23 junho, 2008

DEUS

"Deus é Espírito pessoal e eterno, perfeitamente bom, que, em santo amor, cria, sustenta e dirige tudo." . IDEIAS SOBRE DEUS I. I. Ideias não Cristãs 1.1.1. Ateísmo - não reconhece e o único Deus verdadeiro. Existem três: tipos distintos, o prático, o dogmático < o virtual. Ateísmo prático - existi principalmente entre pessoas pouco educadas ficam desiludidas com i comportamento dos chamado "Cristãos", e então tudo o que é religião passa a ser uma fraude. São mais indiferentes que descrentes. São atei práticos no que respeita à religião. Ateísmo dogmático - tem a ver coi aquelas pessoas que por princípio não crêem na existência de Deus, declarando no e defendem-no. São-no por convicção Ateísmo virtual - pessoas que n; negam a existência de Deus, mas desculpa sustentam princípios que s; inconsistentes com a crença em Dei ou definem-no em termos que violentam o uso comum da palavra. 1.1.2. Agnosticismo: afirma impossibilidade de se possuir i conhecimento verdadeiro da natureza; existência de Deus. É uma posição espiritualmente pobre, e insatisfeito no sentido intelectual. Apresenta uma falsa humildade, mas nunca fica satisfeito com qualquer tipo de prova ou evidência. 1.1.3. Panteísmo: para Flinot o Panteísmo é "a teoria que vê todas as coisas finitas como meros aspectos, modificações, ou partes de um ser eterno e auto-existente; que vê todos os objectos materiais e mentes, necessariamente derivados de uma única substância infinita." Para eles Deus é tudo e tudo é Deus. Limita Deus à sua criação, um Deus imanente, nega a individualidade do homem, o fundamento da moral, a imortalidade pessoal, o princípio da criação, enquanto diviniza o homem tornando-o uma parte de Deus. 1. 1.4. Politeísmo: crença em vários deuses. De um monoteísmo original houve uma evolução para a adoração das forças da natureza, que mais tarde foram personalizadas, e daí evoluiu-se para a crença dos seres que presidiam sobre elas. 1.1.5. Dualismo: crença na existência de dois princípios com ternos, o bem (Deus) e o mal (Diabo), que se encontram em luta constante. Daqui se originaram duas heresias que atormentaram a Igreja primitiva, o Gnosticismo e o Maniqueísmo. Para eles Deus é limitado em poder e conhecimento, está em evolução constante, e precisa da ajuda do homem para poder derrotar e finalmente erradicar o mal. 1.1.6. Deísmo: o conceito de um Deus transcendente. Criou tudo o que existe, determinou as leis naturais que regem a criação, mas depois colocou-se de fora, dando apenas uma olhadela ocasional para ver como vão as coisas. Nega uma revelação especial, os milagres e a providência. 1.2. Ideia Cristã 1.2.1. Teísmo: crença num Deus pessoal, imanente e transcendente, que existe em três pessoas distintas, Pai, Filho e Espírito Santo. Uma forma de monoteísmo trinitariano. 2. DEFINIÇÃO DE DEUS 2.1. Definição - uma boa definição de Deus é: "Deus é Espírito pessoal e eterno, perfeitamente bom, que, em santo amor, cria, sustenta e dirige tudo." 2.2. Natureza de Deus - DEUS É ESPÍRITO PESSOAL E ETERNO (ver o ponto 4.1.1. Espiritualidade) a)Um espírito não é matéria, mas é uma personalidade completa, com os seus atributos característicos - pensar, agir, sentir. E um ser real, mas imaterial invisível. É Espírito perfeito, Seus poderes estão em perfeito equilíbrio e harmonia. Por isso também os Seus actos são perfeitos. Em relação a ele não se pode imaginar qualquer meio de aperfeiçoamento. b)É pessoal porque pensa, sente, quer, tem o poder de consciência própria (estar cônscio de si, e poder conhecer-se a Si mesmo) e de direcção própria (dirigir-se a Si mesmo sem qualquer interferência exterior). Citações: agir - Gn 1:1,3,26; 11:7; saber, pensar, conhecer - Gn 3:5,22; I 1:6; sentir - Gn 6:6; consciência própria - I Ct 2:1 Ib; direcção própria -Ef 1:4,5,9,10; 2.