Querido Pai, nós te pedimos em nome de Jesus, que o Senhor possa, claramente, mais uma vez, mostrar a Tua face a nós nessa reunião. Senhor, de todo o nosso coração, nós só queremos te ver, contemplar a Tua beleza Senhor, sermos transformados de glória em glória na Tua imagem. Fala-nos aquilo que está no teu coração, cuida desse ambiente, das nossas mentes, do nosso coração. Pedimos ao Senhor que libere a Tua palavra em luz, graça e verdade. Que haja um caminho de vida da parte do Senhor para os nossos corações. Em nome de Jesus pedimos. Amém.
Irmãos, vamos por favor abrir na palavra de Deus, em Ezequiel, cap. 1º. Vamos ver somente os dois primeiros versículos. 1 ¶ Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. 2 No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativeiro do rei Joaquim. Estando eu no meio dos exilados, se abriram os céus e eu tive visões de Deus.
Irmão. É claro que a primeira abordagem desse texto se refere especificamente à restauração de Deus a respeito do povo de Israel exilado na Babilônia. Como nós vimos no cap. 1, Ezequiel profetizava durante o cativeiro, ele estava no meio dos exilados, e para lá foi levado. E quando o Senhor levantou Ezequiel nesta visão do cap. 37, ele concedeu a ele aquela visão da realidade espiritual de Israel durante o período do cativeiro babilônico. Sempre é intenção de Deus, através dos profetas - não só através dos profetas, mas se os irmãos estudarem o livro de Juizes, por exemplo, verão a mesma coisa através dos Juizes - é que o seu povo tivesse uma restauração espiritual, e não em primeiro lugar política, no caso da nação de Israel, o povo da aliança terrena de Deus. Então tudo o que Deus falou através dos seus homens, dos seus juizes, dos seus profetas, até mesmo dos seus sacerdotes, foi no sentido de que a restauração espiritual de Israel se processasse, e só então a restauração política. Enquanto eles não fossem um povo de vigor espiritual restaurado espiritualmente, eles não teriam uma posição política adequada, no que concerne à nação de Israel, como representando o governo de Deus terreno, no período do Velho Testamento. É claro que nós podemos fazer a aplicação espiritual disso, porque a Bíblia nos autoriza em várias passagens do Novo Testamento - Coríntios, Romanos 15, - que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, para que pela consolação das escrituras, nós tenhamos esperança. Então é como uma grande parábola, o Velho Testamento, os tratos de Deus com o seu povo no Velho Testamento, o seus tratos com a igreja - o povo da aliança - no Novo Testamento. Então quando nós fazemos essa comparação, nós vemos muito nesse quadro a respeito da restauração da igreja, mas o nosso foco durante esses dias tem sido o casamento, o matrimônio, e então nós queremos aplicar algumas coisas, não só desse quadro mas do que veremos daqui em diante, com o foco nesse assunto, o matrimônio.
Irmãos. Nós não podemos nunca perder de vista, que a restauração de Deus necessariamente passa pelas famílias, e até mesmo essa frase é pequena, porque a restauração de Deus consiste na restauração das famílias. Não há outro tipo de restauração. Só há a restauração das famílias, porque a igreja de Deus ela é então, simplesmente uma expressão mais ampla, uma expressão corporativa de uma realidade particular, individual, e familiar de cada um daqueles que foram chamados por Deus. Quanto prejuízo a igreja tem sofrido, nesses dois mil anos, por causa de uma visão deficiente a respeito disso. Então nós chamamos, por exemplo, reunião de igreja. Nós chamamos o congregar do povo de Deus, de igreja. Nós chamamos o lugar onde o povo de Deus se congrega de Igreja. Não é? E quanto distúrbio isso então causa na nossa visão e na nossa prática? Porque igreja é o corpo de Cristo, o povo de Deus. Então não há como termos uma igreja vigorosa, se a restauração do indivíduo e consequentemente da família não se processa, porque tudo mais é uma tentativa de produzir algo. Nós temos então de tomar cuidado com isso, porque o povo de Deus, em várias épocas, por exemplo no livro de Isaías, o Senhor olhava aquele povo que ainda mantinha um culto organizado. Lembram? Eles observavam as festas solenes, os dias sagrados, em Isaías cap. 1º e 2º. E o Senhor disse que quando olhava para todas aquelas solenidades daquele povo Ele tinha náuseas, porque aquilo não tinha realidade, não agradava a Deus. Ele disse que estava enfastiado, que tinha náuseas, porque o povo manteve o culto, sem a realidade espiritual. Irmãos. Durante praticamente todos os períodos dos chamados avivamentos espirituais na história da igreja você já viu isso? Todos aqueles avivamentos, genuínos, movidos pelo Espírito de Deus, que tem então as suas marcas características, a visão de Cristo, a centralidade de Cristo é recuperada, a palavra de Deus, o lugar central da palavra de Deus na vida da igreja é recuperada, um arrependimento profundo e genuíno é produzido nas vidas, uma transformação real de caráter se vê nas pessoas envolvidas: isso é avivamento. Qualquer coisa que foge disso é fogo estranho. Não é avivamento. Então em todos os períodos em que o Senhor, pela sua graça, derramou o seu Espírito e avivou a sua igreja, esses sinais foram vistos, nós vimos que durante aquele período de tanta vitalidade espiritual, isso foi acontecendo. A visão de Cristo recuperada, clareada, centralidade da palavra de Deus, vidas verdadeiramente transformadas, arrependimento genuíno, restauração de famílias, durante um tempo irmãos, aquele vigor vai se decaindo. Leia sobre os avivamentos e você vai ver. Aquele vigor vai se decaindo. É como se você tivesse uma taça, e sobre aquela taça vazia, como se a taça fosse então a igreja, a casa de Deus, sobre aquela taça é derramado um vinho, o Espírito, Vida, Gozo, Vigor, Alegria. E com o tempo aquele vinho vai se escoando daquela taça, e depois o que nós temos no final dos avivamentos, são algumas taças, vazias, disputando umas com as outras para ver qual que é e a mais bonita. Mas só a estrutura que está em pé, e a vida já se foi há muito tempo. Irmãos, nós vivemos dias de necessidades espirituais. Nós somos essa taça, e nós temos tido a necessidade de que o Senhor derrame o seu vinho, que o Senhor avive a sua obra nesses fins de tempo. Nós temos tido necessidade de permanecer orando e pregando. Nós não oramos e cruzamos os braços. Nós juntamos oração a ação. Nós obedecemos ao Senhor, cultivamos a nossa vida com Ele, nós pregamos a palavra, mas ainda assim sabemos que precisamos de algo mais. Precisamos que o Senhor faça o