiro alicerce que nós vamos começar alguma coisinha sobre ele hoje. Expiar. Expiação. Expiar os nossos pecados. Se o nosso Salvador, esse que realizou expiação pelos nossos pecados, Ele não é Deus, então nós não fomos salvos, porque a nossa dívida era para com Deus e o único ser capaz de satisfazer Deus à altura de Deus, da justiça de Deus, da santidade de Deus, da glória de Deus, era Deus mesmo. Ninguém pode prestar essa satisfação a Deus senão Deus mesmo. Ninguém tem a altura dele, a dignidade dele, a santidade dele. Então se nós haveríamos de ser salvos, e isso significa que a nossa situação com Deus estar acertada, não é com a nossa consciência em primeiro lugar, não é com a culpa do nosso coração em primeiro lugar, e sim com Deus em primeiro lugar. A Bíblia diz assim: Todos pecaram e carecem da glória de Deus. A Bíblia diz assim: A ira de Deus, se revela do céu contra toda impiedade, e perversão dos homens. Nesses homens estão incluídos eu e você. Ímpios e perversos por natureza. A ira de Deus se revela. E como que isso pode ser satisfeito? Como que essa ira de Deus pode ser satisfeita? Só Deus pode prover essa salvação. Então, o próprio Deus, na pessoa do Filho se fez carne. Agora irmãos, o nosso Salvador também tem que ser homem. Nós não podemos ser salvos por anjos. Não podemos ser salvos por ideologias. Nós precisamos de um Salvador humano, um homem que possa responder pelo homem, que possa representar o homem, um verdadeiro homem, e o nosso Senhor Jesus é o verdadeiro homem, Deus homem. Então esse alicerce segundo, da encarnação, ele é tremendamente importante. Deixe que o Espírito Santo esclareça a você sobre o que tem sido dito hoje em dia, que ofende esse grande alicerce: seja na boca daqueles que não conhecem o Senhor, ou seja até mesmo na boca daqueles que confessam a Cristo, mas de uma forma não muito clara. Temos muito disso hoje em dia. Falam de Cristo, professam Cristo, até mesmo confessam a Cristo, mas sua confissão não é clara. E você vai ver quanto disso há, como o diabo quer mexer, solapar esse alicerce encarnação de Cristo. Porque se ele mexer nisso, ele derruba tudo o mais que vem depois. É como um dominó em que você coloca ali um toquinho atrás do outro. Se você empurra o primeiro, derruba todos os outros. Então encarnação é esse segundo tremendo alicerce. Se você mexer nele, se confundir a respeito dele, você vai perder o valor do terceiro que é a Expiação. Nós vamos começar então a tocar hoje. O Senhor Jesus é o único capaz de realizar expiação pelo nosso pecado.

Irmão, o meu encargo inicial, para hoje, era falar sobre o dia da Expiação – Levítico cap. 16, mas nós não vamos fazer isso. Nós vamos fazer isso, se o Senhor quiser, na quarta-feira. Se você quiser ler antes este capítulo para a reunião de quarta-feira, Levítico, cap. 16, o dia da Expiação. Nós vamos ver como a simbologia que Deus usou, nos dá tremendas verdades sobre a Expiação.

Mas se o nosso assunto agora, esse terceiro alicerce, é Expiação do pecado, então, penso que antes de falarmos da Expiação, vamos falar do pecado, porque a nossa visão do pecado é essencial para a nossa visão da expiação. Se nós não vemos a realidade como a Bíblia aponta do pecado, então nós vamos ter dificuldade com a expiação. Por que é que eu preciso ser perdoado? Por que é que eu tenho um problema em mim que se chama culpa, esse carrasco universal? Está aqui na consciência, na mente de todo homem, desde que ele nasce. Ninguém precisa colocar culpa em ninguém, porque desde que o homem nasce, ele nasce com senso de culpa. Por que é que nós somos assim? Será que a Bíblia mostra por quê? Claro que mostra. A Bíblia coloca tudo isso debaixo dessa grande doutrina, a doutrina bíblica do pecado. E, como nós falamos que debaixo de cada alicerce deles, desses grandes oito alicerces, existem outros pequenos que forma o conjunto, dentro do alicerce Expiação, você pode colocar dois importantes aí: a doutrina da queda e a doutrina do pecado. Duas grandes doutrinas. Você crê na queda do homem? Ou você acha que a queda do homem é historinha, como dizem muitos hoje em dia. Histórinha lá de Gênesis 3, uma linguagem simbólica, uma linguagem figurada. Diz que Deus usou o Éden, o jardim, aquela serpente no jardim, a mulher com aquele fruto, tudo simbólico, tudo alegórico, como muitos tem dito hoje em dia, ou você crê na queda do homem. A Bíblia é muito firme na queda. O homem caiu, e a Bíblia é muito firme sobre a doutrina do pecado, ou seja, o homem está alienado de Deus. Duas grandes doutrinas, importantíssimas, que nós podemos colocar debaixo desse teto, desse terceiro alicerce, Expiação.

