12 maio, 2008

EPÍSTOLA A UMA RELIGIOSA

QUAL É A RELIGIÃO VERDADEIRA?
Angélica
Sei que és uma pessoa com um profundo sentimento religioso que reconhece que existe no Homem a necessidade de num Ser Superior, em algo que o transcende mas que sabe q existe.
TAL COMO TU MESMA SENTES, A BÍBLIA TAMBÉM DIZ QUE EM TODO O SER HUMANO EXISTE UMA VOCAÇÃO ESPIRITUAL.
SEM REVELAÇÃO DIRECTA DE DEUS FICAMOS ENTREGUES À NOSSA IGNORÂNCIA E IMAGINAÇÃO.
Muitas vezes falámos acerca das nossas crenças e compartilhámos pontos de vista. Sei também que consideras a Bíblia como livro sagrado e, embora lamente que nunca te tenhas dedicado a uma leitura atenta desta, aceitas as suas palavras como algo de precioso para a tua vida. E é acerca deste livro sagrado e de algumas revelações que ele nos faz acerca de Deus, que te quero falar. De facto é ela mesmo que nos exorta a estar sempre preparados para responder, com mansidão e temor, a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós (I Pe 3:15), e é acerca desta minha esperança que te quero falar.
Tal como tu mesma sentes, a Bíblia também diz que em todo o ser humano existe uma vocação espiritual, uma ânsia por algo maior, algo transcendente, uma ânsia por Deus (Ecl 3:11). E ao longo da História, em todas as civilizações conhecidas, o homem tem procurado preencher isso de várias formas, por meio de conjuntos de práticas e crenças, por meio de várias religiões. Estas podem parecer-nos mais ou menos agradáveis, podemos identificar-nos culturalmente mais com umas do que com as outras, por outro lado outras podem ser aos nossos olhos estranhas ou mesmo abomináveis (o que dizer das religiões que exigem sacrifícios humanos?). A pergunta que se coloca então é Será que todas as religiões são válidas?
À primeira vista parece adequado dizer que sim, que todos procuram encontrar diferentes caminhos para chegar a Deus, e no final todos se encontrarão no mesmo ponto, mas se pensarmos com mais cuidado nestas ideias, verificaremos que são insustentáveis, primeiro lugar porque podem colidir com as no! noções de integridade, de moral, ou mesmo de direi humanos. Se se supõe que todas as religiões são válidas podemos nós excluir as que se encaixam aqui? Por essas e não outras? Por outro lado, se observarmos c alguma atenção as várias religiões, veremos que colidem umas com as outras. Podemos argumentar que a verdade é relativa, defendendo que elas apenas vêem diferentes aspectos do divino, mas poderá acontecer? E se umas são verdadeiras e outras falar como definir quais delas são verdadeiras?
O Cristianismo não pode de modo algum assenta pressuposto de que todas as religiões são válidas, porque se baseia inteiramente em factos. O Após Paulo definiu isto claramente ao afirmar que se C não ressuscitou, é vã a vossa fé (I Coríntios 15: Poderíamos argumentar que o cristianismo pode visto apenas como um conjunto de ensinamentos b que podem ser aplicados em qualquer pelo mesmo que professe outra religião, m realidade é que a própria Bíblia afirma que os factos que a sustentam não são reais, e o cristianismo não tem qualquer validade O próprio Jesus disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao pai senão por mim (João 14:6), apresentação como o único caminho para chegar a I Se o caminho que Jesus apresenta, afirmando que único, é verdadeiro, então todos os outros têm d obrigatoriamente falsos. Se por seu turno estes foi todos verdadeiros, então o Cristianismo perderá ; sustentabilidade e será falso. Será isto presunção parte dos cristãos?
De facto o homem procura algo superior a mas por si mesmo não consegue alcançar Deus. revelação directa de Deus ficamos entregues à i ignorância e imaginação, procurando todos os não considerando todos os caminhos, tentando preencher vazio espiritual por todas as formas, mesmo que pareçam incongruentes. Por causa das suas limitações, o homem não pode encontrar Deus por si próprio. Só podemos saber algo de fidedigno acerca de Deus, se Ele mesmo se revelar ao homem (Rm 11:33; Ecl 3:11). Sem a revelação de Deus, o homem apenas vaguearia na incerteza.