que Ele fez aqui em Ezequiel 37, quando Ele restaurou esse povo. Nós precisamos que o Senhor sopre o seu Espírito sobre nós. Nós precisamos orar por avivamento espiritual. Nós precisamos ter claro em nossa mente o que significa isso, porque irmãos, no meio de uma real manifestação de Deus, nós sempre temos as imitações de Satanás. Ele é um mestre, um estrategista nas imitações, sempre tentando iludir o povo de Deus e envergonhar o testemunho de Cristo. Ele não pleiteia contra mim, ou contra vocês, porque nós somos um nada. Ele pleiteia contra o Filho em nós, a Vida de Cristo em nós e o testemunho de Cristo. Então, quanta necessidade nós temos tido irmãos, se é que você tem tido essa convicção, que como indivíduo, como família, e como igreja, nós temos sido de alguma maneira, mais ou menos, mas essa taça. Então nós devemos orar e trabalhar. Orar e trabalhar. Orar para que o Senhor derrame o seu Espírito e encha essa taça, para que o Senhor supere, suplante em nós todas as nossas reservas, obstinações, a falta de rendição, de entrega total, absoluta, completa, revigore as nossas afeições por Ele. Irmãos essa primeira menção estabelece um princípio. Nós precisamos orar e trabalhar, em nossas vidas individuais, orando para que o Senhor encha essa nossa taça, e trabalhando, meditando na palavra, cultivando a vida de comunhão. Não é? Da mesma maneira, nos nossos lares, orando e trabalhando. Sendo sacerdotes no lar, profetas no lar, a função que Deus nos deu como marido, e da mesma forma na vida da igreja, orando e trabalhando. Vamos orar e cruzar os braços para que o Senhor faça algo entre nós. Mas nós vamos orar e trabalhar. Vamos orar e estudar. Vamos orar e meditar, orar e pregar, mas nós ainda vamos orar para que o Senhor derrame o seu Espírito, porque irmão nós precisamos que Ele avive a sua obra nesses últimos dias. Nós precisamos de uma graça especial da parte do Senhor para vivermos esses últimos dias. Nós sabemos disso. Nós sabemos que só permanecemos até hoje, por causa dessa graça e sabemos que para permanecer até que Ele venha, embora cremos no nosso coração que a sua vinda está tão próxima, mas ainda assim sabemos, que para o aguardarmos de forma digna até que Ele venha, nós precisamos que Ele nos renove, que Ele nos revigore, que Ele nos vivifique, que Ele venha renovar as nossas afeições por Ele, que Ele venha a ser novamente o centro de nossas vidas. Como nosso irmão falou no incío, na abertura da reunião, que Ele não esteja na periferia, e vivamos de alguma forma vidas malignas, como aquela célula, mas que Ele esteja realmente no centro, no foco, não apenas foco da doutrina, mas foco das afeições.
Eu queria que você olhasse agora, este texto dentro do foco do matrimônio. Olhem como Ezequiel 37 começa: 1 ¶ Veio sobre mim a mão do SENHOR; ele me levou pelo Espírito do SENHOR e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos. Irmão. Nosso Deus é maravilhoso, a maneira como Ele trabalha todas as coisas. A visão aqui, é como que quase uma visão patética, não acham? Uma visão quase patética. Imaginem Ezequiel, levado pelo Espírito e colocado num vale de ossos. E o Senhor fala: Passei Ezequiel. Olhe bem esses ossos. Ele começa a examinar. E olhe que esses ossos são secos, mas não só secos. Aí há um superlativo, não é? Sequíssimos. Ezequiel vai passeando naquela visão desolada. Sequíssimos, é a descrição dele, pelo Espírito. Mas o Senhor não disse que ele apenas observasse, mas o Senhor disse que ele profetizasse. Agora os irmãos imaginem a cena. Ezequiel, sozinho, no meio de um vale de ossos, sequíssimos, falando para os ossos, profetizando aos ossos. Que visão patética! Irmãos. Mas que coisa tremenda, maravilhosa. Isso tem algo a nos dizer, é claro. Não só sobre a restauração de Israel, em primeiro lugar, segundo o texto - literal - não só sobre a restauração da igreja em segundo lugar, mas no caso específico, a restauração das nossas famílias, e claro, de nossas vidas. Os irmãos vejam a primeira coisa que o Senhor fala é, não é profetiza. A primeira coisa que o Senhor fala é: passeie ao redor. Quando o nosso irmão começou a compartilhar, nosso irmão César, ele abordou aquela pergunta do Senhor no Éden a Adão: “Onde estás”? Passeia ao redor dos ossos e veja. Irmãos, nós não teríamos condição, por nós mesmos, nem mesmo de ver a nossa ruína. Nós precisamos orar ao Senhor, segundo as palavras daquele Salmo 36, verso 9 Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz. Nós precisamos de uma visão espiritual segundo Ele, a respeito de onde estamos, como famílias e como indivíduos. Passeia ao redor dos ossos, mas não só isso, mas profetiza aos ossos. Então irmãos, que posição nós temos em nossos lares, primeiro lugar em nossas vidas, é claro, mas no caso do nosso trato aqui durante o encontro, das nossas famílias, de estarmos profetizando segundo a visão que Deus nos tem dado. Mas primeiro nós precisamos passear ao redor. Primeiro nós precisamos na sua luz, vermos a luz. Primeiro nós precisamos de discernimento espiritual, a respeito de onde estamos, em cada esfera da nossa vida: relacional, trabalho, ambições e desejos, projetos para o futuro. Tudo. Precisamos da visão do Senhor para passear em torno desses ossos, para que depois possamos profetizar. Então que necessidade que nós temos nesses dias de que o Senhor clareie os nossos olhos, para que nós cheguemos a uma compreensão quem sabe mais clara, mesmo assim panorâmica, sobre essa questão da restauração, e amanhã entremos em alguns aspectos especificamente relacionais, em questão do desejo de Deus a respeito do prazer conjugal no matrimônio, eu gostaria de mostrar aos irmãos algo que toca primeiro essa questão do governo de Deus, porque irmãos, que coisa difícil seria nós tocarmos em princípios práticos, sem sabermos que essa questão prática do prazer está ligada a algo que está no coração de Deus. E que prazer em si, na vida conjugal, não consiste propriamente na relação exclusiva do casal em si mesmo. Mas que todo o prazer derivado dessa relação flui da relação desse casal com Deus, que é a fonte do prazer. Se nós não tivermos a restauração de um altar pessoal, a restauração da visão a respeito de graça, governo, glória, como nós iremos colocar aqui, nós não teremos entendimento adequado a respeito de prazer. Nós iremos nos perder. Nós seremos muito subjetivos, totalmente subjetivos, e nós erraremos em todas as nossas aplicações. Nós precisamos começar com o panorâmico e nunca com o microscópico. Nós precisamos começar com o vôo panorâmico, para depois um vôo rasante.
