10 julho, 2008

O fruto do Espírito .

"Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança." (Gálatas 5:22).
CHAMADOS PARA DAR FRUTO
A questão de dar fruto é vista nas Escrituras como algo esse fundamental na vida de um cristão.
Infelizmente nos dias de hoje, muitas pessoas ainda vêem a questão dar fruto de uma forma opcional: "Poderei ou não dar fruto".Quente uma forma vocacional: "Darei fruto se tiver vocação", "se não dou; porque não tenho essa chamada."
São perspectivas erradas e destrutivas. Jesus foi claro quando se refere fruto. "Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto vosso fruto permaneça..." (Jo 15:16). Fomos chamados para dar Não precisamos dar fruto para sermos chamados. Somos chamados Sua graça, independentemente do fruto ou obras que produzamos o propósito é darmos fruto. A graça que nos elegeu e nos levantou continuara sua obra, levando -nossa dar fruto.
Jesus foi mesmo radical nesta questão, avisando que quem não fruto, seria cortado e lançado fora. Para nada mais serviria senão pa lançado no fogo (Jo 15:2,6). Esta verdade foi sabiamente ilustrada o lavrador que corta da videira os ramos que não dão fruto.
O FRUTO ESTÁ RELACIONADO COM O QUESOMOS
Porque Jesus foi tão radical quando se referiu ao fruto?
Porque o fruto revela o que somos. Jesus também "pelos frutos os conhecereis' 7:16,20). Quando estamos diante uma árvore que dá laranjas, safo que estamos diante de laranjeira. Quando estas. diante de uma árvore que esperas, sabemos que estas diante de uma pereira;
A ausência de fruto bom fruto indica a inaptidão, em termo natureza, para o Rei Deus.
O FRUTO ESTÁ RELACIONADO COM ONDE ESTAMOS
Jesus ensinou que o problema dei de fruto, é apenas uma consequência' verdadeiro mal. É a consequência de estarmos n'Ele; de não estarmos a desenrelacionamento; de Ele não ser o centro. É isso que 1 tão greve e punível esta falha. É falhar no importante. A questão da centralidade de Jesus - de dar-lhe a primazia, e de procurar a actividade mais fascinante: a intimidade com Aquele que é o centro.
O FRUTO ESTA RELACIONADO COM A VIDA
Na realidade, ser cortado por falta de fruto não é simplesmente castigo preconceituoso. É simplesmente um acto externo de uma realidade interna. Quando uma vara não dá fruto, é porque não tem vida. Está morta ou a caminho da morte. Assim, não faz sentido ocupar lugar. Prejudica as que querem dar fruto.
É assim na vida. Não há zona neutra. Ou damos, ou tiramos; ou crescemos, ou decrescemos; ou produzimos fruto, ou prejudicamos o fruto.
O FRUTO ESTÁ RELACIONADO COM A FIDELIDADE
Existe um conceito de que não é necessário muito fruto. Basta sermos puros. O importante é sermos fiéis. O fruto até pode trazer orgulho...
Esta forma de pensar pode parecer muito piedosa, mas nega-lhe a eficácia (2Tm 3:5). E é anti-bíblica. Jesus associou o fruto e a fidelidade de uma forma extrema. Quando Jesus ensinou a parábola dos talentos (Mt 25:14-30), salientou que o mau e infiel servo foi o que não deu fruto, enquanto que os servos bons e fiéis foram os que deram frutos. Pensar em fidelidade sem fruto é religiosidade oca, vazia, ineficaz e enganadora.
O FRUTO VEM DO ESPÍRITO
Talvez alguns leitores tenham ficado amedrontados, pressionados, ou aterrorizados com a exigência de dar fruto. Confrontando-se com as suas limitações e incapacidades, temem que o seu fruto não seja o suficiente.
Não há razão para tal. Tudo o que Deus pede de nós, Ele opera em nós. Tudo o que Ele manda; dá-nos o poder para cumprir. Que grande Deus! Não nos esmaga com as suas exigências; liberta-nos e equipa-nos para caminhos excelentes.
O fruto do cristão não é descrito como o fruto do esforço ou da santidade. Muitos teimam em vê-lo desta forma. Mas é descrito em Gálatas 5:22 como o fruto do Espírito. Ele não é produzido pela nossa força, boa vontade, experiência, piedade, ou santidade. Ele vem pelo Espírito. É operado não pela forma como fazemos, mas pela forma como nos rendemos ao Espírito para que Ele faça. É consequência da nossa rendição; da forma como nos deixamos trabalhar, moldar, dirigir e usar pelo Espírito.
Por isso o julgamento da falta de fruto não se trata de condenar os fracos ou limitados, mas antes os orgulhosos, os que resistem, os que não se entregam ao Espírito; teimam em viver na carne; na sua vontade; em auto-suficiência. Sua rejeição da presença e da acção do Deus de amor, leva-os à destruição.
A questão de dar fruto, repito, não se prende com a força ou a capacidade. Está ligada à nossa vontade e disponibilidade em deixar que Ele seja o centro, o Primeiro e o Último - Tudo!
FRUTO ENAO FRUTOS
Muitos ainda citam o texto de Gálatas 5:22 como "frutos do Espírito". Leia mais atentamente. Não fala em frutos, mas sim em fruto.
A que se deve este facto? Se fossem frutos, poderíamos pensar: "eu tenho este; tu tens aquele; ele tem aqueloutro". Seria suficiente termos um. Seria tudo uma questão de dons. "Eu tenho uma inclinação ou um dom mais para este..."; etc.