Mas antes de falar um pouco sobre pecado, hoje, gostaria de citar para os irmãos, quais são esses oito alicerces, essa coluna. Trindade é o primeiro, Encarnação é o segundo, a Expiação, onde nós vamos recomeçar agora o terceiro. O Senhor Jesus realizou expiação pelos nossos pecados. Depois o quarto alicerce, é a Justificação somente pela fé, tremendo alicerce esse. Depois o quinto alicerce, a Ressurreição de Cristo. Nós cremos na ressurreição. A Bíblia fala muito de ressurreição; o que a ressurreição de Cristo produziu. Então a ressurreição seria o quinto alicerce. Depois nós teríamos o Espírito Santo, como sexto alicerce. Um alicerce tremendo da igreja. Depois o sétimo, que seria o corpo de Cristo, ou a própria igreja como corpo de Cristo. Nós cremos no corpo de Cristo, na igreja. A nossa visão sobre o corpo de Cristo é muito importante irmãos. Nós vamos chegar lá e examinar. Muita coisa hoje é falada em nome da igreja. A igreja é isso, a igreja é aquilo, e a igreja faz assim, a igreja pratica assim. A igreja tem esse hábito. A igreja se comporta assim. A igreja ensina isso. O que é a igreja? Quais são os moldes da igreja no Novo Testamento? Esse é um alicerce. Se nós nos perdermos nesse alicerce, nós podemos nos enganar e muito. Nós podemos chamar coisas monstruosas de igreja, coisas que estão tão distantes do Evangelho. E por último o oitavo alicerce. Nós o colocamos debaixo do nome de o Supremo Propósito de Deus, incluídos nesse alicerce, nós vamos chegar lá, nós temos um outro, a segunda vinda do Senhor. Esse é um alicerce da igreja. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos mais infelizes de todos os homens, diz a palavra.( 1 Coríntios 15:19) Nós cremos que o Senhor Jesus, o Verbo encarnado, morto, ressuscitado, ascenso aos céus e entronizado, esse nome que está acima de todo nome, Ele vai voltar para arrebatar os seus santos, para a eterna comunhão com Ele e julgar toda a terra, segundo a resposta ou não ao Evangelho. Então nós cremos nesse grande alicerce, a segunda vinda de Cristo. Nós incluímos aí, debaixo desse oitavo, o Supremo Propósito de Deus.

Mas hoje eu queria citar os textos para os irmãos, não sei se vamos ter muito tempo de ler muita coisa, nosso tempo é curto, mas eu vou pelo menos citar alguma coisa que eu considero importante a respeito do pecado. Se havemos de entender Expiação, se havemos de ver algo da beleza da cruz, se havemos de ver algo do valor daquele sacrifício que o Senhor realizou na cruz do Calvário, não como mártir - não - não como modelo - também não - não porque Ele era muito simpático a nós – também não - mas que nós havemos de ver a glória da cruz como ela é, nós primeiro precisamos ver o pecado, o significado do pecado. Irmão, pregar sobre pecado, é fora de moda, porque é algo que agride, segundo as palavras usadas, a decência humana. Mas irmão, o homem é tão tolo, que é cego a respeito de si mesmo. No século 18, na história, a nossa geração humana viveu uma era chamada iluminismo ou racionalismo, os homens não só nessa era, mas também em outras, mas especialmente nessa era, eram muito orgulhosos. Eles olhavam para si mesmos e se achavam o centro do universo. Todo homem assim o vê, quando não conhece a Cristo. Então eles procuravam interpretar todas as coisas por eles mesmos. Aquilo que eles não podiam compreender com a mente e com a razão, não era verdadeiro, não era real, como eles diziam, e por isso o movimento se chamou racionalismo. Aquilo que não é racional, que não se pode entender com a mente, não se pode explicar, então não é real. Só é real o que é racional. E nós tivemos grandes expoentes naquele tempo. Voltaire – filósofo francês, Rene Descartes, John Paul Sartre, mas é interessante o que Deus fez irmão, dando um fim naquela era. O homem continua com essa semente no coração até hoje. Quando você olha os movimentos de hoje, até mesmo dentro da igreja, você vai ver a mesma idéia. Pessoas dentro da igreja continuam achando que o homem pode ser salvo por mecanismos psicológicos. Depende dele ser melhor canalizado psicologicamente, ou quem sabe melhor canalizado socialmente. Isso tudo é uma ofensa à cruz, porque a Bíblia ensina a respeito do pecado. E a Bíblia nos ensina que nós somos um carro que sofreu um acidente que quando a seguradora olhou ela deu perda total. Ela não deu reforma, nem lanternagem. O homem é um caso de perda total, é o que a Bíblia ensina. Mas quantas pessoas hoje, até mesmo dentro do cristianismo, tem ensinado que o homem precisa só de lanternagem que o Evangelho é um instrumento muito útil para reparar o homem, para fazer uma lanternagem. Mas irmãos, isso é contrário à revelação da palavra de Deus. A palavra de Deus diz que o assunto do homem é um assunto de perda total. Nós não precisamos ser reformados. Nós precisamos ser regenerados. Nós precisamos de um novo homem aqui dentro, uma nova natureza, um novo coração, novos sentimentos. Nós sentimos errado, falamos errado, pensamos errado e escolhemos errado. Nós precisamos escolher certo, falar certo, agir certo e pensar certo. Para isso acontecer nós precisamos ser outra pessoa. É isso que a Bíblia ensina, e para nós sermos outra pessoa, só tem uma maneira. Precisamos nascer de novo. E para nós nascermos de novo, nós precisamos crer em Cristo. Quem não nascer da água e do Espírito não pode ver o reino de Deus(João 3:5), não pode entrar no reino de Deus. O Senhor falou isso para aquele homem tão culto, tão sábio humanamente falando, o Nicodemos. Então os irmãos vejam como os alicerces bíblicos são sólidos. O Evangelho não prega reforma. Prega regeneração. Mas isso vem depois. Por que regeneração? Porque o homem é um caso de perda total. O homem é pecador. Agora pregar isso ofende na linguagem então que eu usei, a decência humana, porque o homem não se vê assim. Ele acha que ele precisa mesmo é de ajuda. Qualquer tipo de ajuda. Até mesmo se ele puder se ajudar, ele conseguiria algo. Quando ele não consegue se ajudar, ele procura um grupo para ajudá-lo. Ele precisa de ajuda. A Bíblia diz que ele não pode ser mudado com ajuda nenhuma. Ele só pode ser mudado por regeneração. Ele só pode ser mudado ao se relacionar com Cristo, que é Deus. Ele só pode ser mudado se Cristo for formado nele, se uma nova natureza for dada a ele, para que ele tenha uma nova maneira de pensar, nova maneira de ver a vida, nova maneira de se relacionar, de sentir, de escolher. Isso é o que a Bíblia chama de pecado. Perda total. Irmão que coisa importante.