Eu queria ver alguns textos com os irmãos, a respeito de graça, governo e glória. Antes de entramos nisso vou abordar mais alguma coisa para ilustrar e colocar vocês dentro do assunto. Os irmãos sabem quando Deus lidou com esse povo - o povo de Israel - para o qual Ezequiel profetizou? O Senhor lidou com eles de uma forma clara, pelo menos cinco vezes, para que eles entendessem uma lição, que nós precisamos compreender como família. Em primeiro lugar como indivíduos, é claro, e em segundo como família. Deus lidou com o povo de Israel, pelo menos com cinco cativeiros, e nesses cinco cativeiros, a lição de Deus era uma única. O povo de Israel deveria entender que eles foram libertos - e isso é graça, governo e glória - o povo de Deus, Israel, foi liberto de cinco cativeiros. Aliás quatro. Esse último eles estão até hoje como nação de Israel. Foram libertos de quatro cativeiros pela graça, para que entendessem uma única lição de Deus: que eles não foram apenas libertos de - do cativeiro, disso, daquilo, ou daquilo outro - mas eles foram libertos “para” Deus. Eles só compreenderam a primeira preposição, e não a segunda. Irmãos, e talvez esse seja o grande motivo de nosso fracasso como indivíduo e como família, e claro, como igreja. Reconhecermos que fomos libertos “de”, mas não libertos “para”. Quanto prejuízo tem causado à igreja a idéia de que nós fomos libertos por um Salvador, o nosso Salvador, mas que nós não fomos então achegados consequentemente, e necessariamente a um Senhor. Libertos pelo Salvador, mas não libertos para o Senhor. Quantos textos do Novo Testamento deixa isso claro irmãos? Lembra Paulo falando aos Coríntios, no cap. 6: 1 Coríntios 6:20 Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. Talvez amanhã nós vamos entrar nesses detalhes, porque fala sobre vida relacional/sexual. E nós precisamos aprender alguma coisa de Deus sobre isso, porque nós temos visto barbaridades por aí, inclusive no meio do povo de Deus. Então nós precisamos compreender o padrão de Deus, nós precisamos compreender a espiritualidade da vida sexual, a beleza a graça, a glória expressa através da vida sexual. E nós precisamos de um ponto de vista bíblico, é claro, porque nós cristãos temos sido encharcados por pontos de vista mundanos. Não é verdade irmãos? Até mesmo a pornografia, de alguma maneira, ela tem entrado de uma forma gritante no meio do povo de Deus. Nós temos perdido aquela sensibilidade espiritual diante de uma coisa tão séria, não é? Nós precisamos de um bom serviço adequado a respeito disso. Então, nós como sempre em toda a verdade, estamos de um lado do pêndulo, ou estamos do outro. Os irmãos se lembram de um homem de Deus chamado Agostinho, conhecido como santo Agostinho, no século IV que Deus usou de uma forma tão tremenda para recuperar verdades naquela época, restaurar verdades de Deus na igreja, um grande homem de Deus usado por Deus, cheio de Deus, ele estava do lado de cá do pêndulo, do lado do legalismo nessa questão sexual. Ele dizia que qualquer tipo de prazer, nesse sentido, era inadequado, e um casal, mesmo cristão, quando desfrutasse o prazer na vida sexual, o Espírito Santo abandonaria o quarto, porque era algo como se fosse apenas necessário, mas não prazeroso. Tem que se feito porque senão a humanidade não progride, não é? Ninguém geraria filhos, mas o Espírito Santo abandona o quarto quando um casal está tendo um relacionamento sexual. Agostinho dizia isso. O extremo do pêndulo, não é? Outros, no extremo oposto ao de Agostinho, acham que tudo é permitido, um vale tudo, e a visão do mundo é importada para dentro da igreja, e nós perdemos o real sentido do prazer e da alegria. Isso é verdade não só na vida sexual, mas estou só te dando um exemplo. Mas é a verdade na nossa visão de prazer, porque eu vou enfocar a respeito de prazer conjugal não é vida sexual. É inclusive, vida sexual. Nós vamos falar sobre o prazer relacional, o prazer cristão no matrimônio, porque Deus nos chamou para isso. Então irmãos, que necessidade nós temos de recuperação das verdades de Deus, para que não caiamos nos extremos do pêndulo, como nós sempre temos tendência como seres desequilibrados que nós somos. Precisamos deste equilíbrio de Deus. Então, nesses cinco cativeiros, Deus libertou o povo de Israel “de” e “para”. O primeiro cativeiro, mais uma vez a primeira menção estabelece o princípio. Qual foi o primeiro cativeiro que o povo de Israel foi liberto? Cativeiro do Egito. Lá em Êxodos 19, se você ler - abra a sua Bíblia, por favor - você vai só acompanhar, vou citar o texto, de 1 ¶ No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto do Sinai. 2 Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto do Sinai, no qual se acamparam; ali, pois, se acampou Israel em frente do monte. 