-9.10,11- Concluímos que Deus é Espírito pessoal porque tem o poder de pensar, agir e sentir, porque tem o poder de conhecer-se a Si mesmo perfeitamente e de dirigir-se soberanamente. Os Seus pensamentos são altíssimos, os Seus sentimentos são puríssimos, a Sua vontade santíssima, o Seu conhecimento de Si mesmo perfeitíssimo, a Soa direcção própria absoluta. 2.3 O carácter de Deus perfeitamente bom. Deus não é bom como o homem é bom .Quando aplicado a Deus este terno refere-se a todas as excelências do seu carácter . A sua bondade não se mistura com o mal , nem é susceptível de falha alguma . O bom em Deus é perfeito : nada há de mais nem menos no seu carácter .É o mesmo para todos e em tudo :na Sua essência , na sua natureza, no Seu coração, nos Seus desejos, nos Seus actos, nos Seus planos, nos Seus pensamentos mais íntimos; enfim, Deus é bom em tudo (Lc 18:18,19; Rm 5:8). Assim, dizer que Ele é bom, é dizer tudo o que há de sublime a respeito do Seu carácter; é resumir todas as Suas qualidades e predicados numa só palavra. Deus é bom porque possui todas as qualidades boas no mais elevado grau de perfeição. Ele não pode ser melhor do que é, nem se pode imaginar bondade superior à Sua. É a Pessoa ideal, o elevado padrão de toda a excelência moral. 2.4.Sua Relação com o Universo - CRIA, SUSTENTA E GOVERNA TUDO a)Cria. Ele criou o que nunca existiu (Gn I: I); e multiplica o que já existe (Gn 1:1 1, 12). A maior criação é, sem dúvida, o homem. Deus criou e desenvolveu a Sua criação (Jo 1:3,4; Rm 11:36; Cl 1:16). b)Sustenta. A Bíblia declara que o Criador também é o sustentador de tudo. Para lá da energia e força necessárias para manter o Universo a funcionar na perfeição, Deus tem ainda os recursos necessários para prover a Sua criação de todas as coisas necessárias à sua existência, tal como faz um bom chefe de família. c)Governa. Tudo o que existe cumpre o alvo que Ele fixou, e não há dúvida que levará a Sua criação a atingir o propósito que lhe estabeleceu. A Bíblia ensina o governo divino (SI 105:13-22). 2.5.Seu Motivo em Relação à Criação: SANTO AMOR Jesus ao vir à Terra revelou clara e precisamente qual a motivação de Deus em relação à Sua criação (Jo 3:16). O amor de Deus é santo, de acordo com o Seu carácter perfeito. Em nenhum ponto está em contradição com a Sua natureza de perfeita bondade. Significa a identificação da Sua bondade com o desejo ardente de melhorar a criação. Por causa deste santo amor é da vontade de Deus que haja o melhor universo possível e o mais perfeito desenvolvimento da Sua criação. Quando criou, Ele não deixou passar desapercebidas as necessidades da criação. Da observação do que se passa à nossa volta vê-se que tirando o homem e as suas influências, tudo o mais que existe no universo prova o santo amor de Deus. É natural que aquilo que nos parece defeito, seja devido à nossa pequenez e a termos uma visão muito limitada do todo; Jesus, porém, que conhece todo o plano e vê todas as coisas em seu conjunto, disse que o grande motivo de Deus em criar, sustentar e dirigir o universo, é santo amor (Rm 8:18-24). O cristianismo alimenta a esperança que um dia o universo inteiro, incluindo o homem, há-de confirmar esta verdade. 