Quando aqueles soberbos, o homem natural, estava ali se vangloriando da razão humana, na era do iluminismo, interessante, Deus usou um homem entre eles, não era um cristão, era um ímpio também, chamado Jeam Piaget. Se você conhece um pouquinho da história, já ouviu esse nome. Deus usou esse homem, sabe por que? Para que ele escrevesse um livro, um grande livro, muitas páginas, chamado “Crítica à razão pura”. Que coisa impressionante não é? Deus pegou um do meio deles mesmo. “Vem cá Piaget. Escreve um livrinho aqui, e coloca na cabeça desses outros ali.” Era um dos mestres. Eles se esgotaram no racionalismo e viram que eram como um cachorro correndo atrás do próprio rabo, e nunca mordiam o próprio rabo. Nada. Nada. E quando você começa a ler esses homens, você vai encontrar o seu niilismo. Eles chegaram a essa conclusão. Nada é nada. Se nada é nada, então viva a sua vida. Coma e beba porque amanhã você vai morrer. Essa é a filosofia do racionalismo. Irmãos. Quando esse Voltaire morreu, um dos expoentes dessa época, sabe o que é que aconteceu? Ele era francês. A sociedade bíblica francesa comprou a sua casa, e através da sua casa foram impressas milhares de bíblias para toda a frança. E noventa livros desse grande homem, desse Voltaire, grande expoente da época, noventa livros dele, daí a poucos anos foram vendidos por dois dólares. Não valiam nada. E ele quando estava vivo, disse que a Bíblia, daria no máximo cem anos depois dele, só ia ser encontrado nos museus. Foi isso o que ele disse sobre a Bíblia. Era um livro que iria somente ser encontrado em museus, daí a cem anos. Voltaire morreu, sua casa foi comprada pela sociedade bíblica francesa, e noventa livros deles foram vendidos por dois dólares. Foi isso o que Deus fez com aquele homem, porque irmãos, a verdade de Deus não pode ser suplantada, não pode ser superada. A igreja é coluna e baluarte da verdade. Como Deus, através dos séculos, tem preservado a igreja como coluna e como baluarte!! A questão não é essa. A questão é se nós temos tido resposta ao Senhor, resposta no conhecimento de Deus, no estudo da palavra, na busca da visão do Senhor como ela é, sido parte deste testemunho. Essa é a questão. Que o Senhor irá preservar o seu testemunho, isso é certo, mas se nós iremos fazer parte deste testemunho, essa é a questão. Então que o Senhor, desperte em nós esse desejo. Nós não vamos gastar essas reuniões todas, daqui para frente, procurando propriamente mexer em doutrinas, em si mesmas. Essa não é a finalidade. Nós queremos que com a ajuda do Senhor, nós possamos cavar a areia, o terreno arenoso, movediço, como o Senhor disse lá em Lucas, encontrar profunda rocha, lá no fundo, encontrar a rocha, e lançar sobre elas, os nossos alicerces, para que nós sejamos uma casa bem fundada. Não edificados sobre a areia, mas edificadas sobre a rocha.