3 Subiu Moisés a Deus, e do monte o SENHOR o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel: 4 Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Se você ler especificamente o verso 4, o Senhor diz assim que Ele desceu com asas de águia, e fala da graça. Ele desceu. Não foi o povo que fez. O povo não podia quebrar aquelas correntes. O povo não tinha poder para isso, não tinha capacidade para isso. Ele desceu com asas de águia, uma figura linda. Águia na Bíblia é uma figura de Deus e do filho de Deus. Deuteronômio usa essa figura: Deuteronômio 32:11 Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas. Então o Senhor estava falando que Ele era como um aeroplano, um Boeing, que desceu no Egito e pôs aqueles filhotes para dentro. Ele levantou vôo do Egito, e levou o povo para o deserto, para tratar com eles. Primeira grande libertação. Agora, na primeira libertação, no Egito, já é estabelecido o princípio. Não perca isso. Lá diz assim: “Que o Senhor desceu sobre eles, com asas de águia, e vos cheguei a mim”. Esse era o propósito. O “para”. Ele não está dizendo que “Eu apenas libertei vocês, e agora vão embora. Para onde vocês querem ir? Que terra que vocês vão escolher? Que caminho que vocês querem andar?” O Senhor não fez nenhuma pergunta assim para eles. O Senhor os libertou do Egito e falou: “Para mim”. “A terra que vocês virão, é a terra que eu preparei. Aquela terra mana leite e mel. O caminho que vocês vão seguir, é uma jornada que Moisés vai direcionar vocês. Eu já preparei Moisés há um tempo antes. Ele conhece o caminho do deserto. Ele vai dirigir vocês. Não havia nada na mente daquele povo. Havia tudo do governo de Deus. Não é verdade?
- Graça. Eles foram libertos do Egito.
· Governo. Eles foram conduzidos pelo deserto.
Irmão. Se nós divorciarmos essas duas verdades, nós perdemos todo o foco. Nós não podemos separar graça de governo, porque a graça de Deus visa a nos introduzir no governo. Primeiro: introduzir-nos no governo. Segundo: nos capacitar para vivermos no governo, porque os princípios desse governos são muito elevados. Nós não podemos viver nele por nós mesmos. Gálatas 2:20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Irmãos. Essa é uma verdade fundamental sobre a vida matrimonial. Nosso irmão quando deu o vôo rasante aqui, e abordou tantos princípios maravilhosos, nós tocamos, como eu disse, nas copas das árvores. Você viu muitos princípios. O que é que você vai fazer agora? Tentar sair praticando? Não vai durar vinte e quatro horas. Não vivo eu, mas Cristo vive
Irmão que seriedade é a questão do governo de Deus. Deus nos julga governamentalmente. Isso significa que você irá responder diante Dele não apenas como indivíduo, mas você irá responder diante Dele como Pai, porque ser Pai, é parte do governo de Deus. Você vai responder diante Dele como marido, porque ser marido é parte do governo de Deus. Os líderes da igreja vão responder diante Dele como líderes porque ser líder, é parte do governo de Deus. Ser presbítero, não é? Você como mãe vai responder diante do governo de Deus, porque ser mãe é parte do governo de Deus, com relação aos seus filhos. Você como patrão vai responder diante do Senhor, porque ser patrão é mais uma expressão do governo de Deus. Por que você acha que quando Paulo, quando entra nas questões práticas de Efésios, ele fala de todas essas relações? Porque Paulo é um homem sociólogo, preocupado com a vida social? Por que é que você acha que ele fala: “Mulheres, maridos, filhos. Obedecei vossos pais. É governo de Deus. Servos. Sirvam aos seus senhores não debaixo da vista deles, mas como ao Senhor.” Está vendo onde é que ele vai lá em Efésios? Porque Paulo tem visão, essa visão governante. Então irmãos, se nós não tocarmos graça, governo e glória, a relação focal enter essa três realidades, nós nos perdemos totalmente, em todas as áreas, inclusive na que nós vamos abordar se o Senhor permitir, amanhã. Prazer. Não há prazer sem visão e desfrute da graça, sem visão e realidade do governo, sem glória, que é conseqüência e expressão disso tudo. Mas deixe-me completar o quadro para você aqui, que mostra a dureza do nosso próprio coração. Israel é uma figura de nós mesmos. Liberto do Egito pela graça, morrendo no deserto porque não conheceram o governo. O Senhor disse: Números 14:22 nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, conheceram até as minhas obras, o meu poder, mas não conheceram os meus caminhos. Hebreus 3 diz isso. Hebreus 3:9 onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. A diferença entre Moisés e aquele povo é que antes dos quarenta de Moisés junto com o povo no deserto, Moisés já tinha tido os quarenta anos dele, particular. Então Moisés não conhecia apenas as obras de Deus. Ele