29 maio, 2008

A Arca e o Dilúvio

\ Dilúvio universal tem sido um ^J dos acontecimentos bíblicos mais fortemente contestados ao longo dos tempos. Apesar de, na maioria dos povos, haver passado de geração em geração a notícia da um grande cataclismo, muitas pessoas argumentam ainda que esse fenómeno não ocorreu na História da Humanidade. TRADIÇÕES MILENARES Assim, por exemplo, na lenda egípcia constava terem os deuses purificado o Mundo com um grande Dilúvio do qual escaparam alguns pastores. E os Gregos antigos afirmavam que Deus calião fora avisado da decisão dos deuses em trazerem à Terra uma inundação por causa da maldade humana. Por isso o rei Deus calião construiu uma arca a fim de escapar da catástrofe. No fim essa arca pousaria no Monte Para nasso. A tradição hindu revela no livro da descendência de Marun que Manu, também devidamente prevenido, edificou um navio no qual apenas ele sobreviveu. Por sua vez a tradição chinesa diz no livro de Li-Ki que Fa-He, fundador dessa civilização, apresenta-se como tendo escapado com a esposa, três filhos e três filhas, de uma inundação pelo facto da criatura humana se haver rebelado contra o Céu. Os Druidas de Inglaterra conservaram a lenda de que o mundo fora povoado de novo por um justo patriarca salvo, num possante navio, de uma inundação enviada à Terra pelo Ser Supremo para destruir o homem por causa da sua maldade. Os habitantes de Fiji contam que no Dilúvio só se salvaram oito pessoas. Há ainda a adicionar a estas as tradições dos Polinésios, Mexicanos, Peruanos, índios (brasileiros e americanos), Babilónios, Assírios, Persas, Frígios, Esquimós, etc. Não estarão todas estas lendas e tradições baseadas num facto, numa realidade que a Bíblia descreve perfeitamente no livro de Génesis? CONTRIBUIÇÃO DA ARQUEOLOGIA Por volta do ano de 1850 os ingleses Layard e Rawlinson descobriram, a 11 quilómetros de Korsabad, a antiga cidade de Nínive, bem como a extensa biblioteca do rei Assurbanípal, do século VIII a.C. Para além dos 20 mil textos perfeitamente ordenados, havia doze tabuinhas de barro nas quais se narra a Epopeia de Gilgamés. Essas tabuinhas, que repousam actualmente no Museu Britânico, foram traduzidas já durante o nosso século, verificando-se que o personagem Ut Napishtin não era outro senão o próprio Noé, da Bíblia. Werner Keller, na sua obra «E a Bíblia Tinha Razão», faz uma boa comparação entre a escrita das tabuinhas e os textos bíblicos, não deixando dúvidas a ninguém que se trata de relatos diferentes do mesmo acontecimento. A diferença de nomes verificada nos referidos textos talvez se deva a um facto posterior - a confusão das línguas em Babel. E assim as ocorrências foram descritas nos diversos idiomas dos povos que as presenciaram ou tiveram delas conhecimento através dos seus antepassados. O Poema de Gilgamés é bastante antigo, pois já existia uma cópia dessa epopeia no tempo do rei Hamurabi, de Babilónia, que viveu ali provocada pelo vento e outros factores não poderia apagar os sinais do Dilúvio em alguns pontos? Claro que quem resolve não acreditar na Bíblia irá sempre contrapor, à semelhança dos soldados romanos que viram Jesus ressuscitar e disseram que o corpo do Senhor fora roubado de noite! E depois, como se explica também o desaparecimento dos répteis da família dos dinossauros? O paleontólogo europeu Bjorn Kurten escreve no seu livro «The Age of Dinossauros» que a catástrofe teve proporções universais. Isso comprova-se, aliás, pelo aparecimento de esqueletos desses répteis em locais como Novo México, África e Utah, nos Estados Unidos, em grandes aglomerados. Foram também encontrados conjuntos de ovos não desenvolvidos. Houve de facto uma interrupção brusca na vida dos animais, como se comprova pelos fósseis de cavalos em França, de elefantes na Sibéria, de hipopótamos na Sicília e de répteis nas Montanhas Rochosas e Colinas Negras. Podemos acreditar realmente na Bíblia que não é assim tão incompatível com a Ciência, como muitos pretendem fazer crer. Os grandes adversários do Livro Sagrado são, afinal, aqueles que não estão interessados em aceitar o grande Salvador (Jesus Cristo), que o mesmo aponta como assunto principal.
Autor do Artigo Agostinho Soares

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