Irmãos hoje, no cristianismo, nós temos visto muito do semear duas sementes. A Bíblia foi tão clara em relação a esse princípio. Abra a sua bíblia em Deuteronômio, para você ver que interessante, por favor. Capítulo 22. Veja uma tipologia que fala muito dos nossos dias atuais. Versículos de 9 a 11. 9 Não semearás a tua vinha com duas espécies de semente, para que não degenere o fruto da semente que semeaste e a messe da vinha. Interessante nós vermos porquê o Senhor ordenou assim. Duas espécies de semente. Veja bem. Duas espécies. Os mesmos princípios estão nos versos 10 e 11. 10 Não lavrarás com junta de boi e jumento. Juntos. Se você colocar de um lado daquele jugo, de um lado um jumento e do outro lado um boi. 11 Não te vestirás de estofos de lã e linho juntamente. O que é que o Senhor está falando aqui em princípio? Mistura. Você vê que quando ele estabeleceu ali em Gênesis, a restauração da criação, diz assim: cada árvore produza segundo a sua espécie. Toda semente segundo a sua espécie. Não é? Irmãos, como o Senhor condena a mistura!! E como hoje na vida da igreja nós temos vista tanta mistura!!! Nós temos um pouco de cristianismo e um pouco de misticismo. Nós temos um pouco de Jesus e temos um pouco de anjo. Não é assim? Você tem um pouco de tudo. Uma colcha de retalhos, feia demais. Mas o Senhor, pela sua bondade, assim como ele fez todos os séculos, ele tem restaurado um povo ao que é essencial, com fundamento, com alicerce, com a verdade, com a proclamação definida, clara. Lembra que quando Paulo escreveu para os Coríntios, falando sobre o culto deles, ele disse: 1 Coríntios 14:8 Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? Se você tocar um som indefinido, como saberemos que aquilo é cítara ou se é flauta? Lembra que Paulo falou isso aos Coríntios lá no cap. 14? 9 Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar. Assim também vós, quando vos reunis, vocês tem que ter um som definido. O que é que vocês crêem? Que Deus que vocês adoram? Que tipo de Deus ele é? Quais são as verdades essenciais que vocês se apoiam? No que é que vocês se gloriam? Por que é que vocês estão juntos? Vocês tem um som definido? Os Coríntios não estavam tendo. Então irmãos, que necessidade nós temos hoje? De modo geral irmão, não é isso que agrada o povo. Não é isso? O que agrada o povo é pregação emocional, aquela coisa que embala as emoções, que satisfaz o homem Deus é um papai noel celestial. Você só precisa encontrar a maneira certa, ou quem sabe até das pessoas certas, e os líderes se colocam nessa posição, são os mediadores, então eles vão tornar claro o seu pedido a Deus, seu papai noel, então você fique lá aguardando com fé, firme, dando o dízimo, fiel, que Deus uma hora ele vai te abençoar. Papai noel celestial. Não é? A igreja tem dado um som indefinido e esse som não atrai ninguém, esse som não fala nada sobre Deus. Esse é um deus de cara frouxa, de cara errada.

Então irmãos, a finalidade de nós retornarmos a esse alicerce, que o Senhor possa resgatar, nos nossos corações, tudo que é essencial. Quais são os alicerces sobre os quais a igreja é edificada? Quais são os alicerces da nossa adoração ? Por que é que nós adoramos a Deus? Por que é que nós temos segurança Nele? Por que nós cremos que nossos pecados foram perdoados? Por que é que o problema de nossa culpa foi resolvido? Por que é que nós temos alegria divina? Tudo isso tem um porque, mas, se os alicerces não forem resgatados, nós estamos sobre areia movediça. Tem dia que você se arrepia, a reunião foi uma benção, tem dia que você não se arrepia, e a reunião não foi uma benção, etc, etc. Não é assim? Isso tudo é nada irmãos. O Senhor deseja resgatar em nós alicerces. Nós adoramos com arrepio, sem arrepio, doentes, saudáveis, com morte, sem morte, com dor, com crise, com dor de estômago, com dor de cabeça, com problema em casa, fora de casa, com perda de emprego. Nós adoramos, porque o Senhor é fiel, bom, cuida de nós, morreu por nós, nos alicerçou firmemente na rocha. Os irmãos vêem diferença de uma coisa e outra? Há muita diferença nisso. O Senhor quer chamar para si um povo sadio. Não crianças. Chega um daqui chacoalha, mexe em um chocalhinho bonito, aquele monte de bebes correm atrás dele. “Oi. Você tem um chocalho novo. Um chocalho que ninguém tocou na igreja. Vamos lá ver o que é que ele tem”. Tem várias pessoas tocando chocalho por todo lado. Você liga a televisão, o rádio, tem chocalhos de toda cor dentro da igreja, falando barbaridades, oferecendo de tudo, a baixo preço. Mas nós fomos chamados para conhecer o único Deus verdadeiro, em Cristo Jesus e sermos uma casa alicerçada sobre a rocha, porque irmãos, o certo é que a enchente vem, o certo é que os rios vão transbordar, o certo é que os ventos vão soprar. Isso é o certo. Porque se há alguma coisa certa na vida, é o sofrimento. Então, se nós não estivermos alicerçados sobre a rocha, pior para nós, porque o certo é o sofrimento. O certo é a velhice, o certo é a dor, o certo é a degeneração no que concerne à experiência da vida humana. Se nós não estivermos alicerçados sobre a rocha, vida cristã, não pode ser improvisada. Não é improvisada. Não existe Deus de última hora. Existe tudo de última hora, menos Deus. Deus ou é um Deus de toda hora, ou ele não será um Deus de última hora. Então se a nossa casa não for alicerçada sobre a rocha, nós vamos perder tempo e nós iremos sofrer. Não é?