conhecia o caminho de Deus. Então irmão, aquele mesmo povo liberto pela graça, morreu por não compreender o governo. Nós estamos morrendo hoje como igreja, por não compreender o governo, por essa divisão que foi feita no seio da igreja entre Cristo como Salvador, e Cristo como o Senhor. Recebemos Cristo como Salvador em uma primeira benção. Precisamos receber Cristo como o Senhor em uma segunda benção. Essa história de primeira benção, Segunda benção e não sei quantas mais. Mas a realidade é uma só. Paulo em Filipenses diz assim: Esse nosso Salvador é o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo de humilhação para ser igual ao corpo da sua glória. O salvador é o salvador por ofício. O Senhor é o Senhor por pessoa. Senhor Ele sempre foi. Salvador Ele se tornou. Senhor é o que Ele é. Então irmãos, não há realidade plena da graça se nos não compreendemos o governo, porque compreendendo o governo nós vemos que mais precisamos da graça. A graça então, não só introduz no governo, mas a graça supre no governo, porque o governo de Deus é algo tão alto. Aqueles princípios do Sermão no Monte expressos ali, são tão elevados e nenhum de nós pode andar naqueles princípios, sem vida de união com Cristo. A pessoa de Cristo mesmo formada
Irmãos. Nós estamos vivendo dias como o da igreja primitiva. Se o povo naquela época estava cansado da filosofia pagã, nós também temos estado cansados, cansados dos filósofos, dos sociólogos e dos psicólogos. Nós estamos cansados deles, e o mundo também. A igreja tem recuperado de novo a capacidade pela graça do Senhor, de ouvir ao Espírito Santo. Não é? Graças a Deus. Nós precisamos recuperar de novo, essa vitalidade como igreja, e nós só podemos recuperar, é claro, em Cristo, o poder da verdade, o impacto da verdade. Irmão. Guarde essa frase desse irmão no seu coração. “Não há nada que cause tanto impacto no mundo, como um casal cristão, um casamento cristão, um lar cristão”. Há pouco tempo eu ouvi assim como uma certa tristeza no meu coração, uma frase de uma pessoa, um irmão. Sabe o que foi que esse irmão disse? Ele disse que não se reunia em reuniões específicas para se trabalhar questões de vida conjugal, porque ele não acreditava nisso. Ele não acreditava que isso deveria ser trabalhado especificamente. Entendia que se a palavra fosse trabalhada, e Cristo fosse trabalhado, o resto era conseqüência. Claro que Cristo é o foco, o centro e é através da palavra Dele que Ele tudo faz, mas os princípios de Deus a respeito do relacionamento conjugal tem que ser trabalhado de forma específica na vida igreja sim, porque são trabalhados de forma específica na sua palavra. Efésios, Colossenses, 1ª Pedro, e etc. O Velho Testamento, muitos textos. Hoje foi citado o Salmo 128 e muitos outros, que trabalham especificamente a questão relacional conjugal. Irmãos, que o nosso coração seja ganho para isso. Nós não podemos ter nenhum tipo de restauração verdadeira, se essa restauração não tem passado por esse relacionamento. Nós vamos continuar reunido. Cada um trás um pouco do fogo estranho, mas o Senhor sabe que o fogo é estranho. Os adoradores são os que adoram não só em espírito, mas
Vamos andar irmãos, rapidamente em alguns textos para nós vermos alguma coisa na palavra. Vamos abrir em Jó, cap. 34. Vamos ver um pouquinho sobre o governo enfocar um pouco o governo. É a realidade que nós colocamos no meio aqui: graça, governo e glória. Vamos falar um pouco do governo para que nele nós vejamos graça e glória. O governo está no centro e vamos ficar aqui no equilíbrio, dessa questão governo e por meio dele nós vamos ver graça e glória. Se tomarmos o governo como fiel da balança, então vou repetir aqui o que eu já falei. Vou falar a terceira vez. A graça nos introduz no governo, e mais um passo, algo a mais sobre ela, graça nos habilita para viver o governo. Ela não só põem para dentro. A graça não é só uma porta. É um caminho. Sem mim nada podeis fazer. Isso é graça. Cristo vive em mim, não vivo eu. Então a graça nos introduz e a graça nos habilita, nos capacita, para viver o governo. E a conseqüência disso? É a terceira realidade. Glória. Então os irmãos vejam como nós podemos perder o fio da meada? Como nós podemos glorificar a Deus? Reunindo, adorando, ter um conjunto muito bom para tocar, irmãos animados que se assentam juntos, que se gostam. Nada disso. Nós só podemos ter glória quando nós temos uma compreensão uma vivência da graça e uma realidade do governo. Então nós temos glória. Glória flui dessas duas outras realidades. Amém? Cristo em vós, a esperança da glória. Então vamos ver Jó, cap. 34 12 Na verdade, Deus não procede maliciosamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo. 13 Quem lhe entregou o governo da terra? Quem lhe confiou o universo?