Ouvimos muitas vezes argumentar que o que interessa é crer em alguma coisa, e que todas as religiões vão dar ao mesmo. Mas será que ao dizermos isto nos esquecemos que crer sinceramente em alguma coisa não a torna verdadeira? Quando as pessoas acreditavam que a terra era plana, ou que era o sol que girava em torno da terra e não o contrário, isso não se tornou verdade, por muito sinceros e convencidos que estivessem. O facto é que a terra nunca foi plana e sempre girou em torno do sol. A verdade será sempre verdade, quer acreditemos nela ou não. E uma coisa não se tornará verdadeira se não o for, por muito que acreditemos nela com toda a força (e isto inclui bater palmas para que as fadinhas não deixem de existir!). A verdade é imutável, intemporal. Mesmo quando parece relativa, como eu dizer hoje está frio, o facto é que é e será verdade sempre que neste dia, às 0:30 uma rapariga chamada Miriam teve frio.
Podes então perguntar se não existem coisas comuns a todas as religiões que as possam aproximar umas das outras. E nisto terei de te dar razão. De facto, podemos observar todas são iguais enquanto esforço humano para chegar a Deus, procurando de todas as formas uma aproximação ao divino, uma comunicação com o transcendental, uma explicação para os fenómenos que observamos. Mas mais uma vez a mensagem de Jesus Cristo é totalmente revolucionária. O cristianismo não nos apresenta formas de o homem chegar a Deus, mas sim um Deus que, pela sua maravilhosa graça, se revela ao homem e efectua a relação com ele.
Deus criou o Homem para ter comunhão com Ele. Fomos criados com o propósito de termos um relacionamento com o Criador, que nos ama e deseja que O conheçamos e tenhamos prazer no nosso relacionamento voluntário e íntimo com Ele. Com o pecado, essa relação foi quebrada. O homem pecou e perdeu a comunhão com Deus, e, tal como Deus havia dito, o espírito do Homem ficou em estado de morte, ou seja, irremediavelmente separado de Deus (Rom 6:23). Não há nada que o homem possa fazer para chegar a Deus, e é por isso que a religião é ineficaz. Mas o próprio Deus volta-se para o homem e efectua o relacionamento com ele, por meio da graça. A graça é o dom ou favor de Deus oferecido ao homem. Deus enviou o seu Filho Jesus para morrer em nosso lugar, e ao terceiro dia Ele ressuscitou. Jesus pagou o preço que estava sobre nós e criou uma ponte entre nós e Deus, para que possamos chegar até Ele, sem que tenhamos de fazer nada em troca. É pela união com Cristo que somos participantes da Sua Vida. Quando aceitamos o sacrifício de Jesus em nosso lugar, aceitando-0 como Salvador e Senhor, identificamo-nos com Ele. Porque é que Deus fez isto? A Bíblia explica que foi pelo seu muito amor com que nos amou (Ef2:4). A nossa natureza tem alguma dificuldade em aceitar a graça de Deus. De facto ansiamos cumprir uma série de requisitos para chegarmos por nossos próprios meios a Deus, e um favor imerecido, totalmente independente de nós, que temos apenas de aceitar, parece-nos demasiado escandaloso. A questão não é se estamos dispostos a verificar ou não a verdade do Cristianismo, nos seus pressupostos históricos. A questão fulcral é se estamos dispostos a colocarmo-nos incondicionalmente nas mãos de Deus, reconhecendo a nossa incapacidade para chegar até Ele e para preencher o vazio espiritual que sentimos.
Eu também tentei preencher esse vazio de várias formas, tentando alcançar algo que me preenchesse, que me fizesse feliz, que me fizesse sentir realmente viva. Mas foi só quando me entreguei nas mãos de Deus e aceitei o que Jesus fez por mim, pedi-lhe que limpasse o meu pecado e convidei-0 a tomar conta da minha vida que algo verdadeiramente aconteceu. Só na relação pessoal com Ele pude encontrar o que Jesus queria dizer quando disse eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância (João 10:10). Ele falava de uma vida realizada, feliz, transbordante, uma qualidade totalmente nova e genuína de vida que tu também podes experimentar, se quiseres conhecer Jesus pessoalmente.
Autor do Artigo;
Miriam Pereira

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