Vamos tocar um pouco, temos muito pouco tempo, mas eu gostaria de tocar em alguma coisa, a respeito do pecado. Vou citar os textos, e se os irmãos quiserem, vão procurando. Irmãos, a Bíblia é muito clara, quando ela diz que nós, por natureza, nós nascemos em pecado. Nós nascemos alienados, separados. Ninguém precisa ensinar para nós sermos egocêntricos. Ninguém precisa ensinar para um menininho de um ano agarrar na mão do pai e puxar para ele uma demonstração de rebeldia e de que isso é meu, e me dá. E ninguém precisa ensinar para ele bater no seu coleguinha para obter o que ele quer. Ninguém precisa dessa aula. Essa aula está na natureza humana. O homem nasceu em pecado - Salmo 51, verso 5 Davi diz assim: Eu nasci em pecado, e em pecado minha mãe me concebeu. O Salmo 58, logo a frente, há um versículo muito interessante. Salmo 58, versículo 3. 3 Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. Esse é o homem. Não há um homem verdadeiro. Não há um homem por natureza honesto. Irmãos, toda a verdade, toda honestidade, toda sinceridade, toda “incorruptibilidade” tem o seu limite. Porque o homem é pecador. Ele é pecador. Nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. A nossa compreensão dessa verdade é a primeira necessidade para nós vermos a beleza da cruz, no que concerne a nossa salvação. E nós vemos então o porquê, que o Senhor naquela cruz, como pecado, no singular, o pecado de todos nós, colocados sobre Ele, fez então com que Ele, naquele clamor diante do Pai dissesse, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Alienação, separação. Isso significa pecado. Pecado significa exatamente essa quebra, essa alienação. Então as vezes nós temos costume de usar palavras que na verdade elas são erradas. E eu não sei com relação a você, mas eu entendo que nós devamos ser muito cuidadosos com relação à palavra. As palavras são muito importantes. Palavras transmitem idéias, transmitem conceitos. Quando você fala assim: “Eu larguei o meu guarda-chuva lá na igreja, você está falando uma coisa errada. Não tem jeito de você largar um guarda-chuva na igreja. Só se você engolir o guarda-chuva, porque a igreja somos nós. Não é? Não tem jeito de você deixar o guarda-chuva na igreja. Você pode deixar o guarda-chuva no local de reunião. Mas não na igreja. Então usamos palavras erradas, que exprimem a coisa errada. Aqui não é a igreja, é só um local de reunião. Não é assim? Da mesma maneira, você diz: “Aquela pessoa, ela só falta conhecer Cristo. Ela é uma pessoa boa, uma pessoa honesta, pessoa cumpridora dos seus deveres’. Que seja cumpridora dos seus deveres, mas estritamente falando, não há ninguém bom, ninguém honesto, ninguém verdadeiro. Somos todos pecadores, gatos dentro do mesmo balaio, numa briga tremenda.