Salmo 22 28 Pois do SENHOR é o reino, é ele quem governa as nações. Esses e muitos outros versos vão dizer a mesma coisa. Ele é o Rei, Ele reina. Porque nós estamos falando isso? Para irmãos, de uma vez por todas, nós deixemos essa falha compreensão, uma compreensão gnóstica, herética, que vem desde os primórdios da história da igreja, que permanece hoje na nossa era, que não tem nada de novo, é a velha era de novo. Uma das verdades, entre aspas, é claro, um dos sofismas, pregados pela nova era, é que há um dualismo no universo. Duas forças. Positivo e negativo. Como é que eles chamam? Yang e yin. Preto e branco. Aqueles símbolos da nova era. Aquilo é o dualismo. O bem e o mal, a luz e as trevas. Um lutando com o outro. No final vamos ver o que vai dar, quem vai vencer. Duas forças, auto existentes. Isso é uma heresia, porque o único ser auto existente, é Deus. Ele é o único ser auto existente. Deus. E o que é que é então que a Bíblia chama império das trevas? É uma esfera de rebelião dentro da vontade soberana de Deus, permitida por Ele, dentro do seu reino universal, e eterno. Dentro do seu reino eterno e universal há uma esfera de rebelião chamada império das trevas. Ele nos libertou do império das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor. Não é? Então irmãos, essa realidade espiritual de trevas é uma esfera de rebelião dentro do reino de um único rei, o nosso Senhor. É isso que por exemplo, o livro de Jó fala com tanta propriedade. Jó é um dos livros que mais dá um não ao dualismo, porque até mesmo o diabo, o príncipe deste império das trevas, o livro de Jó nos diz que ele tocou em Jó, e quando Jó vai falar sobre isso, ele fala assim: “Senhor. Nenhum dos teus planos pode ser frustrado”. Em outro texto ele diz que a mão do Senhor o havia tocado. A mão do Senhor usando o inimigo. Não é? Então irmãos, não há dualismo nenhum. Ele é o único Senhor e Ele reina. De uma forma, mesmo que incompreensível para nós, todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, se dobrará, e confessará que Jesus Cristo é o único Senhor, para a glória de Deus Pai. O que é que nós fazemos hoje como igreja? Nós estamos antecipando esse dia. Nós já dobramos o nosso joelho e nós já confessamos com a nossa boca, que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Nós estamos antecipando este dia que até os demônios isso farão, embora não serão salvos, é claro. Apenas reconhecerão de uma forma definitiva essa única autoridade universal: O Senhor Jesus. Nome que está acima de todo nome. A igreja, primícia, porque ela antecipa esse dia. Compreende isso irmão? E compreende então que se esse governo não for visto na vida da igreja, esse Reino, esse governo, a igreja não tem nada a expressar? A igreja não tem aparência nenhuma a mostrar. Se esse de reino de Deus não é uma realidade nela, porque fomos transportado
Salmo 66 7 Ele, em seu poder, governa eternamente; os seus olhos vigiam as nações; não se exaltem os rebeldes. Não tem rival. Não tem dual. Ele governa em seu poder, eternamente. Seus olhos vigiam as nações. Prestem atenção no final do versículo. Não se exaltem os rebeldes. Todos aqueles que não reconhecem esse governo. A Bíblia chama-os então de os soberbos. Esses, somos nós por natureza, mas nós já fomos transportados do império das trevas para o reino do seu amor. Nós não somos mais o joio. Nós temos a natureza do trigo, aqueles que se curvam. Então irmãos, que necessidade nós temos de recuperar a visão da graça e do governo? Para quem em nós haja glória? Graça e governo para que haja glória. Vamos prosseguir um pouquinho a mais. Isaías cap. 9, versículo 6. Os três primeiros textos que eu li, falam de Deus, no sentido geral: Deus Pai, Jeová. Agora o versículo 6 do cap. 9 de Isaías, fala especificamente o filho e agora isso aqui nos interessa de uma forma mais especial para nós, porque agora não é como nós vimos em Jó e nos Salmos, o Deus que reina eternamente, o Deus que vigia as nações, não se exaltem os rebeldes, o governo eterno. Agora vocês vão ver que o governo vai sendo especializado, ele vai descendo, vai se mostrando e é essa descida que eu queria fazer com vocês, através desses textos. O reino em Deus, o reino no filho, o reino na igreja, o reino na família. Você vai ver como a escritura vai descendo. Vamos ver agora o reino no Filho. Isaías 9 6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; Quem que é esse? É claro. É Cristo. Isso é uma das profecias de Isaías sobre Ele. Primeira expressão sobre quem Ele é: o governo está sobre os seus ombros; Irmão. Isso não é impactante? Por que não está invertido aí? Por que não veio Príncipe da paz primeiro? Por que não veio conselheiro primeiro? Por que o governo? Porque é isso que Ele é. Ele é Rei. Ele governa. O governo está sobre seus ombros. Os irmãos sabem que um dos motivos de perseguição dos nossos irmãos primitivos na história da igreja, foi que todo o império romano, aqueles milhões de pessoas tinham uma confissão. Qual era a confissão deles? César é senhor. De repente no meio deles, surgiu um povo, se cumprimentando e se saudando uns aos outros dizendo o quê? Jesus Cristo é o Senhor. Esse povo foi imediatamente perseguido, e jogado nas arenas para ver se eles mudavam essa confissão, porque César para eles era divino. Agora estavam confessando um outro ser divino. Jesus Cristo é o Senhor. Então o governo está sobre seus ombros, e, agora tem mais características. Primeiro o governo, que é o que Ele é. Agora e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Ele é Deus, não menor do que Deus, não criado por Deus, mas Deus mesmo, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; porque por meio de Cristo foram feitas todas as coisas. Ele é o Alfa e o Ômega. Ele é o Haja e o Faça-se, de Deus. Pai da eternidade, príncipe da paz, 7 para que se aumente o seu governo, começa com governo e termina com governo, e venha paz sem fim. Irmão. Por que é que eu e você vivemos vidas, podemos viver vida sem paz? Porque paz é dependente de governo. Vivemos paz na mesma medida em que vivemos Governo. Por que é que nós deixamos de viver essa realidade paz sobre os nossos lares? Porque a realidade governo, tem sido pequena. Não é? Quando aumenta o seu governo, vem paz. Então o texto começa e termina com governo, Cristo. Agora vamos descer mais. Vamos lá para Efésios, cap. 3, último versículo de Efésios.
