21 maio, 2008

Reavivamento Pentecostal

Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus'
Um "estado de reavivamento" não consiste em multidões de crentes que permaneceram no primeiro entusiasmo de uma bênção pessoal. Quando dizemos que a Igreja deve "voltar ao Pentecostes" e precisa de reavivamento, é mister lembrar e entender que na Terra a Igreja é a soma total dos indivíduos que a compõem. São os próprios cristãos que necessitam de reavivamento pentecostal.
O que queremos dizer por "reavivamento", no sentido histórico, é a ocasião em que grande número de crentes entram simultaneamente para o despertamento da vida espiritual. Eles bebem uma vez mais das eternas fontes da vida em Cristo.
Há períodos em que multidões fazem essa nova descoberta vital, e há ocasiões em que só alguns cristãos, aqui e acolá, são reavivados. Quando o calor espiritual se espalha, oramos para que ele alcance igualmente todos os indivíduos. Quer sejamos muitos, quer poucos, a crise espiritual básica é assunto pessoal do crente.
Reavivamento pentecostal significa que grande número de crentes tiveram uma experiência individual e pessoal do baptismo no Espírito Santo, e sua continuidade ocorre quando a corrente de adesões a essas fileiras, da parte dos que receberam a promessa do Pai, é constante. Isso não significa que eles permanecerão no êxtase inicial.
A hora da conversão, a glória do baptismo no Espírito Santo, o local da consagração definitiva, tudo trará à alma sua emoção própria correspondente.
Quem estiver no entusiasmo inicial duma nova aventura com Deus não critique os que, durante anos, continuam na caminhada espiritual. Os que começaram há tanto tempo não devem olhar melancolicamente para o entusiasmo do neófito, como se fosse alguma coisa desejável. Para cada um, a sua própria alegria. O nosso regozijo deverá descansar definitivamente em Deus.
Os anos passam. Assim aconteceu com os apóstolos Pedro e João e com todos os que participaram da glória do cenáculo. Os anos também passaram para Paulo e Apolo e para todos quantos compartilharam da bênção inicial do Pentecostes. Quando os últimos livros do Novo Testamento estavam a ser escritos, muitos já haviam dormido no Senhor, e os que permaneciam vivos eram os crentes mais velhos, no sentido literal da palavra.
Qual era a sua atitude pessoal e o seu ensino com respeito à plenitude do Espírito Santo descido sobre eles em Jerusalém, muitos anos antes? Simplesmente esta: a unção que tinham recebido do Espírito Santo era permanente, e era o chamamento dos ungidos para permanecerem em Cristo (1 Jo 2:27).
Para muitos, a emoção dos primeiros anos do actual Movimento Pentecostal não pode deixar de transformar-se em santa recordação. Que ninguém menospreze o sentimento sagrado que ela provoca. Para outros, que receberam o Espírito Santo em anos subsequentes, o seu Pentecostes pessoal também, em retrospecto, tornou-se numa relíquia. Mais cedo, ou mais tarde, até o último crente que recebeu a promessa do Pai terá experiência semelhante.
Nada há nessa experiência que nos deva perturbar. Nada de pesar, nada para resistir. O único perigo está em vivermos no passado. A nossa chamada é vivermos com Deus no presente. O período "posterior" de uma bênção pentecostal é o andar no Espírito. Não é a diminuição do brilho de uma hora de glória emocional passada. É um caminho que "brilha mais e mais até ser dia perfeito".
Autor do Artigo :
DONALD GEE

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