Abra a sua Bíblia em Tito. Tito, cap. 3. Por isso irmão, a cruz, ela vai brilhando aos nossos olhos. Uma outra ocasião nós vamos chegar nela, mas para o irmão ver como que a coisa acontece, quanto mais nós vemos o pecado mais nós vemos a beleza da salvação, a beleza da cruz. Não é assim? Não dá para você começar pela Expiação. O assunto nosso é expiação, esse terceiro alicerce, mas nós temos que começar pelo pecado. Por que é que nós precisamos de expiação? Nós somos bons? Então não precisamos de expiação. Nós somos sinceros? Então nós não precisamos de expiação. A expiação foi feita para os mentirosos, foi feita para os rebeldes, a expiação foi feita para os indignos. Não é para os dignos. Não é assim? Olhem o que a palavra diz em Tito cap. 3. É por isso irmãos, que o milagre da regeneração é que realmente conduz as pessoas ao Senhor. É o milagre da regeneração, como o nosso irmão Nilton aqui, tocou muito bem. O milagre da regeneração. Ele, pela sua graça, nos deu vida, estando nós mortos, nos nosso delitos e pecados(Efésios 2:1). Pela graça sois salvos por meio da fé. Isso não vem de vós – a palavra é muito clara - é dom de Deus. Não de obra, obra nenhuma, para que ninguém se glorie. É aí que nós temos que começar. Não há ninguém bom, não há ninguém sincero, ninguém verdadeiro, ninguém honesto em essência. Tito Cap. 3, versículo 3: 3 Pois nós também (Paulo também. Ele está se incluindo. E lembra que Paulo não era um ladrão, assassino, um bêbado. Nada disso Paulo era um fariseu, um homem zeloso da lei, super moral, humanamente falando, super caráter. Era ou não era? Era, e é ele quem está escrevendo isso: nós. Ele está se incluindo. Você está vendo quando ele viu a Cristo? Quando ele viu a Cristo, ele viu que não existe super moral, não existe super caráter, não existe super nada. O homem é falido, e então ele escreveu assim) Pois nós também, outrora, éramos néscios(primeira palavra que ele põe - ignorantes. Irmãos. Essa primeira palavra é que bate de frente com o homem. Nós estamos aqui em duzentas e poucas pessoas, e ser confrontado por isso não é muito agradável. Quem é você e eu, cada um de nós que estamos aqui: um bando de tolos, néscios, ignorantes, esses somos nós. Amávamos tudo, menos Deus, achávamos que sabíamos tudo e não sabíamos nada, achávamos que conhecíamos a vida, e não conhecíamos nada. Começamos a viver e vimos que não conhecíamos nada. Néscios, o que mais que diz?), desobedientes, desgarrados(ovelhas sem pastor. Ovelha sem pastor não é nada. Os irmãos sabem que olhando o instinto animal, a ovelha é um dos animais mais burros que existe? O burro é chamado de burro. A ovelha é quem deveria ser chamada de burra, porque a ovelha, no que concerne ao instinto natural, é um dos animais mais burros que tem. Ela não aprende nada. A ovelha precisa de um pastor para comer. Se deixar ela sozinha, ela morre de fome. O leão não morre, o burro não morre, a mula não morre, o jumento não morre, mas a ovelha morre. O Senhor Jesus falou assim: vós sois as minhas ovelhas. Ela não discerne nada, ela não sabe encontrar pasto, ela depende do pastor para tudo. O pastor faz por ela. O pastor mostra a hora do pasto, ela vai beber água em águas turbulentas, e o que é que ela faz? Cai dentro d’água e morre afogada. Já viu um animal cair dentro d’água? A ovelha consegue morrer afogada numa água turbulenta. Por isso que o Salmo 23 fala assim: Ele me conduz para águas tranqüilas. O pastor não leva a ovelha para águas tumultuosas. Ela é burra. Néscia. Primeira palavra que Paulo põe aí, tola. Esses somos nós. Mas irmãos, que benção. Somos tolos e podem olhar para o Senhor como o Salmo 23 e falar o que para Ele? O Senhor é o meu pastor. Então o burro está seguro. Não e´? Nada me faltará. Ele me faz deitar - a ovelha não se acomoda - ela não se acomoda se não estiver tudo certinho. A ovelha é perfeccionista. Não pode ter um mosquito, não pode ter um barulho, não pode ter um lugar que não seja bem fofinho para ela se aconchegar, ela não dorme em qualquer lugar, pendurada em uma árvore, igual as feras dormem. Não, de jeito nenhum. Ela tem que dormir no calorzinho, aconchegadinho. Ela é um animal terrível. Cuidar de ovelha é uma