Agora, eu queria mostrar algumas expressões no Velho Testamento a respeito da relação entre governo e glória e nós vamos terminar. Rapidamente. Vou ler alguns textos, alguns só citar, para que nós fiquemos com essa imagem. Governo e glória. E que então, quando entrarmos nas questões específicas sobre prazer, nós tenhamos esse claro entendimento que tudo é derivado dessa primeira realidade. Não há prazer sem a graça. É um prazer sem graça. Não vai durar. Não há prazer sem governo, e muito menos glória. Alguns exemplo para os irmãos. Vamos abrir em Números 14. Esse livro de Números, ele registra três fatos, três atentados contra o governo de Deus de uma forma muito clara, impressionante. O primeiro atentado foi o de Miriã, em Números 12, o atentado de Miriã, não contra Moisés - quem que é Moisés - mas é um atentado contra Deus, na pessoa de Moisés. Então o primeiro atentado contra o governo de Deus é contra Miriã. O segundo atentado é de todo o povo. Em Números 14. O terceiro atentado contra o governo de Deus é o de Coré, Datã, e Abirão. Lembra? Aqueles em que a terra abriu e eles foram engolidos. Três atentados contra o governo de Deus. E os três Deus agiu de uma forma tremenda, porque o governo está sobre seus ombros. Irmãos. Nós devemos ter temor quando nós tocamos nas questões de governo. Homens e mulheres. Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça de todo homem. Nós como homens, temos de ter temor nessa questão de governo. Ele não nos chamou só para ser homens, no sentido masculino da palavra. Seres masculinos. Eles nos chamou para sermos expressão do governo de Cristo nessa terra. Elevado chamamento irmão. Elevada vocação. Então, se nós não respondermos adequadamente ao governo de Deus, nós seremos julgados por isso, porque todos nós compareceremos diante do tribunal de Cristo. Não é assim na palavra de Deus? Então, quanto temor nós temos de ter quando tocamos no governo! Em Números 12, 14 e 16, vão mostrar os três atentados contra o governo de Deus, e o que Deus fez. Os irmãos sabem o que Ele fez com Miriã. Ela fez o primeiro atentado. Se vocês olharem o que ela faz em Êxodo 15, é impressionante. Ela celebra a graça. Lembra? Moisés depois de tirar aquele povo do Egito, ele pronuncia um cântico em Êxodo 15. O Senhor livrou do Egito o seu povo e afundou no mar o faraó e o seu carro, seu cavaleiro. Lembra do cântico de Moisés em Êxodo 15? E lá na seqüência do seu cântico, diz que Miriã pegou o seu tamborim, e ela profetizou, celebrando a Deus pela sua graça. A graça que os libertou. Miriã fez isso em Êxodo 15. Celebrou a graça. O que ela faz em Números 12? Ela atenta contra o governo. Os irmãos estão vendo? Ela celebrou a graça, mas atentou contra o governo. Quando ela celebrou a graça, ela adorou a Deus. Deus recebeu as suas orações, assim como Moisés no seu cântico, mas quando ela atentou contra o governo, Deus a julgou duramente. Ela ficou leprosa e recolhida fora do arraial, sete dias, e o povo de Deus parado, esperando Miriã, para que pudesse caminhar. O prejuízo para o testemunho de Deus, o juízo sério de Miriã. Primeiro atentado.
Depois em Números 14, e é onde eu queria chegar com os irmãos, a relação de governo e de glória, para que os irmãos vejam que não há glória sem governo. Olhem em Números 14, quando todo o povo agora, se levanta. 1 ¶ Levantou-se, pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo chorou aquela noite. Toda a congregação. Vejam agora o versículo 10. Josué e Calebe tentam dissuadir esse povo dessa rebelião, porque foi logo depois que eles deram aquele relatório a respeito da terra, que a terra era boa, que o Senhor tinha dado, e os dez espias deram relatório contrário. Eles tentam dissuadir o povo daquela idéia, mas o povo não se deixa dissuadir. Eles se rebelaram. O Senhor nos trouxe para cá, vai nos matar diante desse gigantes, vão nos comer vivos. Então no versículo 10 diz: 10 Apesar disso, (do que Josué falou, do que Calebe falou) toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel, e você leia a seqüência do texto que o Senhor fez. Irmão. A glória de Deus, está atrelada ao seu governo. A glória de Deus sempre vindica o governo de Deus, porque não há glória sem governo. Todas as vezes que o governo de Deus é tocado, Deus então, no que Ele é, no seu ser, Ele julga essa situação, porque a sua glória está atrelada ao seu governo, o seu testemunho está atrelado ao seu governo. A glória de Deus vai julgar aquela situação. Agora tem mais, dessa relação no cap. 16, que é o terceiro atentado contra o governo de Deus, que é o atentado de Coré. Vamos ler a partir do versículo 1 ¶ Corá, filho de Isar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben. 2 Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome, 3 e se ajuntaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo (os irmãos vejam que eles não falaram mentira nenhuma aqui, pois o Senhor havia falado para eles lá em Êxodo: “Vocês são um povo santo. Eu os tirei daí para mim”. Eles estão falando só a verdade. Toda a nação é santa, cada um da nação é santo, o Senhor está no meio deles, outra verdade - três verdades - e no final eles erram) , e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação do SENHOR? Vos exaltais. Olhem essa frase aqui, porque ela fala muito. Moisés não havia se exaltado sobre nada, e nem Arão. Eles foram separados por Deus e colocados em uma posição governamental quando alguém é separado por Deus e colocado em uma posição governamental, se ele tem honrado a Deus nessa posição em uma relação com Ele, o governo de Deus é expresso através daquela posição. E quando se atenta contra ela, se atenta contra o governo. Por isso aquela ordem de Coríntios: Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça de todo homem e o homem é o cabeça de toda mulher. (Efésios 5:23 porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.) Quando nós atentamos contra qualquer faceta dessa ordem, nós estamos atentando contra Deus, contra o governo de Deus. Essa é a gravidade. Então o texto termina dizendo isso: por que, pois, vos exaltais. Mas