24 agosto, 2008

OS OBJECTIVOS DO HUMANISMO SECULAR

UM DESAFIO À IGREJA ACTUAL
Enquanto sistema filosófico, o Humanismo secular não assiste de forma passiva ao desenrolar dos acontecimentos que marcam a sociedade dos nossos dias
Pelo contrário, desempenha um papel bastante dinâmico e interventivo com alvos e objectivos bem definidos que a todo o custo pretende alcançar.
NOVA RELIGIÃO MUNDIAL
Um desses objectivos é o de fundar uma nova religião mundial. Esta visão merece o acolhimento por parte de muitas personalidades dos vários sectores da sociedade que fazem opinião.
É com relativa facilidade que ouvimos discursos em que claramente se preconiza um novo sistema religioso. Na base desta argumentação está, segundo dizem, o facto de que as religiões existentes mostraram-se ineficazes na resolução dos graves problemas da humanidade e, em alguns casos, a própria religião contribuiu para que esses problemas crescessem exponencialmente. O manifesto humanista diz que ".. .as religiões tradicionais e dogmáticas ou autoritárias, prestam um desse serviço à espécie humana...".
As características propostas pelo Humanismo secular de uma nova religião mundial, que seja unificadora e que rompa totalmente com o paradigma da divisão e do fraccionamento que tem caracterizado desde sempre o universo religioso. Como é óbvio, esta perspectiva de concepção religiosa, em nada estará relacionada com a fé cristã. Será uma religião baseada na ciência e na natureza, em que o homem finalmente será entronizado, como "deus" e como valor supremo. Este projecto preconizado pelos humanistas seculares, terá características sincretistas e agrega ao Humanismo os valores das melhores religiões do mundo.
NOVO SISTEMA ECONÓMICO
Outro grande objectivo do projecto humanista para o mundo é o de fundar um novo sistema económico. As actuais tendências dos sistemas económicos, não se enquadram na visão humanista. O sistema da livre iniciativa, em que o estado apenas é visto como regulador e fiscalizador, não se encaixa na visão humanista. Os humanistas tem propostas muito claras sobre a necessidade de um novo sistema económico.
NOVA ORDEM MUNDIAL
Também faz parte das propostas humanistas para a resolução dos problemas da sociedade, a necessidade de fundar uma nova ordem mundial. Para fundamentar esta proposta, os humanistas invocam o facto das actuais instituições que intervêm como agentes reguladores no mundo, tais como a ONU, OMS, UNICEF, entre outras instituições governamentais e não governamentais, terem-se revelado ineficazes na resolução de conflito entre países, no impedimento das limpezas étnica na intervenção diante de catástrofes naturais, erradicação de doenças, etc.
Esta nova ordem proposta será um sistema que a guerra desaparecerá, a pobreza será finalmente erradicada à escala global e os graves problemas assimetrias sociais, que são cada vez maiores, se definitivamente resolvidos.
Como é obvio, qualquer pessoa de bom senso desde que todos os problemas que afligem a humanidade seja resolvidos. O problema é que o "novo sistema mundial que os humanistas idealizam, e desejam implementa totalmente contra Deus, contra Cristo, e contra a Bíblia Esta nova ordem não é compatível com o Deus da Bíblia nem com tudo o que Lhe está relacionado. Para esta proposta seja implementada exige um imperado categórico - o cristianismo bíblico tem ser destruído.
NOVA RAÇA HUMANA
Os humanistas não se ficam por ai nas suas propostas alternativas parai humanidade, e levam as suas ideias até limite. Ou seja, propõem a criação de nova raça humana. Este tipo de afirmas pode soar um pouco a ficção científica] a algo exagerado, mas numa reflexão mais cuidado i sobre declarações feitas por alguns cientistas famosos na área da clonagem, verificaremos que existe corrente muito forte no sentido de que a clonagem levada ao limite, proporcionará a criação de um homem.
Este facto parece fazer algum sentido. É impossível uma nova ordem com pessoas "velhas". Para ser possível viabilizar uma nova ordem mundial, as pessoas tem que ser mudadas. Torna-se então necessário a criação de um novo "homem", com um perfil psicológico diferente, com as suas características físicas modeladas para os novos desafios e para as novas exigências.
A grande questão que se coloca é: como é que é possível o homem ter a capacidade de "criar" um novo homem? Os humanistas apontam três caminhos para conseguirem este objectivo.
Em primeiro lugar através do controle do sistema educativo. Esta é uma tendência que já está a ser implementada, de forma quase imperceptível, nas nossas escolas. Ao controlar o sistema educativo, torna--se relativamente fácil para os humanistas, a formação de "novos" professores com os valores do Humanismo e também orientar em termos pedagógicos os manuais escolares com valores e doutrinas humanistas.
