17 maio, 2008

Cura Divina

A manifestação do poder de Deus para a cura dos enfermos é um acontecimento natural no meio do povo do Senhor…
O ministério de Jesus, após o Seu baptismo nas águas e unção plena do Espírito Santo, foi sempre caracterizado por três elementos básicos e distintos: -ensinamento, para os Seus discípulos, pregação para os não convertidos e cura física e espiritual para os doentes. A Sua mensagem continha tudo o que era necessário e podia satisfazer o homem total - corpo, alma e espírito. (1)
No livro Actos dos Apóstolos, o mesmo padrão é seguido pelos apóstolos do Senhor, os quais, por onde quer que iam, não só pregavam e ensinavam mas curavam outrossim os enfermos pela autoridade e poder do Espírito Santo. (2) Na cura dos doentes também estavam incluídos a libertação dos endemoninhados, os doentes da alma, algo muito importante no contexto pagão, onde a magia e a feitiçaria era um factor constante, como infelizmente ainda o é hoje em numerosos países, até nos chamados civilizados. Está calculado que na cidade de Paris há mais bruxas e feiticeiros do que médicos... E que diremos do nosso país?!
Conforme o mandamento de Cristo ressurrecto, os apóstolos de Jesus foram por todo o mundo pregar o Evangelho da redenção, e o Senhor ia com eles, confirmando a Palavra com sinais, prodígios e maravilhas. (3)
Segundo o mandamento e a promessa do Senhor, esta passagem bíblica não foi só para os Apóstolos, mas também para os crentes de todas as gerações e épocas, pois «Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente.-^4) A história eclesiástica assim o confirma. Em todos os tempos, onde quer que a mensagem do Evangelho era pregada na simplicidade e poder do Espírito Santo, os sinais prometidos sempre se tornavam evidentes.
Nestes últimos séculos, devido à influência do racionalismo materialista, muitos rejeitam a possibilidade de milagres, e até mesmo em algumas igrejas evangélicas ensina-se que tais sinais sobrenaturais só ocorreram na era apostólica, e que agora já não são necessários... Essas teorias negativistas, além de não serem bíblicas, só conduzem à frieza e estagnação espiritual. E se na verdade na igreja não têm solução para os problemas psíquicos do homem, se o Evangelho não tem mais poder, não nos admiremos, portanto, que muitos procurem preencher essa lacuna espiritual na magia, espiritismo e outras práticas diabólicas.
Contudo, Deus não se deixa sem testemunho, e no presente século, época de explosão demográfica, o Senhor está a fazer o maior reavivamento de todos os tempos, muito semelhante ao da era apostólica, mas numa amplitude ainda maior, devido aos meios de comunicação. O Movimento Pentecostal é um fenómeno mundial que ninguém pode negar. É vulgarmente conhecido pela «terceira força» do Cristianismo.
No princípio deste século Deus começou a operar de uma forma extraordinária, através de grupos de oração dos crentes fiéis que repudiavam o racionalismo e o evolucionismo em
voga, e o fogo do Espírito principiou a arder em muitos corações, e a «brasa» flamejante pregou. Carlos Parham, ministro de uma Igreja Congregacional, na América do Norte, foi um dos primeiros homens que recebeu a experiência pentecostai do baptismo no Espírito Santo no início deste século. Em 1900, numa cidade chamada Topeka, em Kansas, Partham abriu uma Escola Bíblica, com o nome de Betei, e ali, entre os estudantes, o Senhor começou um grande reavivamento espiritual, e muitos foram cheios do Espírito Santo e falaram noutras línguas, como no dia de Pentecostes. Foram bastante perseguidos e criticados pelas igrejas tradicionais, mas o fogo começou a alastrar por muitas partes, e nada o podia apagar!
Um dos discípulos de Parham foi o conhecido negro, William Seymour, que se tornou famoso no reavivamento da Rua Azuza, Los Angeles, em 1906. Nesse lugar, numa velha cave, durante três anos, de dia e de noite, em cultos contínuos, milhares foram salvos, curados e baptizados no Espírito Santo. Numerosas pessoas vieram de outros continentes a fim de receberem a experiência pentecostai e a chama divina espalhou-se por muitas nações, incluindo o Brasil, e dali para Portugal.
Não desejamos historiar o Movimento Pentecostes hodierno, pois tomaria centenas de páginas, mas apenas enfatizar que estamos a viver dias de grande reavivamento em todo o mundo. A chuva serôdia está a cair antes da grande ceifa e da Segunda Vinda de Jesus, como profetizou Joel.f5) Sem dúvida, um dos sinais mais importantes na conversão das multidões é a cura dos enfermos e a libertação dos oprimidos do Diabo.
Em todos os reavivamentos, como o que ocorreu na Indonésia na década de 60, a operação de milagres e curas é algo de grande importância na evangelização. Yong Cho, da Coreia, testifica que na sua igreja a manifestação do poder de Deus para cura dos enfermos é um acontecimento natural no meio do povo do Senhor, e quando isso não sucede o povo fica admirado... O mesmo está a acontecer na América Latina, África, e até nos países comunistas (Rússia e China), onde existe tanta perseguição. O fogo está aceso e ninguém o poderá apagar.
Em face do que acontece em muitas partes do mundo, onde o reavivamento do Espírito Santo opera poderosamente, que diremos nós no que respeita ao estado actual das nossas igrejas?!
Se somos pentecostais, e acreditamos no poder de Deus para curar, salvar e libertar, busquemos mais e mais ao Senhor, e até o morrão que fumega, quando assoprado pelo Espírito Santo, pode transformar-se numa intensa chama. Certamente o Senhor quer fazer grandes coisas no nosso meio, mas o reavivamento só virá quando a mensagem proclamada consistir dos três elementos básicos do Evangelho de Jesus: - Ensinamento, pregação e cura.
Autor do Artigo ;
J .do Cerro Guerreiro

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