eles nunca fizeram isso. Deus foi quem os exaltou ali, os colocou naquela posição. No versículo 4 Tendo ouvido isto, Moisés caiu sobre o seu rosto. O que foi que Moisés fez? Não xingou. “Coré. O que é que você esta pensando? O que é que você é?” Ele não disse nada disso. Ele caiu sobre seu rosto, porque ele conhece o governo de Deus. Ele conhece a si mesmo, Ele conhece a glória de Deus, Ele conhece a santidade de Deus, ele sabe que Deus vindica, que a glória de Deus vindica o seu governo. O povo já havia visto o que havia acontecido com Miriã, e agora uma situação de novo. Então Moisés cai sobre seu rosto, 5 E falou a Corá e a todo o seu grupo, dizendo: Amanhã pela manhã, o SENHOR fará saber quem é dele e quem é o santo que ele fará chegar a si; aquele a quem escolher fará chegar a si. 6 Fazei isto: tomai vós incensários, Corá e todo o seu grupo; 7 e, pondo fogo neles amanhã, sobre eles deitai incenso perante o SENHOR; e será que o homem a quem o SENHOR escolher, este será o santo; basta-vos, filhos de Levi. 8 Disse mais Moisés a Corá: Ouvi agora, filhos de Levi: 9 acaso, é para vós outros coisa de somenos que o Deus de Israel vos separou da congregação de Israel, para vos fazer chegar a si, Irmãos. Olhem o que é que eles tiveram que ouvir da parte de Moisés em plena rebelião. Vocês estão considerando que é pequena a posição de governo que Deus deu a vocês? Ele vos fez chegar a si. Vocês são filhos de Levi. Isso é uma função dentro do arranjo governamental de Deus, para que o seu testemunho caminhe pelo deserto. Vocês acham isso coisa de pouca importância? O lugar que Deus te deu no governo Dele? Ele te fez chegar para si, a fim de cumprirdes o serviço do tabernáculo do SENHOR e estardes perante a congregação para ministrar-lhe; 10 e te fez chegar, Corá, e todos os teus irmãos, os filhos de Levi, contigo? Ainda também procurais o sacerdócio? 11 Pelo que tu e todo o teu grupo juntos estais contra o SENHOR; e Arão, que é ele para que murmureis contra ele? Terceira situação. Irmão então, a primeira, para nós encerrarmos por hoje, a primeira grande verdade, visão, que nós precisamos recuperar, é essa relação entre a graça de Deus e o governo de Deus e a glória de Deus. Se nós não recuperarmos a visão, a realidade de cada um desses elementos, nós perdemos todo o propósito no que concerne a casamento, à igreja, seja ao que for. A graça de Deus nos introduz para dentro do governo de Deus, e nos habilita a vivermos este governo, porque sem Ele nada podemos fazer. A graça nos supre, e vivermos nesse governo no qual fomos introduzidos estamos supridos pela graça e revelamos a glória e de nenhuma maneira mais. Somente dessa maneira. A glória de Deus sempre vai vindicar o governo de Deus. A glória de Deus sempre vai julgar os que se exaltam contra o governo de Deus, e a glória de Deus sempre vai executar o juízo governamental. Não tem nada a ver com a graça. Tem a ver com o governo, tem a ver com a nossa resposta ao governo. Cada um de nós exerce uma determinada esfera de governo, e seremos julgados diante de Deus por ela. Então, se nós não recuperamos adequadamente isso, nós perdemos toda a visão. Casamento quem sabe passa a ser o foco. O foco é casamento. Quem sabe o foco é prazer. Ou seja o que for. Nada disso é foco. O foco é o Senhor e os seu propósito. Nosso casamento tem um propósito para além do próprio casamento. Ele nos chamou para sermos homens e mulheres segundo o coração de Deus, para vivermos o seu governo dentro dos nossos lares, cada um na sua função designada por Deus, para que a sua glória seja então a fonte do nosso prazer e isso nós vamos ver amanhã, que a sua glória, como resultado de graça e de governo, a glória de Deus é fonte do nosso prazer. Irmãos, isso nos Salmos é impressionante. A linguagem dos Salmistas. Eles dizem assim: Prefiro estar na casa do Senhor um dia do que permanecer mil dias em outro lugar, para ver a glória do Senhor, a beleza do Senhor. Glória e beleza são palavras intercambiáveis. Glória e beleza.
Deixe-me ler um versículo com vocês para terminarmos. Abram no Salmo 90 17 Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos. Há uma tradução alternativa, se não me engano aquela chamada tradução de J B Philips, que coloca uma alternativa aí, para essa palavra graça, que seria nesse texto, neste contexto, beleza, e no caso específico deste contexto, realmente eu gosto mais dessa palavra: Seja sobre nós a beleza do Senhor, nosso Deus. Seja sobre nós a beleza do Senhor, nosso Deus. Amanhã nós vamos ver alguns Salmos em que o Salmista busca o prazer em Deus. “Minha alma te busca ansiosamente. Minha alma tem sede de Ti. Meu corpo te almeja, em uma terra árida, deserta e sem água”. Isso é paixão irmãos. Paixão por Deus. Amém? Vamos orar então.
Pai, nós te agradecemos em nome de Jesus, porque o Senhor é bom e tem cuidado de nós. Seja sobre nós a beleza do Senhor, seja sobre nós a graça do Senhor. Seja sobre nós o governo do Senhor. Seja sobre nós a glória do Senhor. Ajuda-nos Senhor a crescermos na experiência dessas verdades. Tem misericórdia de nós. Convence o nosso coração. Tira de nós toda a confusão, obstinação, reservas, preconceitos, rebeldia. Oh Senhor. Pedimos que o Senhor nos quebre realmente, e nos leve a Ti mesmo, fonte do nosso prazer, fonte de nossa alegria, e assim Senhor vivifique a nossa vida, pessoais e conjugais. Vivifique os nossos relacionamentos Senhor. Refaz, renova, para que a glória de Cristo seja vista de nós. Dá-nos um comprometimento maior contigo Senhor. Dá-nos um verdadeiro espírito de arrependimento. Nós te pedimos. Queremos ser como igreja Senhor, nesses últimos dias, trazidos de novo a Ti mesmos Senhor, renovados, refeitos. Te pedimos. Nós queremos ter o privilégio de dar um testemunho nessa geração, de que o Senhor é bondoso, dar um testemunho da tua glória, da tua graça em nossas vidas. Não nos deixe aquém. Não nos deixe morrer nesse deserto. Pedimos ao Senhor que complete a Tua obra em nós, para a glória do Teu Filho, em nome de Jesus. Amém.
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