Em segundo lugar, através da divulgação massificada dos valores humanistas. Esta divulgação é feita através dos media, dos tribunais, instituições governamentais e, por estranho que pareça, através de algumas "Igrejas".
Em terceiro lugar, o homem vai conseguir "criar" um novo homem, na medida em que a ciência já criou a convicção na sociedade, e com algumas evidências, de que ele vai chegar a um ponto em vai poder controlar a sua evolução. Ou seja a ciência, através dos progressos alucinantes da Engenharia Genética, criou no homem a convicção de que o "homem ideal" será produzido pelo próprio homem.
É tudo uma questão de tempo e através dos avanços científicos os homens vão controlar a sua própria espécie. Desta forma, os humanistas acreditam que será o homem a decidir que tipo de características físicas, psicológicas, morais e espirituais terá o homem que "ele mesmo" vai criar.
TRÊS GRANDES DESAFIOS DIANTE DA IGREJA
O Humanismo, com as suas teses e doutrinas, coloca a igreja numa situação de alerta a qual não podemos ignorar.
As palavras de Judas são muito oportunas e pertinentes neste momento. O que inicialmente foi planeado para ser um tratado sobre a salvação, por um impulso do Espírito Santo, foi transformado num alerta muito sério à igreja. Somos explicitamente alertados no texto bíblico de Judas 1:1-3 para o facto de que é preciso batalhar pela fé.
Estes são dias em que a igreja está sob fortes ataques nas suas estruturas. São os tempos dos falsos mestres, das falsas doutrinas e dos falsos ensinos. Esta tomada de consciência inevitavelmente coloca alguns desafios diante de nós.
O DESAFIO DE COMBATER O ALHEAMENTO
Considero que este é um dos maiores perigos e que se transforma num factor determinante para o crescimento do Humanismo secular. Como igreja não podemos "enterrar a cabeça na areia" e desenvolver um total alheamento e passividade.
A igreja tem que estar consciente do mundo em que vive e das mudanças de pensamento que se verificam, a começar pelas instituições de ensino cristão. As escolas teológicas devem alertar os alunos para os perigos da cultura humanista, através de um ensino direccionado.
É muito importante que estejamos conscientes da forma de pensar do mundo que nos rodeia. Sem este conhecimento não poderemos construir uma argumentação contextualizada
O DESAFIO DE VIVER UM CRISTIANISMO AUTÊNTICO
Este desafio envolve um compromisso com os valores bíblicos, absolutos e imutáveis. Envolve a afirmação de um testemunho cristão, fundado numa vida transformada. Um cristianismo vivido sem compromisso bíblico é uma negação do próprio cristianismo
O DESAFIO DA PROCLAMAÇÃO
Não podemos ter medo de dizer o que a Bíblia diz, seja acerca de que temática for. Paulo dizia que não se envergonhava do evangelho de Cristo.
Não tenhamos receio de afirmar que o cristianismo está alicerçado em valores e em verdades absolutas e imutáveis, e que acreditamos num Deus Criador ,sustentador da vida e salvador.
Não tenhamos receio de dizer que o cristianismo coloca os valores espirituais acima de tudo, < centralizado na eternidade e ensina a necessidade reconciliação do homem com Deus, por intermédia Jesus Cristo.
Não nos envergonhemos de dizer que o cristianismo define pecado como um acto de desobediência à vontade revelada de Deus e que reconhece Deus como a fosse da moralidade correcta, e apresenta a vida, e o direito vida, como um bem supremo.
FONTES
Esta série de artigos foi desenvolve através de um trabalho de pesquisa com h nas seguintes fontes:
Bibliografia
Humanismo Secular, HOMER DUNCAN (Núcleo).
Bíblia de Estudo NVI (Vida).
Bíblia Vida Nova (Sociedade Bíblica do Brasil).
E Agora Como Viveremos, CHARLES COLSON e NAN PEARCY (CPAD).
Enciclopédia Apologética, NORMAN GEISLER (Vida). Ensaios Apologéticos - um estudo para uma cosmo visão cristã FRANC BECKWITH; WILLAM LANE CRAIG; J.P.MORELAND (Hagnos) Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, R.N.CHAPLIN e J.M. BEN" (Candeia).
Fundamentos Inabaláveis, NORMAN GEISLER e PETER BOCCHHIS (Vida).
Teologia Sistemática, GRUDEM (Vida Nova). Verdade Absoluta, NANCY PEARCY (CPAD). O Cristão na Cultura de Hoje, CHARLES COLSON e NANCY PEARC (CPAD). Comentário Bíblico, MATTEW HENRY (CPAD).
Webgrafia
Cosmovisão Cristã, GEORGE BARNA.
Desafios da Contemporaneidade ao Mundo Evangélico, Samuel PINHEIRO.
A Espiritualidade da Pós-modernidade, ED RENÉ KIVITZ.

Autor do Artigo ;
Jorge Humberto

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