tristeza para o pastor, porque é um animal complicado. Somos nós. Então Paulo usa essa palavra aí, desgarrados, como ovelhas que não tem pastor. Lembra o que Pedro fala? Vós andáveis desgarrados como ovelhas. Lembra? Agora porém vos convertestes ao Pastor e Bispo das vossas almas. Coisa linda para nós. Ele realizou expiação por nós. Primeiro, nós precisamos ver o pecado. Quem sou eu? Pecador. Não é? Então Paulo diz lá: néscios, desobedientes, desgarrados e olhe como ele vai mais longe), escravos (Irmão!! Essa palavra ofende muito o homem, sabe por que? Porque a palavra que o homem mais gosta é livre. É dizer que ele é livre. Ele fica doido para sair de casa, ele acha, naturalmente falando, claro. A grande maioria dos lares. Ele acha que o lar é uma prisão. O pai é isso, a mãe é aquilo, limite daqui, limite de lá, ele se rebela em casa, rebela na escola. Somos nós por natureza. Ele acha que ele é livre, que a cabeça dele é que é importante, a cabeça dele é que é lúcida, ele é que entende tudo, não é? Então ele gosta dessa palavra livre. Liberdade humana. Já ouviu com que boca cheia o homem usa a palavra autonomia? Já viu? Ele entra na profissão, começa a ganhar dinheiro, e aí ele vai falar da vida dele para os outros, e ele diz que: “eu tenho tido a minha autonomia”, “tenho conseguido a minha autonomia”. Ele está ganhando um dinheirinho, pode pagar aluguel. Irmãos, que palavra forte essa palavra, que nunca deveria ser usada pelo homem dessa maneira. Autonomia. Palavra que significa: nomos - lei - auto – própria. Lei própria. Autônomo, que significa ser a sua própria lei. Eu sou a minha própria lei. Eu não me guio por nada, não me rejo por nada. Eu sou a minha própria lei. O único ser autônomo no universo, é Deus. Só Deus tem autonomia. Todo ser criado, ele é dependente, porque ele foi criado. Se ele é criado, ele é dependente, ele não é autônomo. Não pode viver sem o criador. Mas o homem gosta da palavra autonomia. Ninguém me dirige, ninguém me governa, eu compreendo, eu entendo. Mas Paulo fala o contrário. Ele fala : escravo. Não é autônomo, não é livre. É escravo. Escravo do quê? Paixões e prazeres. Nós achamos que estamos por cima, por cima das paixões, no governo das paixões, no governo dos prazeres. Tolos de nós. Tudo isso é por causa da primeira palavra. A primeira palavra aí domina tudo. Néscios. Nós somos néscios, tolos. Nós achamos que estamos no governo da situação, nós não vemos que nós somos camelos, e que alguém está cavalgando sobre nós. Escravos. Escravos de toda sorte de paixões e prazeres, (não acabou a lista ainda não. Olhe aí) vivendo em malícia(os nossos atos são maliciosos. Claro irmão, eu não estou me referindo ao homem natural. Cada um dos que conhece a Cristo, e é regenerado, e tem a natureza de Deus, a natureza de Deus vai sendo formada e fortalecida em nós, mas quem vive em nós é Cristo. Então, para a nossa relação com Cristo, Cristo vai vivendo em nós. Nós vamos amando segundo Cristo, servimos segundo Cristo, e essa é a verdade da vida cristã, a outra verdade. Mas nós estamos nesse primeira verdade. A primeira verdade sobre nós mesmos. Todos os nossos atos são maliciosos. Nenhum homem faz nada sem uma segunda intenção. Nada. Toda mão que dá na frente, tem outra atrás esperando alguma coisa. Nem que seja um agradecimento, nem que seja uma atitude qualquer de recompensa. Ninguém dá nada de graça, porque o homem é malicioso. Esse é o homem por natureza. Malícia. Todos os nossos melhores atos eles são contaminados pelo pecado. Só em Cristo nós podemos fazer e servir de forma nova. Novidade de vida, como diz a palavra. Mas não é só malícia não. É inveja também. Inveja. Nós vivemos em disputa. Não é assim. Só a nova natureza em Cristo pode nos salvar da inveja. Nós somos invejosos. Nós invejamos tudo. A inveja é uma arma tão grande que grande parte desse marketing que é feito aí pelos propagandistas, ele mexe com a inveja. Você já viu isso? Ele mexe com a inveja do homem. Então ele mostra uma pessoa ter aquilo, possuir aquilo. A propaganda mexe com isso. A inveja. Uma pessoa cobiçando o que a outra tem. Inveja. Porque assim é a natureza do homem. E que mais?) , odiosos e odiando-nos uns aos outros.

