12 maio, 2008

JERUSALÉM AMADA DE DEUS

A EXPECTATIVA DA SANTA CIDADE
"Coisas gloriosas se dizem de ti, ó cidade de Deus." (Salmo 87:3).
A Palavra de Deus é de uma riqueza sem paralelo. Quando relia o Salmo 87, parei, e meditei, encantado, no versículo em tópico, por momentos. Após um tempo de reflexão, "voei", em pensamento, e num relance passei em algumas cidades que eu conheço, (que por bênção de Deus são algumas) em Portugal e fora de Portugal. Confesso, primeiro olhei a minha cidade, meu berço, que Camões, também, "cantou" nos Lusíadas: «Eis a nobre cidade: certo assento do rebelde Sertório antigamente....» Este "rebelde", de seu nome Sertório Quintus, deu contas ao Criador em 72 a.C.
Procurei e rebusquei coisas bonitas da minha Évora - ontem Embora - "Liberalitas Júlia", lhe chamou César Augusto em 59 a.C, quando foi formado o seu município latino. Um poeta chamou-lhe "princesa do Alentejo".
Cidade Museu, plantada na planície alentejana, rodeiam-na a calmaria e tranquilidade próprias dessa província de características ímpares, ou "o silêncio dos séculos do descampado". Lembrei-me de outras cidades, famosas como a minha, carregadas de adjectivos positivos, cantadas, celebradas, mas são as cidades dos povos, porém a cidade acima referida, em título, "é a cidade de Deus".
Ficou surpreendido leitor? Tem lido e ouvido, na comunicação social (e não só) outra coisa sobre Jerusalém, certo? Também eu, mas aceite esta é a verdade: Jerusalém é "a cidade de Deus". "O salmo 87, aponta para a Cidade Santa de Deus, descrita em Apocalipse 21:10-27. A honra de viver lá será concedida a todos cujos nomes estão registados no livro da vida do Cordeiro (Apocalipse 21:27). É a graça de Deus que forma e sustenta esta maravilhosa comunidade. Como alguém poderia recusar a oferta de Deus de ser parte desta celebração?" '
O salmo ora referido, é um cântico dos descendentes de Corá, que frequentemente compunham música associada com a adoração no Templo em Jerusalém. Eles eram líderes de louvor e adoração dos seus dias. Neste salmo, eles proferiram palavras proféticas. Hoje entendemos o que o Espírito Santo tinha em mente quando os inspirou. Repito-me: O Salmo 87, profeticamente, aponta para a cidade santa de Deus descrita em Apocalipse 21:10-27.
«E de Sião se dirá: "Este e aquele nasceram ali;" e o mesmo Altíssimo a estabelecerá».2 Concordo com Goodman quando escreve: "O que Jerusalém terrestre era para o povo escolhido, tal é para nós a Jerusalém celestial, o monte Sião a que temos chegado. É ali que está assentado o nosso Rei, coroado de glória e honra."
Podemos ler na Epístola aos Hebreus 12:22-24, nas Sagradas Escrituras: "Mas chegastes ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembleia e igreja dos primogénitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel."
Pare um pouco, comigo, e olhe ao nosso redor, caro leitor. Que esperança temos nas cidades onde vivemos? Quantas queixas ouvimos diariamente? Quantos ais? Quantos receios? Quantas falsas promessas? Quantos assaltos e mortes? Vida de medo, vida esgotada sem vereda de saída não é? O perigo espreita de (quase) todos os lados e a segurança é precária demais. Os responsáveis não têm solução e quando vêm à fala connosco, mostram-se incapazes, sem solução própria e desculpam-se. Não estou a avaliar por baixo, nem a criticar, mas creio que é o contexto actual. Na análise, a lista a enumerar seria maior e não é esse o nosso alvo.
Se "coisas gloriosas" podem ser ditas sobre a cidade, terrestre, de Jerusalém, quanto mais sobre a "Nova Jerusalém que desce dos céus como uma noiva lindamente adornada para o seu marido"?3
Sim, esta é a cidade para a qual vos convidamos a viver. Notai, segundo a Bíblia e sob a visão do Apóstolo João, nesta Santa Cidade, "não há morte, nem dor, nem
lamentação, nem choro, nem noite, nem ladrões, e as suas portas não se fecham de dia, pois ali não há noite." João, referenciando a cidade santa, ainda, na sua visão, (cap.21) deixa-nos entrever uma cidade radiante, protegida, de alicerces firmes, inabalável, formosamente adornada, iluminada por Deus, glorificada.
Como entrar na Santa Cidade? Através do novo nascimento que experimentamos quando recebemos Jesus Cristo como salvador, quando cremos no seu Nome, quando confessamos com os nossos lábios que Ele é Senhor, e cremos em nosso coração que Deus O levantou dos mortos. (Romanos 10:9).
Quando fizemos isto, Deus disse a nosso respeito que «somos nascidos em Sião» (Salmo 87:6). O caro leitor pode tomar decisão igual. No Novo Testamento somos encorajados a vivermos com a certeza de que «a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso» (Filipenses 3:20-21).
Quando na década de 60, se inaugurou o que então se chamava "Congresso Juvenil," (1965, lá estava eu ainda jovem) nas ruas das cidades onde se efectuava o "Congresso," em ranchos e em marcha, com ou sem instrumentos de música, cantávamos assim: "Quem é este povo, que povo é este? Este é o povo que vai morar no céu!" E cheios de alegria, continuávamos por mais
cerca de 12 vezes: "vai morar, vai morar. vai morar lá no céu!
Prezado leitor e prezada senhora que me leram, é hora de viverdes esta esperança e esta fé maravilhosa, que nos levam à Santa Cidade. Vou-me repetir, pois "O Senhor, ao fazer descrição dos povos, dirá: Este é nascido ali." (Salmo 87.6).
Autor do Artigo;
Torcato Lopes

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