Mas não é disso que se trata. É um só fruto com vários componentes. Tal como uma laranja com vários gomos. Desta forma não se trata de ter um, dois, ou três dos seus componentes e darmo-nos por satisfeitos. Deus chamou-nos para produzirmos o fruto do Espírito na sua totalidade.
OS COMPONENTES DO FRUTO DO ESPÍRITO
(1) Amor
Não é por acaso que vem em primeiro na lista. É a característica mais essencial de Deus. Se caracterizássemos Deus com uma só palavra, esta seria a escolhida.
Amor é a base da vida. Fomos criados em amor e para o amor. É a maior necessidade do homem e é a chave para todas as outras coisas.
Fala-se tanto de amor e experimenta-se tão pouco... As novelas, os filmes, os romances, as revistas centralizam-se à volta dele. No entanto, não o promovem; distorcem-no. Um amor que usa, que tira, que se envaidece, que se gloria, que busca os seus interesses e prazer, não é efectivamente amor. Ninguém se engane. Trata-se da lascívia, promovida por um egoísmo bem disfarçado.
Amor é a qualidade de dar e dar-se. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu..." (Jo3:16). É a decisão de sair do centro e sacrificar-se, renunciar, entregar-se a... "Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." (1 Co 13:7).
(2) Gozo
Felicidade é tema bem gasto. É afinal o que as pessoas procuram. Procuram nos carros, nas casas, no dinheiro, no trabalho, no status, na fama, nos prazeres... mas não são felizes. Porque nada disso pode dar felicidade. Essa felicidade é efémera, passa depressa; é circunstancial, depende das circunstâncias. Por isso existem tantas pessoas com carteiras cheias e corações vazios. Muitos amigos para divertimentos vários, mas uma grande solidão. Busca incessante de prazer, mas tanta dor.
Um estado de felicidade que vai para além de sentimentalismo e circunstâncias. A Bíblia chama-lhe gozo. Uma satisfação profunda que não depende do que temos, fazemos, ou atravessamos (circunstâncias). Vem de um Deus cheio de gozo e bom humor, que nos alegra pela forma como nos ama. Sentimo-nos tão especiais que temos gozo. E nada nem ninguém pode mudar esse facto. "Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas; Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação." (Hb 3:17,18). Uns vivem para ser felizes; outros vivem porque são felizes. O quanto vale o gozo de Deus!
(3) Paz
A ansiedade já foi descrita como a doença do século. Nunca houve tantas facilidades, tantas comodidades. Mas também nunca houve tanta falta de paz. Falta paz no mundo. Falta paz na mente. Falta paz no coração. E as pessoas procuram acabar com os problemas, com as dificuldades, com a guerra, para ferem paz.
Quão diferente é a paz que Deus nos dá pelo Seu Espírito. "Deixo-vos a paz, a minha paz vos á ou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." (Jo 14:27). Não depende das circunstâncias, não depende das pessoas que nos cercam, não depende dos nossos sentimentos. É paz no meio da guerra. "Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos..." (SI 23:5). Não é preciso estarmos longe ou sem inimigos. Em Deus, mesmo no meio da luta e na presença do indesejável, Ele prepara uma mesa e descansamos e desfrutamos de paz.
(4) Longanimidade
Literalmente significa "ânimo longo", ou seja, a capacidade de perseverar. A força que não nos deixa desistir, mesmo no meio da maior adversidade. Não desfalecemos. Mantemos o ânimo e a força. Como? Pelo Espírito.
(5) Benignidade
É a capacidade de não fazer mal a quem o merece. "Vede que ninguém dê a outrem mal por mal..." (ITs 5:15°). Está ligada à misericórdia, ao perdão e à benevolência.
É a capacidade de confiar em Deus no meio de depender dele na escassez de recursos, e ser fiel aflijo traduções têm "fidelidade"), mesmo quando Isso para opção mais desvantajosa. "Pela fé deixou o Egipto temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vê invisível." (Hb 11:27).
(8) Mansidão
É a capacidade de manter a calma, a serenidade ripostar no meio da perseguição e da injúria, fraqueza, mas pelo contrário, uma manifestam grande força. O mais fácil é explodir em ira. Ser exige muita força interior e a grandeza da humildade ligada à dependência de Deus. "Bem-aventurado mansos porque eles herdarão a terra" (Mf 5:5). 5" mansos que são abençoados e não os que "dão na mesa".
(9) Temperança
É a capacidade de moderar os seus próprios desde reacções (algumas traduções têm "domínio pro-ser sóbrio; ser moderado ou equilibrado. Estende todas as áreas da vida, como o dormir, comer, t gritar, paixões, efe. "Mas tu sê sóbrio em tudo..." (2Tr
CONSUMIDORES OU PRODUTORES
Vivemos numa sociedade denominada sociedade consumo. As pessoas habituam-se a cor; freneticamente; a desenvolver uma postura de "s me que eu gosto".
Esta atitude egoísta e destruidora tem chegado à Os crentes consomem cultos, louvores, pregações orações, bênçãos, programas...
Deus não nos chamou para vivermos assim. Ele fé caminho mais excelente. Ele chamou-nos para s: pró autores e não consumidores de fruto.
Faz a tua escolha: vais ser um consumidor ou um produtor .
Autor do Artigo :
Hugo Pinto

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