2.6. Usos Errados do Termo: muitos escritores, pensadores, filósofos e até teólogos, ao usarem a palavra "Deus", dão-lhe um significado e uma conotação diferente da que nós damos. Para eles, Deus é muita coisa, mas sempre inferior e bem diferente do que Ele é na realidade. 2.7. Os Nomes Bíblicos para Deus: todos os nomes designativos de Deus podem juntar-se em dois grandes grupos, reveladores de outros tantos conceitos. São eles o de ELHOIM e o de YAHWEH-JEHOWAH (YAVE-JEOVA). No primeiro caso, Elohim, é composto de EL e ALAH, um plural usado como singular. Ele significa força, poder. ALAH ou ELAH significa jurar ou atar-se por um juramento. No conjunto significa: o Criador, Sustentador e Governador de tudo o que existe no Universo. Dentro deste conceito há outros nomes dados à divindade: EL - um deus, verdadeiro ou falso, até uma imagem (Gn 35:2); ELOAH - forma singular com o mesmo significado de El; EL OLAM - a melhor ideia é Deus eterno (Gn 21:33); EL ELYON - o Deus Altíssimo (Gn 14:19; SI 7:17); é praticamente sinónimo de Ele Shadday, estão os dois em SI 91:1; EL SHADDAY - o Deus Omnipotente, surge primeiro em Deus todo-poderoso. O culto exigido não era muito elaborado, apenas requeria alguns sacrifícios ocasionais, mas exigia fidelidade, a crença que Ele era o Deus único e absoluto, o Deus do Céu, o Deus Altíssimo. Em troca Deus guardaria e guiaria esse povo eleito (Gn 12:1; 13;IS; 22:18). O segundo conceito inicia-se com o episódio da sarça-ardente. O termo YAHWEH deve estar ligado ao verbo HAWA, ser ou fazer. Pensamos que está ligado a Ex 3:13-15; em que o carácter da divindade estará expresso em "Eu Sou o Que Sou", que funciona com o valor de um nome. Em Hebraico lê-se EHYEH ASHER EHYEH, em que YAHWEH seria interpretado por EHYEH, num jogo de palavras. EU SOU O QUE SOU revela um Deus eterno e completamente independente. O termo JEHOWAH originou-se de YAHWEH. O texto hebraico não comportava vogais. Apenas se escreviam as consoantes. No caso presente apenas YHWH, o tetragrama sagrado, que foi considerado por demais sagrado para ser pronunciado. A grande exigência de Yahweh era a santidade (Lv 19:2; 20:7). Como Ele era um Deus zeloso (Dt 5:9; 6:15); o hebreu não devia quebrar este estatuto, e muito menos pronunciar indevidamente o Seu nome (Ex 20:7). Daí a razão de nunca pronunciarem Yahweh. Quando, num texto, deparavam com o tetragrama sagrado, usualmente diziam ADONAI, Senhor. Outros nomes eram usados, vemos por exemplo o Nome (SHEM), a Presença (CHEKINNAH), o Altíssimo. Quando se introduziram os sinais massoréticos, as vogais de ADONAI foram acrescentadas ao Tetragrama, originando a pronúncia de JEHOWAH, que assim se tornou para o hebreu, o nome incomunicável. Enquanto Elohim revela Deus como o Criador Todo-Poderoso, Jehowah apresenta-o como o Deus Eterno, sem princípio nem fim, aquele que é, o eterno Ser ou o Ser Absoluto que em Si mesmo reúne todos os atributos, à cabeça dos quais sobressaem os de .santidade e Perfeição, em relação de aliança com o Seu povo, o provedor da bênção e salvação. Nesta fase o culto é mais elaborado e