Aí depois no verso 4, 5 e 6, você vai ver a beleza do que ele fala aí. Mas aí é o outro lado da verdade. Ele mostra que a bondade de Deus se manifestou e em Cristo nós somos lavados, um lavar que é regenerador, você vai ver isso no verso 5 - lindo esse versículo. Esse lavar regenera. Ele não reforma, ele não faz uma lanternagem. Esse lavar gera de novo, começa de novo, regenera. Lavar regenerador, renovador do Espírito Santo. Esse que regenera, ele também renova, porque mesmo regenerado, de alguma forma, se nós perdemos aquela relação vital com Jesus, por algum motivo, nossa vida pode se tornar velha, cansada, fosca, turva. Então nós precisamos do lavar não regenerador de novo, porque nós já fomos gerados de novo pelo Espírito Santo. Nós precisamos ser renovados, os que já foram regenerados, vão ser renovados. E aí diz que o Espírito Santo faz duas coisas no verso 5. Regenera, renova, pela graça rica de Deus em Cristo Jesus.

Então irmão, eu vou terminar por aqui, quem sabe quarta-feira a gente prossegue, a primeira verdade importante antes da gente ver expiação, é o pecado. Uma compreensão bíblica sobre o pecado, para que nós tenhamos um coração claro com relação à beleza da cruz, uma visão clara com relação à glória da cruz. Irmão, só assim, o que Paulo fala lá em Filipenses poderá ser uma verdade para nós, quando ele fala ali sobre a verdadeira circuncisão, que não era aquela que o judeu praticava, a circuncisão da carne, literal, natural, Paulo fala que a verdadeira circuncisão, ela se compõe dos que adoram a Deus no Espírito. Sabe os quem são os que adoram a Deus? São os que sabem que são pecadores. Ninguém adora a Deus, se não sabe que é pecador, e não conhece a graça de Deus em Cristo. Ele adora só a si mesmo. Todos existem para me servir, todos existem para fazer a minha vontade. Sabe em que situações isso se torna mais claro? Nos nossos problemas crônicos. Sabe o que é que nos causa mais sofrimento na vida humana? Um problema crônico. Pense sobre isso. Quando você passa por um problema crítico na sua vida, uma perda, seja o que for, uma doença que passa, aquilo de alguma forma passa. De alguma forma tem um peso mais tênue, mas o homem é provado quando ele sofre por muito tempo, um problema crônico. Ele não pode mudar uma situação. Ele não pode mexer no coração do outro. Ele acha que o problema é o outro. Então ele não pode mexer no coração do outro. Ele não pode mudar aquelas circunstâncias. É o que nos causa mais dor, mais sofrimento. Não é? Nós só somos adoradores de Deus, quando nós temos um senso claro dessa nossa inabilidade, dessa nossa impotência. E Paulo diz: adoramos a Deus no Espírito, e depois ele diz assim: nós gloriamos em Cristo. Quem se gloria em Cristo? Só os que sabem que são pecadores. Ninguém mais se gloria em Cristo, e depois por último: não confia na carne. Quem que não confia na carne? Só os que conhecem a Deus em Cristo e os que sabem que são pecadores, senão tudo o que fazemos é baseado no que temos, de recursos naturais. Confiamos na carne. Posso fazer, posso falar, posso servir, posso ajudar e nós vamos trocando os pés pelas mãos, e falando errado, e fazendo errado e confundindo tudo, e criando problema uns com os outros, não é? Nós somos inábeis para servir, enquanto nós confiamos na carne, e vamos continuar confiando na carne a não ser que vejamos o tamanho do nosso pecado, porque o pecado não gerou só culpa sobre nós não, o pecado gerou culpa, nos escravizou, e o pecado corrompeu. Quarta-feira, talvez, nós falemos sobre isso. Pecado gerou culpa, nos escravizou e o pecado nos corrompeu. Ele bagunçou todas as nossas motivações. Elas são corrompidas. Não há nada bom por essência no homem. Tudo é corrompido. Então essa visão adequada de pecado, nos dá uma visão adequada da cruz. Precisamos de um salvador, um salvador fora de nós, porque por nós mesmos não dá. Tem que ser um salvador fora de nós, tem que ser um salvador adequado a Deus. O nosso problema é com Deus. Tem que ser um salvador que possa me salvar como homem. Ele tem que ser homem. Homem que responda por mim, homem que me represente fielmente diante de Deus, homem que no que concerne à salvação da alma, homem que possa me acudir nas minhas provações, homem que possa me salvar em tudo o que eu sou. Não só regenerar o meu espírito, mas homem que possa mudar a minha mente, por que? Porque experimentou a mente humana. Homem que possa mudar a minha vontade, porque na sua vontade em tudo foi obediente a Deus. Homem que possa mudar as minhas emoções, porque eu sinto errado. O homem sentiu conforme aquele pulsar do coração de Deus. Eu preciso de um salvador assim, um salvador que regenere, que comece tudo de novo, e um salvador que mude mente, mude vontade, mude sentimento, mude tudo. Esse é o nosso salvador adequado. Então primeiro precisamos ver que o pecado corrompeu tudo: espírito, alma e corpo. Gerou culpa, escravizou, e corrompeu tudo. Esse é um alicerce bíblico. A queda e o pecado. Nós só vamos ver a glória da cruz, debaixo dessa ótica, dessa luz. O Senhor então nos ajude a caminharmos nesse trilho. Amém.

Ó Pai, nos ajuda Senhor na compreensão da Tua palavra. Nós precisamos de toda a habilitação da parte do Senhor. Nós não somos suficientes em nada. Somos mesmo tolos, desgarrados, desobedientes. Muito obrigado por este lavar regenerador, e renovador do Espírito Santo. Muito obrigado porque o Senhor é o nosso Bom Pastor, que tem cuidado de nossas vidas tão tolas, tão necessitadas, tão rebeldes. Muito obrigado por este teu cuidado paciente de pastor, pelas nossas almas. Continue trabalhando em nós pelo Teu Espírito, pela tua palavra, nos convencendo do nosso pecado e da nossa pequenez, e também da glória do nosso salvador, da glória da cruz, e da expiação. Ajuda-nos Senhor. Queremos ser uma casa edificada sobre a tua rocha, coluna e baluarte da verdade, que o Senhor depositou em nós. Nós te agradecemos pela noite de reunião que o Senhor nos deu em torno de Ti, por tudo o que celebramos junto de Ti. Muito obrigado. Continue falando, o Senhor mesmo, aos nossos corações, em nome de Jesus, Amém.

Autor do Artigo;

ROMEU BORNELLI

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