18 maio, 2008

Convictamente cristão Religião versus Cristianismo

O articulista é sargento--ajudante do Exército, e membro da Assembleia de Deus em Lisboa, exercendo o ministério de diácono na congregação da Graça.
O Bíblia está escrito: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..." (1).
Será o cristianismo algo de único entre as diversas religiões — como que um primusinter pares —, ou não passa de mera variação do tema básico e comum a todas elas?
Na realidade ainda hoje este assunto levanta polémica e controvérsia entre muitos: será que o muçulmano, o budista, o hindu, etc, não adoram o mesmo Deus? E se assim é, por que não chegam a um consenso?
Caro leitor e amigo, deixe--me responder-lhe a esta questão com um rotundo não! E não, porque temos um problema, e este chama-se Jesus Cristo. Lê-se na Escritura Sagrada: "E não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (2).
Deste facto dá testemunho todo o verdadeiro cristão, movido não por qualquer preconceito ou complexo de superioridade, mas porque o próprio Jesus o ensinou. O Salvador afirmou: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (3).
Ao proclamar a exclusividade de Jesus Cristo, o cristão não se arvora em "ente superior"; tão-somente anuncia que a sua fé está alicerçada não em princípios, mas numa pessoa divina: Jesus!
Alguém definiu, de forma particularmente feliz, que "evangelizar não é mais que o acto de um mendigo informando outro acerca do local onde poderá encontrar comida e assim matar a fome".
Outro ponto muito importante que gostaria de considerar prende-se com a certeza da salvação, pois apenas o cristianismo assegura ser possível obtê-la ainda deste lado do túmulo.
De facto, o islamismo ensina que o Paraíso é obtido através da abstenção terrena daquilo que lá se possuirá em abundância: vinho, mulheres, música, etc. Quanto ao budismo, o mesmo tem como alvo a obtenção do estado do Nirvana, o qual consiste num caminho de purificação pessoal até à extinção pura e simples do desejo.
E que dizer do romanismo, que hoje não passa infelizmente de uma miscelânia de cristianismo e paganismo? A Palavra do Senhor opõe-se a sacrifícios e boas obras apresentados como meios de aplacar a ira de Deus e tornar o Seu coração propício ao homem. E quanto ao Purgatório, este não vai além de simples teoria. Não! Decididamente, este não é o Evangélico de Jesus Cristo!
Como Martinho Lutero, I chegada a hora de proclamar! mos em todos os recantos cl país a verdade de Deus. "Pois que pela graça sois salvos! mediante a fé; e isto não verl de vós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie" (4).
Termino o artigo com a seguinte ilustração: Enquanto! as religiões consistem no] esforço humano para alcançar] Deus, o cristianismo é precisamente o reverso da moeda: é Deus revelando-se ao homem. oferecendo-lhe gratuitamente! a vida eterna!
Escreveu o apóstolo Paulo: "O salário do pecado é a morte mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus Nosso Senhor" (5).
Eis porque sou convictamente cristão evangélico!
Autor do Artigo ;
JORGE RAPOSO

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