exige um ritual especial, o que leva à instituição de uma classe sacerdotal. Além destes dois grandes nomes, os hebreus usavam vários outros que funcionavam como títulos descritivos. Os mais importantes são: NOME -Gn 12:8; 13:4; 26:25. ESCUDO -Gn 15:1. GALARDÃO - Gn 15:1. EL ELOHE ISRAEL - Gn 33:20; O Senhor Deus de Israel. EL BETHEL - Gn 35:7; o Deus da casa de Deus. ZELOSO - Dt 5:9; 6:15; ligado ao carácter de santidade. ROCHA - Dt 32:4,18,31, SI 18:31; 28:1; relembra Nm 20:7-13, e manifesta um carácter de força eterna e imutável. ESPADA - Dt 33:29 YAHWEH ELOHE ISRAEL - Jz 5:3; Is 17:6; Jehowah o Deus de Israel. FORÇA -I Sm 15:29. FORTALEZA - II Sm 22:33; Jr 16:19. As associações de Jehowah com outras palavras, em certas ocasiões, deram origem a títulos que denotam o Seu poder e atribuições: JEHOWAH JIREH - Deus proverá Gn 22:14; revela providência pessoal. O homem deve estar totalmente dependente da vontade de Deus, que tem todo o poder. JEHOWAH RHAPHAH (ou Ropeca, ou Rofeca, que significa cerzir, reparar) -o Senhor que cura (Ex 15:26); revela preservação pessoal. Se o Seu povo ouvir a Sua voz, Ele os guardará, pois é o Senhor que os sara. Cura física, espiritual e emocional (SI 41:4; 143:7; Os 6:1; 14:4). JEHOWAH NISSI - O Senhor é a minha bandeira Ex 17:15; revela liderança pessoal. Deus vai com o Seu povo, luta por ele, dá-lhe vitória, é a sua bandeira, por isso o povo se ajunta à sua volta. JEHOWAH SHALOM - O Senhor é paz (Jz 6:24); revela o dador da paz pessoal. O Deus que consola, conforta, dá paz ao aflito em todas as situações. JEHOWAH ROHI (ou Raa) - O Senhor é meu pastor (SI 23:1); revela orientação, protecção e bondade pessoais. JEHOWAH TSIDKENU - O Senhor justiça nossa (Jr 23:6); revela Deus como justiça pessoal imputada, assim satisfazendo as nossas obrigações e necessidades pessoais para com Ele. É um Deus que faz justiça, que justifica todos que n'Ele confiam. JEHOWAH SHAMMAH - O Senhor está ali ou o Senhor está presente (Ezq 48:35); revela presença pessoal. Deus presente em toda a Sua totalidade no lugar que escolheu, a Nova Jerusalém. JEHOWAH SEBAOTH - O Senhor dos exércitos (I Sm 1:3; 17:45); revela liderança e domínios pessoais o Deus que protege e salva os Seus SI 46:7,11. JEHOWAH ELYON - O Senhor Altíssimo (SI 97.9); revela preeminência pessoal. O Deus supremo e soberano que se assenta num trono, exaltado e elevado. JEHOWAH MICADISKIM - O Senhor que vos santifica (Ex 31:13); revela purificação pessoal. Deus apresentado no aspecto subjectivo da Sua obra salvadora e remidora. Ele separa do pecado e para Si mesmo aqueles a quem salva. EU SOU - Ex 3.14; cp Jo 8.58; revela auto-consciência. O Deus auto-suficiente, imutável e soberano. No Novo Testamento a palavra theos toma o lugar de El, Elohim, e Elyon. Os nomes Shadday e El Shadday foram substituídos por Pantokrator e Theos Pantokrator. Algumas vezes o nome Yahweh é substituído por o Alfa e o Omega, que é, que era, e que há-de vir, o princípio e o fim, o primeiro e o último (Ap 1:4,8,17; 2:8; 21:6; 22:13). No resto das referências foi usado o padrão da Septuaginta que usou Kurios. Nela também já aparece o nome Pater para designar a relação de Deus com Israel (Dt 32:6; SI 103:13; Is 63.16; Jr 3.4, Ml 1.6; etc), não é pois peculiar ao Novo Testamento. 2?
Autor do texto bíblico
Dinis Rodrigues

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